Revista: A IGREJA EM JERUSALÉM:Doutrina, Comunhão e Fé – Base para o Crescimento da Igreja
Comentarista: Pr. José Gonçalves
Em Atos 10, encontramos um momento de grande transformação na história da Igreja: o encontro de Pedro com o centurião romano Cornélio. Cornélio, um homem temente a Deus, recebe uma visão divina que o instrui a enviar mensageiros até Pedro. Enquanto isso, Pedro, por sua vez, tem uma visão de Deus que o desafia a superar preconceitos e a pregar o evangelho para os gentios, algo impensável para um judeu da época. Quando Pedro chega à casa de Cornélio, ele proclama o evangelho, e o Espírito Santo desce sobre os gentios, comprovando que a salvação em Cristo é para todos, sem distinção. Essa experiência foi crucial para a Igreja, pois demonstrou que o evangelho não tinha mais fronteiras, podendo alcançar todas as nações.
A lição que podemos tirar deste episódio é a expansão da missão da Igreja, que deixa de ser limitada aos judeus e alcança os gentios, cumprindo a ordem de Jesus de levar o evangelho a todas as nações. A atitude de Pedro de superar barreiras culturais e preconceitos nos ensina que a Igreja de Cristo deve ser inclusiva, sem distinção de etnia ou origem. O evangelho é para todos, e a missão da Igreja é levar a salvação a todas as pessoas, independentemente de sua origem ou status social. A Igreja é chamada a ser um reflexo do coração de Deus, que deseja que todos venham a conhecer a verdade de Cristo.
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Comentarista: Pr. José Gonçalves
Atos 8.1-12 revela o momento crucial em que a Igreja de Jerusalém, após a perseguição contra os cristãos, começa a se espalhar para além das fronteiras da cidade. A morte de Estêvão foi um marco que não paralisou, mas impulsionou a propagação do evangelho. Com Saulo perseguindo os crentes, muitos foram forçados a fugir, mas, ao invés de se esconderem, levaram consigo a mensagem de Cristo, pregando em várias regiões. Filipe, um dos diáconos, foi para Samaria e, ali, viu uma grande colheita de almas. A Igreja não apenas resistiu à perseguição, mas ela a usou como um instrumento para a expansão do Reino de Deus.
A lição que podemos aprender com a expansão da Igreja é que o plano de Deus não pode ser frustrado pelas adversidades. Quando os crentes enfrentam dificuldades, Deus usa essas situações para alavancar a obra de evangelização. A Igreja cresce não apenas pela paz e prosperidade, mas também através da perseguição e da resistência. Em tempos de crise, Deus revela novas oportunidades para expandir o evangelho, e a fidelidade dos crentes a Ele nunca é em vão. A coragem dos cristãos primitivos em pregar em tempos de perseguição nos inspira a manter nossa missão de propagar a verdade de Cristo, independente das circunstâncias.
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Comentarista: Pr. José Gonçalves
Atos 6.8-15 e 6.54-60 nos apresentam a história de Estêvão, um homem cheio de fé e do Espírito Santo, que se arriscou ao proclamar o evangelho com ousadia, mesmo diante de ameaças de morte. Estêvão, apesar das acusações falsas e da perseguição implacável, não hesitou em testemunhar sobre Cristo, e sua coragem fez com que sua mensagem tocasse os corações de muitos. Mesmo quando foi apedrejado, ele manteve o foco na glória de Deus, intercedendo até pelos seus algozes. Sua vida e martírio mostram o tipo de risco que os seguidores de Cristo devem estar dispostos a enfrentar: a disposição de sofrer por causa do nome de Jesus.
A lição que podemos tirar dessa história é que a verdadeira fé cristã não se limita a uma vida confortável ou sem conflitos. A Igreja de Cristo sempre foi chamada a ser ousada, disposta a enfrentar desafios e a correr riscos em nome do evangelho. Estêvão é um exemplo extremo, mas ele nos ensina que a fidelidade ao chamado de Cristo exige coragem e, muitas vezes, sacrifício. Quando a Igreja se arrisca pela causa do evangelho, ela honra a Deus, fortalece sua fé e envia um poderoso testemunho ao mundo sobre o amor e o poder transformador de Cristo. A Igreja de Cristo não se retrai diante dos perigos, mas avança com a força do Espírito Santo.
Revista: A IGREJA EM JERUSALÉM:Doutrina, Comunhão e Fé – Base para o Crescimento da Igreja
Comentarista: Pr. José Gonçalves
Em Atos 6.1-7 vemos que até mesmo a Igreja primitiva, tão cheia do Espírito Santo e fervor espiritual, enfrentou dificuldades internas. Um problema de ordem administrativa surgiu com a distribuição de mantimentos, gerando murmuração entre os crentes helenistas e hebreus. Contudo, em vez de ignorar ou maquiar a situação, os apóstolos lideraram a resolução com sabedoria. Propuseram a escolha de homens cheios do Espírito e de boa reputação para assumir a tarefa, preservando assim a unidade e permitindo que a Palavra de Deus continuasse sendo pregada com eficácia. Essa passagem demonstra que a maturidade da Igreja se revela na forma como ela lida com suas crises.
Problemas são inevitáveis onde há pessoas, mas o que diferencia a Igreja de Cristo é sua disposição em enfrentá-los com oração, sabedoria e ação. Fugir dos conflitos ou fingir que não existem é perigoso e contrário ao exemplo bíblico. A Igreja de Jerusalém não permitiu que a murmuração dividisse o corpo; pelo contrário, ela respondeu com estrutura, delegação e comunhão. Essa lição nos ensina que a saúde espiritual da Igreja depende não apenas do poder de Deus, mas também de líderes sábios e membros dispostos a cooperar para o bem comum. Onde há ordem, há crescimento, e onde há temor do Senhor, há solução para qualquer crise.
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Comentarista: Pr. José Gonçalves
A narrativa bíblica de Atos 5.17-29 e 12.1-5 revela uma Igreja que não recuava diante das ameaças, prisões ou perseguições. Pelo contrário, os apóstolos, mesmo após serem presos e advertidos pelas autoridades religiosas, continuaram anunciando com ousadia o nome de Jesus. Eles não temiam os homens porque estavam plenamente conscientes de sua missão divina: "Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens" (At 5.29). Essa postura corajosa brotava de uma convicção profunda da ressurreição de Cristo e da habitação do Espírito Santo. Nem mesmo a morte de Tiago ou a prisão de Pedro impediram a Igreja de continuar orando, evangelizando e confiando na soberania de Deus.
Essa lição desafia a Igreja contemporânea a não negociar sua fidelidade diante das pressões do mundo. A perseguição, seja física ou ideológica, sempre foi uma realidade para os verdadeiros discípulos de Cristo. No entanto, o livro de Atos nos mostra que a Igreja cresce justamente sob oposição, pois onde há fidelidade, há graça abundante. O medo não pode paralisar uma Igreja cheia do Espírito. A coragem dos primeiros cristãos nos inspira a perseverar, conscientes de que a vitória final pertence ao Cordeiro. Mesmo sob ameaça, a Igreja de Cristo permanece firme, orando e proclamando a verdade com intrepidez.
Lição 2 -A IGREJA DE JERUSALÉM: UM MODELO A SER SEGUIDO | 3° Trimestre de 2025 - CPAD | Classe: Adultos | Data: 13 de Julho de 2025 | Comentarista: José Gonçalves