Quem foi Clímaco Bueno Aza?


🎯 Clímaco Bueno Aza foi usado por Deus para dar início às Assembleias de Deus no Amapá, Maranhão e Minas Gerais. Missionário colaborou intensamente com os pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren.

Clímaco Bueno Aza
Clímaco Bueno Aza (1874-1950) foi evangelista, colportor, pastor, fundador das Assembleias de Deus no Amapá, Maranhão e Minas Gerais, e considerado um dos maiores evangelistas desbravadores da história das ADs no Brasil. Era cidadão colombiano. Em 1943, ao completar trinta anos de carreira ministerial, Aza escreveu um documentário, com a primeira parte contando como aconteceu a sua conversão e início da carreira ministerial como colportor e evangelista. Esse texto foi publicado no jornal Mensageiro da Paz da primeira quinzena de janeiro de 1944. Clímaco relata:

“Foi numa linda manhã repleta de cores, no interior do Estado do Pará, que tive o meu encontro com Cristo. Nesse dia feliz, Ele pareceu-me não simplesmente aquele Cristo histórico e benfeitor; nesse dia, eu o contemplei em toda a sua plenitude. Eu o vi pendurado na cruz do Calvário, derramando o seu sangue inocente para me salvar. Vi cair sobre ele a maldição e o castigo que nos trouxe a paz. E além de tudo, pude contemplá-lo e aceitá-lo como meu único e suficiente Salvador. Finalmente nesse dia encontrei o meu melhor e real amigo. Amigo em toda a extensão da palavra. Aceitei-o de todo o meu coração”.

“Desde esse dia glorioso, tudo em minha existência mudou. O que anteriormente era dor e amarguras, transformou-me, agora, em um florido jardim de paz e felicidade. Usufruindo de tão grande alegria, nasceu em meu coração um ardente desejo de fazer com que outros também participassem da mesma felicidade!”

“Movido por esse desejo, foi que nessa ocasião (novembro de 1913) decidi abandonar meus negócios particulares para iniciar minha carreira evangelística, anunciando boas novas de salvação e falando de minha experiência pessoal aos que ainda viviam mergulhados nas trevas do vício e da ignorância religiosa”.

“Depois de expor esta minha resolução ao missionário Gunnar Vingren, que nesse tempo estava trabalhando no Estado do Pará, saí a trabalhar no interior do Estado, confiando exclusivamente em Jesus, pois não me fora marcado nenhum ordenado ou outro meio de subsistência. Iniciei-me, primeiramente, no serviço de colportagem, espalhando centenas de Bíblias e Novos Testamentos, e ao mesmo tempo anunciando o evangelho completo, aleluia!”

Após essa resolução, conforme o seu relato, Clímaco empreendeu a primeira viagem para a Estrada de Ferro Belém-Bragança, a fim de executar o trabalho pelo qual estava atraído e chamado por Deus para a sua realização. Acompanhado pelo missionário Daniel Berg, em muitas dessas viagens de evangelização, Clímaco Bueno Aza teve o privilégio de pregar o Evangelho pela primeira vez. Ele desenvolveu intensos trabalhos de evangelização nos últimos meses de 1913, e durante todo o ano de 1914. Percorreu todas as colônias, indo muito além de Bragança e congregações das Assembleias de Deus foram abertas em Igarapé-Açú, Benevides, Capanema, Timboteua, Catipuru, Peixe-Boi, São Luís, São Matias, Bragança, e outras cidades e povoados. Em 22 de março de 1914, Clímaco recebeu o batismo no Espírito Santo o que contribuiu para mais animá-lo e aumentar a sua confiança em Jesus, pois via cumprir-se nele uma das promessas do Senhor.

Depois dessa fase inicial, Clímaco foi para a região das Ilhas e Baixo Amazonas, nos anos de 1915-1916, onde realizou também intensa obra de evangelização e ganhou centenas de pessoas para Jesus. Ele deixou nesses lugares muitos crentes batizados no Espírito Santo. Em 1917, já casado com Júlia Galvão de Lima Bueno Aza, foi trabalhar em Bragança. Nesse ano ele passou a ser sustentado pela Igreja Filadélfia em Skõde, Suécia. Trinta anos mais tarde, na Convenção Geral das Assembleias de Deus realizada em São Paulo (SP), em 1947, a necessidade de se prover o sustento de Clímaco, já reconhecido como grande evangelista, foi o motivo para os pastores presentes debaterem a criação de uma caixa nacional de aposentadoria, que depois se constituiu na Cabejupase, cuja existência foi curta. Clímaco nessa época pertencia à AD de São Cristóvão e era sustentado pela AD de Madureira. Novamente em 1953, na Convenção Geral de Santos (SP), o amparo de Clímaco já falecido foi assunto da pauta ficando as Assembleias de Deus no Rio de Janeiro responsáveis por sustentar sua viúva, Júlia Bueno.

Nessa época, Clímaco era um dos três únicos evangelistas da AD de Belém (PA), ao lado de Adriano Nobre e Pedro Trajano. Todos esses obreiros mais tarde foram consagrados pastores para dirigirem igrejas.

Em Bragança, o casal Aza passou três anos, de 1917 a 1919. Em 10 de março de 1918, o missionário Gunnar Vingren consagrou Clímaco a pastor. Daí para frente, ele lançou-se com mais veemência ainda na evangelização não somente de seu Estado, mas de todo o Brasil, a fim de conquistar pessoas para Cristo. Percorreu quase todo o país, indo a grandes e pequenas cidades, tanto capitais como cidades interioranas. Foi considerado um incansável evangelista das Assembleias de Deus no Brasil.

Clímaco é o fundador das Assembleias de Deus em três capitais brasileiras: Macapá (AP), 1916; São Luís (MA), 1921; e Belo Horizonte (MG), onde atuou de 1927 a 1931.

Seu ministério evangelístico e pastoral também se estenderam às seguintes cidades: Natal (RN); Rio de Janeiro (em 1925, junto com Gunnar Vingren, no início da Assembleia de Deus na então capital federal); Paraíba do Sul (1927), Petrópolis, 1943-1946 e Belford Roxo (Estado do Rio); Santos (SP), 1929; Juiz de Fora (MG), 1931; Curitiba, 1939-1942 e Ponta Grossa, década de 50 (Estado do Paraná).

A respeito do pioneirismo na evangelização nacional, Eliézer Cohen escreveu na revista Obreiro, edição de outubro-dezembro de 1984, página 17:

“Fez parte daquele grandioso exército de Jesus Cristo, cujos integrantes, homens verdadeiramente valorosos, a Assembleia de Deus brasileira enquadrou no rol de seus pioneiros. Foi ele um dos seus mais dinâmicos e operosos pastores, um ‘marechal’ de primeira linha, e teve sobretudo, compaixão e ternura pelas almas perdidas! E não se aquietou enquanto não saiu a semear as Boas Novas de redenção aos perdidos, escravizados pelo pecado. Ele deixou bem plantada a semente do Evangelho, que mais tarde germinaria e daria excelentes frutos para a glória e honra do nosso Deus!”

Clímaco e Júlia tiveram quatro filhos. Ele morreu em 20 de setembro de 1950 no Hospital Evangélico do Rio de Janeiro.

Referências:Clímaco Bueno Aza: um dos maiores evangelistas desbravadores das Assembleias de Deus no Brasil. Jornal Mensageiro da Paz, Dezembro de 2010.

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