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Princípios Bíblicos para Manter a Saúde Espiritual

🎯
Princípios são inegociáveis quando estamos tratando de assuntos espirituais que preservam a nossa vida de fé, obediência e comunhão com Deus.

A saúde espiritual, com absoluta certeza, depende da observância de princípios estabelecidos por Deus e exarados em sua Santa Palavra. Costumo dizer que certos métodos podem e até devem passar por mudanças em todas as áreas da vida, inclusive a espiritual, porém fica definitivamente estatuído que os princípios mantenedores da saúde espiritual são inegociáveis; não podem, sob qualquer pretexto, ser mudados. Esses princípios estão consagrados e referendados na imutável Palavra de Deus, e confirmados nos exemplos de vidas santas que a seguir estaremos focalizando.

É forçoso falarmos de personagens do Antigo Testamento que sofreram perda da saúde espiritual porque procederam ao arrepio dos princípios normatizados pelo próprio Criador, tal como-o flagelo a que Adão e Eva foram submetidos. A vida saudável de ampla comunhão com Deus perdeu fragorosamente o seu vigor e tão grave foi a quebra e abandono dos princípios que deveriam ser praticados pelo primeiro casal, que as suas tétricas consequências passaram a todos os homens tanto no âmbito espiritual como no natural.

A angústia espiritual se assenhoreia do coração daquele que se afasta dos princípios divinos e se envereda pela senda do pecado. Já o Santo Livro de Deus declara que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Em Provérbios 14.34, lemos que a justiça engrandece a nação, mas o pecado é o opróbrio dos povos. O abandono dos princípios geradores e mantenedores da saúde espiritual tem-se tornado algo gritante nos nossos dias. Quais os princípios mais vilipendiados pelo homem sem Deus?

👉A obediência — Com toda certeza, a obediência, princípio prescrito por Deus, é algo inalienável na vida do cristão. Esse saudável princípio foi o primeiro rejeitado pelo homem com as consequências aqui aludidas. O nosso comum Adversário é o principal gestor de qualquer ato de desobediência a Deus, isso porque ele, o maligno, não se sente satisfeito quando o homem está espiritualmente saudável. O Senhor Jesus nos diz que o Inimigo veio para roubar, matar e destruir, mas Ele (Jesus) veio para que tenhamos vida com abundância — saudável (Jo 10.10).
👉 O temor do Senhor - Inquestionavelmente, é outro princípio que propicia-nos saúde espiritual em todos os âmbitos e momentos da nossa vida. O corpo pode até estar sob ameaças ou sofrendo certos percalços provenientes de fatores próprios desta existência terrena, mas isso não adoece o nosso espírito quando vivemos no temor de Deus. Paulo fala de uma sã consciência (At 24.16), isto é, saúde na vida espiritual. Os jovens hebreus lá na Caldéia, por seu temor a Deus, mantiveram a saúde espiritual. E relevante dizer que eles conservaram o temor ao seu Deus de forma incondicional (Dn 3.12-27; 6.16-23). É oportuno lembrar que, por conta da preservação desse princípio, não só mantiveram-se saudáveis espiritualmente, mas fisicamente também (Pv 4.20-23).

Nesse mesmo seguimento, encontramos Daniel, que por seu temor, integridade, vida de oração, conduta excelente, princípios inarredáveis da vida dos filhos de Deus, foi preservado espiritualmente e humanamente. Igual exemplo é o deixado por José, o filho do patriarca Jacó, lá no Egito, que se eterniza em nossas mentes e corações. Tal foi o resultado final da sua decisão de manter o santo princípio, que pelo temor a Deus assimilou formando o seu caráter de forma tão passante, que a sua saúde espiritual exala para todos nós o perfume da pureza moral no seu mais elevado grau.

👉 Piedade pessoal – Este princípio não pode ser deixado à margem da vida do cristão que aspira saúde no seu espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23). Foi o apóstolo Paulo que sabiamente declarou que o exercício físico é bom para ajudar na manutenção da saúde natural, porém a piedade para tudo é proveitosa (1 Tm 4.8). Uma vida pia desfruta da bênção de Deus e pode amparar-se na promessa do Senhor, que diz:

“O maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18; Jo 10.29). Logo, a saúde espiritual lhe é preservada.

👉 A meditação e observância da Palavra de Deus — Este princípio preservador da saúde espiritual é mais importante do que qualquer alimento ou substância que visa a proteger o físico. O natural tem o seu valor que deve ser respeitado, porém é necessário o entendimento que o espiritual é eterno, por conseguinte tem mais valor e, portanto, requer maior atenção. A Bíblia já nos afirma que nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.

Uma vida que não se alimenta do pão do céu, a Palavra de Deus, indubitavelmente é um ser que não possui qualquer condição de triunfo face às terríveis ciladas do inimigo. O salmista e outros personagens da Bíblia exaltam o valor da Palavra de Deus e os seus efeitos em suas vidas, ora declarando que a Palavra é alimento (Jr 15.16) ora afirmando que sua orientação pode tornar o homem sábio para a vida eterna (2 Tm 3.15) e que pode refrigerar a alma (SI 19.7-8). Mantenhamos o insubstituível princípio mantenedor da saúde da vida espiritual, a Palavra de Deus, e assim preservados espiritualmente teremos a capacitação ideal para vencermos o nosso ardiloso Adversário, tal como ocorreu com o nosso divino Mestre, que, fazendo uso da Palavra, derrotou a Satanás (Mt 4.4).

👉 Sobriedade - E um princípio bíblico que nos ajuda a manter a saúde da nossa vida espiritual. Tal princípio é-nos recomendado pelo apóstolo Pedro (1 Pd 1.13) bem como pelo apóstolo Paulo (2 Tm 4.5). Certamente, no exame da História, que focaliza as grandes vitórias do povo de Deus, sobriedade foi basilar. Agir com prudência constitui uma atitude sadia que propicia saúde à vida espiritual. E assim que o Senhor quer nos encontrar (Mt 24.45 e 46). Isso fala também de sobriedade, que torna a vida espiritual sadia.

👉 Disciplina - Vida disciplinada pela Palavra de Deus segue a senda da prosperidade em todos os âmbitos. Muito falaríamos sobre este relevante princípio, mas face ao exíguo espaço que dispomos, recomendo ao leitor participar assiduamente da Escola Dominical, pois neste trimestre a temática das Lições Bíblicas da CPAD é “Disciplina na vida cristã”. Observe os ensinamentos sobre esta matéria e tenha vida espiritual saudável!

👉 Oração — Finalmente, o primacial princípio da oração que deve constituir a coluna vertebral, conjuntamente com a Palavra de Deus, na manutenção da vida espiritual sadia. O conforto e a orientação de que tanto necessitamos é na oração que obteremos, adicionando ainda que pela oração poderemos adorar, agradecer, interceder, e tudo isso promove em nós saúde espiritual.

Concluímos reafirmando que princípios são inegociáveis quando estamos tratando de assuntos espirituais que preservam a nossa vida de fé, obediência e comunhão com Deus. Mantenhamos os princípios bíblicos estabelecidos para nós como regra de fé e prática e, dessa forma, manteremos a nossa vida espiritual poderosamente saudável para glória de Deus. Que assim seja!

Referências: Artigo: Pr. Temóteo Ramos de Oliveira

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Lição 10 – Provai se os espíritos são de Deus

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Texto Áureo

“Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1 Jo 4.1)

VERDADE PRÁTICA

Através dos dons espirituais, a Igreja discerne os espíritos enganadores.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Jo 4.1-6: Nem todo espírito é de Deus

Terça - 1 Co 2.7-16: Devemos discernir os espíritos

Quarta - 2 Ts 2.1-17: Os espíritos maus são enganadores

Quinta - Êx 7.8-13: Os espíritos maus imitam a Deus

Sexta - 1 Co 12.1-11: Os dons edificam a Igreja

Sábado - 1 Co 14.1-25: O dom profético é útil à Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 6.10-14; 1 Tessalonicenses 5.20,21; 1 Coríntios 14.29


📖 Ne 6

10 - E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías, o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele: Vamos juntamente à Casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; sim, de noite virão matar-te. 

11 - Porém eu disse: Um homem, como eu, fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo e viva? De maneira nenhuma entrarei.

12 - E conheci que eis que não era Deus quem o enviara; mas essa profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram.

13 - Para isso o subornaram, para me atemorizar, e para que eu assim fizesse e pecasse, para que tivessem alguma causa a fim de me infamarem e assim me vituperarem. 

14 - Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias e dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.


📖 1 Tessalonicenses 5

20 - Não desprezeis as profecias.

21 - Examinai tudo. Retende o bem.


📖 1 Coríntios 14

29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.


🔊 HINOS SUGERIDOS: 17, 212, 432 da Harpa Cristã


📝 OBJETIVO GERAL

Levar os alunos a refletirem sobre como discernir os espíritos e julgar a profecia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

👉 Destacar o cuidado que devemos ter com os falsos profetas;

👉 Ressaltar que a Bíblia revela a existência dos falsos profetas;

👉 Salientar que devemos julgar as profecias;

👉 Mostrar por que devemos julgar as profecias;

👉 Pontuar como devemos julgar as profecias.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Há espírito de erro atualmente. Ele se manifesta fragrantemente para desestabilizar a saúde espiritual da igreja local. Por isso carecemos do auxílio do Espírito Santo para reconhecer a verdadeira voz de Deus em diversas ocasiões em que participarmos. Devemos estar sempre em vigilância espiritual, não podemos ser levados pelas operações de erros, pois no mundo espiritual, isso pode ser um prejuízo fatal com implicações graves na vida material. Portanto, que estejamos em vigilância e oração. Que o Senhor Jesus, com o auxílio do seu Espírito Santo, nos ajude a estar atentos e despertados.

INTRODUÇÃO

Na lição passada estudamos as diferentes formas de ataques que o Inimigo da obra de Deus usa para lutar contra os servos de Deus. Vamos dedicar esta lição ao estudo de como o Inimigo ataca por meio dos falsos profetas.

PONTO CENTRAL

O discernimento espiritual é essencial para a saúde espiritual da igreja


I – CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS!

1. Os samaritanos observaram que os judeus davam muito valor à palavra dos profetas.

Lembravam-se dos profetas Ageu e Zacarias, os quais profetizavam com tanta graça que a construção do templo, que havia estado parada por quinze anos, recomeçou imediatamente, e continuou até a inauguração da casa de Deus. Por ocasião da construção do muro, a comunicação entre judeus e samaritanos estava interrompida. Os judeus recusavam as propostas de cooperação dos samaritanos e não aceitavam as visitas deles. Em vista das constantes recusas das suas ofertas de amizade, os samaritanos procuraram então influenciá-los por meio de profecias. Tobias e Sambalate conseguiram subornar alguns profetas, entre eles a profetisa Noadias, a fim de atemorizar Neemias, dizendo que ele estava em perigo de morte, e deveria fugir para dentro do templo, para assim salvar sua vida (Ne 6.10-14).

O exemplo deixado por Balaão prova que qualquer profeta que aceita suborno, ou recebe dinheiro para profetizar, é um falso profeta. Devemos ter cuidado, a fim de que os falsos profetas não encontrem guarida em nossas igrejas.


2. Neemias tinha o dever de examinar a profecia recebida. E ele o fazia! Em primeiro lugar, estranhou a ordem para fugir: “Um homem como eu fugiria?” Além disso, ele observou que não tinha o direito de entrar no templo, uma vez que não era sacerdote. Compreendeu facilmente que tudo não passava de um ardil de Tobias e Sambalate, para atemorizá-lo e seduzi-lo a pecar. Assim, concluído o exame da profecia, Neemias pôde dizer: “Conheci que não era de Deus” (Ne 6.12).


SÍNTESE DO TÓPICO I

A palavra dos profetas era valorizada em Judá. Nesse sentido, Neemias tinha o dever de examinar a profecia recebida.


SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

O professor deve ser capaz de usar bons exemplos da própria Escritura, a Palavra de Deus, para ampliar pedagogicamente o sentido da lição. Para isso é importante que ele seja um leitor permanente das Escrituras Sagradas, a fim de edificar a sua vida espiritual e acumular imagens na memória para ser capaz de apanhar exemplos que sirvam como elementos ressonantes de aprendizado.


Por isso, relate como os apóstolos discerniam as várias manifestações espirituais. Em primeiro lugar, mostre como o apóstolo Pedro desmascarou Ananias e Safira. Em seguida, descreva de que forma Paulo discerniu o espírito daquela jovem adivinha. Hoje, também, devemos estar sempre atentos às várias manifestações espirituais.


II – A BÍBLIA REVELA A EXISTÊNCIA DOS FALSOS PROFETAS


1. No Antigo Testamento:

a. O trágico exemplo relatado em 1 Reis 13. Um fervoroso homem de Deus, procedente de Judá, profetizou com muita coragem advertindo o ímpio rei de Israel, que estava junto do altar queimando incenso. Ele disse: “Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti” (v. 2). E deu um sinal de que aquela palavra era do Senhor: “Eis que o altar se fenderá, e a cinza [...] se derramará” (1 Rs 13.3).


Ouvindo o rei aquela palavra, estendeu a sua mão sobre o altar ordenando que prendessem o homem de Deus. Todavia a mão que ele estendeu contra o profeta secou-se, e não a podia tornar a trazer a si. O altar se fendeu, e a cinza se derramou, como o profeta havia dito. A pedido do rei, o profeta orou a Deus e a mão lhe foi restituída sā.


A ordem de Deus para o profeta era que não comesse pão e nem bebesse água naquele lugar, e que não voltasse pelo mesmo caminho (1 Rs 13.9). Havia, porém, naquele lugar um velho profeta, cujo o filho lhe contou o que fizera o profeta vindo de Judá. O velho profeta foi ao encontro do homem de Deus, e convidou-o para comer pão. Ante a recusa do homem de Deus, o velho profeta argumentou que um anjo lhe havia falado; ordenando que convidasse o profeta de Judá a voltar, para comer pão em sua casa (1Rs 13.11-15). O homem de Deus não discerniu a mentira e aceitou o convite do velho profeta. E sucedeu que quando ele estava comendo pão, Deus tomou o velho profeta em profecia e disse: “Visto que foste rebelde à boca do SENHOR, [...] antes, voltaste, e comeste pão, [...] o teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais” (1Rs 13.21,22). Depois de ter comido pão, voltou, e no caminho um leão o matou, deixando-o prostrado na estrada (1Rs 13.23,24). O velho profeta o recolheu, e sepultou-o no seu sepulcro, chorando lágrimas, certamente de fingimento (1Rs 13.26-28).

b. Nos dias de Jeremias havia falsos profetas, os quais com suas profecias combatiam a palavra que Deus havia enviado a Israel, por meio de Jeremias (Jr 29.21-23).


c. Quando o rei Josafá, de Judá, visitou o rei Acabe, de Israel, este tinha um grande número de profetas que profetizavam segundo a vontade de Acabe. Então o rei Josafá perguntou: “Não há aqui ainda algum PROFETA DO SENHOR? E o rei Acabe respondeu que havia o profeta Micaías. Os que foram buscá-lo disseram-lhe: “Vês aqui que as palavras dos profetas, a uma voz, predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem”. Então disse Micaías: “O que o Senhor me disser isto falarei”. Como Micaias profetizou, assim aconteceu: Acabe morreu na batalha (1 Rs 22.5-28,35-37).


d. Ainda nos dias de Jeremias, falsos profetas conseguiram influenciar alguns dos sacerdotes e enganar o povo, por meio deles (Jr 5.31). Dessa maneira, o povo desviava-se dos caminhos de Deus, e recusava-se a ouvir as verdadeiras anunciadas por Jeremias. Moisés, Jeremias, e Ezequiel combateram tenazmente os falsos profetas e seus ensinos heréticos (Dt 13.1-18; 18.20-22; Jr 23.11-32; 28.6-17; Ez 13.1-18).


2. No Novo Testamento:

a. Jezabel. Jesus advertiu o anjo da Igreja em Tiatira, por este ter permitido que uma mulher, por nome Jezabel, falsa profetisa, ensinasse e enganasse os membros daquela igreja, prostituindo-os (Ap 2.20-23).


b. A Bíblia adverte que nos últimos tempos aparecerão falsos profetas (Mt 24.11,24). O espírito do Anticristo estará então operando grandemente (1 Jo 2.18; 4.2,3), e fará esses falsos profetas operarem sinais e prodígios de mentira, com todo engano e injustiça (2 Ts 2.9,10).


SÍNTESE DO TÓPICO II

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a Bíblia revela a existência de falsos profetas. É preciso discernimento espiritual para não cair no engano.


III – DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS


1. Deus quer a sua Igreja revestida com todos os dons do Espírito Santo.

A igreja em Corinto deve ser o nosso exemplo neste sentido: Paulo dirigiu-se a ela dizendo que nenhum dom lhe faltava (1Co 1.7). O conselho bíblico para nós é: “Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (1 Co 14.1).

2. O despertamento renova os dons.

Quando Deus renova o dom de profecia e os dons de variedade de línguas e interpretação, por meio de um despertamento espiritual, então se torna necessário que a igreja esteja bem doutrinada para saber como usar os dons espirituais, e também como se deve julgar as profecias, conforme a Palavra de Deus nos orienta! (1 Ts 5.19). Nenhuma mensagem tida como profética está isenta de exame por parte da igreja. Conforme o ensino do apóstolo Paulo, na referência supracitada, temos o direito e o dever de julgar as profecias, para ver se elas estão de acordo com as Escrituras. Se não estiverem,   são consideradas anátema, pois têm o objetivo de conduzir o povo de Deus ao erro. Fujamos das falsas profecias e dos falsos profetas.


SÍNTESE DO TÓPICO III

Devemos julgar a mensagem profética, pois nenhuma está isenta de exame por parte da igreja.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

1. Devemos exercer o nosso ministério proporcionalmente à nossa fé.

2. Devemos manter atitudes certas: contribuir com generosidade, orientar com diligência e ter alegria em demonstrar misericórdia.

3. Embora exerçamos um dom até à sua próxima capacidade, tudo será fútil sem o amor. Evidentemente, temos apenas o conhecimento parcial, e é só o que conseguimos compartilhar. Os dons são dados continuamente, segundo nossa medida de fé (e não uma vez por todas). Os dons devem ser testados; devem estar sujeitos aos mandamentos do Senhor. O enfoque é o amadurecimento da igreja, e não a grandeza do dom. Estas verdades devem nos levar à humildade, à estima por Deus e pelo próximo e à zelosa disposição de obedecer a Ele” (HORTON, Stanley (Ed.) Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.477,76).


IV – POR QUE DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS?


1. Porque a Palavra de Deus nos manda julgá-las (1 Ts 5.19-21; 1 Co 14.29).


2. Porque os que profetizam são sujeitos a falhas. Mesmo que a mensagem venha de Deus, pode acontecer que o instrumento esteja sem o fruto do Espírito na sua vida, e a transmissão da mensagem seja prejudicada por esta causa (1Co 13.1-3).

 

3. Porque pode haver conhecimento prévio dos fatos. Quando o que profetiza conhece os problemas da pessoa para quem está profetizando, pode haver o perigo de que a sua opinião pessoal venha a influenciar o conteúdo da mensagem. A Bíblia diz: “Que tem a palha com o trigo?” (Jr 23.28). A mensagem pode ser um produto da opinião daquele que profetiza. Temos na Bíblia um exemplo, quando o profeta Natā, entregou, por conta própria, uma “mensagem profética” ao rei Davi (2Sm 7.2), porém Deus mandou que ele corrigisse a palavra dada (2 Sm 7.4-6).


4. Existe a possibilidade de que o “profeta”, ao enunciar a “mensagem profética”, esteja sendo influenciado por um espírito maligno, disseminador de mentiras. Lemos sobre isto em 1 Rs 22.7,11,19,21-23.


SÍNTESE DO TÓPICO IV

Devemos julgar as profecias porque a Palavra de Deus mostra que os que profetizam são sujeitos a falha, podem ter conhecimento prévios dos fatos ou estarem sob influência maligna.


V – COMO DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS?


1. Examinando as Escrituras.

Uma profecia jamais pode estar em conflito com a Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o PRUMO (Am 7.7,8). A Palavra de Deus é perfeita (SI 19.7). Uma mensagem que estiver em desacordo com a Palavra de Deus, seja ela transmitida por quem for, até por um anjo do céu, está reprovada e deve ser rejeitada, pois é anátema (Gl 1.8).

 

2. Através do dom de discernimento de espíritos.

A Bíblia diz que “O que é espiritual discerne bem tudo”. Devemos buscar, incansavelmente, receber de Deus este dom (1 Co 2.15; Jo 7.17; Fp 1.10; Lc 12.57).

 

Quando uma profecia é inspirada por Deus, aquele que tem discernimento logo a reconhece (1 Jo 1.5). Todo aquele que “anda na luz, como Ele na luz está” conhece e pratica a sua Palavra, e tem comunhão uns com os outros (1 Jo 1.7). Desse modo, o espírito de mentira não o engana com suas falsas profecias. O crente, que é uma ovelha do Senhor, conhece sempre a voz do seu pastor (Jo 10.4). A noiva conhece a voz do seu amado (Ct 2.8; 5.2).

 

3. A profecia se conhece pelo seu “sabor” (Jó 6.6,7; 12.11). Também o “sotaque” de quem fala, faz com que “o filho da terra” conheça quando um “estrangeiro” fala. Compare “sibolet” e “chibolet” (Jz 12.6). Finalmente, os que são perfeitos têm, em razão de costume, os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal (Hb 5.14).


SÍNTESE DO TÓPICO V

Podemos julgar a profecia por meio das Escrituras Sagradas e do dom de discernimento de espíritos


SUBSÍDIO BÍBLICO-DIDÁTICO

Como era possível distinguir o verdadeiro do falso profeta no Antigo Testamento? O capítulo 8 de Deuteronômio foi um recurso revelado por Deus ao povo, por intermédio de Moisés, a fim de se estabelecer algumas diretrizes para identificar o falso profeta. Podemos aprender com elas também:

 

1. O verdadeiro profeta falava em nome do Senhor dos Exércitos.

Aliás, era costume dos profetas em Israel iniciar suas mensagens desta forma: “Assim diz o Senhor dos Exércitos”. Embora nem sempre os verdadeiros profetas usassem esta fórmula, esta caracterizava o verdadeiro profeta. Daniel, por exemplo, não a usou; isto, porém, não lhe descaracteriza a profecia.

 

2. As palavras enunciadas pelos profetas deveriam estar em conformidade com a Palavra de Deus.

Caso contrário, o mensageiro seria execrado da comunidade de Israel. Em Isaías 8.20, lemos que todos deveriam se ater à Lei e ao Testemunho. E, se não falassem de acordo com estas palavras jamais veriam a alva.

 

3. As profecias teriam que ter, necessariamente, um cabal cumprimento. Caso contrário: seriam descaracterizadas como palavras de Deus. Note bem: o cumprimento profético não poderia ter um cumprimento casuístico nem circunstancial, como acontece hoje em muitas igrejas. O cumprimento deveria ser atestado por todo o povo de Deus.

 

4. Se o profeta tentasse levar os israelitas ao erro, seria considerado imediatamente um impostor. E jamais haveria de achar lugar entre os eleitos. Alguns, de fato, mostravam-se seguidores de Jeová. No entanto, não passavam de filhos de Belial: não somente induziram os israelitas ao erro, como também nos levavam à derrocada nacional.

 

Embora vivamos noutra dispensação, as mesmas regras continuam válidas para aferirmos a autenticidade dos mensageiros do Senhor. Afinal, como afirma o apóstolo Paulo, tudo quanto foi escrito, para nossa instrução foi escrito. Se nos dedicarmos mais ao estudo das Sagradas Escrituras, não seremos tão facilmente enganados. Infelizmente, muitas igrejas, hoje, são ludibriadas porque não têm mais as Sagradas Escrituras como a sua única regra de fé e conduta (Texto adaptado da revista Lições Bíblicas: Maturidade Cristã, Jovem e Adultos (Professor). Rio de Janeiro, CPAD, 1993, pp.32,33).


VI. CONCLUSÃO


1. Quando as profecias são provadas, o conceito e a consideração dos dons espirituais são conservados. Deste modo, a sã doutrina é preservada de qualquer influência e erros humanos, e o Espírito Santo tem liberdade de usar os seus servos, conforme a sua soberana vontade.

 

2. Quando provamos as profecias, estamos em condições de corrigir e doutrinar a pessoa que usou erradamente o dom de profecias. Assim, doutra vez, ele dará lugar ao Espírito Santo e irá usar o dom profético de modo correto.

 

3. Quando provamos as profecias recebemos as bênçãos que Deus, por meio delas, quer nos dar. Ficamos com o bom e rejeitamos o que não veio de Deus (1Ts 5.21).

 

PARA REFLETIR

A respeito de “Provai se os Espíritos são de Deus ”, responda:


• O que os samaritanos observavam nos judeus?

Que os judeus davam valor à palavra profética.

• Qual o dever de Neemias?

Examinar, pelo crivo da Palavra de Deus, as profecias recebidas.

• O que acontece aos dons do Espírito Santo quando há despertamento espiritual?

O despertamento renova os dons espirituais.

• Qual o primeiro passo que devemos dar ao julgar uma profecia?

Examinar as Escrituras.

• Por que o dom de discernir os espíritos é importante?

Porque nos ajuda a identificar se os espíritos procedem, ou não, de Deus.


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Lição 2 – Despertamento Espiritual - um milagre

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Texto Áureo

“E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Rm 13.11).

Verdade Prática

O Despertamento espiritual é uma conseqüência da submissão à vontade de Deus.

🎯 LEITURA DIÁRIA

Segunda – SI 57.8 –  Despertando a vida de louvor

Terça – Pv 8.17 – Despertando a vida de oração

Sexta – Is 51.9 – Despertando para a peleja

Quarta – Is 50.4 – Despertando para aprender

Quinta – 2 Tm 1.6 – Despertando o dom

Sexta – Is 51.9 – Despertando para a peleja

Sábado – Rm 13.11 E hora de despertar

🎯 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ed 1.1-7; Ne 1.1-4

Ed 1.1 – No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias) despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:

2 – Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá.

3 – Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.

4 – E todo aquele que ficar em alguns lugares em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, afora as dádivas voluntárias para a casa do Senhor, que habita em Jerusalém.

5 – Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do Senhor, que está em Jerusalém.

6 – E todos os que habitavam nos arredores lhes confortaram as mãos com vasos de prata, com ouro, com fazenda, e com gados, e com coisas preciosas, afora tudo o que voluntariamente se deu.

7 – Também o rei Ciro, tirou os vasos da casa do Senhor, que Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém, e que tinha posto na casa de seus deuses.

Ne 1.1 – As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de Quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susā, a fortaleza,

2 – Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém.

3 – E disseram-me: Os restantes, que restaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém fendido, e as suas portas queimadas a fogo.

4 – E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus

🎯 OBJETIVOS DESTA LIÇÃO:

I - Explicar aos alunos os objetivos dos despertamentos espirituais;

II- Enumerar as finalidades do despertamento;

III- Ilustrar que Deus cumpre com suas promessas.

🎯 INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O decreto de Ciro já estava lavrado. Os judeus poderiam voltar à sua terra, reerguer os muros de Jerusalém e reconstruir o Santo Templo. No entanto, a tarefa parecia bastante difícil. A maioria dos judeus estava acomodada à vida na Babilônia e não estava disposta a voltar à terra de Israel para executar o plano de reconstrução. Somente o Espirito Santo poderia levantar homens necessários ao desempenho de semelhante tarefa.

Foi exatamente isso o que aconteceu. 0 Senhor suscitou homens que não se prendiam às coisas efêmeras desta vida, e cuja visão estava na redenção da linhagem de Israel.

É de um despertamento semelhante que tanto precisamos nesses tempos difíceis!

INTRODUÇÃO

Nesta lição iremos ver a origem do despertamento espiritual e as suas finalidades.

PONTO CENTRAL

A submissão a vontade de Deus gera o despertamento espiritual.


I – O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL EMANA DO PRÓPRIO DEUS

“No primeiro ano de Ciro despertou o Senhor o espírito de Ciro” (Ed 1.1). Deus despertou Daniel para orar pelo futuro do seu povo. Todavia, não foram as orações de Daniel e nem a sua vida santificada que produziram o despertamento, mas foi o próprio Deus que fez o milagre do despertamento de Ciro (Is 26.12; 1 Co 12.6). Deus usa instrumentos para cooperarem com ele, mas o autor do despertamento é Ele mesmo.


Por isto, o despertamento é um mistério. As coisas humanas podem ser explicadas, previstas e calculadas. Mas a operação do Espírito Santo é diferente. Jesus disse: “O vento assopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito” (Jo 3.8). Nós, na verdade, podemos ver o resultado do despertamento, e até mesmo sentir a operação das virtudes do século futuro” (Hb 6.5). Mas na verdade nada sabemos e nada entendemos do poder de Deus.

🎯 SÍNTESE D TÓPICO

O despertamento espiritual emana de Deus, por isso Ele usa os instrumentos que achar necessários para cooperarem com a sua soberana vontade.


🎯 SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"A Vontade de Deus

O conceito de ’vontade’ quando aplicado a Deus na teologia e na Bíblia, nem sempre tem a mesma conotação. Ele pode denotar toda a sua natureza moral incluindo seus atributos, a faculdade de autodeterminação (Sl 115.3; Dn 4.35), um plano pré-determinado como no caso de um decreto (Ef 1.9,10; Ap 4.11 etc.), o poder para cumprir seus planos e propósitos (Pv 21.1; Rm 9.19; 2 Cr 20.6), ou a regra da vida imposta sobre as criaturas racionais, isto é, a vontade objetiva de Deus, que se pode guardar (Mt 7.21; Jo 4.34; 7.17; Rm 12.2).


A vontade divina é a causa final de todas as coisas. Ela é absoluta e imutável (Sl 33.11), não condicionada por nada além de si mesma. Todas as coisas são sua consumação: a criação e a preservação (Sl 135.6; Jr 18.6; Ap 4.11); o governo (Pv 21.1; Dn 4.35); a eleição e a reprovação (Rm 9.15,16; Ef 1.5 ); a morte de Cristo (Lc 22.42; At 2.23); a salvação (Tg 1.18); a santificação (Fp 2.13); os sofrimentos dos santos (1 Pe 3.17); a existência, o curso da vida e o fim do homem (At 18.21; Rm 15-32; Tg 4.15); e até mesmo os menores detalhes da vida (Mt 10.29).


Uma vez que todas as coisas encontram sua causa última na vontade de Deus, é usual distinguir entre os aspectos eficazes e permissivos da vontade de Deus. O aspecto eficaz da sua vontade é cumprido de forma causal ou ativa. Não é apenas aquilo que Deus consente, mas também aquilo que Ele deseja. Por outro lado, o aspecto permissivo da vontade divina é aquele que tem uma autorização para ocorrer através da intervenção não controlada de criaturas racionais. A vontade de Deus é revelada ao homem de várias maneiras: pela palavra falada (Êx 3.14-18; At 1.8); por meio de sonhos e visões (Gn 41.1-32; At 16.6-10); pelo mundo natural e pelos eventos históricos (SI 89.9,10; Is 46.10,11; 53.10); no futuro reino de Deus (Ef 1.9,10); e pelas Sagradas Escrituras (cf. At 20.27; 1 Pe 4.17,19)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. pp.2025-26).


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II – AS FINALIDADES DO DESPERTAMENTO


1. A restauração nacional de Israel.

Deus, quando quer realizar os seus propósitos, pode incutir a sua vontade no espírito do homem. Foi assim que Ele fez com Ciro. Embora fosse rei de uma nação idólatra, Ciro foi despertado por Deus, o qual incutiu a Sua vontade no seu espírito, dominado pelas tradições e pela idolatria, a fim de que ele cumprisse os Seus desígnios relativos ao povo de Israel, conforme havia falado pela boca do profeta Isaías, cerca de 180 anos antes (Is 44.28; 45.1-6).


Quando o propósito de Deus chegou ao conhecimento de Ciro era um fato já aceito e aprovado por ele, e logo foi consumado. Assim, logo no início de seu reinado, Ciro proclamou um edito autorizando os judeus a retornarem a Jerusalém e a edificarem a casa do Senhor “em Jerusalém, que é em Judá” (Ed 1.2). Começava, assim, a restauração nacional do povo israelita.


2. A restauração espiritual de Israel.

Deus quer usar o homem como seu instrumento. Todavia só são usados aqueles que cooperam com Deus, aqueles que seguem a orientação divina por livre arbítrio. O homem é livre para obedecer ou não a orientação divina. Por isso, nem todos os que experimentam um despertamento adquirem o mesmo progresso espiritual, porque não abrem igualmente seu coração para Deus, a fim de obedecer à risca a orientação divina (Pv 23.26, Dt 6.5).


Durante o cativeiro, o povo israelita havia assimilado muitos dos costumes dos babilônios, porém havia aprendido a lição concernente à vontade de Deus: não servir aos deuses das nações, não adorar os ídolos. Antes do exílio, Israel estava espiritualmente enfermo dos pés à cabeça (Is 1.2-6), mas agora havia sido curado da idolatria para sempre. Para Israel, o sofrimento resultou no despertamento e este na sua restauração espiritual. A finalidade principal do despertamento é sempre a restauração espiritual do povo de Deus.

Cada despertamento tem por objetivo principal a salvação e restauração do homem. Encontramos sempre estes dois pólos: A GRAÇA e O PECADO. O Espírito Santo está sempre pronto para convencer o mundo sobre o pecado, a justiça, e o juízo” (Jo 16.8,9). Vejamos:


a – O Espírito Santo é sempre intolerante com o pecado.

O Espírito Santo convenceu Saulo de que havia pecado contra a pessoa de Jesus (At 9.4,5). Foi o Espírito Santo que convence de pecado a mulher samaritana (J04.16 19) e fez Zaqueu confessar a sua falta (Lc 19.8). O Espírito Santo torna manifesta as coisas más (Ef 5.13,14). O profeta de labios impuros sentiu que perecia na presença da santidade de Deus (Is 6.5). O Espírito Santo faz com que os crentes andem na luz (1 Jo 1.7).

b. Mas o Espírito Santo também aponta para Jesus como aquele que perdoa e salva (1 Jo 1.9, 2.1,2; Rm 3.25; 2 Co 5.18-21). Este era o ensino nos dias dos apóstolos e deve continuar sendo nos dias de hoje, pois a Palavra de Deus não muda, e as nossas necessidades espirituais também não (At 13.38-41; 14.15-17; 17.26-31).


🎯 SÍNTESE DO TÓPICO II

As finalidades do despertamento envolviam as restaurações nacional e espiritual de Israel. A primeira restaurou a pátria e a segunda restaurou o homem da idolatria dos deuses pagãos do exílio.


🎯 SUBSÍDIO HISTÓRICO

"A política de Ciro beneficiou sensivelmente os judeus exilados em Babilônia, pois Ciro conferiu a Yahweh o mesmo respeito dado a Marduque e a outras divindades. A consequência lógica sua política foi o decreto que permitia aos judeus o retorno à sua terra. Somente em um templo restaurado em Jerusalém Yahweh poderia agir efetivamente como o Deus de Judá. Assim, em fiel obediência a Yahweh, Ciro decidiu repatriar o povo judeu. Providenciou autorizações para que eles voltassem e reconstruíssem a cidade e o templo para seu Deus" (MERRiL Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: o reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.509).


III. DEUS CUMPRE AS SUAS PROMESSAS

1. A fidelidade de Deus em suas promessas.

Pelo despertamento que Ciro recebeu, Deus cumpriu literalmente a sua Palavra em relação ao retorno de Judá à sua terra (Ir 27.22), bem como à derrota da Babilônia diante do exército medo-persa, sob o comando de Ciro da Pérsia (Jr 25.12; Is 44.28; 45.2-6).


2. Deus renova as suas promessas de bênçãos.

Em cada despertamento, Deus vivifica e renova as promessas de bênçãos ao seu povo. O Espírito Santo revela as riquezas escondidas em Cristo, isto é, as riquezas de glória que Cristo ganhou na cruz do Calvário, para dar àqueles que o servem (Rm 9.23; Ef 1.18; 2.7; Fp 4.19; Cl 1.27).


O batismo com o Espírito Santo é uma bênção que faz parte dos rudimentos da doutrina (Hb 6.1-3; At 2.38). No despertamento que operava no tempo dos apóstolos, eles faziam questão de que todos os convertidos recebessem esta maravilhosa unção do alto (At 8.14 17; 19.1-6). Os dons espirituais também fazem parte das bênçãos que Jesus deseja dar por meio do despertamento (1 Co 12.7-11). Deus ainda deseja despertar os corações para ter fé renovada na cura do corpo, também resultado da morte expiatória de Jesus (Is 53.3-5; Mt 8.14 17; Tg 5.14-17; Mc 16.17,18).


3. Deus renova a fé dos abatidos. 

Pelo despertamento, Deus cria ambiente de fé, de expectativa, e de oração. O despertamento nasceu da oração, e só poderá prosseguir se continuar acesa a chama da oração. No Antigo Testamento, o fogo no altar de incenso não se podia deixar apagar (Êx 30.7,8) Do mesmo modo Deus quer que o fogo do Espírito Santo não se apague em nossos corações, mas, sim, que continue aceso, hoje, como no dia do Pentecoste. Todavia, isto só se pode conseguir através da oração incessante, por parte de cada um de nós.

🎯 SÍNTESE DO TÓPICO III

Deus é fiel em cumprir suas promessas dadas ao seu povo. Além de vivificar e renovar as suas promessas. Ele também renova a fé dos que estão abatidos.

🎯 SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"Promessa

Embora se refira ocasionalmente à palavra do homem, o uso característico da palavra "promessa" nas Escrituras relaciona-se com o que Deus declara que fará acontecer. Embora possamos inferir as promessas feitas entre o Pai e o Filho antes da criação, a primeira grande promessa de Deus aos homens está em Gênesis 3.15 e inaugura uma sucessão que, em uma crescente clareza de detalhes desde seu anúncio, fala sobre a vinda do Messias-Salvador. Uma grande variedade de promessas está mais ou menos ligada, de uma forma direta, a essa grande promessa central, inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), o derramamento do Espírito (J1 2.28ss.), a restauração de Israel (Dt 30.1-5) e, finalmente, o novo céu e a nova terra (Is 65.17; 66.22).


Paulo demonstra que a “promessa de Deus" tem a qualidade de uma aliança, porque cada palavra de Deus é segura e certa, livre do legalismo e da dependência do esforço do homem (por exemplo, Rm 4.13-16; Gl 3.16 18; cf. Hb 11.40)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1611).


IV – O DESPERTAMENTO TORNA OS HOMENS OBEDIENTES A PALAVRA

1. O culto que foi restabelecido em Jerusalém foi exatamente aquele que a lei de Deus determinava (Ne 12.44-47).

Não foram introduzidas novas formas de culto, nem qualquer mistura de doutrinas babilônicas!


2. O despertamento dado pelo Espírito Santo faz com que os crentes desejem intensamente ser fiéis à Palavra de Deus. Paulo escreveu: “para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito” (1 Co 4.6). O crente despertado inclina-se a guardar os estatutos de Deus até o fim (Sl 119.112). E esta forma de proceder, esta atitude do crente, é uma das bases para a comunhão uns com os outros. “Companheiro sou de todos os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos” (SL 119.63).

🎯 SÍNTESE DO TÓPICO III

Um dos resultados do despertamento é a obediência dos homens à Palavra. Depois que houve o despertamento no retorno do exílio babilónico, não houve a introdução de qualquer mistura de cultos pagãos entre o povo de Deus.


🎯 SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

0 que é um despertamento espiritual? Antes de mais nada, é um retorno à vontade de Deus. Todas as vezes que os crentes voltam aos princípios das Sagradas Escrituras, dá-se um despertamento espiritual. Foi assim no tempo de Josias e na época de Esdras. E, o mesmo se verifica quando o povo de Deus, hoje, predispõe-se a executar as tarefas que o Senhor lhes entrega. Mas o que é necessário para se viver um grande despertamento espiritual?


Em primeiro lugar, é necessário se voltar às Sagradas Escrituras e esposar todos os seus princípios. Neste ponto, devem cair por terra as nossas conveniências e comodidades. Somente a vontade de Deus é que interessa. Notemos que o grande avivamento de Josias começou exatamente quando líderes do povo começaram a examinar detidamente as Sagradas Escrituras. Doutra forma, continuariam no mesmo marasmo.


Em segundo lugar, é necessário buscar com redobrado favor a presença de Cristo. Afirmou certa vez um teólogo que a história se cala acerca dos avivamentos que começaram sem oração. Quer nos tempos bíblicos, quer nos dias de hoje, não pode haver avivamento se~ oração. É um pressuposto básico do qual não podemos fugir.


Em terceiro lugar, não podemos perder o nosso primeiro amor. A Igreja de Éfeso, por exemplo, sofria deste mal crônico. Exteriormente, não poderia haver igreja tão ortodoxa doutrinariamente como aquela. No entanto, estava longe de seu primeiro amor. E, se a força do nosso amor não corresponde aos primórdios da nossa fé, carecemos rogar as misericórdias do Senhor para que um novo despertamento espiritual venha renovar o nosso amor.

PARA REFLETIR

A respeito de " Despertamento Espiritual -Um Milagre", responda:

      Em que ano o Senhor despertou o espírito de Ciro?

No primeiro ano do rei Ciro, da Pérsia.

      De onde emanam os despertamentos espirituais?

Do próprio Deus.

      Na obra do despertamento, quem Deus usa?

Aqueles que se colocam integralmente à disposição de Deus.

      Como era o culto restabelecido em Jerusalém?

De acordo com a Lei de Deus.

      O que o despertamento provoca no crente?

Leva os crentes a desejarem ser mais fiéis à Palavra de Deus.

Fonte: Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2020 - CPAD | Classe: Jovens/Adultos | Comentarista: Eurico Bergstén | Reverberação: www.cristaoalerta.com.br


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