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Documentos de Isaac Newton ressalta a sua Fé em Deus e na Bíblia

A Biblioteca Nacional de Israel divulgou em 18 de junho três manuscritos de Isaac Newton (1642-1727), conhecido por ter descoberto a Lei da Gravitação Universal ser um dos mais importantes pesquisadores de todos os tempos por causa de suas descobertas científicas. 

O conteúdo dos manuscritos revela a fé de Newton e seu interesse por questões teológicas, o que poucos conhecem. Há nos textos detalhes precisos do antigo Templo em Jerusalém, destruído pelo exército babilônico durante a conquista da cidade e reconstruído por Herodes, o Grande.
🎯 Os documentos de Newton também revelam que o cientista gostava de interpretar passagens escatológicas da Bíblia Sagrada, considerada por ele um livro totalmente digno de credibilidade em todos os aspectos.

Isaac Newton
Poucos sabem, mas Newton foi, além de brilhante físico, matemático e astrônomo, também um fervoroso cristão e teólogo. A Enciclopédia Britânica classifica como sendo uma das suas cinco principais obras o livro Emenda da Cronologia dos Reis Antigos e Observações Sobre as Profecias de Daniel e o Apocalipse de São João. Newton também escreveu um livro sobre o Inferno (Tratado sobre a topografia do Inferno), que considerava um lugar real, de sofrimento físico inclusive, e não um mero estado.

A importância desses manuscritos exibidos pela primeira vez é que expõem o lado religioso pouco conhecido de um dos maiores cientistas da História, provando que a Ciência e a Bíblia não são opostas, como equivocadamente tentam fazer crer cientistas ateus. “Esses documentos mostram um cientista guiado por um fervor religioso, por um desejo de ver as ações de Deus guiando o mundo”, disse uma das curadoras da exposição, Yemima Ben-Menahem. “Os papéis de Newton complicam a ideia de que a ciência se opõe à religião”, afirma ainda.

Em um dos documentos, Newton interpreta as profecias bíblicas que contam sobre o retorno dos judeus à Terra Prometida. “Quando isso acontecer, se verá a ruína das nações más, o fim do choro e de todos os problemas, e o retorno dos judeus ao seu próspero reino”, afirma o cientista.

O único trecho polêmico dos manuscritos, datado do começo do século 18, é quando Newton, por meio dos textos bíblicos do Livro de Daniel, chega à conclusão de que o mundo deve acabar por volta do ano de 2060. “Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes”, escreveu.

Newton, o teólogo fervoroso

Uma das mais importantes personalidades do mundo científico, Isaac Newton nasceu em Londres, Inglaterra, no Natal de 1642. O futuro cientista foi um bebê prematuro, doentio, órfão de pai e, antes de completar três anos de idade, sua mãe, uma cristã anglicana, se casou com um pastor que, infelizmente, não quis assumir a paternidade do pequeno Newton, exigindo que a criança ficasse sob os cuidados de sua avó.

O jovem revelou-se posteriormente uma pessoa de temperamento tranquilo, mas com dificuldade de se relacionar com os colegas de escola. O futuro cientista se dedicava demasiadamente ao trabalho e várias vezes deixava de se alimentar e dormir por causa disso. Constava em seu currículo escolar matérias como grego, latim e também o estudo da Bíblia. Segundo seus biógrafos, inicialmente, ele não apresentava nenhum sinal de brilhantismo que iria caracterizar sua carreira como pesquisador. Ao contrário, Newton foi um estudante mediano e nada popular entre as demais crianças. Entretanto, mais à frente, começou a se destacar em seus estudos, o que o fez sofrer mais ainda com sua personalidade difícil. Seu raciocínio rápido e inteligência acima da média o transformaram em um solitário.

Newton estudou no Trinity College, em Cambridge, em 1661. Filosofia, Ciência e Teologia, que nessa época era considerada “a mãe de todas as ciências”, eram suas matérias preferidas. Praticamente, todos os intelectuais dedicavam parte de seu tempo para estudar Teologia. Mais tarde, no período 1669 a 1687, Newton se tornou professor universitário, iniciando o período de suas grandes descobertas no mundo da Ciência, como o teorema binomial, o cálculo diferencial e integral, a natureza das cores e a lei da gravidade.

Suas conquistas na área científica foram de grande contribuição para o cristianismo, porque o cientista cria profundamente em Deus, afirmando que Ele era o Criador e que a natureza nos fornece conhecimentos sobre sua existência. Muitas afirmações da Bíblia foram estudadas e explicadas por Newton. Suas investigações experimentais, conjugadas por rigorosa descrição matemática, tornaram-se modelo de uma metodologia de investigação para as ciências nos séculos seguintes. Por isso, não havia, até o século 19, nenhum personagem tão admirado quanto Isaac Newton.

Newton acreditava que as Sagradas Escrituras eram a revelação divina e defendia a tese da corrupção dos textos sacros por uma Igreja Católica Romana inescrupulosa. O matemático, que esteve à frente da maior assembleia científica de seu tempo, a Royal Society, sempre afirmou sua crença na criação do mundo em seis dias, tendo inclusive revisto, por adiamento, a data de 4004 a.C como o ano da Criação, tal como foi proposto pelo bispo irlandês James Usher, no século 17. Newton estimava que o mundo havia sido criado 500 anos mais tarde.

Assim como milhões de protestantes de sua época, ele cria que a História estava destinada para um fim coincidente com a Segunda Vinda de Cristo, que o papa era o Anticristo anunciado no Livro de Apocalipse e que os judeus tomariam o caminho de volta para Jerusalém e, no Milênio, se tornariam cristãos; no Retorno de Cristo e o consequente Milênio de Paz, observado por um Deus “de mão de ferro”, atuante a todo o momento e em todo o lugar, teria lugar no século 21.

Em sua obra Emenda da Cronologia dos Reis Antigos e Observações Sobre as Profecias de Daniel e o Apocalipse de São João, ao interpretar Daniel 2, Newton afirma: “Uma pedra cortada não com mãos, que caiu sobre os pés da imagem e rompeu os quatro metais em pedaços, e chegou a ser um grande monte, e encheu toda a terra, representa que se levantará um novo reino, depois dos quatro, e conquistará a todas aquelas nações, e crescerá até ser muito grande, e durará até o fim de todos os tempos”. Na mesma obra, ele declara que o quarto reino sobre a Terra viria na Segunda Vinda de Jesus e no estabelecimento de seu Reino: “A profecia do Filho do Homem que vem nas nuvens dos céus se relaciona com a Segunda Vinda de Cristo”.

🎯 Isaac Newton não foi apenas um dos maiores cientistas de todos os tempos, mas também um cristão apaixonado pelos estudos das Sagradas Escrituras.

Quase todos os seus trabalhos realizados na identificação dos textos apocalípticos, de qualquer forma, se deparam com as Setenta Semanas de Daniel e tentam chegar a conclusões por intermédio de cálculos matemáticos. Com isso, Newton utilizou uma ferramenta diferente na expectativa de conseguir resultados mais precisos. Mesmo assim, em suas obras publicadas, o matemático revelava hesitação em marcar a data do fim do mundo. Só no manuscrito em exposição na Biblioteca Nacional de Israel, por se tratar de um texto informal, particular, Newton aventura-se a propor uma data: 2060 d.C.

Defensor tenaz do criacionismo

Outro detalhe que poucos sabem sobre Isaac Newton é que, além de ser criacionista (ou seja, crer que o mundo foi criado por Deus conforme o livro de Gênesis afirma), o célebre cientista também foi defensor tenaz do criacionismo.

A experiência de Newton como apologista aconteceu no final do século 17, quando da morte de Robert Boyle, um pioneiro nas experiências com gases e firme promotor do cristianismo. Boyle, que havia defendido o estudo científico da natureza como um dever religioso, morreu em 1691. Seu testamento recomendava que fosse promovida uma série anual de conferências com o objetivo de defender o cristianismo contra a incredulidade. O desejo de Boyle foi atendido: Richard Bentley, clérigo e destacado erudito dos clássicos, ministrou a primeira série de conferências em 1692. Porém, para preparar-se para suas conferências, Bentley pediu a ajuda de Isaac Newton, que nessa época já era famoso por seu livro Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (1687), que apresentou ao mundo a revolucionária Lei da Gravidade.

Bentley pediu ajuda a Newton pois queria demonstrar, de acordo com as leis físicas que governam o mundo natural, que é impossível que os corpos celestes tenham aparecido sem a intervenção de um agente divino. Foi a partir daí que Bentley e Newton trocaram dezenas de ricas correspondências científicas e teológicas. Na sua primeira carta a Bentley, Newton confessou: “Quando escrevi meu tratado sobre nosso sistema, tive meus olhos fixos nos princípios que puderam atuar considerando a crença da humanidade em uma divindade, e nada me resulta mais gratificante que ver que resultou ser útil para este objetivo”. Mais tarde, o famoso cientista escreveu: “Os movimentos que os planetas têm hoje não puderam originar-se de causas naturais isoladas, mas, sim, lhes foram impostos por um agente inteligente”.

Em muitos de seus escritos, Newton refere-se a Deus como “o Criador”, “o Pantokrator (Todo-poderoso)” e Aquele ‘que em autoridade sobre todas as coisas existentes, sobre a forma do mundo natural e o curso da história humana”.

As palavras que se seguem são uma das mais claras afirmações de Newton sobre suas convicções religiosas: “Devemos acreditar que há só um Deus ou Monarca Supremo a quem devemos temer, guardar suas leis e lhe dar honra e glória. Devemos acreditar que Ele é o Pai de quem provêm todas as coisas, e que ama a seu povo. Devemos acreditar que Ele é o Pantokrator, Senhor de Tudo, com poder e domínio irresistíveis e ilimitados, do qual não temos esperança de escapar se nos rebelarmos e seguirmos a outros deuses, ou se transgredirmos às leis de Sua soberania, e de quem podemos esperar grandes recompensas se fizermos Sua vontade. Devemos acreditar que Ele é o Deus dos judeus, que criou os Céus e a Terra e tudo o que neles existe, como o expressam os Dez Mandamentos, de modo que possamos Lhe agradecer por nossa existência e por todas as bênçãos desta vida, e evitar o uso de Seu nome em vão ou adorar imagens ou outros deuses”.

Este era o cristão fervoroso, teólogo e cientista consagrado, Sir Isaac Newton. Se você não conhecia esse lado dele ainda, tenha o prazer de conhecer. Ele é só uma das muitas provas históricas de que Ciência e Bíblia não são água c óleo. Só na cabeça de cientistas ateus, infelizmente.

Publicação: Uikisearch
📚 Referências: Periódico: Jornal Mensageiro da Paz, agosto de 2007. Trecho de um dos manuscritos de Newton em exposição na Biblioteca Nacional de Israel.

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Sara Araújo, a Primeira Assembleiana a Gravar um LP

Você sabe quem foi a primeira assembleiana a gravar um LP? 
A irmã Sara Araújo. Ela nasceu em Cruz Alta (RS) num lar abençoado, em que seus pais já estavam nos caminhos do Senhor. Ainda pequena, mudaram-se para Porto Alegre, lugar em que foi batizada nas águas pelo saudoso missionário Nils Taranger.


Sara Araújo
Sara começou a louvar o Senhor com 5 anos. A irmã, Lourdes Bernardes, era compositora. O pai, irmão Castilhos, era músico. Foi ele quem a ensinou a tocar cavaquinho e a cantar. “Era tão pequena que tinha que subir em uma cadeira para a igreja poder me ver”, recorda.

A adoradora não esperava que pudesse se tornar a primeira a gravar um LP Ela participou do 1° Festival da Música Evangélica em Porto Alegre, no qual o vencedor gravaria um compacto simples. Ela ganhou e foi assim que tudo começou. “Eu me sinto feliz e agradeço ao meu amado Senhor Jesus por ter me guardado para o seu louvor”, alegra-se.


A primeira gravação aconteceu em 1961. De lá pra cá, gravou 40 discos. Além de cantar, Sara também compõe. Seus hinos já foram gravados por vários cantores evangélicos, dentre eles Luiz de Carvalho, Nicolete, Nilton Santos, Aline Araújo, Dedos de Davi e outros.

Referências:Primeira gravação de LP por assembleiana completa 50. Jornal Mensageiro da Paz, Rio de Janeiro, Julho, 2019

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Quem foi Clímaco Bueno Aza?


🎯 Clímaco Bueno Aza foi usado por Deus para dar início às Assembleias de Deus no Amapá, Maranhão e Minas Gerais. Missionário colaborou intensamente com os pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren.

Clímaco Bueno Aza
Clímaco Bueno Aza (1874-1950) foi evangelista, colportor, pastor, fundador das Assembleias de Deus no Amapá, Maranhão e Minas Gerais, e considerado um dos maiores evangelistas desbravadores da história das ADs no Brasil. Era cidadão colombiano. Em 1943, ao completar trinta anos de carreira ministerial, Aza escreveu um documentário, com a primeira parte contando como aconteceu a sua conversão e início da carreira ministerial como colportor e evangelista. Esse texto foi publicado no jornal Mensageiro da Paz da primeira quinzena de janeiro de 1944. Clímaco relata:

“Foi numa linda manhã repleta de cores, no interior do Estado do Pará, que tive o meu encontro com Cristo. Nesse dia feliz, Ele pareceu-me não simplesmente aquele Cristo histórico e benfeitor; nesse dia, eu o contemplei em toda a sua plenitude. Eu o vi pendurado na cruz do Calvário, derramando o seu sangue inocente para me salvar. Vi cair sobre ele a maldição e o castigo que nos trouxe a paz. E além de tudo, pude contemplá-lo e aceitá-lo como meu único e suficiente Salvador. Finalmente nesse dia encontrei o meu melhor e real amigo. Amigo em toda a extensão da palavra. Aceitei-o de todo o meu coração”.

“Desde esse dia glorioso, tudo em minha existência mudou. O que anteriormente era dor e amarguras, transformou-me, agora, em um florido jardim de paz e felicidade. Usufruindo de tão grande alegria, nasceu em meu coração um ardente desejo de fazer com que outros também participassem da mesma felicidade!”

“Movido por esse desejo, foi que nessa ocasião (novembro de 1913) decidi abandonar meus negócios particulares para iniciar minha carreira evangelística, anunciando boas novas de salvação e falando de minha experiência pessoal aos que ainda viviam mergulhados nas trevas do vício e da ignorância religiosa”.

“Depois de expor esta minha resolução ao missionário Gunnar Vingren, que nesse tempo estava trabalhando no Estado do Pará, saí a trabalhar no interior do Estado, confiando exclusivamente em Jesus, pois não me fora marcado nenhum ordenado ou outro meio de subsistência. Iniciei-me, primeiramente, no serviço de colportagem, espalhando centenas de Bíblias e Novos Testamentos, e ao mesmo tempo anunciando o evangelho completo, aleluia!”

Após essa resolução, conforme o seu relato, Clímaco empreendeu a primeira viagem para a Estrada de Ferro Belém-Bragança, a fim de executar o trabalho pelo qual estava atraído e chamado por Deus para a sua realização. Acompanhado pelo missionário Daniel Berg, em muitas dessas viagens de evangelização, Clímaco Bueno Aza teve o privilégio de pregar o Evangelho pela primeira vez. Ele desenvolveu intensos trabalhos de evangelização nos últimos meses de 1913, e durante todo o ano de 1914. Percorreu todas as colônias, indo muito além de Bragança e congregações das Assembleias de Deus foram abertas em Igarapé-Açú, Benevides, Capanema, Timboteua, Catipuru, Peixe-Boi, São Luís, São Matias, Bragança, e outras cidades e povoados. Em 22 de março de 1914, Clímaco recebeu o batismo no Espírito Santo o que contribuiu para mais animá-lo e aumentar a sua confiança em Jesus, pois via cumprir-se nele uma das promessas do Senhor.

Depois dessa fase inicial, Clímaco foi para a região das Ilhas e Baixo Amazonas, nos anos de 1915-1916, onde realizou também intensa obra de evangelização e ganhou centenas de pessoas para Jesus. Ele deixou nesses lugares muitos crentes batizados no Espírito Santo. Em 1917, já casado com Júlia Galvão de Lima Bueno Aza, foi trabalhar em Bragança. Nesse ano ele passou a ser sustentado pela Igreja Filadélfia em Skõde, Suécia. Trinta anos mais tarde, na Convenção Geral das Assembleias de Deus realizada em São Paulo (SP), em 1947, a necessidade de se prover o sustento de Clímaco, já reconhecido como grande evangelista, foi o motivo para os pastores presentes debaterem a criação de uma caixa nacional de aposentadoria, que depois se constituiu na Cabejupase, cuja existência foi curta. Clímaco nessa época pertencia à AD de São Cristóvão e era sustentado pela AD de Madureira. Novamente em 1953, na Convenção Geral de Santos (SP), o amparo de Clímaco já falecido foi assunto da pauta ficando as Assembleias de Deus no Rio de Janeiro responsáveis por sustentar sua viúva, Júlia Bueno.

Nessa época, Clímaco era um dos três únicos evangelistas da AD de Belém (PA), ao lado de Adriano Nobre e Pedro Trajano. Todos esses obreiros mais tarde foram consagrados pastores para dirigirem igrejas.

Em Bragança, o casal Aza passou três anos, de 1917 a 1919. Em 10 de março de 1918, o missionário Gunnar Vingren consagrou Clímaco a pastor. Daí para frente, ele lançou-se com mais veemência ainda na evangelização não somente de seu Estado, mas de todo o Brasil, a fim de conquistar pessoas para Cristo. Percorreu quase todo o país, indo a grandes e pequenas cidades, tanto capitais como cidades interioranas. Foi considerado um incansável evangelista das Assembleias de Deus no Brasil.

Clímaco é o fundador das Assembleias de Deus em três capitais brasileiras: Macapá (AP), 1916; São Luís (MA), 1921; e Belo Horizonte (MG), onde atuou de 1927 a 1931.

Seu ministério evangelístico e pastoral também se estenderam às seguintes cidades: Natal (RN); Rio de Janeiro (em 1925, junto com Gunnar Vingren, no início da Assembleia de Deus na então capital federal); Paraíba do Sul (1927), Petrópolis, 1943-1946 e Belford Roxo (Estado do Rio); Santos (SP), 1929; Juiz de Fora (MG), 1931; Curitiba, 1939-1942 e Ponta Grossa, década de 50 (Estado do Paraná).

A respeito do pioneirismo na evangelização nacional, Eliézer Cohen escreveu na revista Obreiro, edição de outubro-dezembro de 1984, página 17:

“Fez parte daquele grandioso exército de Jesus Cristo, cujos integrantes, homens verdadeiramente valorosos, a Assembleia de Deus brasileira enquadrou no rol de seus pioneiros. Foi ele um dos seus mais dinâmicos e operosos pastores, um ‘marechal’ de primeira linha, e teve sobretudo, compaixão e ternura pelas almas perdidas! E não se aquietou enquanto não saiu a semear as Boas Novas de redenção aos perdidos, escravizados pelo pecado. Ele deixou bem plantada a semente do Evangelho, que mais tarde germinaria e daria excelentes frutos para a glória e honra do nosso Deus!”

Clímaco e Júlia tiveram quatro filhos. Ele morreu em 20 de setembro de 1950 no Hospital Evangélico do Rio de Janeiro.

Referências:Clímaco Bueno Aza: um dos maiores evangelistas desbravadores das Assembleias de Deus no Brasil. Jornal Mensageiro da Paz, Dezembro de 2010.

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SÓCRATES, um pedreiro antes de se dedicar à filosofia

🎯 Seu trabalho e suas ideias tornaram-se a fundação da filosofia ocidental.

Estatua de Sócrates
Sócrates nasceu em Atenas, na Grécia, por volta de 469 a.C. e morreu em 399 a.C. Enquanto os filósofos pré-socráticos examinavam o mundo natural, ele enfatizou a experiência humana, concentrando-se na moralidade individual, questionando o que faz uma vida boa e discutindo aspectos sociais e políticos. Seu trabalho e suas ideias tornaram-se a fundação da filosofia ocidental. Embora Sócrates seja considerado um dos homens mais inteligentes que já existiram, nunca escreveu nenhum de seus pensamentos e o que sabemos sobre ele é baseado no trabalho de seus alunos e de seus contemporâneos (principalmente, os trabalhos de Platão, Xenofonte e Aristófanes).

Como os relatos de terceiros (que, com frequência, inventam histórias) diferem entre si, de fato, não sabemos muito sobre os ensinamentos de Sócrates. Isso é conhecido como o “problema socrático”. Dos textos de terceiros, conseguimos reunir algumas informações. Ele era filho de um pedreiro e de uma parteira; teve uma formação educacional básica grega; não tinha uma aparência física muito bonita (em uma época em que a beleza exterior era muito importante); serviu o exército durante a guerra do Peloponeso; teve três filhos com uma mulher bem mais jovem do que ele e vivia na pobreza. Sócrates deve ter sido pedreiro antes de se dedicar à filosofia.

O único detalhe, porém, que está muito bem documentado é a morte de Sócrates. Enquanto ainda estava vivo, o estado de Atenas começou a declinar. Depois de perder humilhantemente a guerra do Peloponeso para Esparta, os atenienses tiveram uma crise de identidade, tornando-se fixados na beleza física, em ideias de saúde e bem-estar e na idealização do passado. Como Sócrates era um crítico aberto desse estilo de vida, cultivou muitos inimigos. 

Em 399 a.C, Sócrates foi preso e conduzido a julgamento sob a acusação de não ser religioso e de corromper os jovens da cidade. Ele foi considerado culpado e sentenciado à pena de morte por envenenamento. Em vez de se retirar em exílio (o que podia fazer), Sócrates tomou o copo de cicuta sem nenhuma hesitação.

A CONTRIBUIÇÃO DE SÓCRATES PARA A FILOSOFIA

Uma frase sempre atribuída a Sócrates é: “Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida”. Ele acreditava que, para se tornar sábio, o indivíduo deve ser capaz de compreender a si mesmo. Para Sócrates, as ações de uma pessoa estavam diretamente relacionadas à sua inteligência e à sua ignorância. Ele propunha que as pessoas desenvolvessem o ego em vez de concentrar-se nos objetos materiais e procurava entender a diferença entre agir bem e ser bom. Foi por causa dessa sua maneira nova e exclusiva de abordar o conhecimento, a consciência e a moralidade que Sócrates mudou para sempre a filosofia.

O MÉTODO SOCRÁTICO

Talvez Sócrates seja mais famoso por causa de seu método. Pela primeira vez descrito por Platão nos Diálogos socráticos, Sócrates e um aluno tinham uma discussão sobre um tema em particular e o mestre fazia uma série de perguntas para descobrir a força condutora por trás da formação das crenças e dos sentimentos da outra pessoa. Assim, ele se aproximava da verdade. Ao fazer continuamente esses questionamentos, era capaz de expor as contradições na forma de pensar do indivíduo e assim chegava a conclusões mais sólidas.

Sócrates utilizava o elenchus[[1]] o método pelo qual refutava as afirmações da outra pessoa com as seguintes etapas:

1. Um indivíduo faz uma afirmação para Sócrates, que tenta refutá-la. Ou Sócrates pode fazer uma pergunta para a outra pessoa como: “O que é a coragem?”.

2. Assim que obtém a resposta, Sócrates pensa em um cenário em que a resposta não funciona e pede que o interlocutor assuma que sua afirmação original era falsa. Por exemplo, se a outra pessoa descreveu coragem como “a resistência da alma”, Sócrates pode refutar dizendo que “a coragem é algo positivo”, enquanto “a resistência ignorante não é positiva”.

3. A outra pessoa concorda com esse argumento e Sócrates, então, muda a afirmação para incluir a exceção à regra.

4. Sócrates prova que a afirmação do indivíduo é falsa e que a negação é, de fato, verdade. Como a outra pessoa continua a alterar suas respostas, Sócrates segue refutando e, dessa maneira, as respostas do indivíduo aproximam-se mais da verdade real.

🕛 O MÉTODO SOCRÁTICO HOJE

O método socrático ainda é bastante utilizado hoje, principalmente nas faculdades de direito dos Estados Unidos. Primeiro, pede-se ao aluno que resuma o argumento de um juiz. Em seguida, pergunta-se a ele se concorda com aquele argumento. O professor, então, atua como “advogado do diabo”, levantando uma série de questões para fazer com que o estudante defenda sua decisão.

Ao aplicar o método socrático, os estudantes de direito podem começar a pensar criticamente, usando a lógica e a razão para criar seus argumentos e também procurar e identificar as falhas em seus posicionamentos.

Referências:KLEINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre Filosofia: de Platão e Sócrates. Tradução: Cristina Sant'Anna. São Paulo: Editora Gente, 2014.




[1]Elenchus socrático — uma proposição aceita pelo interlocutor é testada diante do conjunto de suas crenças com o objetivo de verificar a consistência do todo. Fazendo perguntas, Sócrates buscava determinar se a primeira afirmação de seu interlocutor era consistente ou inconsistente com as posteriores. Também pode-se falar em contraprova ou refutação lógica. (N.T.)

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ARISTÓTELES e a criação da lógica

🎯 Foi em Atenas que ele ingressou na Academia, permanecendo lá pelos próximos vinte anos como aluno e colega de Platão.

ARISTÓTELES(384-322 a.C.) - A sabedoria começa pela compreensão de si mesmo Aristóteles nasceu por volta de 384 a.C.
 
Busto de Aristóteles
👉 OS PAIS

Embora pouco se saiba a respeito de sua mãe, o pai dele era médico na corte do rei macedônio Amintas II (a conexão e afiliação à corte macedônia continuariam a ter um papel importante na vida dele). O pai e a mãe de Aristóteles morreram quando ele ainda era jovem e, com 17 anos, seu tutor o enviou para Atenas em busca de uma educação superior. Foi em Atenas que ele ingressou na Academia, permanecendo lá pelos próximos vinte anos como aluno e colega de Platão.

Quando Platão morreu em 347 d.C., muitos acreditaram que Aristóteles assumiria o lugar dele como diretor da Academia. Naquele momento, porém, como já discordava de diversos pontos do trabalho de Platão (por exemplo, discordava da Teoria das Formas), ele não foi convidado para o cargo.

Em 338 d.C., ele retornou à Macedônia e começou a trabalhar como tutor do filho do rei Felipe II, que tinha 13 anos e viria a ser chamado de Alexandre, o Grande. Quando, em 335 d.C., Alexandre tornou-se rei e conquistou Atenas, Aristóteles voltou para lá. A Academia de Platão (agora dirigida por Xenócrates) continuava a ser a maior escola da cidade e Aristóteles decidiu criar a sua, que denominou Liceu.

Com a morte de Alexandre, o Grande, em 323 d.C., o governo foi derrubado e cresceu o sentimento antimacedônio. Enfrentando acusações de impiedade, Aristóteles fugiu para Atenas a fim de evitar ser perseguido e permaneceu na ilha de Eubeia até sua morte em 322 a.C.

👉 LÓGICA

Embora Aristóteles tenha dado foco a muitos e diversos temas, uma de suas contribuições mais significativas para o mundo da filosofia e do pensamento ocidental foi a criação da lógica. Para ele, o processo de aprendizado se estabelece em três categorias distintas: teoria, prática e produção. A lógica, porém, não pertence a nenhuma dessas categorias.

Em vez disso, a lógica era um instrumento utilizado para obter conhecimento, tornando-se, dessa forma, o primeiro passo do processo de aprendizado. A lógica nos capacita a descobrir erros e estabelecer verdades.

Em seu texto, Analíticos anteriores, Aristóteles introduz a noção de silogismo, que se revelou uma das mais importantes contribuições no campo da lógica. O silogismo é um tipo de raciocínio em que a conclusão pode ser deduzida com base em uma série de premissas e suposições específicas.

Por exemplo:

Todas as pessoas gregas são humanas.
Todos os humanos são mortais.
Sendo assim, todos os gregos são mortais.

Para explicar melhor o que é um silogismo, o raciocínio pode ser sintetizado da seguinte maneira:

Se todo X é Y e todo Y é Z, então, todo X é Z.

Os silogismos são estruturados com três proposições: as duas primeiras são as premissas; a última é a conclusão. As premissas podem ser universais (usam palavras como tudo, todos ou nenhum) ou particulares (por exemplo, usando a palavra alguns) e ainda afirmativas ou negativas.

Ele, então, se propôs a criar um conjunto de regras a fim de produzir uma inferência válida. Um exemplo clássico é este:

Pelo menos uma premissa tem de ser universal.
Pelo menos uma premissa tem de ser afirmativa.
Se uma das premissas for negativa, a conclusão será negativa.

Por exemplo:

Nenhum cachorro é pássaro.
Papagaios são pássaros.
Sendo assim, nenhum cachorro é papagaio.

Aristóteles considerou que três regras se aplicavam a todos os pensamentos válidos:

1. A lei da identidade: Essa lei afirma que X é X e isso permanece verdade porque X tem certas características. Uma árvore é uma árvore porque podemos ver suas folhas, seu tronco, seus galhos, e assim por diante. Uma árvore não tem outra identidade do que a de uma árvore. Dessa forma, tudo que existe tem suas próprias características verdadeiras para si mesmo.

2. A lei da não contradição: Essa lei afirma que X não pode ser X e não ser X simultaneamente. Uma afirmação não pode ser verdadeira e falsa no mesmo momento. Se isso acontecer, surge uma contradição. Se você disser que alimentou o gato ontem e depois afirmar que não alimentou o gato ontem, há aqui uma contradição.

3. A lei do terceiro excluído: Essa lei define que uma afirmação é verdadeira ou falsa; não pode haver meio-termo. Também determina que algo é verdadeiro ou falso. Se você diz que seu cabelo é loiro, essa afirmação é verdadeira ou falsa. No entanto, filósofos e matemáticos mais recentes discutem essa lei.

💥 METAFÍSICA

Aristóteles rejeitou a Teoria das Formas de Platão. Sua resposta para compreender a natureza do ser foi a metafísica (embora ele nunca tenha usado essa palavra, preferindo chamá-la de “filosofia primeira”).

Enquanto Platão via diferença entre o mundo inteligível (feito de pensamentos e ideias) e o mundo sensível (feito do que está visível) e considerava que o mundo inteligível era a única forma verdadeira de realidade, Aristóteles achava que separar os dois mundos removia deles todo o significado. Em vez disso, Aristóteles acreditava que o mundo era feito de substâncias que podiam ser tanto forma quanto matéria ou ambos e que a inteligibilidade estava presente em todas as coisas e em todos os seres.

A Metafísica, de Aristóteles, é composta por catorze livros, que mais tarde foram agrupados pelos editores. E considerada um dos melhores trabalhos já produzidos no campo da filosofia. Aristóteles acreditava que o conhecimento era constituído de verdades específicas que a pessoa conquistava com a experiência, bem como das verdades derivadas da ciência e da arte. A sabedoria, em oposição ao conhecimento, é quando a pessoa compreende os princípios fundamentais que governam todas as coisas (essas são as verdades mais gerais) e, então, transporta essa informação para a especialização científica.

Aristóteles divide em quatro as causas dos seres como são:

1. A causa material: explica do que algo é feito.
2. A causa formal: explica qual forma algo assume.
3. A causa eficiente: explica o processo de como algo vem a ser.
4. A causa final: explica o propósito a que algo serve.

Enquanto as outras ciências podem estudar as razões das manifestações particulares dos seres (por exemplo, um biólogo estuda o humano no que se refere a ser um organismo; e um psicólogo estuda o humano como um ser com consciência), a metafísica examina, em primeiro lugar, a razão da existência do ser. Por isso, costuma ser descrita como “o estudo do ser qua ser” (“qua", em latim, para “enquanto”).

🙌 VIRTUDE

Outro trabalho de Aristóteles que causou grande impacto foi Ética. De acordo com ele, o propósito da ética é descobrir o propósito da vida. Aristóteles percebeu que a felicidade é o bem supremo e o fim perseguido por todos. Segundo ele, as pessoas buscam as boas coisas com o objetivo de atingir a felicidade, e o meio para atingi-la (e, portanto, o propósito da vida) é a virtude.

A virtude exige simultaneamente escolha e hábito. Ao contrário de outros meios para obter a felicidade, como prazer ou honra, com a virtude, quando um indivíduo toma a decisão, ela deriva de uma disposição pessoal, que é determinada pelas escolhas anteriores dessa pessoa.

Uma escolha virtuosa é, então, o meio-termo entre dois extremos. Entre agir com indiferença e frieza em relação a alguém e ser exageradamente subserviente ou atencioso, a escolha virtuosa é a afabilidade.

Para Aristóteles, a felicidade suprema é viver em contemplação intelectual e utilizar a razão (que é o que separa os humanos dos animais) na mais alta forma de virtude. No entanto, para que alguém atinja esse nível de virtude é preciso um ambiente social adequado, o que só pode ser alcançado com o governo adequado.

Referências:KLEINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre Filosofia: de Platão e Sócrates. Tradução: Cristina Sant'Anna. São Paulo: Editora Gente, 2014.

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MARCELA TEDESCHI ARAÚJO

🎯 Em 15 de outubro de 2015, dez meses antes de Temer assumir a Presidência, ele e Marcela deram uma rápida entrevista ao “Programa Amaury Jr” e contaram mais uma vez sobre como se conheceram.


Primeira-dama de 31 de agosto de 2016 a 31 de dezembro de 2018
MARCELA TEDESCHI ARAÚJO - nome de
solteira.

- Nascimento: 16 de maio de 1983
- Casada com Michel Temer
- Primeira-dama de 31 de agosto de 2016 a 31 de dezembro de 2018


A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisava o impeachment já havia aprovado, por 38 votos a favor e 27 contra, em 11 de abril de 2016, a admissibilidade do bota-fora da presidente Dilma Rousseff quando a revista “Veja” publicou o famoso perfil da então segunda-dama do país. Intitulado “Marcela Temer: bela, recatada e do lar”, foi ao ar no site da revista na data em que Eduardo Cunha, então presidente da Câmara, entregou a Renan Calheiros, que presidia o Senado, os 34 volumes do processo de 12.044 páginas. Era o dia 18 de abril de 2016, uma segunda-feira. A polêmica se instalou na internet.

Muita gente viu no texto uma ode ao retrocesso nas conquistas feministas, por exaltar a submissão da moça, dedicada ao marido e à criação do único filho do casal, sem uma carreira própria. Uma enxurrada de memes tomou conta das redes sociais. Afinal, o país se encantara com aquela bela jovem, ex-modelo de l,72m, já na posse de Dilma em seu primeiro governo. Marcela roubou a cena da primeira mulher à frente da Presidência, com os longos cabelos presos numa trança e um vestido cuja parte de cima, em tom terroso, deixava os ombros e braços de fora. Na falta de uma primeira-dama, o país se contentava com a segunda. Em 2016, ela reinaugurava o primeiro-damismo, após seis anos de vacância do cargo.

Curioso é que poucas pessoas notaram que Marcela não foi ouvida para a reportagem. Sabe-se que ela sempre foi recatada graças à irmã mais nova, Fernanda Tedeschi, e que o casal pensou que estava grávido de novo, mas era rebate falso, por conta da língua comprida da tia Nina. Uma estilista diz que ela curte vestidos na altura do joelho, e um cabeleireiro de ricas e famosas, que a definiu como “educadíssima”, aproveitou para contar que Athina Onassis também é sua cliente.

Certamente a disputa política do impeachment turbinou a repercussão do material produzido pela “Veja”. Muito antes, em 15 de fevereiro de 2011, após a posse para o primeiro mandato de Dilma, a revista “TPM” produziu um alentado perfil sobre Marcela. A repórter Ariane Abdallah foi duas vezes à residência do casal Temer, no Alto de Pinheiros, bairro chique e tradicional da cidade, para entrevistar Marcela e o marido — ou Mi e Mar, como se tratam na intimidade, segundo a reportagem. Teve acesso até ao closet da então segunda-dama, e acompanhou a escolha do modelito da cerimônia, “chamado de ‘ousado’ pela consultora de moda Costanza Pascolato”.

O texto revelava que era Coco Chanel o perfume usado por ela no primeiro encontro, em 2002, num evento da campanha do à época candidato a deputado federal. De acordo com a revista, o tio Geraldo e a mãe de Marcela, a dona de casa Norma Tedeschi, a acompanharam a um comitê por sugestão do pai da então modelo, o economista Carlos Antonio Araújo, que tinha bom trânsito com os políticos de Paulínia, cidade natal da moça, no interior de São Paulo. Marcela foi formalmente apresentada a Temer. “Era um contato profissional que poderia me ajudar a dar um up na carreira (de modelo). Mas achei ele charmosão”, disse à revista “TPM”.

Dois meses depois da apresentação formal, o pai sugeriu que ela mandasse um e-mail a Temer parabenizando-o pela eleição para a Câmara. Ele telefonou para Marcela três dias depois. Numa noite daquele mesmo mês de novembro, Temer foi buscá-la para um encontro. O primeiro beijo foi 40 minutos depois. Quando ela voltou para casa, ele ligou e gritou: “Te amo, te amo, te amo”. Surgiram críticas a essas revelações quando o texto de “Veja” foi divulgado. “Eles praticamente entregaram uma mulher virgem para casar. Parece que está se falando de um casamento do Oriente Médio, em que se entrega uma menina a um velho rico. E chamam isso de conto de fadas”, disse Maria Fernanda Salaberry, do Coletivo de Mulheres da UFRGS e da Marcha das Vadias, ao jornal gaúcho “Zero Hora”, em 2016.79

Em 15 de outubro de 2015, dez meses antes de Temer assumir a Presidência, ele e Marcela deram uma rápida entrevista ao “Programa Amaury Jr” e contaram mais uma vez sobre como se conheceram. Ele disse que se encantou “logo no primeiro momento” e, olhando para a mulher, indagou: “E ela teve suas simpatias por mim, não é?”. Marcela reafirmou que o ex-presidente foi o primeiro e único namorado. “Namoramos oito meses”, disse ela, que tem o nome do amado tatuado na nuca. Casaram-se em 26 de julho de 2003. Marcela tinha completado 20 anos dois meses antes; Temer faria 63 dois meses depois.

Mas, se existia encantamento com a formosura de Marcela, havia também estranhamento, quase na mesma medida. Cartunistas se fartaram ao retratar a belíssima moça ao lado do “vampiro”, figura com a qual o ex-presidente é frequentemente comparado. Um homem bem mais velho, 43 anos a mais que Marcela, bem mais baixo e imensuravelmente mais feio. Marcela foi Miss Paulínia e ficou em segundo lugar num concurso de Miss São Paulo. Teve uma rápida experiência profissional como recepcionista. Além da irmã Fernanda, que falou sobre seu recato à “Veja”, tem um irmão mais velho, Karlo.

Marcela formou-se em direito na Fadisp, Faculdade Autônoma de Direito, instituição “com 18 anos de tradição” e que, informa em seu site, “integra o Grupo José Alves (GJA), com tradição e longa experiência de atuação em diversos segmentos do mercado nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.” Mas não chegou a fazer o exame da OAB para exercer a profissão, porque Michelzinho nasceu em 2008, ano em que ela se formou.

Uma vez no cargo de primeira-dama, retomou uma prática de mulheres de presidentes, deixada para trás por Ruth, que criara uma nova abordagem para as questões sociais, e por Marisa Leticia, que não quis se envolver com trabalho relacionado à Presidência: o assistencialismo. Foi nomeada embaixadora do programa Criança Feliz.

Em abril de 2016, antes de se tomar primeira-dama, Marcela foi chantageada por Silvonei José de Jesus Souza, que teria clonado seu celular e pedido R$ 300 mil para não divulgar uma conversa dela com o irmão, na qual se referiam a um marqueteiro do então vice-presidente. Dizia-se que o hacker pediu dinheiro para não revelar fotos íntimas de Marcela. A Polícia Civil de São Paulo, na época chefiada pelo atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que se tornaria ministro da Justiça de Temer, criou uma força-tarefa para prender o hacker. Em fevereiro de 2017, ele foi condenado a cinco anos e 11 meses de prisão por estelionato e extorsão. Silvonei obteve liberdade condicional em maio de 2018, após cumprir um terço da pena.

A passagem de Marcela pelo cargo de primeira-dama foi discretíssima, à parte o alvoroço causado por sua beleza. Mas um gesto seu arrancaria interjeições de ternura da plateia. Em abril de 2018, pulou de roupa e tudo no lago do Palácio da Alvorada para salvar o cãozinho Picoly, da raça jack russel, que entrou na água para perseguir patos e não conseguia sair. Uma agente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que acompanhava o passeio da primeira-dama com o filho Michelzinho pelos jardins da residência oficial e não foi capaz de salvar Picoly, acabou sendo retirada da segurança pessoal de Marcela. O amor por cães não era novidade. Em 2011, quando a revista “TPM” entrevistou Marcela, ela estava muito entristecida com o câncer terminal de Bandy, da raça bernesse.

No livro de poesia que Michel Temer lançou em 2012, “Anônima intimidade”, um dos poemas, “Vermelho”, faz referência explícita a um momento de amor do casal. Ao comentar a abertura da Olimpíada do Rio, em 2016, o humorista inglês John Oliver, que apresenta na TV americana o programa “Last week tonight with John Oliver”, declamou a tradução dos versos quentes: “De vermelho / Flamejante / Labaredas de fogo / Olhos brilhantes / Que sorriem / Com lábios rubros / Incêndios / Tomam conta de mim / Minha mente / Minha alma / Tudo meu / Em brasas / Meu corpo / Incendiado / Consumido / Dissolvido / Finalmente / Restam cinzas / Que espalho na cama / Para dormir”. E concluiu: deve ser por isso que Temer foi vaiado no evento...

Dias duros chegariam para Marcela com a prisão do ex-presidente, denunciado pela Lava-Jato. Em março de 2019, ela teve o celular e um iPad apreendidos pela Polícia Federal quando seu marido foi levado de casa, em São Paulo, para a sede da Federal no Rio. Contratou advogados para pedir ao juiz Marcelo Bretãs, da Lava-Jato no Rio, que devolvesse seus pertences, inclusive um talão de cheques, já que ela não era investigada. E conseguiu. O presidente voltaria a ser preso em maio, por pouco tempo. Ela se manteve em casa, longe de holofotes. A exemplo dos memes na época de sua libertação, o presidente mais impopular da Nova República, por enquanto, pôde voltar a dormir de conchinha com sua bela, no recato do lar.

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🔍 Publicação: Uikisearch
Referências: GUEDES, Ciça; MELO, Murilo Fiuza de. Todas as mulheres dos presidentes: a história pouco conhecida das primeiras-damas do Brasil desde o início da República. Rio de Janeiro, RJ: Máquina de Livros, 2019.

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