Lição 1 - A autoridade da Bíblia
✍Lições Bíblicas
Adultos, 1° trimestre de
2022 – CPAD
✍Assunto:
A Supremacia das Escrituras: a Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de
Deus
✍COMENTARISTA:
Douglas Baptista
2 de Janeiro de 2022
📚 TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurados
os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.” (Sl 119.1)
💡 VERDADE PRÁTICA
A
Bíblia Sagrada é a autoridade final da nossa regra de fé e prática.
⏰
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Pe 1.20,21
As Sagradas Escrituras têm origem no próprio Deus
Terça - Sl 19.1-4
A natureza manifesta a grandeza de Deus ao ser humano
Quarta - Jo 20.30,31
A Bíblia revela a pessoa de Jesus Cristo, o Filho de
Deus
Quinta - Hb 4.12
Podemos ouvir a voz de Deus por meio da leitura da
Bíblia
Sexta - Mc 13.31
As gerações passam, mas a Palavra de Deus permanece
inalterada
Sábado - Ap 22.18,19
As Sagradas Escrituras transmitem toda a doutrina da
salvação
📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 119.1-8
1
- Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.
2
- Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos e 0 buscam de todo o
coração.
3
-E não praticam iniquidade, mas andam em seus caminhos.
4
- Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.
5
- Tomara que os meus caminhos sejam dirigidos de maneira a poder eu observar os
teus estatutos.
6
- Então, não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos.
7
- Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos
juízos.
8
- Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente.
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🎯 PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Ler e compreender a
Bíblia é um desafio. Neste trimestre, vamos enfrentá-lo. O pastor Douglas
Baptista, líder da Assembleia de Deus Missão e presidente do Conselho de
Educação e Cultura da CGADB, é o comentarista deste trimestre. Ele nos ajudará
a reconhecer a Supremacia da Bíblia na fé cristã, sua autoridade, inspiração e
inerrância, e aplicá-la a vida cristã.
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) relacionar a origem da Bíblia
com a Revelação Divina;
II) pontuar as evidências da
autenticidade da Bíblia;
III) apresentar a mensagem da
Bíblia.
B) Motivação: Por que o nosso
casamento, a nossa família, a nossa profissão e suas demandas éticas devem
estar de acordo com a Bíblia? Por que a Bíblia é autoridade final para nós?
C) Sugestão de Método: Apresente uma
história em que os prejuízos espirituais e morais, como consequências de a
Bíblia não ter autoridade final na vida, estejam em destaque.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Você conhece a
realidade de sua classe. Por isso, aplique a lição segundo essa realidade.
Sugerimos que você desafie aos alunos a iniciar a leitura da Bíblia. Promova
esse desafio em classe.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
Auxílios Especiais: Ao final do
tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Categorias da Revelação Divina”
aprofunda o primeiro tópico a respeito do tema da Revelação Especial;
2) O texto “O Professor que
veio de Deus” traz uma reflexão que servirá como base de aplicação do terceiro
tópico.
“A Mensagem da Bíblia”. Leia os auxílios com atenção e busque integrá-los à prática docente.
📌 COMENTÁRIO
PALAVRA CHAVE: Autoridade
INTRODUÇÃO
A
autoridade da Bíblia fundamenta-se em seu autor: Deus. Portanto, a Bíblia é a
Palavra de Deus escrita. Assim sendo, a autoridade dela depende total e
exclusivamente do Altíssimo e não dos homens. Desse modo , além da Bíblia, a
Igreja não possui outra fonte infalível de autoridade. Nesta lição, veremos a
origem da Bíblia, sua autenticidade e mensagem revelada na Palavra de Deus.
I
- A ORIGEM DA BÍBLIA E A REVELAÇÃO DIVINA
1.
A origem da Bíblia.
Pedro
enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio
Deus (2 Pe 1.20,21). Paulo corrobora que a mensagem bíblica veio do alto (2 Tm
3.16). E também os apóstolos ensinam que a Bíblia foi escrita por homens,
porém, sob a inspiração e supervisão divina (1 Co 2.13,14; Ap 1.1). Portanto,
as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter
a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso,
constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter
do cristão. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia Sagrada é a Palavra de
Deus, única revelação divinamente escrita, dada pelo Espírito Santo, para a
humanidade.
2.
Revelação Geral.
Chama-se
revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da
História, do Universo e da Natureza Humana.
a)
Na História.
Deus se revela pela sua soberania. Ele controla o curso dos acontecimentos,
remove e estabelece governos e nada acontece fora de sua vontade (Dn 2.21;
4.25; Rm 11.22);
b)
No Universo.
Deus se manifesta pelo seu poder nas coisas criadas, o Céu, a Terra, o mar, e
tudo quanto há neles (Sl 19.1-4; At 14.15-17; Rm 1.18-21);
c)
Ho Ser Humano criado à imagem e semelhança divina (Gn 1.26,27). A natureza moral
da humanidade, embora de maneira inadequada por causa do pecado, revela o
caráter moral de Deus (Rm 2.11-15; Ef 4.24; Cl 3.10).
3.
Revelação Especial.
Se
por um lado a revelação geral denuncia a culpa humana em rejeitar o
conhecimento acerca de Deus (Rm 1.18-21), a revelação especial oferece redenção
para os perdidos pecadores (Cl 1.9-14). Ela é o complemento da revelação que
Deus fez de si mesmo na história, no universo e na humanidade (Rm 10.11-17; Hb
1.1-3). Reconhecemos s revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo,
quanto nas Escrituras Sagrados (Jo 1.1; 5.39). É por meio da revelação contido
nos Escrituras que conhecemos o Pessoa de Cristo: “Estes [os sinais], porém,
foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
SINÓPSE I
A Bíblia tem origem em Deus. Este se revela na história, no
universo e na humanidade; e, de modo especial, por meio de Cristo e das
Escrituras.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Categorias da Revelação Divina Revelação Especial
[...] A Bíblia, ao manter de forma perene a revelação especial
de Deus, é tanto o registro de Deus e dos seus caminhos, quanto a intérprete
dela própria. A revelação escrita é confinada aos 66 livros do Antigo e do Novo
Testamento.
A totalidade de sua revelação que Ele quis preservar para o
benefício de toda a humanidade acha-se armazenada, em sua totalidade, na
Bíblia. Examinar as Escrituras é conhecer a Deus da maneira que Ele quer ser
conhecido (Jo 5.39; At 17.11). A revelação divina não é um vislumbre fugaz, mas
um desvendamento per manente. Ele nos convida a voltarmos repetidas vezes às
Escrituras para, aí, aprendermos a respeito dEle.
[...] A totalidade das Escrituras é a Palavra de Deus em virtude
da inspiração divina dos seus autores humanos. A Palavra de Deus, na forma da
Bíblia, é um registro inspirado de eventos e verdades da autorrevelação de
Deus” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006 ,pp.84,85).
II
- EVIDÊNCIAS DA AUTENTICIDADE DA BÍBLIA
1.
Evidências Internes.
A
palavra “autenticidade” tem origem no grego authentês como significado
daquilo que é “verdadeiro”. Quando aplicado às Escrituras, o termo indica a
autoridade da Bíblia. Nesse sentido, a Bíblia autentica a si mesma (2 Tm 3.16).
Dentre as evidências internas, destacam-se:
a)
Unidade c consistência: No período aproximado de 1.600 anos, a Bíblia foi
escrita em dois idiomas principais e um dialeto, por cerca de quarenta pessoas
de diferentes classes sociais, em lugares e circunstâncias distintas que
abordaram centenas de temas. Apesar de todas essas implicações, o conteúdo
bíblico é consistente e os seus escritos se harmonizam formando um todo sem
qualquer contradição (SI 18.30; 33.4).
b)
Ação do Espírito Santo: Por meio da leitura da Bíblia é possível ouvir a voz
de Deus agindo como uma espada que “penetra até à divisão da alma e do
espírito” (Hb 4.12). Como os discípulos no caminho de Emaús, aquele que aceita
a mensagem da Palavra experimenta a chama do Espírito arder no coração e passa
a compreender o plano da salvação (Lc 24.31,32).
c)
Profecias de Eventos Futuros. A exatidão no cumprimento das profecias
comprova a veracidade das Escrituras. As suas profecias foram anunciadas muito
séculos antes dos eventos acontecerem com clareza e precisão. Entre tantos
eventos, citamos o nascimento virginal de Cristo (Is 7.14; Mt 1.23); sua morte
na cruz (Sl 22.16; Jo 19.36); o local da sua sepultura (Is 53.9; Mt 27.57-60);
e sua ressurreição (Sl 16.10; Mt 28.6).
2.
Evidências externas.
Compreende-se
como evidências externas aquelas em que os acontecimentos narrados nas Escrituras
são também ratificados por outras fontes históricas. Por vezes, essas
comprovações se identificam e se fundem aos conceitos de inerrância, isto é,
que a Bíblia não contém erros. Nessa direção, tanto o registro da história das
nações, as descobertas arqueológicas e os pressupostos da ciência apontam para
a autenticidade da Palavra de Deus. E, a despeito de ser contestada por ateus e
incrédulos, a Bíblia permanece como o livro mais traduzido e lido de toda a
história (cf. Mc 13.31).
SINÓPSE II
A Bíblia Sagrada autentica a si mesma, tendo sua veracidade
confirmada por fontes e registros históricos.
III
- A MENSAGEM DA BÍBLIA
1.
A Supremacia da Bíblia.
A
expressão latina Sola Scriptura confirma que somente a Bíblia é regra
infalível e autoridade final em matéria de fé e prática. Nossa Declaração de Fé
professa que a Bíblia fornece o conhecimento essencial e indispensável à nossa
comunhão com Deus e com o nosso próximo. Assim sendo, não necessitamos de uma
nova revelação extraordinária para a nossa salvação e o nosso crescimento
espiritual. Significa que todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos
foram transmitidas pelas Escrituras e que nenhuma tradição humana pode acrescer
ou retirar coisa alguma (Ap 22.18,19). Assim, ratifica-se que a Bíblia é a
fonte final de autoridade.
2.
O poder da Palavra de Deus.
O
seu poder se assemelha ao fogo que consome e purifica, bem como um martelo que
despedaça a penha (Jr 23.29). As qualidades de fogo e martelo indicam que nada
pode impedir o cumprimento da Palavra de Deus (Is 55.11; Jr 514)- O seu poder
também é capaz de derrubar fortalezas espirituais que fazem oposição ao
conhecimento divino (2 Co 10.4,5). A Palavra de Deus tem poder, tal qual uma
espada, para penetrar no mais íntimo do ser humano e julgar os pensamentos e
intenções do coração (Hb 4.12). Quando tentado no deserto, o próprio Cristo
derrotou Satanás usando o poder da Palavra. Ele venceu as sugestões do Diabo ao
fazer citações das Escrituras (Mt 4-4,7,10).
3.
O propósito da Bíblia.
Nossa
Declaração de Fé ensina que “a Bíblia é a mensagem clara, objetiva, entendível,
completa e amorosa de Deus, cujo alvo principal é, pela persuasão do Espírito
Santo, levar-nos à redenção em Jesus Cristo” (Jo 16.8; 1 Jo 1.1-4). Nela também
se encontram revelados os códigos morais para a sociedade. Ratifica-se que a
moral bíblica não se relativiza, pois seus valores são absolutos (Ap 22.18,19).
Nessa compreensão, a Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade à
humanidade. Dessa forma, o compromisso inegociável da Igreja deve ser de
fidelidade e propagação da mensagem bíblica para a salvação e libertação dos
pecadores (1 Tm 1.15).
SINÓPSE III
A Palavra de Deus é poderosa, autoridade infalível em matéria de
fé e prática, cujo alvo principal é levar-nos à redenção em Jesus Cristo.
AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“O Professor que veio de Deus
Em uma convenção da Evangelical Press Association (Associação
das Editoras Evangélicas), A. W. Tozer, preocupado com o povo evangélico,
recomendou quatro linhas de ação:
1- Os evangélicos precisam apresentar um cristianismo
característico do século XX que seja manifestamente superior a qualquer outro
estilo de vida.
Somente a fé ancestral será capaz disso. Somente uma aplicação
realista da fé aos dias de hoje pode torná-la eficaz.
2 - Os evangélicos
deviam fazer um chamado à ‘procriação espiritual' e ir além das fileiras
denominacionais e teológicas tradicionais, a fim de alcançar novas e vivificantes
linhas de ação e pensamento. Tal veio de poder está disponível através da
comunhão com todos aqueles que creem na divindade de Cristo e na infalibilidade
e autoridade das Escrituras Sagradas.
3 - Os evangélicos
deviam parar de seguir tendências e começar a lançá-las. O mundo buscará nossa
liderança quando avançarmos pelos campos da ação cristã com uma agenda nova e
revigorada. Atrairemos os formadores de opinião a novos e elevados patamares de
visão e realização e, juntamente com eles, a massa.
4 - Os evangélicos
carecem de uma nova ênfase na ‘interioridade' da fé cristã. Devem dar menos
atenção às superficialidades e aos aspectos exteriores do cristianismo,
dedicando a uma vida mais profunda com Cristo em Deus” (LEBAR, Lois E. Educação
que é Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.55).
CONCLUSÃO
As
Escrituras são de origem divina. Deus se deu a conhecer por meio da história,
do universo, da humanidade, de Cristo e das Escrituras. A autenticidade da
Bíblia é confirmada por evidências internas e externas. A Palavra de Deus é a
nossa autoridade final de fé e prática. O teólogo Antonio Gilberto escreveu que
“o autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu tema
central é o Senhor Jesus Cristo”.
VOCABULÁRIO
Penha:
grande massa de rocha saliente e isolada.
REVISANDO O CONTEÚDO
1.
O que Pedro enfatiza a respeito dos escritos sagrados?
Pedro
enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio
Deus (2 Pe 1.20,21).
2.
O que é Revelação Geral?
Chama-se
revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da
História, do Universo e da Natureza Humana.
3.
Caracterize a Revelação Especial.
Reconhecemos
a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras
Sagradas (Jo 1.1; 5.39). É por meio da revelação contida nas Escrituras que
conhecemos a Pessoa de Cristo.
4.
Cite as três evidências internas que autenticam as Escrituras.
Unidade
e consistências das Escrituras; Ação do Espírito Santo nas Escrituras;
Profecias de eventos futuros nas Escrituras.
5.
Como podemos ratificar que a Bíblia é a autoridade final?
Todas
as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transmitidas pelas
Escrituras e que nenhuma tradição humana pode acrescer ou retirar coisa alguma
(Ap 22.18,19). Assim, ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de autoridade.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
A
Bíblia, os homens e o Espírito Santo
“As Escrituras Sagradas são de origem divina; seus autores humanos
falaram e escreveram por inspiração verbal e plenária do Espírito Santo [...].
Deus soprou nos escritores sagrados, os quais viveram numa região e época da
história e cuja cultura influenciou na composição do texto.” Amplie mais o seu
conhecimento, lendo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, pp.25,26.