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O Conceito de Milagre na Bíblia

Os milagres, sinais e maravilhas registrados na Bíblia...
INTRODUÇÃO
Os milagres, sinais e maravilhas registrados na Bíblia são reais ou não passam de narrativas mitológicas? Os milagres, sinais e maravilhas são realidades para serem vivenciadas pela Igreja em pleno século XXI? Para muitos, estas perguntas possuem respostas óbvias, enquanto para outros são questionáveis.

I - A definição de milagre.

É importante iniciar observando algumas definições e considerações clássicas acerca de "milagre". Na perspectiva histórica os teólogos têm definido os milagres de duas maneiras distintas, em sentido rígido ou moderado.

Os moderados seguem a linha de Agostinho (354-430), que descreve o milagre como sendo "um prodígio [que] não é contrário à natureza, mas contrário ao nosso conhecimento da natureza" (Cidade de Deus, 21.8).

O sentido rígido é creditado àqueles que seguem a linha de Tomás de Aquino, que compreende o milagre como um evento que vai para além dos poderes da natureza, e que somente poderia ser produzido por uma força sobrenatural - Deus (Summa Contra Gentiles, Livro 3). Milagre é um evento sobrenatural, que intervém nas leis da natureza. Para vislumbrarmos um quadro completo dos milagres bíblicos, é necessário conhecermos as peculiaridades dos termos em pregados para descrever um "milagre":

(a) oth, termo hebraico para "sinal", usado em (Êx 3.12; 4.1-9, 30, 31; Nm 14.11, 22; Dt 6.22; 26.8; Js 24.17; SI 105.27; Jr 32.20-21);

(b) mopheth, termo hebraico para "maravilhas", que descreve os mesmos eventos que são, em algumas partes das Escrituras chamados de "sinais" (Êx 7.9; Dt 29.5; SI 78.43; 1 Rs 13.3, 5);

(c) teras, termo grego para "maravilha", utilizado dezesseis vezes no NT, geralmente se referindo a milagres (Mt 24.24; Mc 13.22; At 2.19; Jo 4.48; At 2.22, 43; 4.30; 14.3; 15.12; Rm 15.195.12; Hb 2.3, 4). A palavra transmite a ideia de algo que é tremendo e estonteante,

(d) dunamis, termo grego para "poder", utilizado para se referir aos milagres de Cristo (Mt 15.38), aos dons espirituais (1 Co 12.10), ao derramamento do Espírito Santo no Pentecostes (At 1.8), e ao "poder" do evangelho para salvar os pecadores (Rm 1.16). A ênfase da palavra está no aspecto de energização divina que envolve um evento miraculoso.

II - O propósito dos milagres

Os milagres na Bíblia são sempre para um propósito bem definido e nunca para ostentação (Êx 4.1-9; 14.21-31; 1 Rs 18.30-35; Dn 3.13-27; 6.14-23; Lc 9.12-27; Jo 11.40-45 etc). Nos relatos bíblicos da realização de milagres algum problema foi resolvido, algum ato de misericórdia foi estendido, algum ensino foi enfatizado, alguma coisa útil foi realizada, credenciais de certas pessoas na posição de porta-vozes de Deus foram confirmadas, a fé em Deus foi propiciada, a glória de Deus foi promovida (Jo 2.11; At 2.22; Hb 2.3, 4; Jo 6.2,14; 20.30, 31).

III - As objeções aos milagres

Infelizmente, mesmo entre os crentes, há aqueles que afirmaram e afirmam que os milagres foram necessários apenas para os tempos bíblicos, e que hoje eles são desnecessários, e não mais acontecem. Alguns chegam a afirmar que as pessoas que viviam nos tempos bíblicos eram mais simples e supersticiosas que o homem moderno, e podiam ser enganadas para acreditar nas histórias milagrosas encontradas na Bíblia. Hoje, declara-se que vivemos numa era científica e que superamos essas superstições, pois desenvolvemos a capacidade intelectual para ver esses milagres como mitos supersticiosos e não como fenômenos sobrenaturais.

Os milagres ainda são vistos pelos céticos e incrédulos como:

👉 (a) excitações da imaginação popular, podendo ser explicados naturalmente;
👉 (b) meros comentários parabólicos, fazendo parte de alegorias;
👉 (c) símbolos ou narrativas contadas para ensinar certas lições acerca de verdades espirituais;
👉 (d) invenções fraudulentas dos escritores bíblicos;
👉 (e) explicações mitológicas, exagerando ocorrências reais; 👉 (f) meras ilusões, assim como é a mágica;
👉 (g) acontecimentos psíquicos, fruto do treinamento da mente (poder mental);
👉 (h) ilusões mentais fruto da hipnose.

IV - Os falsos milagreiros e os falsos milagres

As Escrituras reconhecem a existência dos falsos milagres e os chamam de "prodígios de mentira" (2 Ts 2.9). São eventos operados pelos espíritos maus ou por homens através do uso de meios que às vezes estão além do nosso conhecimento. A possibilidade e a realidade destas ocorrências sobrenaturais servem para mostrar a necessidade de um cuidadoso exame antes de aceitá-las como divinas (Dt 13.1-4). Caminhando junto com os falsos milagres estão os obreiros milagreiros, que praticam iniquidades usando o nome de Jesus (Mt 7.21-23). 

Tais falsos obreiros possuem algumas características peculiares. Dentre elas podemos citar: 

(a) ênfase na promoção de si mesmo, em vez de buscar promover a glória de Deus; 

(b) ênfase no milagre, em vez da ênfase na pregação; 

(c) criatividade dos milagreiros nas mais diversas maneiras, invenções e fórmulas de alcançar o falso milagre; 

(d) agendamento do milagre com culto, dia e hora marcada; 

(e) uso do milagre como meio de barganha para a arrecadação de fundos, de grandes ofertas para o sustento de ministérios, programas de TV, impérios pessoais etc.

CONCLUSÃO

Os milagres verdadeiros, que buscam o bem do próximo e a glória de Deus acompanharão a pregação do Evangelho feita em todos os lugares e a toda criatura (Mc 16.15-20). Não há fundamentação bíblica para negar a atualidade dos milagres. Entre os dons espirituais que são concedidos à Igreja, estão alguns que se manifestam sobrenaturalmente, e entre eles estão os dons de curar e a operação de maravilhas (1 Co 12.4-10).

Adaptação/Reverberação: Site Cristão Alerta
Referência: GERMANO, Altair. Didaskalias Publicações. Paulista - PE
2020

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