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Lição 11 A HUMILHAÇÃO DE HAMÃ E A HONRA DE MARDOQUEU (15 de Setembro de 2024)

 

TEXTO ÁUREO

“E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.11)


VERDADE PRÁTICA

Deus abate e exalta a quem Ele quer. Se humilhados, devemos glorificá-lo. Se exaltados, a glória continua sendo toda dEle.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Et 5.10-14; 6.1

Hamã foi dormir com tudo planejado, enquanto o rei Assuero perdeu o sono

Terça - Rm 8.28

Deus estava agindo poderosamente, fazendo tudo cooperar para o bem

Quarta -  Pv 16.18-19; cf. Gn 3.1-5; Is 14.13,14

Presumir-se digno de honra reflete a soberba e o orgulho

Quinta - 1 Pe 2.17; 1 Ts 5.12,13

Honrar os que são dignos de honra agrada a Deus

Sexta - Et 6.7-9 

A "síndrome de imperador" de Hamã revela o egocentrismo mascarado no ser humano

Sábado - Et 6.13

No lugar de receber consolo, Hamã recebe uma palavra aterradora que o deixou amedrontado


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 6.1-14

1 - Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então, mandou trazer o livro das memórias das crônicas, e se leram diante do rei.  

2 - E achou-se escrito que Mardoqueu tinha dado notícia de Bigtã e de Teres, dois eunucos do rei, dos da guarda da porta, de que procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.  

3 - Então, disse o rei: Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E os jovens do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez.  

4 - Então, disse o rei: Quem  está  no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.  

5 - E os jovens do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse.  

6 - E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então, Hamã disse no seu coração: De quem se agradará o rei para  lhe  fazer honra mais do que a mim?  

7 - Pelo que disse Hamã ao rei: Quanto ao homem de cuja honra o rei se agrada,  

8 - traga a veste real de que o rei se costuma vestir, monte também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça;  

9 - e entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja honra se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!  

10 - Então, disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma deixes cair de tudo quanto disseste.  

11 - E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!

12 - Depois disso, Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo a sua casa, angustiado e coberta a cabeça.  

13 - E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem  já  começaste a cair,  é  da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele.

14 - Estando eles ainda falando com ele, chegaram os eunucos do rei e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.


Hinos Sugeridos: 198, 200, 344 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A lição desta semana demarca dois fatos importantes no Livro de Ester: a humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu. Esses fatos passam pela divina providência que, a partir do sono fugidio do rei, fez com que o rei se lembrasse de honrar a Mardoqueu devido a sua boa ação no passado. A lição também traça a personalidade doentia de Hamã, que achava ele mesmo ser digno de honra do rei. Assim, a lição de hoje nos lembra a respeito da humildade, uma virtude que agrada a Deus.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Identificar a ação de Deus no fato de o rei lembrar da boa ação de Mardoqueu; 

II) Descrever como Hamã foi chamado para honrar Mardoqueu; 

III) Traçar o perfil da síndrome de imperador.  


B) Motivação: Hamã era rico e tinha poder para “comprar” seu respeito diante dos outros. Sua intensa busca pelo poder o transformou num homem obsessivo. Essa é uma importante imagem para nos alertar a respeito do cuidado que devemos ter com a popularidade, a fama, para não sermos levados a atos imorais.    

C) Sugestão de Método: Para concluir esta lição, faça um resumo do perfil de Hamã e Mardoqueu. Mostre que Hamã era um homem rico, ambicioso, comprava a reputação com o dinheiro e o poder que tinha, tramava contra pessoas que ele não gostava ou entrasse em seu caminho; Mardoqueu, um homem que descobriu a conspiração para assassinar o rei, agia com lealdade para com o rei, cuidou de sua prima e quando foi honrado pelo rei voltou para o mesmo lugar de antes. Encerre a lição mostrando que esses dois perfis podem revelar traços de nossa personalidade. Que o Altíssimo nos auxilie a escolher sempre o caminho que honre e exalte a Deus.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A presente lição nos ensina que Deus tem trabalhado pacientemente e, até mesmo em silencia, em favor do seu povo. A Palavra de Deus nos ensina que os acontecimentos em nossa vida não são meras coincidências, mas a ação soberana de Deus no curso de nossa vida (Rm 8.28).

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 

1) O texto “A Providência Divina por trás da História”, localizado depois do segundo tópico, aprofunda mais a respeito do episódio da honra de Mardoqueu; 2) O texto “Hamã”, ao final do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do perfil de Hamã.


INTRODUÇÃO

Na lição anterior, Ester recebe Assuero e Hamã para um banquete. Em vez de fazer seu pedido, ela pede ao rei que compareça a outro banquete, no dia seguinte, também junto com Hamã. Naquela noite, fatos novos aconteceriam em Susã alterando totalmente o cenário da história. Deus sabe o que estará nos jornais de amanhã.


Palavra-Chave: Humilhação e Honra



I – O REI SE LEMBRA DA BOA AÇÃO DE MARDOQUEU

1. Uma noite decisiva. 

Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras. Mas seu júbilo logo se converteu em fúria. Na saída do palácio viu o judeu Mardoqueu, que nem se moveu diante de sua presença (Et 5.9). Hamã conteve sua ira, mas precisava desabafar. Foi para casa e chamou seus amigos e sua mulher, Zeres, para falar de sua frustração: a riqueza e a elevada posição no reino não o satisfaziam enquanto visse Mardoqueu assentado à porta do rei. Hamã não podia nem mesmo esperar pelo dia da pretendida matança geral dos judeus. O ódio lhe consumia. Aconselhado pela mulher e pelos amigos, decidiu pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu no dia seguinte. Hamã foi dormir com tudo planejado, mas Assuero perdeu o sono (Et 5.10-14; 6.1).


2. Forca ou honra.

 Enquanto Mardoqueu dormia, duas pessoas planejavam seu futuro. Hamã lhe preparou uma forca. Assuero, um dia de honra. O que iria prevalecer? Queiramos ou não, o que outras pessoas pensam e fazem pode produzir consequências em nossa vida. Por isso, nossos relacionamentos interpessoais devem estar pautados no temor a Deus. Dar a cada um o que é devido é um dos meios de não nos deixar enganar pelo individualismo, um estilo de vida antibíblico segundo o qual o indivíduo é capaz de se realizar sozinho, independente das pessoas que o cercam. A chamada autossuficiência. A ética cristã, contudo, nos ensina quanto são essenciais os relacionamentos humanos, e como Deus trabalha através deles (Ef 6.4-6). O Novo Testamento possui inúmeros versículos com a expressão “uns aos outros” (Jo 13.34; 1 Ts 5.11; Tg 5.16). Coisas boas e ruins podem nos alcançar, vindas de pessoas que nos cercam. Quando tememos a Deus, Ele intercepta o mal e faz com que a bênção nos alcance (Sl 91.5-10; Dt 28.2). A maldição não atinge a quem Deus abençoa (Nm 23.8; Dt 23.5; Pv 26.2).


3. Cinco anos depois. 

Já haviam se passado cerca de cinco anos de quando Mardoqueu revelou a conspiração contra Assuero. Tudo ficou (aparentemente) esquecido. Naquela noite, contudo, o Deus que tem poder sobre todas as coisas, incluindo a fisiologia humana, tirou o sono do rei (Sl 127.2). Sem dormir, Assuero ordenou que trouxessem e lessem perante ele o livro de registro dos fatos importantes do reino (Et 6.1). Certamente não eram poucos os relatos. Só Assuero já estava há cerca de treze anos no trono. A providência divina fez com que fosse lido exatamente o trecho que falava do feito de Mardoqueu, que pôs fim à conspiração contra o rei. Assim, a Palavra de Deus declara: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).


SINÓPSE I

Numa noite em que o sono fugiu do rei, Deus o fez lembrar da boa ação de Mardoqueu.



II – HAMÃ É CHAMADO PARA HONRAR MARDOQUEU

1. Um ato de justiça. 

Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). A maneira direta como se referiu ao nome de Mardoqueu demonstra que Assuero o conhecia bem. Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como. Perguntou, então, quem estava no pátio exterior do palácio. Era Hamã, que buscava uma oportunidade para pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu, na forca que tinha preparado perto de sua casa. O inimigo seria o definidor da bênção (Gn 50.20).


2. Presunção e autoconfiança. 

Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho. Esse terrível sentimento, nutrido originalmente por Lúcifer (Is 14.13,14), foi instilado na mente de Eva e é lançado constantemente nos corações humanos (Gn 3.1-5; Pv 16.18-19). Devemos sempre preferir a humildade de Cristo, que nos livra de ambições egoístas e nos faz considerar os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3-8). Devemos ser alimentados diariamente pela alegria do Senhor e não condicionar nossas emoções ao sabor do momento (Jo 15.11; Fp 4.4-7; 1 Pe 5.7).


3. O devido lugar da honra. 

“Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada?” Era a pergunta do rei (Et 6.6). Hamã sugeriu que este homem fosse vestido com a veste real, montasse o cavalo do rei, recebesse a coroa real e fosse conduzido por um dos príncipes do rei, “dos maiores senhores”, com uma proclamação pública: “Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.6.7-9). O rei acatou imediatamente a sugestão. Hamã só não imaginava que o honrado seria Mardoqueu e que ele seria o puxador do cavalo (Et 6.10,11). Isso o deixou ainda mais enfurecido e muito envergonhado (Et 6.12). Devemos nos alegrar quando alguém é honrado. Incomodar-se com isso pode ser expressão de orgulho. Honrar os que são dignos de honra, agrada a Deus e não deve ser confundido com bajulação (1 Pe 2.17; 1 Ts 5.12,13). Contudo, é preciso considerar sempre que honra não se exige, se recebe com humildade. Mesmo com toda a honra recebida, Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.


SINÓPSE II

O rei chama Hamã para honrar Mardoqueu.


AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

A PROVIDÊNCIA DIVINA POR TRÁS DA HISTÓRIA

“Sem poder dormir, o rei decidiu rever a história do seu reino, e seus servos leram para ele sobre as boas obras de Mardoqueu. Isso parece coincidência, mas Deus está sempre trabalhando. Deus também tem trabalhado em silêncio e pacientemente em sua vida. Os acontecimentos que concorrem para o bem não são mera coincidência; são resultado do soberano controle de Deus sobre o curso de nossa vida (Rm 8.28).


[...] Mardoqueu havia descoberto uma conspiração para assassinar o rei Assuero. Ele agiu com lealdade e salvou a vida do monarca (2.21-23). Embora suas boas obras estivessem registradas nos livros históricos, Mardoqueu não havia sido recompensado. Mas Deus estava guardando a recompensa dele para o momento certo. Assim como Hamã estava prestes a enforcar Mardoqueu injustamente, o rei estava disposto a recompensá-lo publicamente. Embora Deus tenha prometido recompensar nossas boas obras, algumas vezes pensamos que a recompensa está muito distante. Seja paciente. Deus no-la dará no momento mais adequado” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693).



III – A SÍNDROME DE IMPERADOR 

1. A soberba de Hamã. 

Quando fez sua sugestão ao rei, imaginando que a honra seria para ele, Hamã revelou ter a síndrome de imperador. Ele queria roupa de rei, cavalo de rei e coroa de rei (Et 6.8). Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem. Sem correção, os filhos podem crescer como um Hamã, cheios de soberba e presunção (Pv 23.13,14; 29.15,17,23; 30.17). Deus quer nos dar famílias saudáveis (Sl 127.1-5; Sl 128.1-6). Nosso papel é exercer um amor responsável, dedicar tempo de qualidade e viver em constante vigilância e oração (Hb 12.7-9; Jó 1.5; Sl 144.12).


2. Um mau prenúncio. 

Hamã chegou em casa arrasado e contou para a mulher e os amigos o que lhe havia acontecido. Que frustração! E se esperava uma palavra de consolo, não foi o que recebeu. Ouviu uma sentença aterradora: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele” (Et 6.13). A declaração da mulher e dos amigos de Hamã pode indicar que conheciam a história dos judeus, um povo que já havia sobrevivido a muitos sofrimentos e ameaças. Era um mau prenúncio para Hamã.


SINÓPSE III

A soberba de Hamã revelou a síndrome de imperador que pode danificar traços da personalidade.



AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“HAMÃ

As pessoas mais arrogantes são com freqüência as que precisam medir seu próprio valor pelo poder ou influência que pensam ter sobre as outras pessoas.  


Hamã era um líder extremamente arrogante. Ele reconhecia o rei como seu superior, mas não podia aceitar qualquer outro como igual. 


Quando um homem, Mardoqueu, recusou-se a curvar-se em submissão a ele, Hamã quis destruí-lo. Ele foi consumido pelo ódio a Mardoqueu. O coração dele já estava cheio de ódio racial por todo o povo judeu devido ao prolongado atrito entre os judeus e os ancestrais de Hamã, os amalequitas.  


A dedicação de Mardoqueu a Deus e sua recusa em dar honras a qualquer pessoa humana desafiou a religião egoísta de Hamã. Este via os judeus como uma ameaça a seu poder, e decidiu matar a todos.


Deus estava preparando a queda de Hamã e a proteção do seu povo, muito antes deste homem assumir o poder durante o reinado de Assuero.  


Ester, uma judia, tornou-se rainha, e Mardoqueu demonstrou lealdade ao denunciar uma conspiração para assassinar Assuero, deixando o rei em dívida para com ele. Hamã não foi apenas impedido de matar Mardoqueu, como também teve que sofrer a humilhação de vê-lo ser honrado publicamente.  

Após algumas horas, Hamã morreu na forca que havia construído para Mardoqueu, e seu plano de extermínio dos judeus foi frustrado.  


Em contraste com Ester, que arriscou tudo por Deus e venceu, Hamã arriscou tudo para alcançar seu propósito maligno e perdeu” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.694).


CONCLUSÃO

Quanta coisa mudou em Susã em menos de 24 horas! Nosso Deus é grande e poderoso! Perdemos muito tempo com discussões e debates, e, às vezes, fazendo o que Ele não nos ordenou fazer, no afã de resolver nossos problemas. O segredo é confiar no Senhor e viver com humildade, fazendo a sua vontade. Ele permanece no controle e sempre age no momento certo.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quais os dois cenários distintos na noite que antecedeu ao segundo banquete oferecido por Ester?

Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras.


2. O que levou o rei a decidir honrar Mardoqueu?

Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). [...] Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como.


3. O que Hamã presumiu diante da pergunta do rei e o que isso revela de seu caráter?

Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho.


4. O que Mardoqueu fez após ser honrado pelo rei? O que aprendemos com isso?

Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.


5. O que é a “síndrome do imperador”?

Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem.


Lições Bíblicas do 3° Trimestre de 2024, Adultos

Revista: Do professor – CPAD | Classe dos Adultos | Trimestre: 3° de 2024

🎓 Título: O Deus que Governa o Mundo e Cuida da família.

Subtítulo: Os Ensinamentos Divinos nos Livros de Rute Para a nossa Geração

Comentarista: Silas Queiroz


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Lição 8 A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU (25 de Agosto de 2024)

escola bíblica dominical

 TEXTO ÁUREO

“Então, os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?” 

(Et 3.3)



VERDADE PRÁTICA

Como cristãos, somos sujeitos a conflitos ético-morais e devemos decidir sempre de acordo com a vontade e a orientação de Deus.


LEITURA DIÁRIA


Segunda - Êx 23.7; Pv 17.15

A conveniência de se comprovar a acusação para não cometer injustiças

Terça - Sl 139.16; Hb 4.13; Ap 20.12

As nossas obras estão escritas diante de Deus 

Quarta - Êx 17.8-13 

Hamã provavelmente era um amalequita, um povo inimigo de Israel 

Quinta - 1 Sm 15.2,8,33

O termo "agagita" costumeiramente é atribuído ao rei Agague

Sexta - Gn 34.1-31

Episódios bíblicos relatam vingança de família

Sábado - Mt 5.9; Rm 12.18-21; Hb 12.14

Aos cristãos não pertence a vingança, mas o perdão e a paz


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 2.21-23; 3.1-6


Ester 2

21 - Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei, dois eunucos do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente se indignaram e procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.  

22 - E veio isso ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o fez saber à rainha Ester, e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu.  

23 - E inquiriu-se o negócio, e se descobriu; e ambos foram enforcados numa forca. Isso foi escrito no livro das crônicas perante o rei.


Ester 3

1 - Depois dessas coisas, o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou; e pôs o seu lugar acima de todos os príncipes que  estavam  com ele.  

2 - E todos os servos do rei, que  estavam  à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.  

3 - Então, os servos do rei, que  estavam  à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?  

4 - Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles  isso,  de dia em dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que  era  judeu.  

5 - Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.  

6 - Porém, em seus olhos, teve em pouco o pôr as mãos só sobre Mardoqueu (porque lhe haviam declarado o povo de Mardoqueu); Hamã, pois, procurou destruir todos os judeus que  havia  em todo o reino de Assuero, ao povo de Mardoqueu.


Hinos Sugeridos: 225, 304, 305 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA


1. INTRODUÇÃO

A lição desta semana traz um contexto de conspiração, inveja e tramas dentro da corte persa. Nele, as figuras de Mardoqueu e Hamã se destacam. Mardoqueu descobre uma conspiração e a faz chegar ao conhecimento do rei, poupando-lhe a vida. Inexplicavelmente, Hamã aparece elevado ao cargo acima de todos os príncipes do reino. Diante desse contexto, esse capítulo tem muito a nos ensinar. Vivenciaremos contextos dominados pelas mais dramáticas tramas. Mardoqueu experimentou isso. Mas ele resistiu. Da mesma forma somos instados pela Bíblia a resistir diante de todo contexto inóspito, pois a nossa luta não é contra carne e sangue (Ef 6.11-16; Rm 13.12).


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Tratar a respeito da descoberta de Mardoqueu acerca de uma conspiração contra o rei;

II) Abordar a exaltação de Hamã pelo rei;

III) Relacionar a resistência de Mardoqueu com o ódio de Hamã.

B) Motivação: Mardoqueu é um personagem que revela determinação, resiliência e coragem. Tudo isso vinha de sua fé em Deus. Era aquele que fazia o certo independente das opiniões alheias. Em nossa vida cristã somos desafiados a ser determinados, resilientes e corajosos para perseverar em nossa fé. 

C) Sugestão de Método: Para introduzir o primeiro tópico, sugerimos que você trace o perfil de Mardoqueu. Por exemplo, a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal traz os pontos fortes de Mardoqueu: 1) Denunciou uma conspiração de assassinato contra o rei; 2) Atenção suficiente para adotar sua prima; 3) Recusa de curvar-se diante de qualquer pessoa, exceto Deus; 4) Ocupou o lugar de Hamã como segunda pessoa no comando do reino de Assuero. Explique que esse perfil nos estimula a aproveitar as oportunidades de Deus para fazer o que é correto, confiar que Ele está tecendo os acontecimentos de nossa vida, que vale a pena perseverar nas atitudes corretas. A vida de Mardoqueu é um exemplo para a nossa perseverança em Cristo.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Mardoqueu não se curvou diante de Hamã que exigia poder, prestígio e posição. Da mesma forma, devemos prestar adoração somente a Deus, e jamais nos curvar a qualquer ideia, pensamento ou ideologia que se rebele contra o Deus dos céus.  


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Mardoqueu", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda mais o estudo sobre Mardoqueu; 2) O texto "Por que Hamã queria destruir todos os judeus se apenas um homem o tinha desafiado?", ao final do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do ódio de Hamã sobre os judeus.



INTRODUÇÃO


A ascensão de Ester ao trono foi celebrada com grande festa. Assuero decretou feriado e se mostrou muito generoso, distribuindo presentes aos seus súditos. Mesmo na condição de rainha, Ester permaneceu obedecendo a Mardoqueu: não revelou a ninguém que era judia. Havia muito o que acontecer na corte. Conspiração, inveja e tramas. A história continua.


PALAVRA-CHAVE: RESISTÊNCIA


I – MARDOQUEU DESCOBRE UMA CONSPIRAÇÃO CONTRA O REI


1. Os bastidores do poder.

Ambientes de poder costumam ser cercados de sentimentos facciosos. É da natureza humana caída alimentar discórdias, intrigas e ressentimentos, os quais, quando não dissipados, levam a terríveis tragédias. Nem o meio evangélico fica isento. Isso é de origem maligna e deve ser rejeitado pelo verdadeiro cristão (Tg 3.14-18). Nos dias de Assuero, dois de seus guardas, Bigtã e Teres, ficaram muito indignados contra o rei e tramaram assassiná-lo. Mardoqueu trabalhava junto à porta do palácio e ficou sabendo do plano. Fiel ao rei, contou a Ester para que o avisasse, o que ela fez em nome de Mardoqueu (Et 2.21,22). O fato de ter sido promovida a uma posição elevada, não envaideceu Ester: ela não se envergonhou do primo e nem aproveitou da informação para projetar ainda mais o próprio nome. Além de permanecer obedecendo a Mardoqueu, transmitiu ao rei a informação dando-lhe o devido crédito (Et 2.20,22b).


2. A investigação.

A atitude de Ester se revelou não apenas eticamente correta, mas também revestida de prudência. Embora possivelmente ela não imaginasse, houve uma investigação prévia para apurar a informação, descobrindo-se que, de fato, havia um plano homicida em andamento. Bigtã e Teres foram enforcados (Et 2.23). Mardoqueu certamente buscou certificar-se da conversa que ouviu, antes de transmiti-la a Ester. O rei, mesmo ouvindo da rainha, teve o cuidado de apurar a informação. É uma questão de justiça. Nesse ponto, Assuero agiu como um líder sensato e não exerceu o poder de forma precipitada. Mesmo sendo confiáveis as fontes, como no caso de Mardoqueu e Ester, é conveniente que se busque comprovar toda acusação, para não cometer injustiça (Êx 23.7; Pv 17.15). Agir com base apenas no “ouvi dizer” estimula fofocas e torna o líder suscetível a manipulações. 


“Que Deus guarde o nosso coração de toda inimizade e porfia. A vingança não nos pertence. Como filhos de Deus, devemos perdoar e buscar a paz.”


3. O registro dos fatos.

Desde a Antiguidade, era costume registrar os fatos ocorridos no cotidiano das cortes. As crônicas do rei ficavam arquivadas para serem consultadas (Et 6.1). O ato de fidelidade de Mardoqueu e a importância que teve para o rei e seu reino ficaram registrados. Com ou sem registro humano, devemos sempre fazer a vontade de Deus, sabendo que diante dEle todas as nossas obras estão escritas (Sl 139.16; Hb 4.13; Ap 20.12)


SINÓPSE I

Mardoqueu demonstrou um ato de fi delidade ao rei ao descobrir uma conspiração contra a coroa.


AMPLIANDO CONHECIMENTO


“Hamã, o primeiro ministro da Pérsia, é a primeira figura política na Bíblia a idealizar um plano sinistro para, em sua esfera de influência e autoridade, exterminar os judeus. Este plano de genocídio (isto é, um esforço sistemático de matar todas as pessoas de um grupo étnico, nacional ou religioso) contra a raça dos judeus se compara ao plano de Antíoco Epifânio, no século II a.C. (veja Dn 11.28, nota), aos perversos planos de Adolf Hitler [...].” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a A  Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-39.


AUXÍLIO VIDA CRISTÃ


MARDOQUEU 

Após o último levante de Jerusalém contra o domínio de Nabucodonosor, a família de Mardoqueu foi deportada para a Babilônia. Ele provavelmente nasceu em Susã, cidade que se tornou uma das capitais do Império Persa após Ciro ter conquistado a Babilônia. Também herdou uma posição oficial entre os judeus cativos, que o manteve no palácio mesmo após a expulsão dos babilônios. Certa feita, ficou sabendo de uma conspiração para assassinar o rei Assuero, contou a trama a Ester e salvou a vida do monarca. 


A vida de Mardoqueu foi repleta de desafios, os quais ele transformou em oportunidades. Quando os pais de Ester morreram, ela foi adotada por seu primo Mardoqueu. Os próprios pais dele provavelmente haviam sido mortos e ele sentiu-se responsável por ela. Mais tarde, quando foi recrutada para o harém de Assuero e escolhida rainha, Mardoqueu continuou a aconselhá-la. Logo depois disso, ele se pôs em conflito com o segundo no comando do império, Hamã. Embora disposto a servir o rei, Mardoqueu se recusou a curvar-se e reverenciar o representante do rei. Hamã ficou furioso. Por isso, ele planejou matar Mardoqueu e todos os judeus. Seu plano se tornou lei para os medos e os persas, e parecia que os judeus estavam irremediavelmente condenados. [...]  A grande honraria que o rei proporcionou a Mardoqueu arruinou o plano de Hamã de pendurá-lo na forca. Deus havia preparado uma eficiente estratégia contra a qual o plano de Hamã não poderia prevalecer” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD)


II – HAMÃ É EXALTADO PELO REI


1. Um novo personagem.

Hamã era muito rico (Et 3.9). Já entra em cena sendo elevado por Assuero acima de todos os príncipes do reino (Et 3.1). Identificado como agagita, Flávio Josefo afirma que Hamã era amalequita, um povo historicamente inimigo de Israel (Êx 17.8-13; Nm 24.7). O termo agagita costuma ser associado a Agague, o rei amalequita mencionado em 1 Samuel 15.2,8,33. Versões bíblicas como a NVI e a NTLH apresentam Hamã diretamente como “descendente de Agague”.


2. Um herói (aparentemente) esquecido.

O texto não nos informa o motivo da exaltação de Hamã. Enquanto isso, nada mudou para Mardoqueu, apesar de seu ato heróico. Tornou-se um herói (aparentemente) esquecido. É preciso ter sabedoria e prudência para viver momentos de aparente injustiça. Ser guiado pela própria vista pode nos levar a crises emocionais e espirituais, principalmente quando os fatos nos parecem desfavoráveis. Asafe quase se desviou olhando para a prosperidade dos ímpios (Sl 73.2-17). O exemplo de Mardoqueu nos apresenta um cenário que poderia ter tido o mesmo desfecho. 


3. Evitando frustrações.

Quando nutrimos altas expectativas, nos tornamos sujeitos a muitas frustrações. Mardoqueu era servo do rei, mas não tinha acesso direto ao palácio. Para alertar Assuero da conspiração, precisou de que Ester levasse a informação (Et 2.22). Mardoqueu não pertencia ao primeiro escalão real e permaneceu exercendo a mesma função de antes, não se abalando emocionalmente. A Bíblia nos ensina a nos contentar com o que temos e não viver ambicionando coisas altas (Hb 13.5; Rm 12.16). Considerar merecer mais do que tem, gera constante insatisfação e não contribui em nada para o nosso progresso.


SINÓPSE II

Enquanto Mardoqueu foi aparentemente esquecido, o rei honrou Hamã, elevando-o ao posto mais alto da corte.


III – A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU E O ÓDIO DE HAMÃ


1. Reverenciado por todos.

Assuero ordenou que todos os seus servos se curvassem e se prostrassem diante de Hamã. Mardoqueu não se curvava e nem se prostrava (Et 3.2). Há distintas opiniões quanto aos motivos que o levaram a agir assim. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, Mardoqueu recusou-se a se inclinar diante de Hamã por lealdade a Deus: “Tudo indica que a homenagem prestada a Hamã pelos servos do rei e por outros, ou era imerecida, ou conflitava com atos religiosos que os judeus reservavam exclusivamente à adoração a Deus. Daí, Mardoqueu não concordar em curvar-se ou prostrar-se diante de Hamã. Os três companheiros de Daniel evidenciaram a mesma convicção (Dn 3.1-12)”.


2. A condição de judeu.

O texto bíblico sugere que havia mesmo um motivo religioso para a conduta de Mardoqueu. Depois de os servos do rei lhe questionarem algumas vezes porque não cumpria a ordem de Assuero, sua única resposta foi que era judeu. A notícia chegou a Hamã, que também ressaltou a origem judia. O agagita encheu-se de furor não apenas contra Mardoqueu, seu ódio foi extensivo a todos os judeus, os quais planejou destruir por completo (Et 3.4-6). Hamã não seria o único a almejar o extermínio de todo o povo judeu.


3. Inimizades intergeracionais.

Além de se sentir ferido em seu orgulho, é possível que Hamã estivesse agindo movido por uma inimizade intergeracional – Flávio Josefo diz isso –, o que confirmaria sua descendência de Agague, o rei amalequita morto por Samuel (1 Sm 15.32,33). A Bíblia relata alguns episódios de vingança entre famílias, como no caso dos filhos de Jacó que mataram os siquemitas por causa do ultraje feito a Diná, filha de Leia (Gn 34.1-31). Além da Bíblia, a história secular apresenta inúmeros exemplos desses conflitos alimentados e repetidos ao longo de muitas gerações. Não muito longe de nós, em solo brasileiro, são conhecidas as histórias de perpetuação de violência por disputas econômicas (geralmente por terras) ou ofensas morais. Que Deus guarde nosso coração de toda inimizade e porfia. A vingança não nos pertence. Como filhos de Deus, devemos perdoar e buscar a paz (Mt 5.9; Rm 12.18-21; Hb 12.14).


SINÓPSE III

Enquanto Hamã era reverenciado por todos, Mardoqueu o resistia.


 AUXÍLIO VIDA CRITÃ

“POR QUE HAMÃ QUERIA DESTRUIR TODOS OS JUDEUS SE APENAS UM HOMEM O TINHA DESAFIADO?

1) Hamã era agagita (3.1), um descendente de Agague, rei dos amalequitas (1 Sm 15.20). Os amalequitas eram antigos inimigos dos israelitas (leia Êx 17.16; Dt 25.17-19). O ódio de Hamã estava direcionado não só a Mardoqueu como também a todos os judeus.

2) Como segundo no comando do Império Persa (3.1), Hamã adorava seu poder e autoridade e a reverência a ele demonstrada. No entanto, os judeus viam a Deus como sua autoridade máxima e não a um homem. Hamã percebeu que a única forma de satisfazer seus anseios egoístas era matar a todos os que negassem sua autoridade. Sua busca de poder pessoal e seu ódio pela raça judaica o consumia.


Hamã adorava o poder e o prestígio da sua posição, e ficou enfurecido quando Mardoqueu não respondeu com a reverência requerida. A fúria de Hamã não era apenas contra Mardoqueu, mas contra o que ele defendia — a dedicação dos judeus a Deus como única autoridade digna de reverência. A atitude de Hamã foi preconceituosa: Ele odiava um grupo de pessoas por terem um credo ou cultura diferente. O preconceito é proveniente do orgulho pessoal — considerar-se melhor do que as outras pessoas. Ao final, Hamã foi punido por sua atitude arrogante (7.9,10). Deus julgará duramente os preconceituosos e aqueles cujo orgulho os leve a menosprezar as pessoas” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.690).


CONCLUSÃO

Uma das aplicações práticas da inteligência espiritual é não nos deixar iludir com a natureza humana (Cl 1.9; Jr 17.5). Embora não devamos viver desconfiando de tudo e de todos, também não podemos deixar de ser prudentes e ignorar a malignidade do coração humano (Mt 10.16; 15.19). O Maligno pode suscitar ódio contra nós de onde menos esperamos. Mardoqueu experimentou isso. Precisamos estar atentos e revestidos de toda a armadura de Deus para que possamos resistir e vencer o mal. Nossa luta não é contra carne e sangue (Ef 6.11-16; Rm 13.12).


REVISANDO O CONTEÚDO


1. Que virtude ética Ester revelou no episódio de informar ao rei acerca da conspiração?

O fato de ter sido promovida a uma posição elevada não envaideceu Ester: ela não se envergonhou do primo e nem aproveitou da informação para projetar ainda mais o próprio nome.


2. O que aprendemos com Assuero a respeito de como tratar uma acusação?

O rei, mesmo ouvindo da rainha, teve o cuidado de apurar a informação. É uma questão de justiça. Nesse ponto, Assuero agiu como um líder sensato. Não exerceu o poder de forma precipitada.


3. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, por qual razão Mardoqueu não se prostrava perante Hamã?

Tudo indica que a homenagem prestada a Hamã pelos servos do rei e por outros, ou era imerecida, ou conflitava com atos religiosos que os judeus reservavam exclusivamente à adoração a Deus.


4. O que pode ter movido Hamã a desejar a morte de todos os judeus?

Além de sentir-se ferido em seu orgulho, é possível que Hamã estivesse agindo movido por uma inimizade intergeracional – Flávio Josefo diz isso –, o que confirmaria sua descendência de Agague, o rei amalequita morto por Samuel (1 Sm 15.32,33).


5. O que são inimizades intergeracionais?

São conflitos, alimentados e repetidos ao longo de muitas gerações.


REVISTA 3° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos TEMA: O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração | Subsídios Dominical


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