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Revista Cristão Alerta – Edição 21 | 2° Trimestre 2025: O Verbo se Fez Carne

Lição 6 – A Autenticidade de uma Linguagem Sadia

Lições Bíblicas Jovens 1° trimestre 2025 CPAD | Comentarista: Eduardo Leandro

Lições Bíblicas Jovens 1° trimestre 2025 CPAD | Comentarista: Eduardo Leandro | Data da Aula:  9 de Fevereiro de 2025

TEXTO PRINCIPAL

A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto." (Pv 18.21)

RESUMO DA LIÇÃO

O controle da língua é essencial para uma vida piedosa e uma fé sadia.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA-FEIRA

Sl 34.13 Guarda a tua língua

TERÇA-FEIRA

Pv 21.23 - O que guarda a língua se livra de angústias

QUARTA-FEIRA

Pv 12.18 - A língua do sábio é saúde

QUINTA-FEIRA

Mt 12.36 - Prestaremos contas de nossas palavras

SEXTA-FEIRA

Lc 6.45 - A sua fala reflete o que está no seu coração 

SÁBADO

Cl 4.6 - Que as nossas palavras sejam agradáveis

OBJETIVOS

- COMPREENDER a necessidade de dominara Língua;

- EXPLICAR os perigos de uma Língua descontrolada;

- DESTACAR as características de uma linguagem sadia e irrepreensível.


INTERAÇÃO

Prezado (a) professor (a), dando continuidade ao estudo da Carta de Tiago, nesta lição estudaremos um tema atual e bem relevante — o cuidado que devemos ter com a nossa Língua. Tiago faz uma excelente exposição a respeito da disciplina da língua no decorrer de toda a Carta (1.19; 26; 4.11.12; 5.12). A Língua é um pequeno membro do nosso corpo, todavia seu poder é sempre ambíguo. Ela tem poder para construir e para destruir, por isso, precisa ser controlada pelo Espírito Santo. Sozinhos não conseguiremos refrear nossa fala e utilizá-la para glória de Deus. Precisamos da ajuda do Criador. Tiago afirma que a pessoa que consegue ter domínio desse pequeno órgão é um ser humano perfeito, com a capacidade de também refrear as demais partes do seu corpo.

TEXTO BÍBLICO: Tiago 3.1-12

1 Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.

2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo.

3 Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam: e conseguimos dirigir todo o seu corpo.

4 Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.

5 Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.

6 A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.

7 Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana:

8 Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear: está cheia de peçonha mortal.

9 Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus:

10 de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.

11 Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?

12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.


INTRODUÇÃO

Qual o efeito que nossas palavras exercem sobre a vida daqueles que nos ouvem? No texto bíblico que estudaremos nesta lição, o capítulo 3 da Carta de Tiago, somos advertidos a respeito do poder e a responsabilidade do uso da língua. Tiago aborda a importância de controlar nossa língua e desenvolver uma elocução sadia que reflita nossa fé em Jesus Cristo.


I - A NECESSIDADE DE DOMINAR A LÍNGUA

1. A responsabilidade dos mestres com o que falam.

Tiago inicia o capítulo três com uma advertência para os professores (v. 1). Aqueles que ensinam são responsáveis por usar sua língua com sabedoria, pois suas palavras têm grande influência sobre os outros. A palavra grega para mestre é kyrios ou kurios, cujo significado também é “senhor". O mestre aqui é alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres dos homens, alguém que é qualificado para ensinar, trazendo a ideia de um rabino que possuía conhecimentos sobre a Lei.

Aqueles que ensinavam, nesse tempo. faziam de forma oral e seus insucessos estavam relacionados às palavras proferidas. O ato de ensinar está diretamente ligado à língua, à comunicação.


2. O poder da língua.

No versículo 2, Tiago afirma: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavras, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo." Ele explica que todos nós cometemos erros e destaca o dever que os crentes têm de controlar não apenas as palavras, mas também as ações.


3. Língua, um pequeno membro capaz de causar um grande impacto.

Tiago faz uso de uma ilustração para ampliara compreensão e o impacto da língua. Ele compara a língua ao freio que dirige um cavalo e ao leme que controla um navio (v. 4). Embora a língua seja um pequeno órgão do corpo humano, ela pode direcionar uma vida inteira para o bem ou para o mal. O ser humano, que é relativamente pequeno em porte e força, por meio do freio (um artefato muito pequeno), pode controlar um animal maior e mais forte, logo, tem condições de controlar sua boca. Da mesma forma, Tiago se utiliza da comparação com o leme. Grandes embarcações à vela, movidas pela força do vento, são guiadas por um pequeno leme. Assim, se o ser humano pode controlar o curso de uma grande embarcação com um pequeno leme, ele deve ser capaz de controlar a sua língua para que tenha um bom curso nos mares desta vida os quais precisamos atravessar.


SUBSÍDIO 1

“Tiago emprega duas metáforas para descrever a habilidade da língua em ‘refrear todo o corpo' — o freio nas bocas dos cavalos e o leme no navio. Nos dois exemplos, qualquer uma das menores partes é capaz de controlar a direção e as ações de todo conjunto. No entanto, a relação entre a língua e o resto do corpo é diferente daquela de um freio com o cavalo ou de um leme com o navio; ela não controla diretamente as ações de uma pessoa. Devido à imperfeita adaptação dessa analogia, alguns comentaristas sugeriram que Tiago está estendendo sua discussão ao papel dos professores da Igreja. É a língua’ do mestre que controla todo o ‘corpo’ da Igreja. Porém, a principal preocupação de Tiago nessa seção da carta está dirigida às atitudes individuais dos crentes, e não à vida coletiva da Igreja (uma questão que ele analisa em 5.13,20).


Assim sendo, é possível que esteja pretendendo que suas metáforas sejam estendidas dentro de um sentido mais amplo. Pode ainda estar fazendo uma ilustração da ideia dos ensinamentos de Jesus quando diz que ‘do que há em abundância no coração, disso fala a boca’ (Mt 12.34; Tg 3.10). onde o desejo do indeciso coração humano profere tanto a bênção quanto a maldição).”

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2.4 ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009. PP 873-74 )


II - OS PERIGOS DE UMA LÍNGUA DESCONTROLADA

1. A língua como fogo.

O freio dos cavalos, o Leme e a língua possuem as mesmas características: são pequenos, porém capazes de grandes feitos. Tiago também descreve a língua como um fogo, capaz de incendiar um grande bosque (v. 5). A ideia é mostrar que palavras podem causar danos enormes e duradouros. Você já deve ter ouvido nos noticiários os muitos males que as queimadas produzem para o meio ambiente, sendo até mesmo capazes de mudar o clima de uma determinada região. Os prejuízos são enormes para os ecossistemas e principalmente para o homem.


“Como um mundo de iniquidade", essa expressão significa uma profunda violação da lei e da justiça; injustiça de coração e vida. Como um fogo, a língua que professa iniquidade é perversa, está fora de controle e destrói tudo à sua volta.


A fala pode ser um instrumento para o bem, semeando a Palavra de Deus, como também para o mal, como por exemplo: mentir, difamar, alimentar o ódio, criar discórdias, incitar a luxúria etc. Muitos dos pecados que são cometidos têm sua origem na falta de controle da língua.


2. A inconsistência no falar.

No versículo 9, Tiago destaca a inconsistência da língua: “Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus." Esta dualidade mostra a necessidade de sermos consistentes em nossa fala, refletindo nossa fé em todas as circunstâncias.


As Sagradas Escrituras nos ensinam que as palavras adequadas, pronunciadas no momento certo e com a atitude correta, têm o potencial de gerar vida. Por outro lado, palavras inadequadas, proferidas no momento errado e com a atitude incorreta, podem trazer destruição (Pv 18.21).


3. A incapacidade de domar a língua.

Tiago afirma que "nenhum homem pode domar a língua" (v. 8). É um mal incontido, cheio de veneno mortal. O termo grego utilizado aqui é kakos que significa uma natureza perversa no modo de pensar, sentir e agir; pessoa desagradável, injuriosa, perniciosa, destrutiva, venenosa. A comparação é com uma víbora, cujo veneno é tão mortal quanto os insultos, calúnias, maledicência e mentiras. Embora difícil, o controle da língua é essencial para evitar as armadilhas do mal e para se viver uma vida piedosa.

Esse controle só é possível mediante a ação do Espírito Santo em nós.


Neste capítulo, é destacada a contradição quanto ao uso da língua por algumas pessoas, pois ao mesmo tempo em que louvam a Deus, também amaldiçoam o próximo, que são feitos à semelhança de Deus (v. 9). Tiago mostra aos irmãos(as) que tal atitude não deve existir entre os crentes, pois fomos chamados a utilizar nossas palavras para edificação e não para maldição.


Considerando que as palavras possuem o poder tanto de gerar vida quanto de causar morte, elas são prejudiciais e contaminam aquele que as pronunciam e aos que ouvem. Um dia teremos que prestar contas de todas as palavras ociosas que proferirmos (Mt 12.36). Em tempos de redes sociais, essa orientação de Tiago é fundamental. Não são poucos os que se utilizam delas para destilarem seus "venenos", fruto de um coração cheio de perversidade.


PENSE!

É possível domara nossa língua e ter uma linguagem sadia?

PONTO IMPORTANTE!

É possível com a ajuda do Espírito Santo em nós.


SUBSÍDIO 2

Professor (a), converse com seus alunos explicando que “as pessoas se revelam aos outros pela maneira como usam suas línguas. O problema não está na boca, mas no coração — a pessoa, lá no fundo de nós. Jesus ensinou, “o homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45)- Da mesma maneira como um balde extrai água de um poço, também a língua mergulha e extrai o que quer que esteja enchendo o coração. Se a fonte está limpa, isso é o que a língua transmite. Se está contaminada, a língua evidenciará isso."

(Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 83.)

III - CARACTERÍSTICAS DE UMA LINGUAGEM SADIA E IRREPREENSÍVEL

1. A fala que edifica.

Tiago enfatiza o poder e a responsabilidade que acompanham o uso da língua. Somos advertidos a possuir uma linguagem sadia para edificar e encorajar os outros. Escrevendo aos crentes de Éfeso, Paulo também enfatiza esse ensino afirmando que: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem" (Ef 4.29). Nossas palavras devem ser construtivas e benéficas.


Com a língua, pode-se bendizer e amaldiçoar, contudo não somos chamados para amaldiçoar ninguém, e sim para apregoar a Palavra de Deus. Que venhamos usar nossas palavras para a edificação, exortação e consolo dos que nos ouvem. Use a sua boca, os seus lábios como uma ferramenta poderosa para edificar sua igreja e promover o bem-estar seu e dos irmãos (as). Desenvolva uma linguagem sadia que ajude outros jovens a crescerem em fé e a buscarem uma vida mais alinhada com os princípios cristãos.


2. Palavras de sabedoria.

Precisamos demonstrar sabedoria por meio da nossa conduta e, especificamente, através das nossas palavras. Uma linguagem sábia é aquela que reflete o conhecimento que vem do alto, logo ela é pura, pacífica, amável, complacente, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera (v. 17).


Essa sabedoria deve permear nossas conversas diárias para que sejam construtivas e que promovam a paz e a justiça. A sabedoria divina é prática e se reflete não apenas em nossos pensamentos, mas em nossa fala e atitudes. Somos desafiados a mostrar a sabedoria por meio de boas ações, realizadas com mansidão. Uma língua controlada reflete a sabedoria divina e a presença do Espírito Santo em nossa vida.


3. Reflexo da fé em Cristo.

Nossa fala deve ser um reflexo da nossa fé em Cristo. O crente deve se comunicar de modo a evidenciar sua fé em Jesus, sendo sempre cheia de graça e verdade, evitando gírias, palavrões etc. (Cl 4.6).


Nossas palavras são um reflexo daquilo que temos em nossos corações. A fé sem um uso responsável e amoroso da língua é uma fé incompleta. Nossas palavras devem ser um testemunho vivo de nossa crença em Cristo, evidenciando o Fruto do Espírito (Gl 5.22-23). Quando nossas palavras são coerentes com a fé que professamos, elas se tornam ferramentas de evangelismo e testemunho, atraindo outros para Cristo.


PENSE!

Como posso garantir que as minhas palavras reflitam minha fé e edifiquem os que me ouvem?

PONTO IMPORTANTE!

As palavras têm poder e precisam ser usadas com sabedoria e responsabilidade para edificar e não destruir.


CONCLUSÃO

A Carta de Tiago nos adverte sobre o imenso poder da língua e a necessidade de controlá-la para evitar danos à nossa vida e à do próximo. Uma linguagem saudável edifica, é cheia de sabedoria e reflete nossa fé em Cristo. Como cristãos, somos chamados a usar nossas palavras para glorificar a Deus e edificar os outros, demonstrando autenticidade em nossa fé por meio de uma comunicação verdadeira e amorosa. Ao cultivar uma linguagem irrepreensível, mostramos ao mundo a transformação que Cristo opera em nossas vidas.


HORA DA REVISÃO

1. A advertência de Tiago 3.1 é para qual grupo?

Tiago inicia o capítulo três com uma advertência para os professores.

2. Qual é a palavra grega utilizada para "mestre" e o seu significado?

A palavra grega para mestre ê kyrios ou kurios. cujo significado também é “senhor".

3. Quais são as figuras que Tiago utiliza para ilustrar o impacto da língua?

Ele compara a língua ao freio que dirige um cavalo e ao leme que controla um navio (v. 4).

4. Qual o significado da expressão "como um mundo de iniquidade”?

“Como um mundo de iniquidade”, essa expressão significa uma profunda violação da lei e da justiça; injustiça de coração e vida.

5. De acordo com a lição, quais são as características de uma linguagem sábia?

Fala que edifica, palavras de sabedoria e reflexos da fé em Cristo.


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Lição 7 – Autenticidade e Sabedoria

Lições Bíblicas Jovens 1° trimestre 2025 CPAD | Comentarista: Eduardo Leandro

Lições Bíblicas Jovens 1° trimestre 2025 CPAD | Comentarista: Eduardo Leandro | Data da Aula:  16 de fevereiro 2025

TEXTO PRINCIPAL

"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo, a prudência." (Pv 9.10)

RESUMO DA LIÇÃO

A verdadeira sabedoria, proveniente de Deus, é comprovada por boas obras e promove paz e justiça.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA-FEIRA - Pv 2.6

O Senhor concede sabedoria

TERÇA-FEIRA - Pv 3-13

Feliz é o que encontra sabedoria

QUARTA-FEIRA - Ec 7.12

A sabedoria dá vida a quem a possui

QUINTA-FEIRA - 1Co 1.30

Cristo, foi feito sabedoria por nós

SEXTA-FEIRA - Pv 19.20

Ouça conselhos, seja sábio

SÁBADO - Cl 3.16

Que a sabedoria habite em vós

OBJETIVOS

1. COMPREENDER a necessidade da sabedoria autêntica;

2. EXPLICAR os frutos da sabedoria;

3. DESTACAR a humildade e a sabedoria do alto.

INTERAÇÃO

Prezado (a) professor(a), preparado (a) para aprender e ensinar mais uma lição? Hoje estudaremos a respeito das duas sabedorias apresentadas por Tiago — a que vem do alto e a terrena. Tiago dá início a este tema com a seguinte indagação: “Quem dentre vós é sábio e inteligente?" Atualmente vivemos na sociedade da informação, do conhecimento, mas seria este tipo de conhecimento a que Tiago se refere? Certamente que não. Ele estava exortando que o verdadeiro sábio é reconhecido por suas obras, ações. Parece que os destinatários da Carta estavam contaminados pelo orgulho do conhecimento. A altivez destes deu lugar à inveja amargurada, a ambição egoísta e a sentimentos facciosos. Estes sentimentos fazem parte da velha natureza e quem assim procede não tem comunhão com Deus nem a sabedoria que procede do alto.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), providencie cópias do quadro abaixo para os alunos. Distribua as cópias e introduza a lição com a seguinte indagação: “Quem dentre vós é sábio e inteligente?" Ouça os alunos com atenção. Em seguida explique que de acordo com os ensinos de Tiago, sábio é aquele que apresenta “bom trato com os outros" e "obras de mansidão".

Benefícios da sabedoria do alto

- É amorosa.

- Vida longa e próspera.

- É fiel.

- Tem o favor de Deus e das pessoas.

- Coloca Deus em primeiro lugar.

- Boa reputação.

- Sabe discernir o certo e o errado.

 Resultados da sabedoria terrena, animal e diabólica

- Orgulho.

- Inveja.

- Espírito faccioso.

- Perturbação.

- Ciúme.

- Obras perversas.

TEXTO BÍBLICO: Tiago 3.13-18

13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.

14 Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.

15 Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.

16 Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.

17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.

18 Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.


INTRODUÇÃO

A Carta de Tiago apresenta uma visão clara e prática da sabedoria, diferenciando a terrena da que vem do alto.

Nesta lição, veremos as características da verdadeira sabedoria e seus efeitos na vida dos crentes. Veremos também a definição de sabedoria e os frutos dela.

I - A SABEDORIA AUTÊNTICA

1. Demonstrada mediante as boas ações.

Você conhece alguém que se diz sábio mas, na verdade, age de forma tola? Infelizmente existem pessoas assim, por isso Tiago faz a seguinte pergunta: "Quem entre vós é sábio e inteligente?" Logo em seguida ele afirma: “Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria." Aprendemos aqui que a verdadeira sabedoria não se limita ao conhecimento intelectual, mas é demonstrada por meio de boas ações.

A sabedoria pode ser medida pelo caráter de uma pessoa. Assim como é possível identificar uma árvore pelo seu fruto, é possível avaliar a inteligência de alguém pela maneira como age. "Sabedoria e inteligência" são sinônimos neste texto, referindo-se à capacidade de viver bem, segundo os princípios bíblicos. Em outras palavras, sabedoria é o conhecimento posto em prática mediante as atitudes.

2. A sabedoria terrena.

Nos versículos 14 e 15, Tiago faz um contraste entre a sabedoria terrena e a divina. Ele descreve a sabedoria terrena como cheia de “inveja amarga e sentimento faccioso", logo ela não procede de Deus, mas é humana e diabólica. Esse tipo de conhecimento leva à desordem e ao caos. O apóstolo Paulo diz claramente que “Deus não é Deus de confusão" (1 Co 14.33). Tiago reforça esse ensino afirmando que onde há invejas e disputas, Deus não está presente.

3. Origem da sabedoria divina.

Tiago mostra que a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, amável, complacente, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera (v. 17). Ela tem sua origem em Deus e reflete seu caráter santo e amoroso.

Nós podemos atrelar a sabedoria que vem do alto (de Deus) com o fruto do Espírito que Paulo apresenta em Gálatas 5.22.


SUBSÍDIO 1

Sabedoria diabólica - Essa falsa ‘sabedoria’ é, principalmente, ‘diabólica’ (no grego daimoniodes. literalmente ‘demoníaca’. Utilizando este termo, Tiago não está dizendo que ela seja 'do demônio’, no sentindo de ter se originado dele, mas que é ‘demoníaca’ em sua qualidade. Essa assim chamada ‘sabedoria’ tem sua verdadeira natureza exposta pelo fato de resultar em ‘perturbação e toda obra perversa’ (v. 16). Ao invés de ser uma ‘sabedoria’ genuína, é simplesmente igual a mesma ‘concupiscência’ que ‘dá à luz o pecado’ (Tg 1.14.15). a respeito do qual Tiago anteriormente já preveniu seus leitores.

O retrato que Tiago nos oferece daquilo que é considerado como ‘sabedoria’ pela maioria das pessoas é bastante perturbador, mas precisamos ser cuidadosos para não entendermos sua linguagem erroneamente. Ele não está sugerindo que não exista qualquer coisa boa na humanidade. O problema com essa sabedoria 'terrena, animal e diabólica’ é que tem sua origem na alma humana. Sendo assim, participa dos desejos divididos dos ‘inconstantes’; é capaz de fazer o bem, mas também de muitas vezes levar a ‘toda obra perversa"

(Comentário Bíblico Pentecostol Novo Testamento. Vol. 2.4. ed. Rio de Janeiro. CPAD, 2009, p. 876 )

O Deus que Pisou na Terra

II - FRUTOS DA SABEDORIA AUTÊNTICA

1. Paz e justiça.

"Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz (v.18)." Ao contrário da sabedoria do mundo, a divina promove a paz e resulta em justiça. Crentes que buscam adquirir esse tipo de inteligência procuram criar ambientes de harmonia e justiça na igreja, na família e no ambiente corporativo.

É importante ressaltar que em Mateus 5.9, Jesus afirma que os pacificadores serão chamados de filhos de Deus. Estes são os que procuram unir as pessoas para que alcancem harmonia e paz. Uma colheita justa, conforme nos diz Tiago, é semeada pelos pacificadores.

Tiago mostra que não é possível produzir justiça onde impera a amargura e o egoísmo, pois a justiça é alcançada na paz.

2. Amor e bondade.

A sabedoria do alto é “cheia de misericórdia e bons frutos" (v. 17) e nos capacita a agir de maneira que o amor de Deus e o seu caráter sejam revelados em nossas ações. A misericórdia, nesse contexto, vai além da compaixão; ela se manifesta em ações concretas que beneficiam os outros.

A sabedoria celestial não é apenas teórica, mas prática e visível por meio de atos de bondade. Jesus ensinou sobre a importância da misericórdia, dizendo: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (Mt 5.7). A sabedoria de Deus nos impulsiona a ajudar os necessitados, perdoar os que nos ofenderam e ser um canal de bênçãos para os outros.

3. Sinceridade e imparcialidade.

A sabedoria autêntica é "imparcial e sincera" (v.17). Isso significa que ela não é tendenciosa ou hipócrita, mas sim honesta e justa em todas as circunstâncias. Essa sabedoria promove a integridade e a equidade nas relações entre os seres humanos.

Ser imparcial implica tratar todos com justiça, independentemente de posição social ou riqueza. A sabedoria que vem do alto rejeita favoritismos e discriminações, promovendo um tratamento justo e igualitário para todos.

A sinceridade, ou pureza de coração, é uma qualidade que reflete a integridade. Jesus valorizou a sinceridade, dizendo: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" (Mt 5.8). A sabedoria divina nos chama a viver sem duplicidade, sendo autênticos em nossas palavras e ações. A sinceridade constrói confiança e fortalece as relações, pois as pessoas sabem que podem contar com a nossa honestidade e transparência.

SUBSÍDIO 2

“As ações revelam as origens da sabedoria (3.13-18) - Esse capítulo começa com Tiago prevenindo contra a soberba de sermos ensinadores, e pode estar ampliando esse conceito nos versos 13 e 14. A maneira mais adequada de demonstrar que alguém é ‘sábio e inteligente' não é simplesmente colocar-se à frente dos semelhantes e discursar sobre seus conhecimentos, mas através de mostrar pelo seu bom trato, as suas obras de mansidão de sabedoria’. A verdadeira sabedoria espiritual somente poderá ser demonstrada através da consistência entre palavras e obras, uma consistência que não só expressa a vontade de Deus, mas que também pratica essa vontade no mundo. Se a motivação que leva alguém a ser um ensinador for ‘amarga inveja e sentimento faccioso', mostrará que seus desejos interiores, em seu coração, ainda estão divididos e que ela ainda não aceitou a ‘sabedoria’ como um dom de Deus. Gabar-se de sua sabedoria’, como sendo uma conquista pessoal, é o mesmo que iludir a si próprio e ‘mentir contra a verdade’.’

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2.4 ed Rio de Janeiro, CPAD, 2009, P 875 )


III - HUMILDADE E SABEDORIA DO ALTO

1. Reconhecimento da fragilidade humana.

A sabedoria divina nos faz reconhecer nossa fragilidade e dependência do Senhor. Ela não promove arrogância, mas leva à humildade, reconhecendo que todo conhecimento e habilidade vêm do alto, do Eterno. Como criaturas somos finitos e falíveis, suscetíveis ao erro e limitados, entretanto Deus é Onipotente, Onisciente e Perfeito. Tal verdade nos leva a uma postura de humildade e reverência, sabendo que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). É por meio do entendimento dessa verdade que reconhecemos que precisamos da graça e misericórdia de Deus. A sabedoria que procede do Senhor nos faz perceber que todas as nossas capacidades e realizações são dádivas de Deus. Tiago nos lembra que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes" (Tg 1.17). Ao reconhecer isso, nossa postura deve ser de gratidão e dependência contínua de Deus, evitando a soberba que, frequentemente, acompanha o conhecimento humano.

2. A aceitação dos limites pessoais.

Tiago 3.13 fala de "mansidão de sabedoria", sugerindo que a verdadeira sabedoria nos ensina a aceitar nossos limites e a viver de maneira modesta. Isso evita a arrogância e nos leva a viver de modo mais equilibrado.

Jesus, em Mateus 11.29, convida-nos a aprender dEle, que é "manso e humilde de coração." Essa mansidão reflete uma aceitação serena dos próprios limites e uma disposição para servir aos outros sem buscar reconhecimento ou glória pessoal.

3. Dependência de Deus.

Aquele que é sábio reconhece a sua dependência do Criador em todas as áreas da vida. Quem realmente vive de forma inteligente, busca a orientação divina antes de tomar qualquer decisão e, assim, desenvolve um relacionamento íntimo com Deus. Em Tiago 1.5, somos encorajados a pedir sabedoria a Deus, que a dá liberalmente. Reconhecer nossa necessidade de orientação divina nos mantêm humildes e prontos para receber os ensinos do Espírito Santo. Assim, seja humilde reconhecendo diariamente sua necessidade de Deus, e cultive um relacionamento íntimo com Ele através da leitura regular da Bíblia, da prática da oração e jejum.


SUBSÍDIO 3

Professor (a), inicie o tópico fazendo as seguintes perguntas: "O que a sabedoria divina nos faz reconhecer?" "Quais os benefícios de adquirir a sabedoria autêntica?" Incentive a participação dos alunos, em especial os mais tímidos que sentem mais dificuldades em participar ativamente da aula. Ouça os alunos com atenção e explique "o homem transmite conhecimento. Deus dá sabedoria. O conhecimento nos vem com a educação, seja absorvendo o que os mais educados têm a dizer, seja simplesmente reunindo informações aqui e ali, no caminho da vida. Mas e quanto à sabedoria que vem do alto? Como você já sabe, não há curso, não há escola, não há banco de dados na terra onde possamos acessar a sabedoria. Diga aos alunos(as) que uma pessoa pode adquirir conhecimento, e ainda assim estar distante do Deus vivo. Mas os que são sábios conhecem o Senhor Deus, pela fé no seu Filho, Jesus Cristo, e também o consideram com reverência e respeito. O ‘temor do Senhor’ ainda é o princípio da sabedoria, bem como o mais fiel indicador da sua presença na vida de uma pessoa."

(Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 834.)

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que é preciso buscar a sabedoria divina e que essa sabedoria é demonstrada por meio de ações. Ela promove paz e justiça, e é caracterizada por: amor, bondade, sinceridade e imparcialidade. Além disso, essa sabedoria nos conduz à humildade, reconhecimento de nossa fragilidade e dependência de Deus. Como cristãos, somos chamados a buscar a sabedoria divina, permitindo que ela transforme nossas vidas de maneira que venhamos a refletir o caráter de Cristo.


HORA DA REVISÃO

1.Como podemos demonstrar a verdadeira sabedoria?

Por meio de boas ações.

2. De acordo com a lição, o que é sabedoria?

“Sabedoria e inteligência", são sinônimos referindo-se à capacidade de viver bem, segundo os princípios bíblicos. Em outras palavras, sabedoria é o conhecimento posto em prática mediante as atitudes.

3. Quais são os "frutos" da sabedoria?

Paz, justiça, amor, bondade, sinceridade e imparcialidade.

4. O que a sabedoria divina nos faz reconhecer?

A sabedoria divina nos faz reconhecer nossa fragilidade e dependência do Senhor.

5. O que Tiago 1.5 nos encoraja a pedir?

Em Tiago 1.5, somos encorajados a pedir sabedoria a Deus, que a dá liberalmente.

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