O Posicionamento Cristão sobre o Feminismo


Liberdade: exaustivamente defendida, culturalmente protegida e constitucionalmente amparada. Não obstante, a dicotomia liberdade versus libertinagem é confundida em um só prisma. Algo corrobora a esse emaranhado de concepções: o mundo hodierno é bombardeado continuamente por novos conceitos, tudo se transmuta em uma velocidade absurda e acompanhável; a contraversão de valores e o relativismo moral trazem uma instabilidade tremenda para aqueles que não vivem segundo a irrefutável Palavra de Deus.


Com o advento do movimento feminista e, especialmente, em sua expansão no presente século, é perceptível o tentador apelo, que convoca as mulheres para que sejam cada vez mais audaciosas, donas de si e “libertas” do opróbrio de quem tentar subvertê-las.

 

💡 Felizmente, a Palavra do Senhor não se altera, assim também como Ele, que continua sendo o mesmo (Ml 3.6). À vista disso, suas palavras são imperiosas: “Não se amoldem ao padrão deste mundo” (Rm 12.2). Logo, ser simpatizante, andar conforme os preceitos ou mesmo ser um defensor da causa feminista é, no mínimo, incoerentemente bíblico. Aprofundemos os porquês.

💡 DEFININDO O FEMINISMO

Define-se feminismo como o movimento sócio-político que luta pela conquista de igualdade de direitos e status entre quaisquer dos gêneros. Originalmente associado à Revolução Francesa de 1789, buscava dirimir as diferenças civis entre homens e mulheres. Entretanto, este pilar mudou drástica e ousadamente a partir do século XX. O que vêm como pano de fundo neste “novo” e radical feminismo, que não é da ciência de todos, são os princípios antibíblicos difundidos pelo mesmo.

 

💡 INSURREIÇÃO FEMINIL

Os adeptos feministas exaltam a insurreição feminil contra o que acreditam ser mecanismos anímicos que as desmoralizam. Alicerçado nisso, defendem com veemência que a mulher deve ter o direito à escolha do que fazer com seu corpo e, inclusive, que o aborto seja legalizado se a gravidez for indesejada. É mister afirmar que nisso o Senhor não se compraz (Êx 20.13). Ademais, Simone de Beauvoir, expoente clássica do feminismo, assegura que “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”.

 

A famigerada ideologia de gênero é difundida de forma livre nessa concepção. Falso paradigma é refutado pelos padrões escriturísticos. Deus criou homem e mulher, não de forma acidental, pois Ele é manifestamente ordenado. Não existem acasos nos padrões do Senhor. Seria tremendamente leviano e inconstante se esta escolha coubesse a nós mesmos, viveríamos inundados em um caos de conflitos internos e externos.

 

Infelizmente, por desconhecimento ou mesmo por não entenderem plenamente a feminilidade bíblica, mulheres professantes do cristianismo têm se tornado sutilmente adeptas do movimento feminista. O bombardeio midiático e padrões sociais confrontam diariamente os parâmetros bíblicos. Dessa forma, chegam a crer que a Bíblia é um livro de concepções machistas, que não as valoriza decentemente, antes as menospreza e diminui, deparando-se frontalmente a uma autocomiseração. Se engana quem crê nesta falácia.


HOMEM E MULHER - IGUAIS EM VALOR E DIGNIDADE

Deus criou homem e mulher iguais em valor e dignidade. Urge esclarecer que, em se tratando de diferenças, são essas apenas de caráter funcional. Nenhum dos dois foi criado mais importante que outro, mas as atribuições foram perfeitamente distribuídas para dar ordem à criação. Diferentes, mas complementares.

 

Após a queda do homem, a noção de complementaridade que Deus criou em íntegro arranjo começava a ser subvertida. O homem, que tinha a função de liderar singela e humildemente, passou a se inclinar ou para o império, ou para a passividade.

 

🎯 A mulher, que deveria agir em submissão espontânea e sábia, buscou a usurpação ou ainda a subalternidade. Não foi para isso que Deus nos chamou. Por isso, enviou Seu filho Jesus, que veio redimir-nos das deformidades incorporadas pelas consequências da queda.

 

Logo, o sangue derramado por Cristo na cruz veio para remir e perdoar em equidade todas as criaturas. Ele deu a Sua preciosa vida por pecadores. Pecadores, indistintamente. Somos coerdeiros desta graça abundante. Quando entendemos isso e nos deparamos com o sentido da feminilidade bíblica, qual seja glorificar a Deus, é como um estalo que nos acorda.

 

Contudo, há, ainda, quem não entenda o significado do termo submissão. Já me deparei com muitas pessoas que voluntaria mente o substituam por “humilhação”, “escravidão”. Mais uma vez é necessário desmistificarmos ideais criados erroneamente. Ao nos atentarmos à etimologia da palavra, desvendamos a incógnita. Sub=debaixo, Missão= incumbência. Submissão é, portanto, o ato de estar sob a mesma missão. Assim, não nos cabe interpretar que a Palavra de Deus dá legalidade ao homem para que vitupere e deprecie sua esposa.

 

Quando entendemos que o casamento foi criado para a glória de Deus, com uma alegoria à noiva de Cristo e o próprio, vislumbramos melhor o propósito desta divisão de funcionalidades entre o homem e a mulher. Ora, aprendemos em Efésios 5 que o homem representa Cristo, que é o cabeça da Igreja. Logo, foi criado proporcional a isso, para que tivesse a capacidade. de proteger a sua esposa, assim como Cristo protege e pastoreia a Igreja, liderando-a e amando a ponto de dar a sua vida em detrimento de salvar a dela.

 

A Igreja deve em tudo ser obediente a Cristo, pois quando Ele vier buscá-la, deve estar preparada, sem máculas, e, assim, está sob Sua missão, a de propagar o Reino dos céus. Por sua vez, a mulher, no matrimônio, representa a Igreja. Logo, auxilia idoneamente o homem na missão de ser o líder e pastor do lar, amando-o.

 

Deus nos chamou para sermos livres, não libertinos. Livres da condenação do pecado, que foi alcançado pela vitória de Cristo na cruz. A valer, a libertinagem nos aprisiona às nossas próprias concupiscências e bel-prazer. É extremamente perigoso andarmos à margem da submissão. O que o mundo prega como liberdade, rebeldia e insubmissão, esconde sua realidade: uma vida na sarjeta e sujeição ao poderio do pecado. Ser insubmisso a Deus, é ser, na verdade, submisso aos padrões profanos, a uma ditadura da pseudoliberdade, que ilusiona facilmente quem pensa estar quebrando as correntes que as prende.


A contrário sensu do que este mundo prega, a submissão pode ser algo prazeroso, desde que feita em amor, antes de qualquer coisa, a Cristo. Somente homens e mulheres que seguem o propósito de Deus para os papéis aos quais foram designados podem provar do deleite que a obediência traz.

 

Artigo: Pármena Hanes | Reverberação: www.cristaoalerta.com.br


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