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Os Músicos e o Uso de Instrumentos

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Está na hora das igrejas grandes terem um departamento musical sob a direção de alguém competente e escolhido para isso, para coordenar todas as atividades musicais da igreja.

Há muitos cuidados que o músico na igreja deve tomar para não quebrar a ética litúrgica na Casa de Deus. Gostaríamos de citar neste artigo aqueles que julgamos mais necessários. Vejamos cada um deles.

Se os instrumentistas vão fazer solo, deverão deixar o volume dos aparelhos numa altura que seja a ideal, confortável ao ouvido, e não abrir todo o volume, como muitos fazem, achando que todo mundo está gostando.

Se vão “acompanhar”, devem apenas acompanhar. Acompanhamento quer dizer executar em segundo plano. O que muitos infelizmente fazem é abafar as vozes principais, que estão no primeiro plano. Isso é falta de orientação, de bom gosto, de sabedoria, de bom-senso. Significa que não há um responsável por isso, e que estão agindo de modo absoluto, como bem entendem. Significa que o dirigente deixou tudo à vontade, com a desculpa que isso é “liberdade no Espírito”, quando na realidade é desorganização do responsável.


O instrumento não é para abafar a voz de quem canta, mas acompanhá-la. Às vezes, muitas dessas pessoas, no passado, vieram de ambientes mundanos pesados, onde tocavam a noite inteira, a todo volume, uma música que não era música. Era uma loucura diabólica que arrasava os nervos de qualquer um, e também os ouvidos, e ainda sob essa nociva influência ingressam na igreja, c, uma vez aqui, não ficam totalmente libertos dos gostos mundanos ou não recebem a devida orientação.

Daí existirem hoje dois tipos de gerações:

a) Uma geração de surdos, pelos tímpanos lesados nas orgias superbarulhentas, nos clubes, nos “inferninhos”, nos lares, nos carros etc.

b) Uma geração de loucos, pelos nervos lesados pela poluição sonora, dia e noite.

A igreja em toda parte tem muita gente assim, que não sabe o que é bom gosto, senso apurado, quintessência, equilíbrio etc. Os tais não sabem que estão arrasando os ouvidos dos outros. É como diz em Malaquias: “Não sabem que fazem mal”.

A música na igreja, segundo a Bíblia, deve ter pelo menos três propósitos, a saber (Cl 3.16):

1) O propósito da adoração a Deus;
2) O propósito do louvor a Deus;
3) O propósito do serviço para Deus.

Podemos ter muita música na igreja, mas sem o propósito da adoração. Nesse caso, a nossa música será tão somente “metal que soa e sino que tine” (1 Co 13.1). De todos os ministérios que integram o culto cristão, o que mais está sofrendo é o da música.

Muita música nas igrejas é simplesmente uma coisa qualquer, mas não música espiritual, que arrebata, que transforma, que fala ao coração, que edifica, que inspira, que toca a alma, e não apenas os nossos ouvidos e sentimentos.

Não me refiro só à melodia, harmonia e ritmo. Não. Refiro-me também à letra, muitas vezes antibíblica, irreverente, só poética e filosófica. Isso é porventura “música de Deus”, como está escrito em 1 Crônicas 16.42? Por que isso? Geralmente, porque seus autores não andam com Deus para Dele receberem a Palavra que saturaria seus hinos.

A música da igreja não deve apenas encher nossos ouvidos, mas muito mais o nosso coração, de modo que ela sirva de instrumento para Deus revelar e manifestar sua presença em nosso meio. E isso que eu chamo de música como um serviço a Deus. Com exceção do canto congregacional, oriundo de hinários sacros, o que está havendo em muitas igrejas é música mundana, música de boate, música de embalo, música para bailar, sem qualquer dose de inspiração divina e sem nenhum ou quase nada de conteúdo bíblico.

Deus pedirá conta por essa música sem mensagem e sem inspiração. Deus julgará essa desordem na sua casa e no seu culto. Quando a música foi profanada, nos primórdios da raça humana (Gn 4.21-24), veio mais tarde o Dilúvio.

Uma das razões porque o Diabo tem causado tanto estrago na música, tanto fora como dentro da Igreja porque ele antes da sua queda era dirigente de música no Céu (Ez 28.13 e Jó 38.7). Portanto, ele conhece essa matéria e sabe como corrompê-la.



Enquanto a congregação canta no máximo dois ou três hinos em todo o culto, solistas, conjuntos, corais e bandas cantam e tocam até 21 números? (como sei de casos)! Sim, em muitas igrejas, a congregação não canta mais ao Senhor por causa da desordem no culto.

Segundo as Escrituras, o incenso sagrado (que simboliza a oração e a adoração) era composto de vários ingredientes, mas todos de peso igual (Êx 30.34).

O azeite vinha na frente (Êx 30.22-33). Depois o incenso (Êx 30.34-38). O azeite fala do Espírito Santo. A predominância do Espírito Santo na vida do crente e no ambiente leva a uma profunda e santa adoração.

Montagem e arrumação de instrumentos durante o culto é desorganização, bem como afiná-los durante o culto. Preparem tudo antes do culto. Honrem a Deus, fazendo do seu culto um momento de encontro com Ele, e não uma miscelânea que ninguém sabe o que é.

É como diz Paulo aos Coríntios: “Enquanto um tem fome, outro embriaga-se; de modo que quando vos ajuntais, não é para melhor, senão para pior” (1 Co 11).

A questão dos cantores é outro assunto bastante delicado, especialmente quando são cantores de fora, com seus modos e costumes peculiares, às vezes copiados de outros, quase sempre contrariando a boa ordem do culto e querendo dar ou deixar a impressão de espiritualidade, quando muitas vezes não é o caso. Geralmente são indisciplinados, autoritários, chegam quase sempre atrasados e, nesse caso, perturbam o culto todo, ligando instrumentos, afinando-os etc.

Eles conversam durante o tempo em que não estão cantando, não dizem quantos hinos vão cantar, nem pedem permissão ao pastor para isso. Acham que, por serem cantores, têm salvo conduto onde chegarem. Onde está a humildade e as características de um verdadeiro ministério de canto? Então, só porque sou cantor e vou adorar a Deus noutra igreja terei que cantar? Se os dirigentes, não tomarem providências, não teremos outro elemento no culto a não ser a música, e nem isso, porque, como já vimos, é música sem unção, sem mensagem, sem poder, sem graça divina, sem nada!

Se o hino que alguém vai cantar tem, digamos, cinco estrofes, pode cantar apenas três e suprimir as demais. É uma questão de sabedoria e bom-senso. Salvas as exceções, muitos de seus hinos são obras primas artificiais e sem mensagem, devido a seus autores não quererem saber da Bíblia e da profunda comunhão com Deus. Tais hinos são como uma flor artificial: quase perfeita, mas sem vida, sem perfume, sem crescimento. Uma lei divina é que toda reprodução seja segundo a sua espécie (Gn 1.11-12,21).


Referências: GILBERTO, Antonio. Os Músicos e o Uso de Instrumentos. Jornal Mensageiro da Paz, março 2014, CPAD

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