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QUERETITAS, QUERETEUS ou PELETEUS

Os queretitas são mencionados em 1 Samuel 30.14 (BJ “cereteus”), 2 Samuel 8.18; 15.18; 20.7,23; 1 Reis 1.38,44; 1 Crônicas 18.17 [em todas essas passagens, a BJ traz feleteus e a Almeida, peleteus]. 

São também citados uma vez cada em Ezequiel 25.16 e Sofonias 2.5 [ARA queretitas; ARC quereteua]. Em 2 Samuel 20.23, o termo Qere tem a leitura variante quereíta. Os peleteus são mencionados nas mesmas passagens em 2 Samuel, 1 Reis e 1 Crônicas, nas quais aparecem ao lado dos queretitas.
👉 Significado.
Apesar do fato de que as versões antigas (Targum, Siríaca) e os comentaristas modernos (KD, Samuel, 367) entendem esses termos como substantivos comuns (“os executores”, “os corredores”), eles devem ser tomados como nomes próprios pelas seguintes razões: a formação das palavras não é explicada na hipótese alternativa, em que o final da palavra é denominativo (não deverbal), uma vez que é frequentemente empregado em nomes próprios. As palavras estão, evidentemente, no mesmo sentido que geteus, que é claramente um nome próprio (2Sm 15.18).
👉 Identificação.
Afirma-se, geralmente, que os queretitas eram os cretenses, devido à semelhança dos dois nomes (havia esse nome em Creta já nos tempos homéricos) e à relação entre os queretitas e os filisteus. Por outro lado, Prignaud acredita que, embora estivessem relacionados aos filisteus, os queretitas nunca estiveram diretamente associados a Creta, e podem ter tido outra origem, mas foram subsequentemente assimilados pelos filisteus.
🎯 Estudiosos sustentam que os peleteus eram filisteus, explicando-se a diferença de nomes de vários modos:
1. O termo “peleteu”, que sempre é usado junto com “quereteu”, é formado, pela analogia com o último termo (Greenfield, IBD);
2. Houve uma assimilação fonética, em que o termo pelisfíse transformou em pelêtí (Montgomery, ICC, Kings);
3. A forma “peleteu” foi intencionalmente criada para evitar a sugestão de que os filisteus estavam intimamente associados a Davi (Prignaud).


📝Seja qual for sua identificação, os queretitas (ou quereteus) e os peleteus aparecem na Bíblia como partes do exército de Davi. Parece que estiveram ativos especialmente em épocas de crise para Davi, permanecendo leais a ele nas três revoltas que ocorreram contra o rei. Eles ficaram do lado do Davi quando este teve de fugir de Absalão (2Sm 15.18); eles perseguiram Seba depois que este se rebelou (20.7); e quando Adonias tentou suceder a Davi como rei, foram os queretitas e os peleteus que formaram o corpo da guarda que levou Salomão para ser ungido (1 Rs 1.38). Seu líder era Benaia, filho de Joiada (2Sm 8.18), também chamado de chefe da guarda de Davi (23.23). E provável que os queretitas e os peleteus fossem a própria guarda do rei.

Publicação: Uikisearch
Referência: J. Montgomery, Kings (1951), 86; J. Prignaud, “Caftorim et Kerétim,” RS (1964), 215-229. 
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QUEMOS, o deus nacional de Moabe

QUEMOS OU CAMOS (significado incerto; talvez “dominador”). 

O nome do deus nacional de Moabe, Quemos é mencionado oito vezes no Antigo Testamento. Em Números 21.29, os moabitas são chamados de povo de Quemos (Jr 48.46). Entretanto, em Juízes 11.24, Quemos aparece associado aos amonitas.
Salomão construiu um lugar alto para Quemos, como também o fez para os deuses de suas várias esposas. Porém, o texto descreve Quemos como a abominação de Moabe (1Rs 11.7,33).
Josias destruiu o santuário desse deus cerca de trezentos anos depois (2Rs 23.13). Jeremias profetizou que Quemos e seus devotos seriam levados ao cativeiro (Jr 48.7), o que traria vergonha a seus adoradores (48.13).
O nome Quemos aparece doze vezes na Pedra Moabita, duas delas, aparentemente, em uma forma composta. Nessa pedra, Mesa é descrito de 1 Crônicas 2 e 4 fazem dele neto de Judá por meio de Hezrom (2.9,18; ainda cp. 4.15). Muitos estudiosos veem a genealogia de Crônicas como uma tentativa de dar aos descendentes de Calebe status legal no Judaísmo pós exílico. E possível que a aparente discrepância possa ser explicada por nomes duplicados.
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Publicação: Uikisearch
Referência: Enciclopédia da Bíblia/Vários autores; tradução da Equipe de colaboradores da Cultura Cristã - São Paulo: Cultura Cristã, 2008. P.17
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O Mistério da Unidade Revelado

MISTÉRIO - Do hebraico “sõd”, “rãz” e do grego “mystêrion”.
O sentido bíblico da palavra mistério não é exatamente igual à interpretação que em geral se dá a essa palavra. Entre os povos pagãos, o conceito da palavra mistério amedrontava aqueles que a ouvissem. Para eles, tratava-se de um enigma tão difícil de entender, que evitavam comentá-lo ou desvendá-lo.

No Antigo Testamento, a palavra aparece no trecho que fica em Daniel 2.18-28, falando dos segredos de Deus em relação à vida de Nabucodonosor, e que foram revelados a Daniel, a fim de que ele e seus companheiros não perecessem.[1]
1. O uso do termo “mistério” no Novo Testamento (Ef 1.9; 3.3,4,9; 5.32;6.19).

No Novo testamento “mistério” refere-se a uma verdade divina, antes oculta, mas agora revelada de forma sobrenatural aos homens, e que só pode ser totalmente entendida pelos indivíduos salvos através da iluminação do Espírito Santo.

a) Diferentes maneiras para se usar a palavra mistério.
O Novo Testamento usa o termo para se referir ao Evangelho, às vezes no seu sentido mais amplo, incluindo o plano de Deus de redenção, existente desde tempos eternos (Rm 16.25,26; 1 Co 2.7; 4.1; Ef 1.9,10; 6.19; Cl 1.26,27; 4.3; 1 Tm 3.9; Ap 10.7).

b) É também aplicável a aspectos específicos do evangelho.
·     A encarnação (Cl 2.2,9; 1 Tm 3,16);
·     A igreja como o Corpo de Cristo incluindo os judeus e os gentios (Ef 3,3-6,9; 5.32);
·     As características do reino espiritual atual (Mt 13.11; Mc 4.11; Lc 8.10);
·     A cegueira temporária de Israel (Rm 11.25) e
·     A transformação do crente na volta de Cristo (1Co 15.51).

O termo também é usado para se referir a qualquer verdade oculta que tenha que ser entendida de forma sobrenatural (1 Co 13.2;14,2), à verdade simbolicamente retratada (Ap 1.20; 7.5, 7), e ao mistério da influência do Anticristo ainda não revelado (2 Ts 2.7).[2]

c) Em o Novo Testamento, há três sentidos principais quanto à palavra mistério.

1) Os feitos memoráveis de Deus, isto é, como Ele interfere no estabelecimento de seu reino, sua sabedoria escondida e depois revelada em Jesus Cristo, que é o mistério por excelência (Rm 16.25; 1 Co 2.7; Ef 1.9; 3.3; 6.19; Cl 1.25-27; 1 Tm 3.16; Ap 10.17).
2) As revelações secretas (Ap 1.20; 17,7).
3) O sentido profundo de certas realidades como:
ü    o destino de Israel,
ü    a atividade do Anticristo e
ü    o matrimônio (Rm 11.25; Ef 5.32; 2 Ts 2.7).

🎯 Saiba mais:

A Condição dos Gentios sem Deus

Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo

A Iluminação Espiritual do Crente

Cristo é a Nossa Reconciliação com Deus


2. Paulo e o uso da palavra mistério (Ef 3.3).
O apóstolo fez uso da palavra no mesmo sentido em que ela foi usada por Jesus, significando segredo temporariamente encoberto.

Escrevendo aos efésios, Paulo declarou que, segundo uma revelação, lhe foi dado conhecer o mistério de Cristo (Ef 3.3). Paulo classifica de mistério a revelação de Jesus ao mundo. Considera um mistério o sacrifício da Cruz. No caso da crucificação, não se trata de ato ou ação subtraída ao conhecimento público, mas se trata de um ato praticado pela soberania divina, um ato sobrenatural que contraria todas as leis naturais e humanas; é visto como um mistério, embora para muitos esses fatos sejam vistos e reconhecidos como sendo o cumprimento das promessas divinas.

3. Elementos essenciais no mistério apresentado pelo apóstolo Paulo.
Há três elementos essenciais no mistério apresentado pelo apóstolo Paulo:

a) Existe um grande mistério relacionado com a salvação dos homens, escondido desde a eternidade em Deus (Rm 16.25; 1 Co 2.7-9);

b) Este mistério diz respeito à sabedoria de Deus elaborando
um plano de salvação para os homens (1 Co 2.7; Ef 3.10).

c) Segundo a sua riqueza, Deus comunica aos homens as riquezas escondidas que constituem o objetivo material do mistério (1 Co 2.7-10; Cl 1.27).

O plano divino é misterioso porque comunica os bens de Deus de forma a ultrapassar todas as expectativas humanas. Este plano tem seu fundamento na loucura da cruz e no desprezo da sabedoria humana. Supõe a reprovação parcial e temporal de Israel e a vocação dos gentios aos bens messiânicos.

4. O Mistério oculto no Antigo Testamento é Revelado no Novo Testamento.
As Escrituras [os seja, o Antigo Testamento] continham a revelação, mas de forma obscura. Ali pode haver tipos e sombras dele, mas a verdade em si não era conhecida naquele tempo. Somente agora, através do Novo Testamento, se podem compreender os textos messiânicos que tratam do mistério (Rm 16.26).

O mistério da vocação dos gentios foi especialmente revelado a Paulo que recebeu a missão de Deus de comunicar o segredo divino aos gentios, agregando-os à Igreja de Cristo.

a) Conhecendo o “mistério” por meio da revelação divina.
Ao ressaltar que o “mistério foi manifestado pela revelação” (Ef 3.3) e destacar que foi “revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas” (Ef 3.5), Paulo ensina que o mistério divino não poderia ser desvendado por meio do raciocínio intelectual. Desse modo, ratifica-se que o mistério foi dado a conhecer por meio da “revelação divina”, e não por sabedoria humana.

b) A revelação do mistério.
O “mistério revelado (Ef 3.3)” é a Igreja. A revelação começa pela declaração que o Pai idealizou tudo desde sempre (Ef 1.14; 3.11); prossegue com a execução da obra de Cristo (Ef 1.7; 2.15); a criação de uma nova humanidade (Ef 2.1-10); a união de judeus e gentios como família de Deus e corpo de Cristo (Ef 2.11-22; 3.6); e a comunicação dessas verdades aos santos apóstolos e profetas (Ef 3.3,5).[3]

c) O objetivo do mistério de Deus é duplo.
1) O planodivino de salvação e os bens prometidos pelo Todo-poderoso aos que se vão salvar, isto é, bens de ordem soteriológica (Ou seja, referente a salvação) e de ordem escatológica (Isto é, referente ao futuro da igreja).

Além do exposto, há um fato no qual a palavra mistério alcança uma expressão simbólica de rara beleza. Certamente todos os leitores já leram ou ouviram o pastor da igreja fazer referências às bodas do Cordeiro: da Igreja e do Esposo; isto é, já tomaram conhecimento de um casamento simbólico, fulgurante e majestoso, de caráter celestial. Trata-se da união de Cristo e sua Igreja, um acontecimento que deslumbrará os próprios céus, quando se realizar.

Paulo, após haver explicado aos efésios o cuidado e a relação que existe entre Jesus Cristo e sua Igreja, na expressão de esposo e esposa, declarou textualmente: “Grande é este mistério: digo-o, porém, a respeito de Cristo e da Igreja” (Ef 5.32).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A UNIDADE CRISTÃ

A unidade cristã está fundamentada no compromisso de cada cristão com o único Deus. A submissão conjunta a ele resultará em uma igreja unida em adoração, comunhão e serviço [...]

O evangelho de João lembra a igreja de que a unidade era o propósito do Senhor para seus seguidores (Jo 17.20-23). A oração de Jesus para cada geração de crentes foi "que todos sejam um” (Jo 17.21). Essa unidade mútua deriva da unidade conjunta com o Pai e o Filho. A intenção declarada é "que o mundo creia" em Jesus, pelo testemunho unido dos seus discípulos.

Cristianismo dividido e sem amor não é cristianismo, é uma forma de heresia (1Jo 2.9-11,15.19).

Paulo também orou por unidade na igreja, e com frequência exortou os crentes a manter a unidade. Suas orações indicam como base da unidade o mesmo Pai, a ação do Espírito e a ligação conjunta dos crentes com Cristo (Rm 15.5-6; Ef 4.3-6; Fp 2.1-2). Referências frequentes à unidade denotam sua importância e o desafio de preservá-la na igreja.

Ela é importante porque glorifica o Pai e o Filho. Por isso ela é necessária para os crentes, e serve de testemunho para os descrentes (Rm 5.6-7). As ações de Paulo ilustram como isso era essencial para ele. Seu conflito com Pedro (Gl 2.11-14), o Concílio de Jerusalém (At 15) e a oferta para os santos em Jerusalém (2Co 8 - 9) foram tentativas de defender a verdade do evangelho e de manter a unidade da igreja.

Por outro lado, a igreja passou por divisões. Egoísmo, imaturidade, dissimulação e falta de perdão são mostrados como causas básicas comuns (Rm 15 7; 1Co 31-4; Fp 2.1-4; Tg 4.1-12). Mesmo cristãos aparentemente maduros às vezes punham interesses ou sentimentos pessoais à frente do bem do evangelho, gerando divisões. Também acontecia de pessoas em conflito se reunirem em facções em confronto, pondo em perigo a vida e o testemunho da igreja (A16.1-4; Gl 2.11-13; Fp 4.2-3; 3 Jo 9-10).

Os crentes eram exortados a enxergar essas armadilhas e evitá-las. Eles deviam enfatizar o propósito global da igreja em vez de concentrar-se nas ambições Individuais (Jo 17.21; Fp 2.2). Deviam aceitar uns aos outros (perdoando falhas e admitindo diferenças), como Cristo os aceitara (Rm 15.7; Cl 3.13-14). De igual modo. como Cristo, deviam promover o bem-estar uns dos outros, c não sair, bitolados, atrás dos objetivos pessoais (Fp 2.3-4). O verdadeiro “companheiro de jugo" era exortado a ter domínio sobre suas próprias ações e também promover a unidade onde houvesse conflitos (Fp 4 2-4)

A igreja, portanto, em cada geração, tem a responsabilidade de tomar a unidade uma realidade.[4]

🔍VEJA TAMBÉM:

Autor: Evangelista Jair Alves
Publicação: Uikisearch
💻 Site: www.uikisearch.org



[1]CONDE, Emílio. Tesouro de Conhecimentos Bíblicos. 2ª edição/2001 - CPAD

[2]Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
[3]BAPTISTA, Douglas. A Igreja Eleita - Redimida Pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da Promessa. 1ª edição de 2020, CPAD. Rio de Janeiro.
[4] Manual Bíblico Vida Nova. 1ª edição/2001

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Edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas

1. O fundamento dos apóstolos e profetas (Ef 2.20).
O alicerce da Igreja foi lançado pelos apóstolos e pelos profetas do Novo Testamento. Jesus Cristo é o Fundamento (1 Co 3.11) e a Pedra Angular [1](SI 118.22; Is 8.14). A pedra angular é responsável pela integração da estrutura; Jesus Cristo uniu judeus e gentios na Igreja.

Os apóstolos e profetas NÃO eram o fundamento da igreja. Cristo é o fundamento da igreja. Porém, foram eles que lançaram o fundamento através das doutrinas que ensinaram sobre a pessoa e obra do Senhor Jesus. A igreja é fundada sobre Cristo no sentido de que ele foi revelado através do testemunho e dos ensinamentos dos apóstolos e profetas. Quando Pedro confessou-o como Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus anunciou que a sua igreja seria edificada sobre esta pedra, a saber, sobre a verdade sólida de que Jesus era o ungido de Deus e o seu Filho único (Mt 16.18).

a) Apóstolos.
O termo grego apóstolos é usado para “enviado” ou “mensageiro”. Todo o apostolado é centrado em Cristo, que foi enviado para ser o salvador do mundo (Hb 3.1; 1 Jo 4.14). Mateus, Marcos e Lucas usam o termo quando se referem aos 12 escolhidos por Cristo (Mt 10.2-5; Mc 6.30; Lc 6.13). Paulo, Tiago e, possivelmente, Barnabé também foram comissionados como apóstolos (At 14.14; 15.13; 1 Co 9.1-6; 15.8-9). Aos apóstolos foi confiado o ministério da Palavra para instruírem a Igreja (At 6.2-4).

b) Profetas.
A palavra grega prophetes significa proclamador e intérprete da revelação divina. A expressão “edificado sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (Ef 2.20)”, trata-se dos apóstolos e profetas do Novo Testamento. De forma alguma o texto faz referência aos profetas do Antigo Testamento porque esses nada sabiam acerca da igreja (William MacDonald). “Em Efésios, as duas ocorrências onde apóstolos e profetas foram mencionados em conjunto (Ef 3.5; 4.11) a referência é claramente aos profetas cristãos como líderes da Igreja”.[2]

2. A doutrina dos Apóstolos.
No Dia de Pentecostes, quase três mil almas converteram-se ao Senhor (At 2.14-39). Apesar de um crescimento tão surpreendente, os discípulos “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42).

Os apóstolos do Novo Testamento foram os mensageiros originais, testemunhas e representantes autorizados do Senhor crucificado e ressurreto (Ef 2.20). Foram as pedras fundamentais da igreja, e sua mensagem encontra-se nos escritos do Novo Testamento, como o testemunho original e fundamental do evangelho de Cristo, válido para todas as épocas.

Todos os crentes e igrejas locais dependem das palavras, da mensagem e da fé dos primeiros apóstolos, conforme estão registradas historicamente em Atos e nos seus escritos. A autoridade deles é conservada no Novo Testamento. As gerações posteriores da igreja têm o dever de obedecer à revelação apostólica e dar testemunho da sua verdade.

Todos os crentes e igrejas serão verdadeiros somente à medida em que fizerem o seguinte:

a) Aceitar o ensino e revelação originais dos apóstolos a respeito do evangelho, conforme o NT registra, e procurar manter-se fiéis a eles (At 2.42). Rejeitar os ensinos dos apóstolos é rejeitar o próprio Senhor (Jo 16.13-15; 1 Co 14.36-38; Gl 1.9-11).

b) Continuar a missão e ministério apostólicos, comunicando continuamente sua mensagem ao mundo e à igreja, através da proclamação e ensino fiéis, no poder do Espírito (At 1.8; 2 Tm 1.8-14; Tt 1.7-9).

(c) Não somente crer na mensagem apostólica, mas também defendê-la e guardá-la contra todas as distorções ou alterações. A revelação dos apóstolos, conforme temos no NT, nunca poderá ser substituída ou anulada por revelação, testemunho ou profecia posterior (At 20.27-31; 1 Tm 6.20).

3. Os padrões de uma igreja verdadeira.
Donald Stamps, editor-geral da Bíblia de Estudo Pentecostal, nos mestra com base no “livro de Atos, bem como outros trechos do NT, as normas ou os padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária (Ou seja, igreja segundo as normas do Novo Testamento). 

Vejamos.

1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo Espírito Santo, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6).

2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de Cristo (2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26).

3) O batismo no Espírito Santo será pregado e concedido aos novos crentes, e sua presença e poder se manifestarão.

4) Os dons do Espírito Santo estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (At 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18).

5) Para dirigir a igreja, Deus lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12;

6) Os crentes expulsarão demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17).

(7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, ou seja, aos ensinamentos originais de Cristo e dos apóstolos (At 2.42). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de Deus e à obediência a ela (At 6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15).

8) No primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de Deus escrita e das manifestações do Espírito (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17).

9) A igreja manterá a humildade, reverência e santo temor diante da presença de um Deus santo (At 5.11). Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13).

10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9)

11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8).

12) Haverá amor e comunhão no Espírito evidente entre os membros (At 2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como também entre ela e outras congregações que creem na Bíblia (At 
15.1-31; 2 Co 8.1-8).

13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).

14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (At 2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16).

15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).

16) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do Novo Testamento, a não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas entre seus membros.[3]
🎯 Saiba mais:

A Condição dos Gentios sem Deus

Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo

A Iluminação Espiritual do Crente

Cristo é a Nossa Reconciliação com Deus


SUBSÍDIO TEOLÓGICO 1
O fundamento dos apóstolos (Ef 2.20
"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profe­tas". E possível que, à primeira vista, haja contradição com outra ilustração do mesmo autor em 1 Coríntios 3.11, onde se lê que "ninguém pode lançar outro fundamento além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo". Entretanto, para resolver a suposta dificulda­de, devemos estudar a figura do "fundamento" conforme o con­texto da passagem que Paulo apresentou. Há uma interpretação para 1 Coríntios 3.11 e outra para Efésios 2.20, e nem por isso haverá dificuldade para entender os dois textos. Se em 1 Coríntios Paulo ilustra a Jesus como fundamento, devemos então procurar entender o sentido da palavra "fundamento", visto que em Efésios, Jesus é a pedra de esquina. Entendemos, então, que Cristo é o fundamento sobre o qual os apóstolos foram postos. Foram os Apóstolos que aprenderam dEle diretamente e receberam a incumbência de construir esse grande edifício — a Igreja. Sobre aquilo que aprenderam e experimentaram é que somos construídos nesse edifício, daí a colocação do pensamento de Paulo — "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas". E qual é o funda­mento dos apóstolos senão Jesus Cristo?!

"Pedra de esquina" ou "pedra angular" denota, no verso 20, sua posição no edifício. É a partir dEle que esse edifício é levan­tado. Cristo é a pedra de esquina (CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico Efésios, 3ª edição/1999. CPAD).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO 2
A PREGAÇÃO APOSTÓLICA
As várias epístolas no NT apresentam a coleção de ensinamentos dos apóstolos, mas apenas o livro de Atos registra a pregação deles. Quando falavam cm público, os apóstolos voltavam sua mensagem para os não convertidos. Eles destacavam o evangelho de Jesus Cristo e pregavam a conversão. Os apóstolos reservavam sua instrução doutrinária e ética para a igreja (Al 2.42).

Em Atos temos relatos mais longos apenas das pregações de Pedro, Paulo e Estêvão, mas elas trazem o conceito de evangelho aceito em termos gerais. A mesma mensagem básica do evangelho aparece nos registros completos das pregações. Onde há apenas um comentário sobre uma pregação, ele costuma destacar um dos elementos essenciais do evangelho que havia nas mensagens completas.

Pedro pregou cinco sermões grandes em Atos: do lado de fora da casa onde o Espírito Santo veio sobre a igreja (2.14-40), no pórtico de Salomão (3.11-26), perante as autoridades e anciãos do povo (4.8-12), diante do Sinédrio (5.29 32) e diante de Cornélio e seus convidados (10.34-45).

Paulo pronunciou diversos sermões em Atos, mas apenas três constam de forma mais substancial: em Antioquia da Pisídia (13.16-41). em Atenas (17.22-30 e perante Agripa (26.2-23). Além desses, porém, temos comentários breves de outras pregações: em Damasco (9-20), em Listra (14.15-17), em Tessalônica (17.2-3), em Corinto (18.5) e em Éfeso (19-14; 20.21).

Atos igualmente faz referência ao conteúdo da pregação de Estêvão (7.1-56), Filipe (8.5,12,35) e Apolo (18.28). Em outras passagens, Atos menciona apenas que os apóstolos pregavam a palavra. Contudo, por causa da coerência da mensagem nas primeiras passagens, podemos concluir que, quando eles pregavam a palavra, estavam proclamando o evangelho de Jesus Cristo.

A mensagem pregada pelos apóstolos tinha em comum vários elementos essenciais:
1)     Eles proclamavam que as Escrituras haviam se cumprido. Com coerência, eles provavam que Jesus era o Cristo, de acordo com as Escrituras e não em contradição com elas. Sua mensagem de salvação dava continuidade a tudo o que Deus estivera fazendo para salvar as pessoas desde a criação. Eles não estavam apresentando uma nova religião, mas o clímax de tudo o que Deus prometera.
2)     O cumprimento veio na pessoa de Jesus, que eles proclamavam como Messias ou Cristo: Filho de Davi e Filho de Deus.
3)     A salvação veio pela morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, que subiu para a direita de Deus, de onde virá novamente para julgar o mundo.
4)     A salvação consiste no perdão dos pecados e na dádiva do Espírito Santo. Quando o pecado é retirado e o Espírito Santo entra na pessoa, ela recebe a vida eterna.
5)     A reação apropriada a esse evangelho é marcada pelo arrependimento em relação a Deus e pela fé no Senhor Jesus. Os crentes tomavam pública essa reação por meio do batismo.
Quando os apóstolos levavam a mensagem para além dos judeus, precisavam fazer um embasamento da mensagem, mas isso era desnecessário nos casos em que as pessoas já possuíam as mesmas pressuposições teológicas.
Em Listra e Atenas. Paulo teve de começar apresentando Deus como Criador (14.15-17; 17.22-31).
Em Jerusalém. Pedro pôde falar aos judeus sobre Jesus como Senhor, título sagrado entre os judeus. Os gentios usavam o termo “Senhor” de modo muito vogo.
Para expressar o mesmo título divino, Paulo referiu-se a Cristo como o Filho de Deus. Pedro não explicou a relação entre a morte de Cristo e o perdão dos pecados. A lei judaica deixava claro que a expiação resultava do sacrifício com derramamento de sangue; Pedro não precisava explicar isso. Para os gentios, porém. Paulo explicou a relação que havia e que Cristo morreu por nossos pecados, principalmente em suas cartas (1Co15.3). [Manual Bíblico Vida Nova. 1ª edição/2001]

🔍VEJA TAMBÉM:

Autor: Evangelista Jair Alves
Publicação: Uikisearch
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[1]A Igreja que Deus está edificando tem uma “pedra da esquina” (ou pedra angular) que é o próprio Senhor Jesus Cristo (2.20b). Qual é a importância desta pedra angular? Esta palavra, tanto aqui como em 1 Pedro 2.6, foi extraída de Isaías 28.16, “Portanto, assim diz o Senhor Jeová. Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada...” Essa pedra é “uma parte essencial da fundação” (Stott, 107) e serve para manter toda a estrutura unida (2.21a). A partir daí, todo o restante da fundação será colocado ao longo da linha dos muros futuros; e a partir dela, como um ponto fixo de referência, os muros se levantarão em linha reta, com o ângulo exterior da fundação assegurando que os demais ângulos sejam verdadeiros. A pedra de esquina ocupa um lugar proeminente em toda a estrutura. Antigamente, muitas vezes o nome do rei era inscrito nesta. A Igreja, como templo de Deus, está sendo completamente edificada a partir da revelação de Cristo, elaborada e comunicada através do ministério de apóstolos e profetas (Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento, CPAD).
[2]ARRINGTON, French (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003
[3]Bíblia de Estudo Pentecostal

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