Parecem
inacreditáveis as notícias com que nos deparamos por todos os lados. Como seres
humanos, nos reconhecemos como seres gregários, ou seja, não nascemos para
viver só. Portanto, durante períodos de isolamento social, o mal-estar
psicológico pode se instalar, fragilizando nossa capacidade de adaptação e
reação ao estresse que o confinamento traz, impactando não somente nosso
sistema imunológico. como também nosso equilíbrio mental e emocional.
Todos acedam a importância da saúde física; acredito que a mesma importância vale para sua mente. Na vida moderna e principalmente em períodos de crise estressante, pode ser realmente difícil se sentir calmo, satisfeito ou aberto a novas experiências.
Mas
é possível se sentir menos confuso. Por isso busquei listar algumas ações
simples e úteis para encarar os desafios desse período complexo, inédito e
estressante:
1. EVITE INFORMAÇÕES DESNECESSÁRIAS.
Excesso
de informação e alarme pode gerar ansiedade Sim. temos que saber das notícias,
mas procure assistir ao noticiário apenas uma vez ao dia. Minha recomendação é
assistir logo pela manhã, pois consolidam tudo que aconteceu no dia anterior.
Não
caia na armadilha de ficar o dia todo com noticiário ligado A busca pela
audiência, informações falsas ou exageradas podem colocar seu estado mental em
constante alerta, o que vai prejudicar o relaxamento e a capacidade de
discernimento.
Todos
nós temos capacidade e condições de filtrar conteúdos e impor limites às
informações que alteram nosso humor.
2. CUIDADO COM PENSAMENTOS NEGATIVOS.
Uma
coisa é encararmos a realidade, outra coisa é termos pensamentos vitimistas. A
vitimização distorce a realidade. Não encare o período de isolamento como
"cárcere privado", punição ou castigo.
Prefira
pensar que trata-se do bem comum e da preservação da sua saúde o dos demais.
Não será uma condição definitiva, não é o fim do mundo, é só uma dificuldade!
Logo tudo voltará ao normal. Portanto, não é momento para ser pessimista
A
falta de controle gera grande desconforto e, para aqueles que tendem a ter
pensamento pessimista como padrão, suas reações e comportamentos podem se
revelar destrutivos, o que impede de enxergar soluções e alternativas
Sim,
existem infinitas possibilidades. Não escolhemos essa situação, mas podemos
escolher como reagir a tudo isso. Permita-se pensar diferente.
3. ESTAR SÓ (SOLITUDE) PERMITE REFLEXÃO E PRIVACIDADE; PORÉM, SOLIDÃO CAUSA TRISTEZA E ATÉ MESMO A DEPRESSÃO.
Cada
pessoa reage de uma maneira. E o momento é de união. Utilize toda tecnologia
disponível para manter-se conectado com seus amigos, familiares e pessoas que
gosta. Podemos promover conversas muito significativas e prazerosas através de
mensagens, vídeos e telefonemas. É possível estar presente, mesmo longe
fisicamente.
4. CUIDADO COM O EXCESSO DE ÓCIO.
Nem
sempre é criativo. Até para fazer bem o "não fazer nada" precisamos
de organização e método. Quando pessoas ficam muito tempo sem fazer nada,
quando o ócio não é criativo, pode conduzir a um estado de letargia e desânimo.
Para lidar com isso as atividades manuais e atividades físicas são excelentes
para aliviar o desconforto e preencher o tempo.
Estabeleça
uma rotina diária para realização de propósitos. Organize seu tempo, período de
trabalho, respeite as pausas para café, almoço e jantar o trace horário para
terminar o expediente em casa. Nessa agenda diária tenha tempo livre, leitura,
interação com pessoas e descanso, pois são fundamentais.
5. É MOMENTO DE PRATICAR EMPATIA E PENSAR NO COLETIVO.
Sua
individualidade é importante, mas a perspectiva coletiva não pode ser ignorada.
Tenha consciência das dificuldades atuais de sua cidade e país, pratique os
acordos estabelecidos pelo governo com as regras de convívio e busque colaborar.
Agora sim vamos trabalhar em equipe de verdade!
Você tem condições de dividir espaços com pessoas, se adaptar à nova rotina e praticar a tolerância e empatia.
Chegou o momento de exercitarmos cidadania, compaixão e humanidade.
🛑Veja também: Técnicas
para Exercitar a Memória e outras Funções Cognitivas
Artigo: Daniela do Lago | Referência:
Revista Gestão e Negócios, 2020