👇 Subsídios Dominical👇

Mostrando postagens com marcador Estudos Bíblicos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estudos Bíblicos. Mostrar todas as postagens

Requisitos bíblicos para o genuíno louvor na Igreja

Há uma imensidão de hinos completamente vazios de conteúdo bíblico, e muitos até eivados de heresias. O hino se presta à verdadeira adoração a Deus e deve, portanto, possuir os seguintes elementos:

a) DEVE SER REVERENTE

Um hino é reverente à medida que contém uma mensagem bíblica que exalta a Deus pelo que Ele fez, está fazendo e fará por nós. Por exemplo, letras como “Vem tu, ó grande Deus!”, “Mais grato a ti!”, “Fala, Jesus querido”, “Graças dou por esta vida”, “Vem, ó Espírito Santo” e “Grandioso és tu” criam naturalmente um clima de reverência no culto.


b) DEVE COMUNICAR O AMOR DE DEUS

O louvor em que Deus está interessado é aquele que procura comunicar o seu amor a todas as pessoas. Infelizmente, um bom número de jovens está interessado no som, na música, no embalo, sem se preocuparem se esse “louvor” irá proporcionar comunhão ou não com Deus.                         


a) DEVE TER BELEZA POÉTICA

Uma avalanche de cânticos, impropriamente chamados de hinos, têm surgido no meio evangélico ultimamente. Suas letras são rudes, sem nenhum toque poético. Um exemplo de beleza poética é o hino 145 da Harpa Cristã, “A minha alma te ama, ó Senhor!”

 

d) DEVE TER SIMPLICIDADE

O fato de o hino ter de ser simples não significa que ela tenha de ser vulgar, mas sim que ele não deve ser muito sofisticado. Ele tem de ter o sentimento do autor expresso em palavras inteligíveis. Hinos simples possuem conteúdo bíblico e espiritualidade. Em razão de sua simplicidade, produzem resultados, que são o louvor a Deus e a edificação da igreja (2Cr 5.13; 20.21 e Sl 136.1-26).                


e) DEVE TER COMO BASE A VERDADE

Cantar versículos da Bíblia, por exemplo, especialmente os salmos, levam-nos a introjeção em nossas mentes da verdade neles contida. Cuidado com aqueles hinos que retratam fatos e acontecimentos inverídicos (1 Tm 4.1-2; Ap 22.15).


🎯O corista

Na Palavra de Deus, os coristas tinham que preencher alguns pré-requisitos:

 

a) Deveriam ser escolhidos (1Cr 16.41).

É indispensável a seleção de coristas, pois para cantar no coral não basta apenas o desejo. Cabe ao líder musical orientar aqueles que não têm aptidão natural para o canto, ou à música em geral, para que se apliquem em outra área de trabalho na igreja com o mesmo desejo que têm de servir na área musical. Isso deve ser feito com muito tato e amor cristão!

 

b) Eram da família dos levitas (1Cr 15.2).

Isso significa que somente pessoas dedicadas e espirituais devem servir no coral para o culto de louvor e adoração a Deus. Essas pessoas devem ser escolhidas.

 

c) Devem ser instruídos por pessoas competentes (1 Cr 15.22 e Ne 12.46).

A instrução musical para os coristas não deve ser negligenciada. Uma vez escolhidos e dedicados para o serviço do coral, os mesmos devem ser instruídos gradativamente quanto à técnica vocal e prática da leitura musical.

 

d) Cada corista deve ter sua responsabilidade (2Cr 8.14).

Caso não haja responsabilidades específicas para cada componente do coral. Devem ser atribuídas tarefas em grupo, de preferência de rotatividade periódica, no sentido de que todos os integrantes estejam envolvidos nas mesmas.

 

e) Os coristas devem dedicar muito do seu tempo (1Cr 16.37).

A função do corista não se limita tão somente ao culto público, mas também está voltada para qualquer culto de adoração.

Apesar de ter apresentado esses requisitos para os coristas, é importante lembrar que eles também se aplicam a todos os instrumentistas da igreja.

 

🎯Conselhos

De forma geral, é importante que todos os cantores, coristas e vocalistas, músicos da Casa de Deus observem os seguintes conselhos:

1) Não cantem ou toquem músicas sem mensagem, que não edificam, mas afastam o Espírito Santo com ritmos que não glorificam a Deus, e ainda mais sob a justificativa de que é necessária a apresentação de um “cântico novo”.

2) Não pressionem os dirigentes de cultos para assegurarem uma participação. E provável que o hino que se deseja cantar hoje deva ser cantado em outra ocasião. Se o hino for cantado hoje, pode ser que nada aconteça. Agora, se cantado na ocasião escolhida por Deus, Ele fará a obra!

3) Não pratiquem atos de comércio fora da hora. Infelizmente, muitos cantores estão com suas “bancas” funcionando do lado de fora, quando no interior do templo o culto ainda está acontecendo e, inclusive, o pregador ainda está ministrando a Palavra de Deus. Essa atitude desagrada ao Senhor. Tudo tem o seu tempo!

4) Frequentem os cultos de oração e doutrina, principalmente a Escola Dominical. Com relação aos grupos musicais, é de bom alvitre separar dias específicos para a oração. Lembrem-se: os ensaios, por mais importantes e necessários que sejam, jamais devem substituir a oração. Inclusive, haverá momentos em que a oração poderá substituir os ensaios com vantagens imensuráveis!

5) Acatem com humildade a determinação do dirigente do culto quando for permitido cantar apenas um hino. Não aproveitem a oportunidade para cantar dois ou...

6) Se a oportunidade concedida for para cantar, não faça propaganda comercial sem estar previamente autorizado pelo pastor ou dirigente, nem aproveite para pregar ou dar testemunho. Cante!

7) Não exalte a si mesmo nem as suas músicas antes de executá-las. O próprio Espírito Santo não glorifica a si mesmo, mas a Cristo!

8) Não cantem ou toquem com espírito de competição, mas conduzam-se prudentemente, com humildade e submissão.

9) Sejam obedientes à doutrina que aprenderam. Não removam os marcos antigos. Cuidado com as inovações espúrias. A obediência é o caminho da vitória!

10) Cantem para Jesus. Glorifiquem o nome do Senhor, os seus atributos, seu poder, a virtude dos seus preceitos e do seu precioso sangue! Anunciem o seu poder para salvar, libertar, reconciliar, transformar, curar c batizar no Espírito Santo.

 

🎯Como melhorar a música

 

A música é algo que mexe com a sensibilidade humana, e o Diabo sabe disso. Por essa razão, ele procura explorá-la e tirar o máximo proveito para realizar sua tríplice missão: roubar, matar e destruir. E hora de reunirmos todos os esforços no sentido de que a música seja utilizada em todas as suas dimensões, para comunicar a mensagem do Evangelho de Cristo.

 

Se faz necessário que se tome uma posição mais firme no tocante à música que você escreve, toca, canta, ouve ou utiliza na adoração ou mesmo na evangelização, submetendo-se às seguintes indagações:

 

Ela ajuda a ouvir a Palavra de Deus com clareza?

Essa música tende a ampliar, para mim, a visão que tenho da glória de Deus?

Ela tende a me conferir um ponto de vista penitente da depravação do homem?

Essa música lhe encoraja a uma vida disciplinada e piedosa?

Esse tipo de música lhe ajuda a separar-se do mundo?

Ela pode ser imaginada como fazendo parte de um reavivamento espiritual? Podemos imaginar essa música influenciando vidas à obra missionária, ao sacrifício na obra de Deus?

 

Você espera encontrar esse tipo de música que você canta no Céu?


Artigo: Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby | Reverberação: www.cristaoalerta.com.br


VEJA TAMBÉM ESSAS PUBLICAÇÕES:

Compartilhar:

O rio Jordão

O Jordão, por seus caprichosos rodeios, percorre mais de 300 km. Compreende-se, com isso, a rapidez com que ele se precipita na enorme fenda que lhe serve de leito. Seu nome significa precisamente ou exatamente aquele que desce.

O rio Jordão é único rio importante da Palestina, ele nasce no Hermom, e depois de formar lagos El Hule e Tiberíades deságua no mar Morto e morre nele, sem chegar a despejar-se no oceano. Desde a confluência de seus vários mananciais até o lago de El Hule, o Jordão percorre uns 40 km.


1. O lago de El Hule

Ao longo de seu percurso, o rio Jordão forma três lagos de diferentes dimensões: ao norte, forma o lago que foi chamado antigamente de Merom, o qual os árabes chamam hoje de El Hule. O lago de El Hule, cuja profundidade varia de 3 a 5 m, mede cerca de 6 km de comprimento.

2. O lago de Tiberíades

Ao sair lago de El Hule, o rio Jordão, depois de uma rápida descida de 17 km, forma o lago de Tiberíades, chamado antigamente de Genesaré ou mar da Galiléia. Esse lago, de forma quase oval, tem uma largura máxima de 12 km e 21 km de comprimento. E a grande reserva hídrica de Israel.


3. O rio Jordão de Tiberíades até desaguar no mar Morto

A partir do ponto em que deixa o lago de Tiberíades até desaguar no mar Morto, o Jordão percorre 109 km, embora seu curso real ultrapasse o dobro por causa da tortuosidade do seu leito. Em suas origens, o Jordão tem uma largura média de 25 m e uma profundidade de 2 a 3 m, deslizando entre margens cobertas de uma vegetação silvestre. Mas, a 10 km do mar Morto, a vegetação diminui, a água se torna salobra, e a corrente menos profunda e mais larga uns 75 m.


4. O vale do Jordão

O vale do Jordão atravessa a Palestina de norte a sul e tem o rio Jordão como sua artéria. O rio corre paralelamente às duas cadeias de montanhas à direita e à esquerda. Em uma característica, é único no mundo: extraordinariamente tem sua fonte principal ao pé do grande Hermom, a 563 m acima do nível do mar, e quando deságua no mar Morto atinge 392 m abaixo do nível do mar. Isso dá uma diferença de quase mil metros de sua origem até sua desembocadura, numa distância de menos de 150 km em linha reta. Mas essa distância se alonga consideravelmente por infinitos caminhos, sobretudo depois que o rio sai em direção ao lago de Tiberíades, embora entre este lago e o mar Morto não haja mais do que 100 km de distância em linha reta.

Em sua margem esquerda, o Jordão recebe dois afluentes principais: o Hieromax ou Yarmuk, em sua saída do grande lago da Galiléia, e o Jaboque ou Nahr-ez-Zerka. Depois das chuvas do inverno e da primavera, quando as neves do monte Hermom começam a derreter, o Jordão transborda habitualmente, mas sem causar danos, por causa da forma do seu leito em sua parte mais meridional.


o Jordão corre por um verdadeiro vale de 13 a 20 km de largura, com terraços escalonados aos seus lados que, pouco a pouco, foram formados pelas águas que escavam o solo e arrastam as terras. Os árabes têm-lhe dado o nome de Ghor (fenda). O leito do rio tem apenas 20 m de largura. Próximo às suas margens, cresce densíssima vegetação formada de tamarindos, álamos e outras árvores. No período da seca, pode-se atravessá-lo em vários pontos, dos quais existe um em frente a Jericó.


Referência: FILLION, Louis-Claude. Enciclopédia da vida de Jesus 2ª edição: março/2008, Central Gospel.


Compartilhar:

O louvor com excelência

Ao lermos o texto de l Samuel 16.17b, quando Saul pede aos seus servos que tragam até ele um homem que não simplesmente toque, mas que toque bem, o que podemos aprender?


Quando nos apresentamos a Deus como adorador, devemos estar preparados antes para prestarmos nossa adoração ao Senhor, ou seja, ensaiado, estudado a partitura e orado para que tudo saia bem e seja agradável ao Senhor.

O louvor com excelência deve ser sempre a nossa proposta quando somos chamados para liderar uma atividade musical na casa do Senhor, pois assim como Saul pediu aos seus servos que lhe trouxessem um homem que soubesse não só tocar, mas que "tocasse bem", assim deve ser o nosso louvor elevado a Deus através do som do nosso instrumento, do nosso grupo, coral, orquestra ou banda: com excelência.

O que é excelência?
É a qualidade de algo que se faz de maneira "muitíssimo bom, excepcional". Devemos nos dedicar aos estudos, aos exercícios para que possamos apresentar ao Senhor a nossa adoração com a melhor qualidade, pois Ele merece.

Tenhamos cuidado de não apresentarmos a Ele qualquer coisa parecida com louvor, mas quando estivermos adorando-O e louvando-O tenhamos a certeza de que nossa adoração chegue até Sua presença como cheiro suave em Suas narinas.

Façamos, pois um louvor com dedicação, com planejamento e acima de tudo sob a orientação do Senhor, dedicando-Lhe sempre o nosso melhor.

Referências: Jornal Mensageiro da Paz, número 1.546


VEJA TAMBÉM ESSAS PUBLICAÇÕES:

Compartilhar:

Quem foi o Profeta Daniel?

A Bíblia não registra o nome de seus pais, mas diz que pertencia à nobreza, era da linhagem real (Dn 1.3). Daniel foi contemporâneo dos profetas Jeremias e Ezequiel. Ele foi um estadista judeu dotado de dons proféticos.

🔍 Saiba mais:

👉 Daniel, autoria e data do livro

👉 Lição 1 – Daniel ora por um despertamento

 

1. O Homem Daniel e o Pano de Fundo Histórico do Livro

Daniel era descendente da família real de Judá, ou pelo menos,

da alta nobreza dessa nação (Dn. 1 3; Josefo, Anti. 10.10,1). Entre doze e dezesseis anos de idade, Daniel já se encontrava na Babilónia, como cativo judeu entre todos outros jovens nobres hebreus, como Ananias, Misael e Azarias, em resultado da primeira deportação da nação de Judá, no quarto ano do reinado de Jeoiaquim.


Ele e seus companheiros foram forçados a entrar no serviço da corte real babilónica. Daniel recebeu o nome caldeu de Beltessazar, que significa “príncipe de Baal”. De acordo com os costumes orientais, uma pessoa podia adquirir um novo nome, se as suas condições fossem significativamente alteradas, e esse novo nome expressava a nova condição (2 Reis 23.34; 24.17; Est. 2.7; Esd. 5,14).


A fim de ser preparado para suas novas funções, Daniel recebeu o treinamento oriental necessário. Daniel aprendeu a falar e a escrever o caldeu (Dan. 1,4) e não demorou para que se distinguisse por sua sabedoria e piedade, especialmente na observância da lei mosaica (Dan. 1.8-16). O seu dever de entreter a outras pessoas sujeitou-o à tentação de comer coisas consideradas impróprias pelos preceitos levíticos, problema que ele enfrentou com sucesso. Sua vida é um exemplo de servo fiel ao Senhor Deus.

2. Daniel, uni exemplo para os jovens


a)  Daniel é um exemplo, por ter buscado a Deus muito cedo na vida.

"Lembra-te do teu Criador nos dias da lua mocidade” (Ec 12.1). Quem se entrega a Jesus na sua juventude, ganha a salvação, mas também o privilégio de viver toda a sua vida para Cristo! Jovem, faça de Daniel o seu ideai! Entregue a sua vida a Jesus cedo!


👉 Outros exemplos de pessoas que começaram cedo a servir a Deus são Samuel (1 Sm 3.1-11), José (Gn 39.2). Davi (1 Sm 16.12), e Timóteo, o cooperador de Paulo (2 Tm 3.15).

 

b) Daniel é um exemplo, por ter cultivado uma vida de oração.

Isto deu-lhe condições de conservar a sua identidade de servo de Deus, mesmo em uma sociedade pagã. O segredo da vitória de Daniel era o hábito de orar todos os dias três vezes (Dn 6.10), e, assim, quando influências e costumes idolátricos queriam AGIR, para envolvê-lo, tinha poder para REAGIR e manter-se vitorioso. Jovem, faça o mesmo! O segredo da vitória para todos nós é permanecermos aos pés daquele que nos amou! (Rm 8.37)


c) Daniel é um exemplo, por ter mantido firme o propósito de em todo obedecer à Palavra de Deus.

Quando entrou na escola palaciana, e viu que o cardápio, determinado para ele, entrava em colisão com os preceitos da Lei de Deus, “Daniel assentou cm seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei” (Dn 1.8). Com a ajuda de Deus, conseguiu alimentar-se de acordo com a sua consciência. E Jeová o recompensou por sua fidelidade. ao dar-lhe conhecimento e inteligência, em todas as letras; e sabedoria c entendimento, em toda visão e sonhos (Dn 1.17). E, por causa da diferenciada capacidade que Deus lhe deu, Daniel permaneceu diante do rei, para servi-lo (Dn 1,19).


3. Daniel, um exemplo para todos os obreiros.

Daniel ocupou um elevado cargo, tanto no reino da Babilônia (Dn 2.49; 5.29) como no império persa (Dn 6.1-3). Meu caro irmão, que ocupa uma função de responsabilidade na sociedade, seja em um cargo público, ou em uma empresa privada, tome Daniel como exemplo pessoal.


O que caracterizou Daniel enquanto era alto funcionário?


a) Daniel era FIEL (Dn 6.4).

A fidelidade é um adorno que dignifica qualquer servidor, seja em que posição for. O crente deve ser fiel a seus superiores, estejam eles presentes ou ausentes. O cristão precisa ser sincero a seus colegas, e também a seus subordinados. Necessita cumprir os deveres assumidos, e ter firmeza em suas palavras, que devem ser sim, sim, e não, não (Mt 5.37).


b) Daniel não tinha VÍCIO (Dn 6.4).

O vício mais comum é a prática da mentira. O crente não pode mentir (Is. 63.8; Ef 4.25). A Bíblia diz que os mentirosos não serão salvos (Ap 21.27). Outro vício é a desonestidade. O crente deve ser honesto a toda prova (Rui 12.17; 1 Ts 4.12). Neemias foi governador cm Jerusalém algum tempo. Ele disse que os seus antecessores haviam-se beneficiado a si mesmos, mas ele podia dizer: “eu assim não fiz, por causa do temor de Deus” (Ne 5.15).


4. Daniel, um exemplo para os idosos.

Mesmo em idade avançada. Daniel deu bom exemplo. Tinha mais de 80 anos, quando foi convocado para interpretar a escrita na parede do palácio, e estava em condições espirituais de fazê-lo (Dn 5.13). Pouco tempo depois, no reinado de Dario, orava três vezes ao dia (Dn 6.10).


Adaptação: www.cristaoalerta.com.br

Referências:

- Lições Bíblicas Jovens e Adultos 3° trimestre de 1995, CPAD

- Champlin, Russell Norman, O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo: dicionário — A – L. Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2001.


VEJA TAMBÉM ESSAS PUBLICAÇÕES:

Compartilhar:

Daniel, autoria e data do livro

Daniel, cujo nome significa “Deus é meu juiz”, é tanto o personagem principal como o autor do livro que leva o seu nome. A autoria de Daniel não somente é declarada explicitamente em 12.4 como também é subentendida pelas numerosas referências autobiográficas nos caps. 7—12. Jesus atribui o livro ao “profeta Daniel” (Mt 24.15), quando cita Dn 9.27.

1. EVENTOS HISTÓRICOS NO LIVRO DE DANIEL


O livro de Daniel abrange o período entre 605 e 535 a.C., aproximadamente. Dn 1–6 narra eventos e histórias que demonstram a fidelidade de Deus a Daniel e seus amigos, à medida que eles permaneciam fiéis a Deus e à sua lei. Essas histórias são apresentadas em ordem aproximadamente cronológica.


O livro relata eventos a partir da primeira invasão de Jerusalém por Nabucodonosor (605 a.C.) até ao terceiro ano de Ciro (536 a.C.) (10.1).


O contexto histórico do livro está vinculado a Babilônia, durante o cativeiro babilônico de Judá de setenta anos de duração profetizado por Jeremias (cf. Jr 25.11). Daniel era certamente adolescente por ocasião dos eventos do cap. 1, e octogenário, quando teve as visões dos caps. 9—12.


Supõe-se que ele viveu até cerca de 530 a.C., quando teria concluído o livro na última década de sua vida (cf. João e o livro de Apocalipse). Os críticos modernos que consideram o livro de Daniel como espúrio, e do século II a.C., orientam-se pelo seu próprio raciocínio filosófico desvirtuado, e não pelos fatos reais.

Quase toda informação que se tem do profeta Daniel procede deste livro (cf. Ez 14.14,20). Possivelmente Daniel era descendente do rei Ezequias (cf. 2 Rs 20.17,18; Is 39.6,7). Ele era de família culta, da classe alta de Jerusalém (1.3-6), porquanto Nabucodonosor não escolheria jovens estrangeiros de classe inferior para sua corte real (Dn 1.4,17). O êxito de Daniel em Babilônia atribui-se à sua integridade de caráter, aos seus dons proféticos e às intervenções de Deus que resultaram no seu acesso rápido a posições de destaque e de responsabilidade na corte (Dn 2.46-49; 6.1-3)


🔍 Veja também: Daniel ora por um despertamento


2. AUTOR E DATA

Cronologicamente, Daniel é um dos últimos profetas do AT. Somente Ageu, Zacarias e Malaquias vêm depois dele na sequência do ministério profético do AT. Foi contemporâneo de Jeremias, porém, mais jovem que este. Tinha provavelmente a mesma idade de Ezequiel.


Os estudiosos debatem incessantemente a data em que o livro de Daniel obteve a sua forma final. Os acadêmicos mais conservadores afirmam que Daniel escreveu o livro no fim dos anos 500 a.C. O livro afirma ser profecia preditiva (Dn 2.29-31; 4.24; 7.1–12.13), e o autor coloca Daniel nos anos 500 (Dn 2.1; 5.1; 10.1). O livro exibe excelente conhecimento da história da Babilônia, embora algumas questões históricas precisem ser resolvidas.


Outros estudiosos afirmam que a data do livro deve ser, aproximadamente, 164 a.C., principalmente porque Daniel descreve eventos dessa época – acredita-se que as predições de

Dn 11.1-35 são descrições detalhadas demais a respeito de eventos ocorridos entre 190 e 164 a.C. para terem sido feitas 300 anos antes. Há problemas, no entanto, para atribuir uma data posterior para o livro. Acima de tudo, o livro, em sua forma atual, é claramente atribuído apenas a Daniel. Uma das principais declarações de Daniel é a de que Deus pode predizer o futuro (Dn 2.27-29; 10.21).


Se o próprio Daniel não escreveu as profecias preditivas, então as declarações do livro não têm a integridade exigida de um dos mais inspirados profetas de Deus. Sem negar os notáveis detalhes, a questão da predição não é conclusiva: Quem pode dizer com que detalhes Deus pode revelar o futuro aos seus profetas? As visões de Daniel também têm características de literatura apocalíptica, e são modelos para muitos apocalipses posteriores.


A literatura apocalíptica era especialmente popular entre os textos judaicos do período intertestamentário (depois de 400 a.C.), e por isso acredita-se que o livro não poderia ter sido escrito antes desse período. No entanto, estudos recentes afirmam que a mentalidade apocalíptica está presente em livros bíblicos também do período do exílio. Portanto, é possível pensar que Daniel tenha servido de modelo para os apocalipses posteriores.


Considerar o livro de Daniel como tendo sido escrito nos anos 500 a.C., por Daniel, é menos problemático que datá-lo em uma ocasião posterior, para evitar a sugestão de que ele contém profecia preditiva detalhada.

3. SÍNTESE DO LIVRO DE DANIEL

Em Dn 7–12, o foco passa à soberania de Deus sobre o curso da história.

Como em Dn 1–6, as visões destes capítulos estão em ordem aproximadamente cronológica.

Dn 7 usa simbolismo animal para narrar a mesma história encontrada em Dn 2: A história do mundo culminará no estabelecimento do reino de Deus, mas antes disso haverá violenta oposição a Deus e seus propósitos.

O capítulo 8 destaca os papéis da Pérsia e da Grécia, culminando nos atos de um ímpio governante que se oporá ao povo de Deus.

O capítulo 9 apresenta a maravilhosa oração de Daniel, que é inspirada pela profecia de Jeremias, a respeito de setenta anos de servidão (Dn 9.1-2).

A oração tocou o coração de Deus e ajudou a acabar com o exílio. Como resultado da oração, o anjo Gabriel é enviado a Daniel para revelar os setenta conjuntos de sete que viriam, uma visão geral do plano de Deus para estabelecer o seu povo e lidar com os seus opressores.

Em Dn 10–12, o livro termina, com uma visão final, que retrata a história desde o terceiro ano de Ciro (536 a.C.), até o período de Grécia e Roma, e até a ocasião da ressurreição. Daniel foi fiel ao seu chamado, e será ressuscitado no final.


4. O LIVRO DANIEL COMO LITERATURA

Daniel contém história, mas contém muito mais. O livro ensina lições teológicas de história, indo além dos eventos terrenos, para exibir e demonstrar o seu verdadeiro significado e importância. O livro pretende, principalmente, mostrar a mão de Deus e o seu plano, pela maneira como narra os seus eventos.


📝 Daniel como Literatura de Sabedoria.

Daniel é um livro de sabedoria, que tem a finalidade de tornar o povo de Deus sábio nos caminhos de Deus. A pessoa sábia é purificada pelo sofrimento, busca o caminho da justiça e conduz outras por esse caminho (Dn 11.33-35; 12.3). A pessoa sábia entende que o Deus Altíssimo é o Deus dos deuses, que Ele tem o futuro em suas mãos, e que Ele pode resgatar o seu povo de qualquer perigo (Dn 3.16-18; 6.21-22; 12.1-3).


📝 Daniel como Literatura Apocalíptica.

Certas partes de Daniel pertencem ao gênero literário chamado apocalíptico (“revelação, desvendar o que está oculto”). Este gênero abre a cortina da história terrestre e revela a atividade de Deus, dos anjos, e outras forças espirituais nos bastidores. Essas atividades afetam eventos históricos na terra.


A literatura apocalíptica revela a realidade, frequentemente com o uso de linguagem simbólica, de modo que estátuas, animais ou chifres podem representar coisas como reis, reinos e pessoas.


É importante interpretar a literatura apocalíptica segundo o que tenciona a sua comparação. Qual é a realidade e a verdade por trás da comparação?

 

O contexto literário e os antecedentes históricos de uma passagem devem ser examinados para interpretar, apropriadamente, o seu simbolismo. Às vezes, as noções necessárias para interpretar a comparação são encontradas no texto (Dn 7.1-14,16-17,23-25).


Em outros casos, um estudo do ambiente social, político, militar ou cultural resultará em conhecimentos úteis. Por exemplo, o estudo da história da Babilônia pode ser útil para entender por que determinada imagem para a Babilônia (uma cabeça de ouro ou um leão) é adequada. Indo além dos eventos terrenos para demonstrar o seu verdadeiro significado, o livro de Daniel ensina lições teológicas.


A antiga versão de Daniel em grego e a Vulgata Latina incluem três passagens que não são encontradas nos manuscritos hebraicos. Essas passagens estão incluídas nas edições católica romana e ortodoxa, mas não nas edições protestantes.


4. O LIVRO DE DANIEL ANTE O NOVO TESTAMENTO


A influência de Daniel no NT vai muito além das cinco ou seis vezes que o livro é citado diretamente. Muito da história e da profecia de Daniel reaparece nos trechos proféticos dos Evangelhos, das Epístolas e do Apocalipse.


A profecia de Daniel a respeito do Messias vindouro contém uma descrição dEle como

(1) a “grande pedra” que esmagaria os reinos do mundo (Dn 2.34,35,45);

(2) o Filho do homem, a quem o Ancião de dias daria o domínio, a glória e o reino (Dn 7.13,14); e

(3) “o Messias, o Príncipe” que viria e seria tirado (Dn 9.25,26). Alguns intérpretes creem que a visão de Daniel, em 10.5-9, trata-se de uma aparição do Cristo pré-encarnado (cf. Ap 1.12-16).


Daniel contém numerosos temas proféticos plenamente desenvolvidos no NT: e.g., a grande tribulação e o anticristo, a segunda vinda de nosso Senhor, o triunfo do reino de Deus, a ressurreição dos justos e dos ímpios e o Juízo Final.


As vidas de Daniel e dos seus três amigos evidenciam o ensino neotestamentário da separação pessoal do pecado e do mundo, ou seja, viver no mundo incrédulo sem, porém, participar do seu espírito e dos seus modos (Dn 1.8; 3.12; 6.18; cf. Jo 7.6,15,16,18; 2 Co 6.14—7.1).


Adaptação: www.cristaoalerta.com.br

Referências:

- Bíblia the Way – o caminho – CPAD

- Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD


VEJA TAMBÉM ESSAS PUBLICAÇÕES:

Compartilhar:

Revista Digital Cristão Alerta

Acesse Aqui As Edições de Nossa Revista


CURSOS BÍBLICOS PARA VOCÊ:

1) CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA Clique Aqui
2) CURSO MÉDIO EM TEOLOGIAClique Aqui
3) Formação de Professores da Escola Dominical Clique Aqui
5) CURSO OBREIRO APROVADO - Clique Aqui


Matricule-se já !