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Revista Cristão Alerta – Edição 21 | 2° Trimestre 2025: O Verbo se Fez Carne

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Lição 8 Uma Lição de Humildade [2° trimestre 2025 CPAD]

Lições Bíblicas Adultos Professor 2º Tr. 2025

Lição 8 - Uma Lição de Humildade | 2° Trimestre de 2025 | Escola Bíblica Dominical - Classe: Adultos | Data: 25 de Maio 2025 | Comentarista: Elienai Cabral


TEXTO ÁUREO

"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (Jo 13-15)


VERDADE PRÁTICA

A submissão e o serviço são características de maturidade e grandeza no percurso do crescimento espiritual do cristão.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 11.29

Aprendendo a humildade com Jesus Cristo

Terça - Jo 530

Humildemente nosso Senhor buscava fazer a vontade do Pai

Quarta - Fp 2.5,6

Cultivando 0 mesmo sentimento humilde de Jesus

Quinta - Lc 9.46,47; Mc 934

0 perigo de cultivar 0 sentimento de proeminência

Sexta - Jo 13.10,11

Uma palavra consoladora de Jesus aos discípulos

Sábado - Jo 13.12-17

Jesus traz sentido ao gesto do lava-pés com os discípulos


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 13.1-10

1 - Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para 0 Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.

2 - E, acabada a ceia, tendo já 0 diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que 0 traísse,

3 - Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus, it - levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.

5 - Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.

6 - Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?

7 - Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não 0 sabes tu, agora, mas tu 0 saberás depois.

8 - Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.

9 - Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.

10 - Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.


Hinos Sugeridos: 187, 304,377 da Harpa Cristã


INTRODUÇÃO

Nesta lição, iremos analisar a narrativa do capítulo 13 do Evangelho de João. Este episódio bíblico retrata 0 ato de Jesus conhecido como “Lava-Pés”, onde Ele ensina, através do seu a relevância da humildade para aqueles que o seguem. Este capítulo oferece-nos uma valiosa lição sobre a humildade na vida cristã. A partir do exemplo de Jesus, somos convidados a servir o  próximo de forma humilde.


Palavra-Chave: Humildade


I - UMA HISTÓRIA REAL SOBRE A HUMILDADE

1. O lava-pés. 

Nesta passagem do Evangelho segundo João, quando Jesus lavou os pés, Ele utilizou o exemplo de um servo da casa onde se encontrava com os discípulos para transmitir uma lição sobre a humildade dentro do Reino de Deus. O capítulo menciona que este episódio ocorreu pouco antes da Páscoa (13.1), quando Ele celebrou a última Ceia Pascal com os seus discípulos. Nesta ceia, 0 nosso Senhor instituiu o que viria a ser conhecido como Santa Ceia ou Ceia do Senhor, um encontro solene que realizamos atualmente. Durante essa ocasião, Jesus rompeu 0 protocolo tradicional da Ceia Pascal, conferindo-lhe um significado único: ao lavar os pés dos seus discípulos, Ele ilustra a humildade como uma virtude essencial para os seus seguidores na expansão da Igreja pelo mundo.


2. O desenvolvimento da história. 

No capítulo 13, 0 Mestre tomou uma bacia com água e uma toalha, levantou as pontas das suas vestes e atou-as à cintura. Pegou nas mangas longas e largas das suas roupas masculinas típicas da época e amarrou-as atrás do pescoço. Este gesto era uma forma de “cingir-se” para realizar trabalho, permitindo que tivesse as mãos e as pernas livres para realizar a tarefa do ato de “Lava-Pés”. Este costume nos tempos bíblicos fazia parte dos cuidados prestados aos convidados por parte do senhor da casa. Ao chegar à residência designada para a Ceia, Jesus verificou que não havia nenhum servo disponível para lavar os pés dos convivas.


3. A mudança de paradigma. 

Como anfitrião daquela ceia, após o encerramento dessa reunião única e tradicional — surpreendendo os discípulos — 0 nosso Senhor começou a ensinar através do Lava-Pés que o caminho do Reino de Deus é trilhado com humildade (Jo 13.2,4). Ele mostrou que a humildade representa a verdadeira grandeza espiritual do seguidor do Evangelho. Por isso, utilizou um gesto cotidiano para exemplificar esta atitude humilde. É evidente, neste episódio, que 0 Cristianismo só se tornará eficaz e alcançará 0 propósito do Reino de Deus se os valores ensinados pelo Mestre forem realmente praticados pelos seus seguidores. Entre esses valores destaca-se a humildade genuína interiorizada nos corações dos discípulos, recebendo especial atenção do divino Mestre, que era manso e humilde de coração (Mt 11.29).


SINOPSE I

O exemplo histórico de humildade que nosso Senhor deu aos discípulos é prático, atual e atemporal.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“LAVAR OS PÉS AOS DISCÍPULOS 

Esse ato dramático de lavar pés, geralmente realizado por servos, ocorreu na última noite da vida de Jesus na terra. Jesus fez isso 

(1) para demonstrar aos seus discípulos o quanto Ele os amava; 

(2) para prenunciar (isto é, prever simbolicamente) 0 seu sacrifício voluntário na cruz; e 

(3) para transmitir a verdade de que aqueles que 0 seguem devem servir, humildemente, uns aos outros. O desejo de ser grande atormentava continuamente os discípulos (Mt 18.1-4: 20.20-27; Mc 933-37; Lc 9.46-48). Cristo queria que ele percebessem que o desejo de ser o primeiro - ser superior e honrado acima dos outros - é exatamente o oposto da atitude dele. Jesus desejava que seus discípulos imitassem sua maneira (veja Lc 22.24-30, nota; Jo 13.12-17; lPe 5.5).


[...] A igreja primitiva parece ter seguido o exemplo de Jesus e, literalmente, obedecido seu mandamento de humildemente lavar os pés uns dos outros. Por exemplo, em lTm 5.10, Paulo declara que as viúvas só poderiam receber um cuidado especial por parte da igreja caso se qualificassem de acordo com determinados padrões e ações. Um desses atos era “lavar os pés dos santos”. As bênçãos de Deus sempre dependem de colocarmos a sua Palavra em prática (v. 17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1880,81).


II - HUMILDADE IMPLICA AUTOCONHECIMENTO


1. Conhecendo a própria natureza. 

Jesus tinha plena consciência de quem era, entendia o seu papel e a sua relevância como Senhor e Mestre: “Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus” (Jo 13.3). Neste contexto, Ele deliberadamente trocou o seu papel de Senhor pelo de um simples servo para ensinar aos seus discípulos a importância da humildade. Dessa forma, é essencial que conheçamos a nossa natureza. Devido ao pecado, temos dificuldade em nos submeter aos outros e em nos humilhar; frequentemente preferimos olhar de cima para baixo, raramente de baixo para cima. Assim sendo, Jesus Cristo, na sua posição de Senhor e Mestre, ensina-nos a virtude da humildade: “Eu vos dei o exemplo” (Jo 13.15).


2. O exemplo deixado por Jesus. 

Pense no Verbo Divino, repleto de glória e poder, que abdica da sua majestade para vivenciar a experiência humana. Como menciona o Evangelho: “não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou" (Jo 5.30). Assim sendo, enquanto Verbo Divino, Ele tornou-se carne e uniu-se à nossa condição. Esta compreensão doutrinária sobre a encarnação de Jesus confere um significado ainda mais profundo ao episódio do lava-pés, onde estava 0 Deus Encarnado lavando os pés de pessoas comuns. À luz deste exemplo, não deveria ser tão difícil servir aos outros ou submeter-nos à liderança dos nossos irmãos; desviar a nossa própria vontade em favor da vontade divina deveria ser algo natural. No entanto, a nossa natureza pecaminosa torna árdua a prática do serviço e 0 cultivo da humildade. Por isso mesmo, 0 apóstolo Paulo faz este apelo: "De sorte que haja em vós 0 mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (Fp 2.5-6).


3. O maior no Reino de Deus. 

O nosso Senhor percebia que existiam momentos em que os seus discípulos se preocupavam com quem seria considerado o maior (Lc 22.25-27). Contudo, Ele — sendo Deus e não reivindicando igualdade com Deus (Fp 2.5) — ensinava aos discípulos qual deveria ser 0 verdadeiro espírito entre eles; especialmente após sua partida: no Reino de Deus prevalece sempre a ideia de “o primeiro serve o último”. Portanto, no Reino de Deus deve haver humildade como verdadeira motivação para o serviço; nunca egoísmo ou interesses pessoais.


SINOPSE II

A virtude da humildade possibilita-nos reconhecer as nossas limitações e, dessa forma, evitar a armadilha da soberba.


III - HUMILDADE X OSTENTAÇÃO

1. Uma competição silenciosa. 

Jesus estava ciente de que, entre os seus discípulos, existia uma competição discreta em busca de proeminência e liderança, como é retratado nos Evangelhos (Lc 9.46,47; Mc 9.34). Já havia preocupações entre eles sobre quem ocuparia 0 lugar mais destacado num eventual reino de Jesus. O que Jesus demonstra é que tal espírito não deve prevalecer entre seus seguidores. Os líderes na causa do Mestre não podem iniciar a sua jornada de forma errada.


2. O caminho humilde de Jesus. 

Através do episódio do lava-pés, nosso Senhor revelou que 0 caminho dos seus discípulos não se alicerça no sucesso material, na notoriedade ou na ambição, mas sim na capacidade de servir o próximo de maneira humilde. Desta forma, a Igreja de Cristo estaria em desacordo com a dinâmica mundana da ostentação e da presunção. O serviço amoroso e humilde é característico da Igreja de Cristo. Assim, não haveria espaço para disputas, a fama seria deixada de lado e a ambição afastada. Por meio do exemplo modesto de Jesus no episódio do lava-pés, as consciências dos discípulos foram despertadas (Jo 13.13,14).


3. Um convite à humildade. 

A vida e os ensinamentos do nosso Salvador constituem um convite para aprendermos com Ele sobre mansidão e humildade (Mt 11.29). Nesse sentido, somos convidados por Jesus a cultivar um coração humilde, desprovido das armadilhas da ambição, da ostentação e do egoísmo. Somos chamados a partilhar dos mesmos sentimentos que pautaram a sua vida e ministério terreno (Fp 2.5-8). Assim sendo, a lição do lava-pés é um apelo para vivermos uma existência de humildade diante de Deus em todas as circunstâncias da vida.


SINOPSE III

A humildade não compete, ela coopera; a humildade não busca notoriedade, ela busca o servir; a humildade não obriga, ela convida.


AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

O SERVIÇO AMOROSO

“Tendo lavado os pés dos discípulos e vestido a sua túnica, Jesus, estando à mesa, outra vez perguntou aos discípulos: Entendeis o que vos tenho feito? (12) Macgregor comenta: “Quando ‘veste a sua túnica’, Jesus assume a sua vida novamente (10.17SS.) no poder do Espírito, e assim esclarece todas as coisas” (7). Sem esperar por uma resposta, Jesus explicou que isto tinha sido um exemplo (15), ou modelo, “que estimula ou deve estimular alguém a imitá-lo".


Da mesma forma que Ele, seu Mestre (literalmente, “Ensinador”) e Senhor, lhes tinha feito, assim deveriam fazer uns aos outros (13-14; cf. 34). Hoskyns diz: “Seu ato de lavar os pés dos discípulos expressa a própria essência da autoridade cristã”. Não parece haver qualquer evidência de que Jesus quisesse que a lavagem dos pés fosse instituída como um sacramento. Mas fica claro que Ele estava ensinando, pelo exemplo básico e axiomático, embora paradoxal, que a única maneira de ser “0 maior" (Lc 22.24) ou de ser bem-aventurado (17) é tomar a estrada do serviço amoroso (13.34) e do sacrifício (10.15), baseado no conhecimento da vontade de Deus para nós. A palavra traduzida como bem-aventurado no texto das Beatitudes é makarioi (Mt 5.3-12)” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.117).


CONCLUSÃO


Nesta lição, abordamos a relevância da virtude da humildade para um melhor autoconhecimento. Deste modo, começamos a perceber os nossos limites e aquilo que nos diz respeito ou não. Compreendemos que a humildade se opõe a uma cultura de ostentação, à busca desenfreada pela fama e a outros objetivos que nada têm a ver com a simplicidade do Evangelho. Dessa forma, podemos seguir o caminho humilde do nosso Senhor.


Veja Também:

Lição 1 - O Verbo que Se Tornou em Carne [2° trimestre 2025 CPAD]

Lição 2 - O Novo Nascimento [2° trimestre 2025 CPAD]

Lição 3 A Verdadeira Adoração [2° trimestre 2025 CPAD]


ACESSE:

Todas as Lições Bíblicas Dominical Adultos 2° Trimestre 2025 CPAD



REVISANDO 0 CONTEÚDO

1. Segundo João 13, como se manifestava o ato de “cingir-se”?

No capítulo 13, o Mestre tomou uma bacia com água e uma toalha, levantou as pontas das suas vestes e atou-as à cintura. Pegou nas mangas longas e largas das suas roupas masculinas típicas da época e amarrou-as atrás do pescoço.


2. Conforme a lição, o que a humildade representa?

A humildade representa a verdadeira grandeza espiritual do seguidor do Evangelho.


3. Por qual razão Jesus trocou os papeis de Senhor e Servo em João 13, segundo a lição?

Ele deliberadamente trocou 0 seu papel de Senhor pelo de um simples servo para ensinar aos seus discípulos a importância da humildade.


4. O que Jesus percebia sobre os discípulos, conforme abordado na lição? 

O nosso Senhor percebia que existiam momentos em que os seus discípulos se preocupavam com quem seria considerado o maior (Lc 22.25-27).


5. Para quê propósito a vida e os ensinamentos de Jesus nos convidam?

A vida e os ensinamentos do nosso Salvador constituem um convite para aprendermos com Ele sobre mansidão e humildade (Mt 11.29).


PLANO DE AULA do Professor (a)

1. INTRODUÇÃO

O tema do nosso estudo é a humildade. Meditaremos sobre um texto bíblico que narra um momento profundo e impactante do ministério de Jesus: ao lavar os pés dos discípulos, Ele nos ensina que a verdadeira grandeza do cristão está no serviço humilde. Os três tópicos desta lição abordarão 1) 0 exemplo prático e histórico de humildade dado por Cristo; 2) fará a relação entre humildade e autoconhecimento, reconhecendo os próprios limites; 3) promoverá um contraste entre humildade e ostentação. Essa lição nos encoraja a refletir sobre como essa mensagem desafia nossa postura diante de Deus e do próximo, preparando os nossos corações para aprender e aplicar esse exemplo em nossas próprias vidas.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO


A) Objetivos da Lição: 

I) Abordar 0 exemplo prático e histórico de humildade dado por Cristo; 

II) Correlacionar a humildade com 0 autoconhecimento; III) Promover contraste entre humildade e ostentação.


B) Motivação: A ação de Jesus ao lavar os pés dos discípulos demonstra que a humildade não é sinal de fraqueza, mas sim uma virtude capaz de transformar vidas. Este ensinamento questiona os padrões de orgulho e ostentação da sociedade contempo rânea, convidando-nos a reconhecer os nossos próprios limites enquanto valorizamos o serviço altruísta. Devemos perceber a humildade como um traço fundamental do caráter cristão, espelhando o exemplo de Cristo nas suas interações diárias.


C) Sugestão de Método: Para finalizar a aula e consolidar o aprendizado sobre “Uma Lição de Humildade”, proponha a seguinte atividade: distribua um pedaço de papel a cada aluno e solicite que escrevam acerca de uma atitude humilde que tenham observado ou praticado recentemente. Recolha e leia algumas de forma anônima, relacionando-as com a atitude de Jesus ao lavar os pés dos seus discípulos em João 13.1-10. Aproveite este momento para exemplificar os temas da lição, ressaltando 0 caso histórico de humildade (Tópico I), a influência do autoconhecimento na construção de um caráter humilde (Tópico II) e a comparação da humildade com a ostentação (Tópico III). Conclua a aula estimulando que eles integrem a humildade nas suas rotinas diárias, favorecendo uma aplicação prática da mensagem assimilada.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO


A) Aplicação: O exemplo de Jesus é um chamado para demonstrarmos humildade em nossas atitudes diárias, seja servindo ao próximo, seja renunciando ao orgulho. Ele nos ensina que a verdadeira grandeza está em viver para servir, refletindo 0 caráter de Cristo em todos os nossos relacionamentos. Essa prática reforça o testemunho cristão e aumenta a influência da igreja na sociedade.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR


A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Lavar os Pés aos Discípulos”, localizado após 0 primeiro tópico, apresenta uma contextualização do episódio do Lava-Pés; 2) No final do terceiro tópico, 0 texto “O Serviço Amoroso" mostra uma reflexão significativa a respeito da perspectiva do serviço humilde.


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Lição 6 – A Autenticidade de uma Linguagem Sadia

Lições Bíblicas Jovens 1° trimestre 2025 CPAD | Comentarista: Eduardo Leandro

Lições Bíblicas Jovens 1° trimestre 2025 CPAD | Comentarista: Eduardo Leandro | Data da Aula:  9 de Fevereiro de 2025

TEXTO PRINCIPAL

A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto." (Pv 18.21)

RESUMO DA LIÇÃO

O controle da língua é essencial para uma vida piedosa e uma fé sadia.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA-FEIRA

Sl 34.13 Guarda a tua língua

TERÇA-FEIRA

Pv 21.23 - O que guarda a língua se livra de angústias

QUARTA-FEIRA

Pv 12.18 - A língua do sábio é saúde

QUINTA-FEIRA

Mt 12.36 - Prestaremos contas de nossas palavras

SEXTA-FEIRA

Lc 6.45 - A sua fala reflete o que está no seu coração 

SÁBADO

Cl 4.6 - Que as nossas palavras sejam agradáveis

OBJETIVOS

- COMPREENDER a necessidade de dominara Língua;

- EXPLICAR os perigos de uma Língua descontrolada;

- DESTACAR as características de uma linguagem sadia e irrepreensível.


INTERAÇÃO

Prezado (a) professor (a), dando continuidade ao estudo da Carta de Tiago, nesta lição estudaremos um tema atual e bem relevante — o cuidado que devemos ter com a nossa Língua. Tiago faz uma excelente exposição a respeito da disciplina da língua no decorrer de toda a Carta (1.19; 26; 4.11.12; 5.12). A Língua é um pequeno membro do nosso corpo, todavia seu poder é sempre ambíguo. Ela tem poder para construir e para destruir, por isso, precisa ser controlada pelo Espírito Santo. Sozinhos não conseguiremos refrear nossa fala e utilizá-la para glória de Deus. Precisamos da ajuda do Criador. Tiago afirma que a pessoa que consegue ter domínio desse pequeno órgão é um ser humano perfeito, com a capacidade de também refrear as demais partes do seu corpo.

TEXTO BÍBLICO: Tiago 3.1-12

1 Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.

2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo.

3 Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam: e conseguimos dirigir todo o seu corpo.

4 Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.

5 Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.

6 A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.

7 Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana:

8 Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear: está cheia de peçonha mortal.

9 Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus:

10 de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.

11 Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?

12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.


INTRODUÇÃO

Qual o efeito que nossas palavras exercem sobre a vida daqueles que nos ouvem? No texto bíblico que estudaremos nesta lição, o capítulo 3 da Carta de Tiago, somos advertidos a respeito do poder e a responsabilidade do uso da língua. Tiago aborda a importância de controlar nossa língua e desenvolver uma elocução sadia que reflita nossa fé em Jesus Cristo.


I - A NECESSIDADE DE DOMINAR A LÍNGUA

1. A responsabilidade dos mestres com o que falam.

Tiago inicia o capítulo três com uma advertência para os professores (v. 1). Aqueles que ensinam são responsáveis por usar sua língua com sabedoria, pois suas palavras têm grande influência sobre os outros. A palavra grega para mestre é kyrios ou kurios, cujo significado também é “senhor". O mestre aqui é alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres dos homens, alguém que é qualificado para ensinar, trazendo a ideia de um rabino que possuía conhecimentos sobre a Lei.

Aqueles que ensinavam, nesse tempo. faziam de forma oral e seus insucessos estavam relacionados às palavras proferidas. O ato de ensinar está diretamente ligado à língua, à comunicação.


2. O poder da língua.

No versículo 2, Tiago afirma: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavras, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo." Ele explica que todos nós cometemos erros e destaca o dever que os crentes têm de controlar não apenas as palavras, mas também as ações.


3. Língua, um pequeno membro capaz de causar um grande impacto.

Tiago faz uso de uma ilustração para ampliara compreensão e o impacto da língua. Ele compara a língua ao freio que dirige um cavalo e ao leme que controla um navio (v. 4). Embora a língua seja um pequeno órgão do corpo humano, ela pode direcionar uma vida inteira para o bem ou para o mal. O ser humano, que é relativamente pequeno em porte e força, por meio do freio (um artefato muito pequeno), pode controlar um animal maior e mais forte, logo, tem condições de controlar sua boca. Da mesma forma, Tiago se utiliza da comparação com o leme. Grandes embarcações à vela, movidas pela força do vento, são guiadas por um pequeno leme. Assim, se o ser humano pode controlar o curso de uma grande embarcação com um pequeno leme, ele deve ser capaz de controlar a sua língua para que tenha um bom curso nos mares desta vida os quais precisamos atravessar.


SUBSÍDIO 1

“Tiago emprega duas metáforas para descrever a habilidade da língua em ‘refrear todo o corpo' — o freio nas bocas dos cavalos e o leme no navio. Nos dois exemplos, qualquer uma das menores partes é capaz de controlar a direção e as ações de todo conjunto. No entanto, a relação entre a língua e o resto do corpo é diferente daquela de um freio com o cavalo ou de um leme com o navio; ela não controla diretamente as ações de uma pessoa. Devido à imperfeita adaptação dessa analogia, alguns comentaristas sugeriram que Tiago está estendendo sua discussão ao papel dos professores da Igreja. É a língua’ do mestre que controla todo o ‘corpo’ da Igreja. Porém, a principal preocupação de Tiago nessa seção da carta está dirigida às atitudes individuais dos crentes, e não à vida coletiva da Igreja (uma questão que ele analisa em 5.13,20).


Assim sendo, é possível que esteja pretendendo que suas metáforas sejam estendidas dentro de um sentido mais amplo. Pode ainda estar fazendo uma ilustração da ideia dos ensinamentos de Jesus quando diz que ‘do que há em abundância no coração, disso fala a boca’ (Mt 12.34; Tg 3.10). onde o desejo do indeciso coração humano profere tanto a bênção quanto a maldição).”

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2.4 ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009. PP 873-74 )


II - OS PERIGOS DE UMA LÍNGUA DESCONTROLADA

1. A língua como fogo.

O freio dos cavalos, o Leme e a língua possuem as mesmas características: são pequenos, porém capazes de grandes feitos. Tiago também descreve a língua como um fogo, capaz de incendiar um grande bosque (v. 5). A ideia é mostrar que palavras podem causar danos enormes e duradouros. Você já deve ter ouvido nos noticiários os muitos males que as queimadas produzem para o meio ambiente, sendo até mesmo capazes de mudar o clima de uma determinada região. Os prejuízos são enormes para os ecossistemas e principalmente para o homem.


“Como um mundo de iniquidade", essa expressão significa uma profunda violação da lei e da justiça; injustiça de coração e vida. Como um fogo, a língua que professa iniquidade é perversa, está fora de controle e destrói tudo à sua volta.


A fala pode ser um instrumento para o bem, semeando a Palavra de Deus, como também para o mal, como por exemplo: mentir, difamar, alimentar o ódio, criar discórdias, incitar a luxúria etc. Muitos dos pecados que são cometidos têm sua origem na falta de controle da língua.


2. A inconsistência no falar.

No versículo 9, Tiago destaca a inconsistência da língua: “Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus." Esta dualidade mostra a necessidade de sermos consistentes em nossa fala, refletindo nossa fé em todas as circunstâncias.


As Sagradas Escrituras nos ensinam que as palavras adequadas, pronunciadas no momento certo e com a atitude correta, têm o potencial de gerar vida. Por outro lado, palavras inadequadas, proferidas no momento errado e com a atitude incorreta, podem trazer destruição (Pv 18.21).


3. A incapacidade de domar a língua.

Tiago afirma que "nenhum homem pode domar a língua" (v. 8). É um mal incontido, cheio de veneno mortal. O termo grego utilizado aqui é kakos que significa uma natureza perversa no modo de pensar, sentir e agir; pessoa desagradável, injuriosa, perniciosa, destrutiva, venenosa. A comparação é com uma víbora, cujo veneno é tão mortal quanto os insultos, calúnias, maledicência e mentiras. Embora difícil, o controle da língua é essencial para evitar as armadilhas do mal e para se viver uma vida piedosa.

Esse controle só é possível mediante a ação do Espírito Santo em nós.


Neste capítulo, é destacada a contradição quanto ao uso da língua por algumas pessoas, pois ao mesmo tempo em que louvam a Deus, também amaldiçoam o próximo, que são feitos à semelhança de Deus (v. 9). Tiago mostra aos irmãos(as) que tal atitude não deve existir entre os crentes, pois fomos chamados a utilizar nossas palavras para edificação e não para maldição.


Considerando que as palavras possuem o poder tanto de gerar vida quanto de causar morte, elas são prejudiciais e contaminam aquele que as pronunciam e aos que ouvem. Um dia teremos que prestar contas de todas as palavras ociosas que proferirmos (Mt 12.36). Em tempos de redes sociais, essa orientação de Tiago é fundamental. Não são poucos os que se utilizam delas para destilarem seus "venenos", fruto de um coração cheio de perversidade.


PENSE!

É possível domara nossa língua e ter uma linguagem sadia?

PONTO IMPORTANTE!

É possível com a ajuda do Espírito Santo em nós.


SUBSÍDIO 2

Professor (a), converse com seus alunos explicando que “as pessoas se revelam aos outros pela maneira como usam suas línguas. O problema não está na boca, mas no coração — a pessoa, lá no fundo de nós. Jesus ensinou, “o homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45)- Da mesma maneira como um balde extrai água de um poço, também a língua mergulha e extrai o que quer que esteja enchendo o coração. Se a fonte está limpa, isso é o que a língua transmite. Se está contaminada, a língua evidenciará isso."

(Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 83.)

III - CARACTERÍSTICAS DE UMA LINGUAGEM SADIA E IRREPREENSÍVEL

1. A fala que edifica.

Tiago enfatiza o poder e a responsabilidade que acompanham o uso da língua. Somos advertidos a possuir uma linguagem sadia para edificar e encorajar os outros. Escrevendo aos crentes de Éfeso, Paulo também enfatiza esse ensino afirmando que: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem" (Ef 4.29). Nossas palavras devem ser construtivas e benéficas.


Com a língua, pode-se bendizer e amaldiçoar, contudo não somos chamados para amaldiçoar ninguém, e sim para apregoar a Palavra de Deus. Que venhamos usar nossas palavras para a edificação, exortação e consolo dos que nos ouvem. Use a sua boca, os seus lábios como uma ferramenta poderosa para edificar sua igreja e promover o bem-estar seu e dos irmãos (as). Desenvolva uma linguagem sadia que ajude outros jovens a crescerem em fé e a buscarem uma vida mais alinhada com os princípios cristãos.


2. Palavras de sabedoria.

Precisamos demonstrar sabedoria por meio da nossa conduta e, especificamente, através das nossas palavras. Uma linguagem sábia é aquela que reflete o conhecimento que vem do alto, logo ela é pura, pacífica, amável, complacente, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera (v. 17).


Essa sabedoria deve permear nossas conversas diárias para que sejam construtivas e que promovam a paz e a justiça. A sabedoria divina é prática e se reflete não apenas em nossos pensamentos, mas em nossa fala e atitudes. Somos desafiados a mostrar a sabedoria por meio de boas ações, realizadas com mansidão. Uma língua controlada reflete a sabedoria divina e a presença do Espírito Santo em nossa vida.


3. Reflexo da fé em Cristo.

Nossa fala deve ser um reflexo da nossa fé em Cristo. O crente deve se comunicar de modo a evidenciar sua fé em Jesus, sendo sempre cheia de graça e verdade, evitando gírias, palavrões etc. (Cl 4.6).


Nossas palavras são um reflexo daquilo que temos em nossos corações. A fé sem um uso responsável e amoroso da língua é uma fé incompleta. Nossas palavras devem ser um testemunho vivo de nossa crença em Cristo, evidenciando o Fruto do Espírito (Gl 5.22-23). Quando nossas palavras são coerentes com a fé que professamos, elas se tornam ferramentas de evangelismo e testemunho, atraindo outros para Cristo.


PENSE!

Como posso garantir que as minhas palavras reflitam minha fé e edifiquem os que me ouvem?

PONTO IMPORTANTE!

As palavras têm poder e precisam ser usadas com sabedoria e responsabilidade para edificar e não destruir.


CONCLUSÃO

A Carta de Tiago nos adverte sobre o imenso poder da língua e a necessidade de controlá-la para evitar danos à nossa vida e à do próximo. Uma linguagem saudável edifica, é cheia de sabedoria e reflete nossa fé em Cristo. Como cristãos, somos chamados a usar nossas palavras para glorificar a Deus e edificar os outros, demonstrando autenticidade em nossa fé por meio de uma comunicação verdadeira e amorosa. Ao cultivar uma linguagem irrepreensível, mostramos ao mundo a transformação que Cristo opera em nossas vidas.


HORA DA REVISÃO

1. A advertência de Tiago 3.1 é para qual grupo?

Tiago inicia o capítulo três com uma advertência para os professores.

2. Qual é a palavra grega utilizada para "mestre" e o seu significado?

A palavra grega para mestre ê kyrios ou kurios. cujo significado também é “senhor".

3. Quais são as figuras que Tiago utiliza para ilustrar o impacto da língua?

Ele compara a língua ao freio que dirige um cavalo e ao leme que controla um navio (v. 4).

4. Qual o significado da expressão "como um mundo de iniquidade”?

“Como um mundo de iniquidade”, essa expressão significa uma profunda violação da lei e da justiça; injustiça de coração e vida.

5. De acordo com a lição, quais são as características de uma linguagem sábia?

Fala que edifica, palavras de sabedoria e reflexos da fé em Cristo.


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