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Provas da Autencidade da Bíblia Sagrada

Para darmos provas da autenticidade da Bíblia, temos hoje vários exemplos: os patriarcas eram personagens históricos, o que é comprovado pelos textos mesopotâmicos de Nuzi, do século XIV a.C., em seus muitos paralelos de estruturas socioeconômicas a tradições legais - com Gênesis 12-35; e a migração dos amoritas, que ocuparam a Mesopotâmia e a Palestina no final do terceiro milênio a.C., criava as condições ideais para a entrada dos patriarcas na região da Palestina e explicava seus nomes, sua língua, sua religião e principalmente a assimilação[1] ocorrida ou a difusão[2].


José era personagem historicamente possível, pois havia grande quantidade de evidências egípcias que testemunhava os costumes e o contexto [3] contados em Gênesis 37-50. Semitas poderiam ter chegado a altos postos de governo no Egito, incluindo o de grão-vizir, especialmente durante o governo dos invasores asiáticos hicsos.

 

💡 A ESCRAVIDÃO DOS HEBREUS NO EGITO E O ÊXODO não podem ser questionados, pois textos egípcios testemunham que Ramsés II utilizou hapirus (hebreus) na construção de fortalezas no delta do Nilo em regime de trabalho forçado. A Esteia [4] de Merneptah, placas encontradas pelos arqueólogos no Egito que indicam o faraó sucessor de Ramsés II, comprova a existência de israelitas na terra de Canaã na segunda metade do século XIII a.C., o que permite discutir a fixação da data do êxodo por volta de 1250 a.C.

 

💡 A CONQUISTA DA PALESTINA PELAS 12 TRIBOS ISRAELITAS sob o comando de Josué, como narrada no livro que leva seu nome, conta com testemunhos arqueológicos respeitáveis, como a destruição de importantes cidades cananéias na segunda metade do século XIII a.C., embora muitos autores preferissem explicar a entrada na terra de Canaã de outro modo, como pacífica e progressiva infiltração de seminômades pastores a partir da Transjordânia. Este escritor esteve pessoalmente nas escavações arqueológicas de uma muralha em Jericó e pôde constatar que o fato narrado na Bíblia foi uma realidade.

 

💥 As muralhas encontradas na região datam da época de Josué e foram destruídas por uma força sobre-humana. As pedras gigantescas ali encontradas foram colocadas por mãos humanas e sua destruição datada por métodos confiáveis [5]. Tudo indica, embora os arqueólogos ainda não afirmem, tratar-se das muralhas de Jericó, destruídas por Deus, exatamente como narradas em Josué 6.

 

💡 ANDAR POR ISRAEL É O MESMO QUE PASSEAR PELA HISTÓRIA. A História de Israel se entrelaça com a História da Bíblia e com a História do próprio Deus. É impossível falarmos do Deus da Bíblia sem falarmos de Israel. Ignorar a História de Israel é o mesmo que ignorar a própria Palavra de Deus. Infelizmente, alguns arqueólogos tentam, em vão, colocar Deus fora da história.

 

Randall Price, em seu livro Arqueologia Bíblica, diz o seguinte: “Carentes das referências que guiaram os seus antecessores, a presente geração de arqueólogos tem proposto teorias revolucionárias e interpretações revisionistas para substituir os modelos tradicionais, biblicamente embasados, da história de Israel. Esse tem sido o caso, especialmente entre a comunidade arqueológica de Israel. Hoje na ‘terra do Livro’, a Bíblia é considerada menos história real e mais história religiosa pelos mesmos arqueólogos que trouxeram à luz o seu registro em rocha... Pra muitos, a arqueologia não é mais relevante para a religião”.

 

💡 JERICÓ PERTENCE AOS PALESTINOS, FICA NAS MARGENS DO RIO JORDÃO e quem a visita hoje talvez não tenha a menor ideia de como ela foi importante no passado. Seu nome é citado várias vezes na Bíblia Sagrada e sua história se confunde com os grandes acontecimentos bíblicos, colocando-a como uma das cidades mais antigas do mundo. Em Deuteronômio 34.3, ela é descrita como a cidade das palmeiras (Tamareiras).

 

No livro de Josué, ela é descrita com muralhas gigantescas e intransponíveis e considerada uma das cidades mais difíceis de serem conquistadas. Mesmo depois de ser destruída e reconstruída várias vezes, a região continuou sendo habitada por povos de menor poder econômico.

 

Na época do domínio romano, Jericó continuou viva. Foi citada no Novo Testamento durante o ministério de Jesus, provando ser capaz de sobreviver a vários domínios de vários impérios que conquistaram a região, tais como: Assíria, Babilônia, Pérsia, chegando ao de Roma no início do primeiro século d.C. Com os bizantinos a cidade se expandiu e vemos suas raízes no Império Otomano até 1917 e depois esteve sob o domínio Britânico.

 

🕛 De 1948 a 1967, Jericó ficou sob o controle Jordaniano e foi conquistada por Israel em 1967, na guerra dos seis dias e, depois dos acordos de Oslo, em 1993, ela é entregue ao controle palestino.

 

A construção e a consolidação do poderoso império davídico-salomônico eram consideradas como pontos fixos e imutáveis na historiografia israelita, constituindo marco seguro para qualquer manual de História de Israel ou de Introdução à Bíblia, quanto às datas dos acontecimentos e às realizações da sociedade israelita.

 

🎯 OS REINOS SEPARADOS DE ISRAEL E JUDÁ, após a morte de Salomão, eram bem testemunhados pelos textos assírios e babilônicos, e até pela Esteia de Mesha, outro achado arqueológico, rei do país vizinho de Moab, sendo tudo, por sua vez, muito bem detalhado nos livros dos Reis. Para a maioria dos historiadores, o Livro dos Reis é considerado fonte primária.

 

O exílio babilônico e a volta e reconstrução de Jerusalém durante a época persa, marcando o nascimento do judaísmo baseado no Templo e na Lei que passa a ser lida sistematicamente nas sinagogas. Isso sem maiores problemas, graças à confiabilidade dos textos bíblicos que detalhavam os acontecimentos dessa época.

 

🎯 A ANTROPOLOGIA HISTÓRICA considera os dados provenientes de estudos da geografia, do clima, dos assentamentos humanos, da agricultura, da organização social e da economia de uma região e de sua população.

 

Muitas são as fontes primárias, desde os escritos provenientes da Palestina às evidências arqueológicas e fontes escritas fora da Palestina, todas mais ou menos contemporâneas dos eventos que relatam, tais como Tabletes de argila babilônicos; a Esteia de Memeptah, a Inscrição de Tel Dan, a Esteia de Mesha, os Óstraca de Samaria, os Selos lemelek de Judá, a Inscrição de Siloé, a Carta Yavneh Yarn, o Calendário de Gezer, os Óstraca de Arad, as Cartas de Lakish, os Anais de Salmanasar III, o Obelisco Negro de Salma-nasar III, os testemunhos de reis assírios e babilônicos como Adad-nirari III, Tiglat-Pileser III, Sargão II, Senaquerib, Assaradon, Assurba-nipal, Nabucodonosor, e do Egito o Faraó Sheshonq.

 

Os achados de Nínive, entre os anos de 1848 e 1876, antiga capital do Império Assírio, recuperados por Ausen H. Layard, Hormuzd Rassam e George Smith, da biblioteca de Assurbanípal (668-626 a.C.). As placas do Dilúvio foram desenterradas por Rassam em 1853, mas só foram traduzidas em 1872, por George Smith. Temos achados como o Código de Hamurabi (1903); os monumentos hititas em Bogazquem (1906); o túmulo de Tutankhamum (1922); O Sarcófago de Abirão de Biblos (1923); os textos de Ras Shamra (1929-1937); as Cartas de Meri, o Óstraco de Laquis (1935-1938) e os Rolos do Mar Morto.

 

Um exemplo de fonte primária muito interessante é a Esteia de Tel Dan. Na localidade de Tel Dan, norte de Israel, em julho de 1993, em escavação sob a direção do arqueólogo israelense Avraham Biran, foi descoberto um fragmento de uma esteia de basalto12 de 32 por 22 cm, com uma inscrição em aramaico, publicada por A. Biran e J. Naveh em novembro de 1993. Cerca de um ano mais tarde, dois outros fragmentos menores foram descobertos na mesma localidade, mas em um ponto diferente do primeiro.

 

Os arqueólogos agruparam os três fragmentos, avaliando serem partes da mesma esteia e produzindo um texto coerente. Datada no século IX a.C., a inscrição foi aparentemente escrita pelo rei Hazael de Damasco, na qual ele se vangloria de ter assassinado dois reis israelitas, Jorão (de Israel) e Acazias (de Judá), e de ter instalado Jeú no trono de Israel, o que teria ocorrido por volta de 841 a.C. (estes episódios, com enfoque diferente, são narrados em 2 Reis. O que causou grande rebuliço foi um termo encontrado no fragmento maior: by tdwd. A tradução mais provável seria “Casa de Davi” e isso colocaria uma menção extrabíblica da dinastia davídica e até mesmo da existência do rei Davi, do qual só tínhamos informações na Bíblia.

 

Artigo: Pr. Jorge Videira | Reverberação: www.cristaoalerta.com.br



Notas:

[1] Assimilação: Ocorre quando o grupo culturalmente dominante integra e funde traços de outras culturas, anteriores.

[2] Difusão: É a propagação de traços culturais de uma determinada cultura em outras.

[3] Contexto: É aposição de um achado arqueológico e sua matriz nas dimensões de tempo e espaço, assim como o seu relacionamento com achados associados.

[4] Esteia: Monumento vertical em forma de uma laje de pedra (ou madeira), com inscrições, pinturas ou relevos.

[5] Datação - Os métodos mais empregados pelos arqueólogos para datação de vestígios são a radiometria, a estratigrafia, a glaciologia estratigráfica e, no caso de árvores, a dendrocronologia. Carbono 14- O método do radiocarbono foi desenvolvido após a segunda guerra mundial por Willard F. Libby, da Universidade de Chicago. Ele se baseia na quantidade do isótopo 14 do carbono, presente em uma determinada amostra. Isótopos são variedades de um elemento que possuem o mesmo número atômico (isto é, o mesmo número de prótons), mas números de massa diferentes (porque possuem número de nêutrons diferentes). Há três isótopos principais do elemento carbono presentes na atmosfera (o C12 e o C13, estáveis, e o C14, instável).


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A Cidade Bíblica de Ziclague

🎯 A Cidade foi o local de refúgio de Davi doado por rei filisteu quando fugia do rei Saul.

A histórica cidade de Ziclague, mencionada em 1 Samuel 27.6 como sendo um local do território filisteu doado pelo rei Aquis a Davi e seus soldados, foi descoberta por uma equipe internacional de arqueólogos. A informação foi veiculada no dia 8 de julho, a localização da cidade ainda era desconhecida. Apesar dos anos de pesquisas e vários locais alternativos terem sido sugeridos, sem atender os critérios exigidos, contudo, as escavações em Khirbet a-Ra’i, iniciadas em 2015, apontaram indícios de assentamentos contínuos.
As escavações em Khirbet a-Ra’i desenterraram várias cerâmicas que os arqueólogos identificaram como sendo da antiga Ziclague, cidade que serviu como refúgio para Davi durante seu exílio em território filisteu.

As informações divulgadas pela Autoridade de Antiguidades de Israel, a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade Macquarie de Sydney, na Austrália, deram conta de que Khirbet a-Ra’i, no sopé da Judéia, entre Qiryat Gat e Laquis, no sul de Israel é o verdadeiro local da cidade de Ziclague.

“O local mostra sinais de uma comunidade filistéia e um assentamento judaico da era do rei Davi, atendendo aos critérios exigidos por Ziclague. Além disso, o sítio arqueológico mostra evidências de ter sido destruído por um incêndio maciço — a Ziclague judaica foi derrubada pelas mãos dos amalequitas”, explicaram os especialistas envolvidos com a descoberta. 0 evento mencionado pelos arqueólogos pode ser conferido na passagem bíblica de 1 Samuel 30.1.

A equipe arqueológica empenhou-se e após sete escavações, foram encontrados cerca de mil metros quadrados e estruturas maciças de pedra, estruturas típicas e artefatos culturais dos filisteus, incluindo 100 vasos de cerâmica para armazenamento de óleo e vinho.

Os especialistas contabilizaram jarros e tigelas com um acabamento “vermelho escorregadio e polido a mão”. De acordo com o professor Yosef Garfinkel, chefe do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, os objetos são característicos do período davídico. Os integrantes da equipe disseram que esses artefatos, incluindo as ferramentas de pedra e metal, são semelhantes aos encontrados nas demais cidades filistéias, incluindo Asdode, Ascalão, Ecrom e Gate.

A cidade de Ziclague serviu como esconderijo e, ao mesmo tempo, como um local onde Davi e seus homens evitariam possíveis ataques de inimigos e a vigília contumaz dos filisteus (1 Sm 27.5,6). O futuro rei de Israel morou no local até a morte de Saul (2Sm 1.1).

Referências: Jornal Mensageiro da Paz, ano 89, n° 1612, p. 13

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