![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6FEVN77DJTwbMW8VlUWK4cTk35j7XDVq-WwglqjvpECOXUxXb_JijkG9X_LgCl3_if9rECim2JLo5uxcC3nYw29_gAfY75Rc3Sq0aabjMQFHrCl4OP9hKq4YVRN5e1OwHvbFwBBIaUrQ/s0/Provas+da+Autencidade+da+B%25C3%25ADblia+Sagrada.png)
Para darmos provas da autenticidade da Bíblia, temos hoje vários exemplos: os patriarcas eram personagens históricos, o que é comprovado pelos textos mesopotâmicos de Nuzi, do século XIV a.C., em seus muitos paralelos de estruturas socioeconômicas a tradições legais - com Gênesis 12-35; e a migração dos amoritas, que ocuparam a Mesopotâmia e a Palestina no final do terceiro milênio a.C., criava as condições ideais para a entrada dos patriarcas na região da Palestina e explicava seus nomes, sua língua, sua religião e principalmente a assimilação[1] ocorrida ou a difusão[2].
José
era personagem historicamente possível, pois havia grande quantidade de
evidências egípcias que testemunhava os costumes e o contexto [3]
contados em Gênesis 37-50. Semitas poderiam ter chegado a altos postos de
governo no Egito, incluindo o de grão-vizir, especialmente durante o governo
dos invasores asiáticos hicsos.
💡 A ESCRAVIDÃO DOS
HEBREUS NO EGITO E O ÊXODO não podem ser questionados, pois
textos egípcios testemunham que Ramsés II utilizou hapirus (hebreus) na
construção de fortalezas no delta do Nilo em regime de trabalho forçado. A Esteia [4]
de Merneptah, placas encontradas pelos arqueólogos no Egito que indicam
o faraó sucessor de Ramsés II, comprova a existência de israelitas na terra de
Canaã na segunda metade do século XIII a.C., o que permite discutir a fixação
da data do êxodo por volta de 1250 a.C.
💡
A CONQUISTA DA PALESTINA PELAS 12 TRIBOS ISRAELITAS
sob o comando de Josué, como narrada no livro que leva seu nome, conta com
testemunhos arqueológicos respeitáveis, como a destruição de importantes
cidades cananéias na segunda metade do século XIII a.C., embora muitos autores
preferissem explicar a entrada na terra de Canaã de outro modo, como pacífica e
progressiva infiltração de seminômades pastores a partir da Transjordânia. Este
escritor esteve pessoalmente nas escavações arqueológicas de uma muralha em
Jericó e pôde constatar que o fato narrado na Bíblia foi uma realidade.
💥 As muralhas
encontradas na região datam da época de Josué e foram destruídas por uma força
sobre-humana. As pedras gigantescas ali encontradas foram colocadas por mãos
humanas e sua destruição datada por métodos confiáveis [5].
Tudo indica, embora os arqueólogos ainda não afirmem, tratar-se das muralhas de
Jericó, destruídas por Deus, exatamente como narradas em Josué 6.
💡 ANDAR POR
ISRAEL É O MESMO QUE PASSEAR PELA HISTÓRIA. A História de Israel se
entrelaça com a História da Bíblia e com a História do próprio Deus. É
impossível falarmos do Deus da Bíblia sem falarmos de Israel. Ignorar a
História de Israel é o mesmo que ignorar a própria Palavra de Deus.
Infelizmente, alguns arqueólogos tentam, em vão, colocar Deus fora da história.
Randall
Price, em seu livro Arqueologia Bíblica, diz o seguinte: “Carentes das
referências que guiaram os seus antecessores, a presente geração de arqueólogos
tem proposto teorias revolucionárias e interpretações revisionistas para
substituir os modelos tradicionais, biblicamente embasados, da história de
Israel. Esse tem sido o caso, especialmente entre a comunidade arqueológica de
Israel. Hoje na ‘terra do Livro’, a Bíblia é considerada menos história real e
mais história religiosa pelos mesmos arqueólogos que trouxeram à luz o seu
registro em rocha... Pra muitos, a arqueologia não é mais relevante para a
religião”.
💡
JERICÓ PERTENCE AOS PALESTINOS, FICA NAS MARGENS DO RIO JORDÃO
e quem a visita hoje talvez não tenha a menor ideia de como ela foi importante
no passado. Seu nome é citado várias vezes na Bíblia Sagrada e sua história se
confunde com os grandes acontecimentos bíblicos, colocando-a como uma das
cidades mais antigas do mundo. Em Deuteronômio 34.3, ela é descrita como a
cidade das palmeiras (Tamareiras).
No
livro de Josué, ela é descrita com muralhas gigantescas e intransponíveis e
considerada uma das cidades mais difíceis de serem conquistadas. Mesmo depois
de ser destruída e reconstruída várias vezes, a região continuou sendo habitada
por povos de menor poder econômico.
Na
época do domínio romano, Jericó continuou viva. Foi citada no Novo Testamento
durante o ministério de Jesus, provando ser capaz de sobreviver a vários
domínios de vários impérios que conquistaram a região, tais como: Assíria,
Babilônia, Pérsia, chegando ao de Roma no início do primeiro século d.C. Com os
bizantinos a cidade se expandiu e vemos suas raízes no Império Otomano até 1917
e depois esteve sob o domínio Britânico.
🕛 De 1948 a 1967,
Jericó ficou sob o controle Jordaniano e foi conquistada por Israel em 1967, na
guerra dos seis dias e, depois dos acordos de Oslo, em 1993, ela é entregue ao
controle palestino.
A
construção e a consolidação do poderoso império davídico-salomônico eram
consideradas como pontos fixos e imutáveis na historiografia israelita,
constituindo marco seguro para qualquer manual de História de Israel ou de
Introdução à Bíblia, quanto às datas dos acontecimentos e às realizações da
sociedade israelita.
🎯 OS
REINOS SEPARADOS DE ISRAEL E JUDÁ, após a morte de
Salomão, eram bem testemunhados pelos textos assírios e babilônicos, e até pela
Esteia de Mesha, outro achado arqueológico, rei do país vizinho de Moab, sendo
tudo, por sua vez, muito bem detalhado nos livros dos Reis. Para a maioria dos
historiadores, o Livro dos Reis é considerado fonte primária.
O
exílio babilônico e a volta e reconstrução de Jerusalém durante a época persa,
marcando o nascimento do judaísmo baseado no Templo e na Lei que passa a ser
lida sistematicamente nas sinagogas. Isso sem maiores problemas, graças à
confiabilidade dos textos bíblicos que detalhavam os acontecimentos dessa
época.
🎯 A ANTROPOLOGIA
HISTÓRICA considera os dados provenientes de estudos da
geografia, do clima, dos assentamentos humanos, da agricultura, da organização
social e da economia de uma região e de sua população.
Muitas
são as fontes primárias, desde os escritos provenientes da Palestina às
evidências arqueológicas e fontes escritas fora da Palestina, todas mais ou
menos contemporâneas dos eventos que relatam, tais como Tabletes de argila
babilônicos; a Esteia de Memeptah, a Inscrição de Tel Dan, a Esteia de Mesha,
os Óstraca de Samaria, os Selos lemelek de Judá, a Inscrição de Siloé, a Carta
Yavneh Yarn, o Calendário de Gezer, os Óstraca de Arad, as Cartas de Lakish, os
Anais de Salmanasar III, o Obelisco Negro de Salma-nasar III, os testemunhos de
reis assírios e babilônicos como Adad-nirari III, Tiglat-Pileser III, Sargão
II, Senaquerib, Assaradon, Assurba-nipal, Nabucodonosor, e do Egito o Faraó Sheshonq.
Os
achados de Nínive, entre os anos de 1848 e 1876, antiga capital do Império
Assírio, recuperados por Ausen H. Layard, Hormuzd Rassam e George Smith, da
biblioteca de Assurbanípal (668-626 a.C.). As placas do Dilúvio foram
desenterradas por Rassam em 1853, mas só foram traduzidas em 1872, por George
Smith. Temos achados como o Código de Hamurabi (1903); os monumentos hititas em
Bogazquem (1906); o túmulo de Tutankhamum (1922); O Sarcófago de Abirão de
Biblos (1923); os textos de Ras Shamra (1929-1937); as Cartas de Meri, o
Óstraco de Laquis (1935-1938) e os Rolos do Mar Morto.
Um
exemplo de fonte primária muito interessante é a Esteia de Tel Dan. Na
localidade de Tel Dan, norte de Israel, em julho de 1993, em escavação sob a
direção do arqueólogo israelense Avraham Biran, foi descoberto um fragmento de
uma esteia de basalto12 de 32 por 22 cm, com uma inscrição em aramaico,
publicada por A. Biran e J. Naveh em novembro de 1993. Cerca de um ano mais
tarde, dois outros fragmentos menores foram descobertos na mesma localidade,
mas em um ponto diferente do primeiro.
Os
arqueólogos agruparam os três fragmentos, avaliando serem partes da mesma
esteia e produzindo um texto coerente. Datada no século IX a.C., a inscrição
foi aparentemente escrita pelo rei Hazael de Damasco, na qual ele se vangloria
de ter assassinado dois reis israelitas, Jorão (de Israel) e Acazias (de Judá),
e de ter instalado Jeú no trono de Israel, o que teria ocorrido por volta de
841 a.C. (estes episódios, com enfoque diferente, são narrados em 2 Reis. O que
causou grande rebuliço foi um termo encontrado no fragmento maior: by tdwd. A
tradução mais provável seria “Casa de Davi” e isso colocaria uma menção
extrabíblica da dinastia davídica e até mesmo da existência do rei Davi, do
qual só tínhamos informações na Bíblia.
Artigo: Pr. Jorge Videira | Reverberação: www.cristaoalerta.com.br
[1]
Assimilação: Ocorre quando o grupo culturalmente dominante integra e funde
traços de outras culturas, anteriores.
[2]
Difusão: É a propagação de traços culturais de uma determinada cultura em
outras.
[3]
Contexto: É aposição de um achado arqueológico e sua matriz nas dimensões
de tempo e espaço, assim como o seu relacionamento com achados associados.
[4]
Esteia: Monumento vertical em forma de uma laje de pedra (ou madeira),
com inscrições, pinturas ou relevos.
[5]
Datação - Os métodos mais empregados pelos arqueólogos para datação de
vestígios são a radiometria, a estratigrafia, a glaciologia estratigráfica e,
no caso de árvores, a dendrocronologia. Carbono 14- O método do radiocarbono foi
desenvolvido após a segunda guerra mundial por Willard F. Libby, da
Universidade de Chicago. Ele se baseia na quantidade do isótopo 14 do carbono,
presente em uma determinada amostra. Isótopos são variedades de um elemento que
possuem o mesmo número atômico (isto é, o mesmo número de prótons), mas números
de massa diferentes (porque possuem número de nêutrons diferentes). Há três
isótopos principais do elemento carbono presentes na atmosfera (o C12 e o C13,
estáveis, e o C14, instável).