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Revista Cristão Alerta – Edição 21 | 2° Trimestre 2025: O Verbo se Fez Carne

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Lição 7 – Autenticidade e Sabedoria

Lições Bíblicas Jovens 1° trimestre 2025 CPAD | Comentarista: Eduardo Leandro

Lições Bíblicas Jovens 1° trimestre 2025 CPAD | Comentarista: Eduardo Leandro | Data da Aula:  16 de fevereiro 2025

TEXTO PRINCIPAL

"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo, a prudência." (Pv 9.10)

RESUMO DA LIÇÃO

A verdadeira sabedoria, proveniente de Deus, é comprovada por boas obras e promove paz e justiça.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA-FEIRA - Pv 2.6

O Senhor concede sabedoria

TERÇA-FEIRA - Pv 3-13

Feliz é o que encontra sabedoria

QUARTA-FEIRA - Ec 7.12

A sabedoria dá vida a quem a possui

QUINTA-FEIRA - 1Co 1.30

Cristo, foi feito sabedoria por nós

SEXTA-FEIRA - Pv 19.20

Ouça conselhos, seja sábio

SÁBADO - Cl 3.16

Que a sabedoria habite em vós

OBJETIVOS

1. COMPREENDER a necessidade da sabedoria autêntica;

2. EXPLICAR os frutos da sabedoria;

3. DESTACAR a humildade e a sabedoria do alto.

INTERAÇÃO

Prezado (a) professor(a), preparado (a) para aprender e ensinar mais uma lição? Hoje estudaremos a respeito das duas sabedorias apresentadas por Tiago — a que vem do alto e a terrena. Tiago dá início a este tema com a seguinte indagação: “Quem dentre vós é sábio e inteligente?" Atualmente vivemos na sociedade da informação, do conhecimento, mas seria este tipo de conhecimento a que Tiago se refere? Certamente que não. Ele estava exortando que o verdadeiro sábio é reconhecido por suas obras, ações. Parece que os destinatários da Carta estavam contaminados pelo orgulho do conhecimento. A altivez destes deu lugar à inveja amargurada, a ambição egoísta e a sentimentos facciosos. Estes sentimentos fazem parte da velha natureza e quem assim procede não tem comunhão com Deus nem a sabedoria que procede do alto.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), providencie cópias do quadro abaixo para os alunos. Distribua as cópias e introduza a lição com a seguinte indagação: “Quem dentre vós é sábio e inteligente?" Ouça os alunos com atenção. Em seguida explique que de acordo com os ensinos de Tiago, sábio é aquele que apresenta “bom trato com os outros" e "obras de mansidão".

Benefícios da sabedoria do alto

- É amorosa.

- Vida longa e próspera.

- É fiel.

- Tem o favor de Deus e das pessoas.

- Coloca Deus em primeiro lugar.

- Boa reputação.

- Sabe discernir o certo e o errado.

 Resultados da sabedoria terrena, animal e diabólica

- Orgulho.

- Inveja.

- Espírito faccioso.

- Perturbação.

- Ciúme.

- Obras perversas.

TEXTO BÍBLICO: Tiago 3.13-18

13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.

14 Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.

15 Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.

16 Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.

17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.

18 Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.


INTRODUÇÃO

A Carta de Tiago apresenta uma visão clara e prática da sabedoria, diferenciando a terrena da que vem do alto.

Nesta lição, veremos as características da verdadeira sabedoria e seus efeitos na vida dos crentes. Veremos também a definição de sabedoria e os frutos dela.

I - A SABEDORIA AUTÊNTICA

1. Demonstrada mediante as boas ações.

Você conhece alguém que se diz sábio mas, na verdade, age de forma tola? Infelizmente existem pessoas assim, por isso Tiago faz a seguinte pergunta: "Quem entre vós é sábio e inteligente?" Logo em seguida ele afirma: “Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria." Aprendemos aqui que a verdadeira sabedoria não se limita ao conhecimento intelectual, mas é demonstrada por meio de boas ações.

A sabedoria pode ser medida pelo caráter de uma pessoa. Assim como é possível identificar uma árvore pelo seu fruto, é possível avaliar a inteligência de alguém pela maneira como age. "Sabedoria e inteligência" são sinônimos neste texto, referindo-se à capacidade de viver bem, segundo os princípios bíblicos. Em outras palavras, sabedoria é o conhecimento posto em prática mediante as atitudes.

2. A sabedoria terrena.

Nos versículos 14 e 15, Tiago faz um contraste entre a sabedoria terrena e a divina. Ele descreve a sabedoria terrena como cheia de “inveja amarga e sentimento faccioso", logo ela não procede de Deus, mas é humana e diabólica. Esse tipo de conhecimento leva à desordem e ao caos. O apóstolo Paulo diz claramente que “Deus não é Deus de confusão" (1 Co 14.33). Tiago reforça esse ensino afirmando que onde há invejas e disputas, Deus não está presente.

3. Origem da sabedoria divina.

Tiago mostra que a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, amável, complacente, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera (v. 17). Ela tem sua origem em Deus e reflete seu caráter santo e amoroso.

Nós podemos atrelar a sabedoria que vem do alto (de Deus) com o fruto do Espírito que Paulo apresenta em Gálatas 5.22.


SUBSÍDIO 1

Sabedoria diabólica - Essa falsa ‘sabedoria’ é, principalmente, ‘diabólica’ (no grego daimoniodes. literalmente ‘demoníaca’. Utilizando este termo, Tiago não está dizendo que ela seja 'do demônio’, no sentindo de ter se originado dele, mas que é ‘demoníaca’ em sua qualidade. Essa assim chamada ‘sabedoria’ tem sua verdadeira natureza exposta pelo fato de resultar em ‘perturbação e toda obra perversa’ (v. 16). Ao invés de ser uma ‘sabedoria’ genuína, é simplesmente igual a mesma ‘concupiscência’ que ‘dá à luz o pecado’ (Tg 1.14.15). a respeito do qual Tiago anteriormente já preveniu seus leitores.

O retrato que Tiago nos oferece daquilo que é considerado como ‘sabedoria’ pela maioria das pessoas é bastante perturbador, mas precisamos ser cuidadosos para não entendermos sua linguagem erroneamente. Ele não está sugerindo que não exista qualquer coisa boa na humanidade. O problema com essa sabedoria 'terrena, animal e diabólica’ é que tem sua origem na alma humana. Sendo assim, participa dos desejos divididos dos ‘inconstantes’; é capaz de fazer o bem, mas também de muitas vezes levar a ‘toda obra perversa"

(Comentário Bíblico Pentecostol Novo Testamento. Vol. 2.4. ed. Rio de Janeiro. CPAD, 2009, p. 876 )

O Deus que Pisou na Terra

II - FRUTOS DA SABEDORIA AUTÊNTICA

1. Paz e justiça.

"Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz (v.18)." Ao contrário da sabedoria do mundo, a divina promove a paz e resulta em justiça. Crentes que buscam adquirir esse tipo de inteligência procuram criar ambientes de harmonia e justiça na igreja, na família e no ambiente corporativo.

É importante ressaltar que em Mateus 5.9, Jesus afirma que os pacificadores serão chamados de filhos de Deus. Estes são os que procuram unir as pessoas para que alcancem harmonia e paz. Uma colheita justa, conforme nos diz Tiago, é semeada pelos pacificadores.

Tiago mostra que não é possível produzir justiça onde impera a amargura e o egoísmo, pois a justiça é alcançada na paz.

2. Amor e bondade.

A sabedoria do alto é “cheia de misericórdia e bons frutos" (v. 17) e nos capacita a agir de maneira que o amor de Deus e o seu caráter sejam revelados em nossas ações. A misericórdia, nesse contexto, vai além da compaixão; ela se manifesta em ações concretas que beneficiam os outros.

A sabedoria celestial não é apenas teórica, mas prática e visível por meio de atos de bondade. Jesus ensinou sobre a importância da misericórdia, dizendo: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (Mt 5.7). A sabedoria de Deus nos impulsiona a ajudar os necessitados, perdoar os que nos ofenderam e ser um canal de bênçãos para os outros.

3. Sinceridade e imparcialidade.

A sabedoria autêntica é "imparcial e sincera" (v.17). Isso significa que ela não é tendenciosa ou hipócrita, mas sim honesta e justa em todas as circunstâncias. Essa sabedoria promove a integridade e a equidade nas relações entre os seres humanos.

Ser imparcial implica tratar todos com justiça, independentemente de posição social ou riqueza. A sabedoria que vem do alto rejeita favoritismos e discriminações, promovendo um tratamento justo e igualitário para todos.

A sinceridade, ou pureza de coração, é uma qualidade que reflete a integridade. Jesus valorizou a sinceridade, dizendo: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" (Mt 5.8). A sabedoria divina nos chama a viver sem duplicidade, sendo autênticos em nossas palavras e ações. A sinceridade constrói confiança e fortalece as relações, pois as pessoas sabem que podem contar com a nossa honestidade e transparência.

SUBSÍDIO 2

“As ações revelam as origens da sabedoria (3.13-18) - Esse capítulo começa com Tiago prevenindo contra a soberba de sermos ensinadores, e pode estar ampliando esse conceito nos versos 13 e 14. A maneira mais adequada de demonstrar que alguém é ‘sábio e inteligente' não é simplesmente colocar-se à frente dos semelhantes e discursar sobre seus conhecimentos, mas através de mostrar pelo seu bom trato, as suas obras de mansidão de sabedoria’. A verdadeira sabedoria espiritual somente poderá ser demonstrada através da consistência entre palavras e obras, uma consistência que não só expressa a vontade de Deus, mas que também pratica essa vontade no mundo. Se a motivação que leva alguém a ser um ensinador for ‘amarga inveja e sentimento faccioso', mostrará que seus desejos interiores, em seu coração, ainda estão divididos e que ela ainda não aceitou a ‘sabedoria’ como um dom de Deus. Gabar-se de sua sabedoria’, como sendo uma conquista pessoal, é o mesmo que iludir a si próprio e ‘mentir contra a verdade’.’

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2.4 ed Rio de Janeiro, CPAD, 2009, P 875 )


III - HUMILDADE E SABEDORIA DO ALTO

1. Reconhecimento da fragilidade humana.

A sabedoria divina nos faz reconhecer nossa fragilidade e dependência do Senhor. Ela não promove arrogância, mas leva à humildade, reconhecendo que todo conhecimento e habilidade vêm do alto, do Eterno. Como criaturas somos finitos e falíveis, suscetíveis ao erro e limitados, entretanto Deus é Onipotente, Onisciente e Perfeito. Tal verdade nos leva a uma postura de humildade e reverência, sabendo que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). É por meio do entendimento dessa verdade que reconhecemos que precisamos da graça e misericórdia de Deus. A sabedoria que procede do Senhor nos faz perceber que todas as nossas capacidades e realizações são dádivas de Deus. Tiago nos lembra que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes" (Tg 1.17). Ao reconhecer isso, nossa postura deve ser de gratidão e dependência contínua de Deus, evitando a soberba que, frequentemente, acompanha o conhecimento humano.

2. A aceitação dos limites pessoais.

Tiago 3.13 fala de "mansidão de sabedoria", sugerindo que a verdadeira sabedoria nos ensina a aceitar nossos limites e a viver de maneira modesta. Isso evita a arrogância e nos leva a viver de modo mais equilibrado.

Jesus, em Mateus 11.29, convida-nos a aprender dEle, que é "manso e humilde de coração." Essa mansidão reflete uma aceitação serena dos próprios limites e uma disposição para servir aos outros sem buscar reconhecimento ou glória pessoal.

3. Dependência de Deus.

Aquele que é sábio reconhece a sua dependência do Criador em todas as áreas da vida. Quem realmente vive de forma inteligente, busca a orientação divina antes de tomar qualquer decisão e, assim, desenvolve um relacionamento íntimo com Deus. Em Tiago 1.5, somos encorajados a pedir sabedoria a Deus, que a dá liberalmente. Reconhecer nossa necessidade de orientação divina nos mantêm humildes e prontos para receber os ensinos do Espírito Santo. Assim, seja humilde reconhecendo diariamente sua necessidade de Deus, e cultive um relacionamento íntimo com Ele através da leitura regular da Bíblia, da prática da oração e jejum.


SUBSÍDIO 3

Professor (a), inicie o tópico fazendo as seguintes perguntas: "O que a sabedoria divina nos faz reconhecer?" "Quais os benefícios de adquirir a sabedoria autêntica?" Incentive a participação dos alunos, em especial os mais tímidos que sentem mais dificuldades em participar ativamente da aula. Ouça os alunos com atenção e explique "o homem transmite conhecimento. Deus dá sabedoria. O conhecimento nos vem com a educação, seja absorvendo o que os mais educados têm a dizer, seja simplesmente reunindo informações aqui e ali, no caminho da vida. Mas e quanto à sabedoria que vem do alto? Como você já sabe, não há curso, não há escola, não há banco de dados na terra onde possamos acessar a sabedoria. Diga aos alunos(as) que uma pessoa pode adquirir conhecimento, e ainda assim estar distante do Deus vivo. Mas os que são sábios conhecem o Senhor Deus, pela fé no seu Filho, Jesus Cristo, e também o consideram com reverência e respeito. O ‘temor do Senhor’ ainda é o princípio da sabedoria, bem como o mais fiel indicador da sua presença na vida de uma pessoa."

(Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 834.)

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que é preciso buscar a sabedoria divina e que essa sabedoria é demonstrada por meio de ações. Ela promove paz e justiça, e é caracterizada por: amor, bondade, sinceridade e imparcialidade. Além disso, essa sabedoria nos conduz à humildade, reconhecimento de nossa fragilidade e dependência de Deus. Como cristãos, somos chamados a buscar a sabedoria divina, permitindo que ela transforme nossas vidas de maneira que venhamos a refletir o caráter de Cristo.


HORA DA REVISÃO

1.Como podemos demonstrar a verdadeira sabedoria?

Por meio de boas ações.

2. De acordo com a lição, o que é sabedoria?

“Sabedoria e inteligência", são sinônimos referindo-se à capacidade de viver bem, segundo os princípios bíblicos. Em outras palavras, sabedoria é o conhecimento posto em prática mediante as atitudes.

3. Quais são os "frutos" da sabedoria?

Paz, justiça, amor, bondade, sinceridade e imparcialidade.

4. O que a sabedoria divina nos faz reconhecer?

A sabedoria divina nos faz reconhecer nossa fragilidade e dependência do Senhor.

5. O que Tiago 1.5 nos encoraja a pedir?

Em Tiago 1.5, somos encorajados a pedir sabedoria a Deus, que a dá liberalmente.

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Lição 13: A multiforme Sabedoria de Deus

🎯 Lições Bíblicas Adultos 2º trimestre de 2021, CPAD

🎯 Assunto: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário

🎯 Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Data da aula: 27 de Junho de 2021

TEXTO ÁUREO

“Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.” (Ef 3.10)

 

VERDADE PRÁTICA

A multiforme sabedoria de Deus vai além da compreensão humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de Cristo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Pv 2.6

Deus dá sabedoria

Terça - Pv 9.10

O princípio da sabedoria

Quarta - Rm 11.33

A insondável sabedoria divina

Quinta - Rm 11.34-36

Quem compreendeu o intento divino

Sexta - 1 Co 1.24

Cristo, a Sabedoria de Deus

Sábado - Ef 1.17

O espírito de sabedoria e revelação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Pedro 4.7-19: Efésios 3.8-10

Efésios 3

8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo

 

9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;

10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,

1 Pedro 4

7 - E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.

8 - Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados,

9 - sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações.

10 - Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

HINOS SUGERIDOS: 10, 330, 440 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Mostrar o caráter multiforme da sabedoria divina.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Explicar o caráter diverso dos dons espirituais e ministeriais;

Elencar as qualidades dos bons despenseiros dos mistérios divinos;

Correlacionar os dons espirituais com o fruto do Espírito.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Uma das coisas mais maravilhosas quando estudamos a teologia da Santíssima Trindade é identificar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão em pleno relacionamento numa unidade perfeita. 

 

É isto mesmo! A Santíssima Trindade mostra-nos uma perfeita unidade. Portanto, não poderíamos esperar outra forma de Deus agir pela Igreja, se não pela expressão da sua multiforme sabedoria em trabalhar no mundo através do Corpo de Cristo. Para isso, Deus disponibilizou ao seu povo dons de revelação, dons de poder, dons de expressão e dons ministeriais. Que o Senhor nos use como instrumentos em suas mãos.


INTRODUÇÃO

O Altíssimo revelou para a Igreja um mistério oculto desde a fundação do mundo. Pelo Espírito Santo, o Senhor trouxe luz para o seu povo usando os “seus santos apóstolos e profetas” para mostrar que esse mistério é Cristo em nós, a esperança da glória. Era a multiforme sabedoria do Pai manifestando-se para pessoas simples como eu e você.

PONTO CENTRAL

A multiforme sabedoria de divina se manifesta para pessoas simples.


I – OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS


1. São diversos.

Na passagem bíblica de 1 Coríntios 12.8-10 são mencionados nove dons do Espírito Santo. 

 

Há outros dons espirituais noutras passagens da Bíblia já mencionados em lições anteriores deste trimestre, como Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28-30; 1 Pedro 4.10,11 e Hebreus 2.4. São dons na esfera congregacional. Em Efésios 4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos dons espirituais na esfera ministerial da Igreja.  

 

2. São amplos.

A sabedoria de Deus é multiforme e plural. É manifesta em seus dons espirituais e ministeriais nas mais variadas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo.

 

3. Dádivas do Pai.

Outras excelentes dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos, são:

 

a) A dádiva do amor.

A grande manifestação de amor do Altíssimo para com a humanidade foi enviar o seu Filho Amado para salvar o mundo (Jo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que amemos aos nossos inimigos e ao próximo, isto é, qualquer ser humano carente da graça do Pai (Jo 1.14).

 

b) A dádiva da filiação divina.

Deus torna um filho das trevas em filho de Deus (Jo 1.12; 1 Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao encontro da pessoa, tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19).

 

c) O ministério da reconciliação.

O apóstolo Paulo explica o milagre da salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2 Co 5.19). Todo ser humano pode ter a esperança de salvação eterna, mas de salvação agora também. Quem está em Cristo é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2 Co 5.17). 


SÍNTESE DO TÓPICO I

Os dons espirituais e ministeriais são diversos e amplos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introduzir a última lição do trimestre reproduza na lousa o esquema da página seguinte. Em seguida, faça uma revisão dos assuntos tratados ao longo do trimestre. Cite e comente cada dom estudado. O propósito desta revisão é para que fique claro ao aluno o caráter múltiplo de Deus em lidar com a sua amada Igreja. Por isso, podemos perceber através dos estudos dos dons a multiforme sabedoria do Pai sobre o seu povo. Boa aula!

DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS

Dons de Revelação

Palavra de Sabedoria; Palavra da

Ciência; Discernimento de Espíritos.

Dons de Poder

Dom da Fé; Dons de Curar; Operação

de Maravilhas.

Dons de Expressão

Dom de Profecia; Variedade de

Línguas; Interpretação das Línguas.

Dons Ministeriais

Apóstolos; Profetas; Evangelistas;

Pastores; Doutores.


II – BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS


1. Com sobriedade e vigilância.

O despenseiro deve administrar a igreja local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para 

 

o rebanho. Paulo destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades indispensáveis ao exercício do ministério (1 Tm 3.2). Por isso, o apóstolo recomenda ao obreiro não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão, contenda e dissolução (1 Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do ministério dado por Deus.

 

2. Amor e hospitalidade.

Os despenseiros de Cristo têm um “ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1 Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar sabedoria e amor no trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1 Jo 3.16). Esta atitude é a verdadeira identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus (Jo 13.34,35). Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro, recomendado pelo apóstolo Pedro (1 Pe 4.9). Isso se torna possível para quem ama incondicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas as pessoas — crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo que o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).

 

3. O despenseiro deve administrar com fidelidade.

A graça derramada sobre os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10). Pregando, ensinando ou administrando o corpo de Cristo, tudo deve ser feito para a glória do Senhor, a quem realmente pertence a majestade e o poder (1 Pe 4.11). Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1; Cl 1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).


SÍNTESE DO TÓPICO II

Os bons despenseiros dos mistérios divinos devem apresentar sobriedade, vigilância, amor, hospitalidade e fidelidade ao Senhor.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Em virtude do fato de Paulo, Apolo e Pedro pertencerem aos crentes, os homens (gr. anthropos, ‘pessoas’, ‘humanidade’) devem considerá-los como servos de Cristo enviados por Ele para ajudá-los.


A Paulo, Apolo e Pedro  são confiados os ‘mistérios de Deus’ (que eram mistérios não revelados nos tempos do Antigo Testamento, mas que agora são revelados no Evangelho).


 A eles são confiados não para guardar ou proteger esses ‘mistérios’, mas para administrá-los a todos os crentes. Porque eles têm esta responsabilidade exige-se que sejam fiéis, ou seja, eles têm de entregar-se à obra de disseminar o Evangelho, apesar das dificuldades e das consequências.


Paulo foi incumbido pelo Senhor de administrar os segredos de Deus. Portanto, ele era responsável a Deus, não a algum tribunal humano com suas limitações humanas, e certamente não aos coríntios que o estavam julgando (examinando, investigando, criticando)” (HORTON, Stanley. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.46,45).


CONHEÇA MAIS

“O cap. 13 [de 1 Coríntios] é uma continuação do ensino de Paulo sobre os dons espirituais. Ele enfatiza, aqui, que ter dons espirituais sem amor (caridade), de nada adianta (vv.1-3). O ‘caminho ainda mais excelente’ (12.31) é o exercício de dons espirituais com amor (vv.4-8). O amor, sendo o único contexto em que os dons espirituais podem cumprir o propósito de Deus, deve ser o princípio predominante em todas as manifestações espirituais.” Para ler mais, consulte a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1759. 


III – OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO


1. A necessidade dos dons espirituais.

Os dons espirituais são indispensáveis à Igreja. Uma onda de frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na atualidade, 

 

as quais  não estão vivendo a real presença e o poder de Deus para salvar, batizar com Espírito Santo e curar enfermidades (Ap 3.15-20). Em tal estado, os dons do Espírito são ainda mais necessários. É no tempo de sequidão que precisamos buscar mais e mais a face do Senhor, rogando-lhe a manifestação dos dons espirituais para o despertamento espiritual dos crentes em Jesus (Hb 3.2).

 

2. Os dons espirituais e o amor cristão.

Paulo termina o capítulo sobre os dons espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31). Em seguida abre o capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor — 1 Coríntios 13. Como já dissemos, não é por acaso que o tema do amor (capítulo 13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los.

 

3. A necessidade do fruto do Espírito.

Uma vida cristã pautada pela perspectiva do fruto do Espírito (Gl 5.22) — o amor — é o que o nosso Pai Celestial quer à sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também ama o pecador. Cheia de dons espirituais, mas que também acolhe o doente. Zelosa da boa doutrina, mas em chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal” (1 Co 13.4,5). O caminho do amor é mais excelente que o dos dons espirituais (1 Co 12.31).

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

Os dons espirituais são ligados ao amor cristão, o mais autêntico fruto do Espírito.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Paulo havia elogiado os coríntios, a quem não faltavam nenhum dom espiritual (1 Co 1.7), e lhes mostrado a necessidade de apreciar a variedade dos dons e a unidade do corpo. Agora ele quer destacar ‘um caminho mais excelente’ para exercer os dons, o caminho do amor. Ele não sugere que os dons sejam inferiores ao fruto do Espírito (que inclui-se todo no amor). Nem quer dizer que os dons e as manifestações espirituais não sejam necessários se eles têm o amor. Embora o amor de Deus e o amor de Cristo sejam a fonte de nossa salvação e de tudo o que Deus tem para nós, o amor não é chamado de dom espiritual (um dos charismata). Tudo o que foi dito no capítulo 12 mostra que os dons são necessários para a vida e ministério cristãos. Mas em Corinto eles precisavam de correção. Os dons eram genuínos, mas em Corinto eles precisavam de correção. Os dons eram genuínos, mas os motivos dos crentes eram tudo o que deviam ser. Não nos esqueçamos de que Deus modelou este amor para nós ‘segundo sua pessoa e trabalho“ (HORTON, Stanley. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.124,25).


CONCLUSÃO

A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem usá-los com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesus.


PARA REFLETIR

A respeito de “A Multiforme Sabedoria de Deus”, responda:

Segundo a lição, quais são as dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos?

A dádiva do amor, a dádiva da filiação divina e o ministério da reconciliação.

Segundo o apóstolo Paulo quais habilidades são indispensáveis ao exercício do ministério (1 Tm 3.2)?

A sobriedade e a vigilância.

Como Paulo termina o capítulo sobre os dons espirituais?

Dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31).

Qual o caminho ainda mais excelente que os dons, segundo a lição?

O caminho do amor.

Sejam quais forem os dons, como aqueles que os possuem devem usá-los?

Com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas, sobretudo, o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons.

 

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