Lição 6: A Promessa de Cura Divina

4° trimestre 2024 CPAD

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato

TEXTO ÁUREO

‘‘Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós O reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. (Is 53-4)

VERDADE PRÁTICA

Jesus é o Médico dos médicos e não há enfermidade que Ele não possa curar.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 3.1-7,22-24

O pecado é a causa das doenças

Terça - Rm 3.9-12

O pecado corrompeu toda a natureza humana

Quarta - Gn 6.3,13; 2 Pe 2.5

Com o tempo, o homem passou a viver menos

Quinta - SI 90.10

O salmista mostra a expectativa de vida mais curta

Sexta - Rm 8.23

Aguardamos a redenção plena do nosso corpo

Sábado - Hb 13.8; Mc 5.35-43

Jesus não mudou, Ele cura sim

LEITURA BÍBLICA EM CALASSE:

Isaías 53.1-5; Mateus 8:14-17; Tiago 5:14,15

1 QUEM deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?

2 Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.

3 Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.

5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.


Mateus 8:14-17

15 E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.

16 E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos;

17 Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.


Tiago 5:14,15

14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;

15 E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

INTRODUÇÃO 

Na Cruz do Calvário, o Senhor Jesus realizou uma obra completa de salvação. Essa obra, efetivada por Ele, nos autoriza a clamar pela Cura Divina. Nesta lição, veremos que, no plano divino, o Senhor nosso Deus desejou curar o seu povo para o alívio do sofrimento. Esse plano ocorreu de maneira poderosa no ministério de Jesus, sendo consumado no poder da obra do Calvário. Jesus Cristo cura sim!


I - A PROMESSA BÍBLICA DA CURA DIVINA

1. A profecia messiânica de Isaías 53.

A profecia bíblica de Isaías 53 apresenta o Senhor Jesus como o Messias, o Cristo de Deus que foi pregado na Cruz do Calvário para a nossa redenção (Is 53.1-3). Dessa forma, a obra do Calvário foi operada de maneira completa, perfeita e plena, de modo que, além de ser redimido e liberto do império do pecado, o salvo também recebe cura das doenças por causa da obra do Calvário (Is 53.4,5). Sim, o nosso Senhor Jesus sofreu em nosso lugar tanto o sofrimento físico quanto espiritual e, por isso, a obra de Salvação é completa. Além disso, o evangelista confirma o cumprimento da profecia de Isaías no ministério de Jesus (Mt 8.17). Por isso, podemos afirmar que Jesus salva e cura.


2. O cumprimento profético no ministério de Jesus.

O texto bíblico de Mateus 8.14-17 apresenta o Senhor Jesus curando a sogra de Pedro. Em seguida, Ele recebe endemoninhados e enfermos, expulsando os demônios de quem estava escravizado pelos espíritos imundos e referiu a esse episódio da seguinte forma: “para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades Be levou as nossas doenças” (Mt 8.17). Esse relato mostra «w que o Plano de Salvação de Deus levava em conta também a cura divina dos enfermos.


3. Os ministros são chamados a orar e ungir os enfermos.

Ao longo do Novo Testamento, os apóstolos, os demais líderes e a Igreja Primitiva criam no poder curador do Senhor Jesus, de modo que o povo de Deus esperava receber a cura por meio da oração, acompanhada de unção com o azeite por parte dos ministros da igreja e, se fosse o caso, também acompanhada de confissão de pecados (Tg 5.14,15). Assim, cabe como responsabilidade dos ministros de Deus ungir os enfermos com azeite e orar com fé por eles. Quantos testemunhos mostram que o Senhor Jesus ainda cura, pois se trata de uma obra consumada no Calvário!


SINOPSE I

A obra de Cristo no Calvário foi operada de maneira completa, perfeita e plena, de modo que, além de ser redimido e liberto do império do pecado, o salvo também recebe a promessa da cura divina.

II - ORIGEM E CONSEQUÊNCIAS DAS DOENÇAS NO MUNDO

1. A origem das doenças no Éden.

A origem das doenças e suas trágicas consequências remontam ao ato de desobediência dos nossos primeiros pais, conforme relatado em Gênesis 3. O pecado do ser humano fez com que as enfermidades surgissem, acompanhada de dor, sofrimento e morte. Por isso, conforme apresentamos no primeiro tópico, a doutrina bíblica da Cura Divina tem como a base a obra do Calvário, pois, de acordo com a Bíblia, a verdadeira causa do advento das doenças é o pecado (Gn 3.1-7,22-24).


2. A consequência do advento da doença.

O pecado corrompeu todas as áreas da natureza humana (Rm 3.9-12). Assim, uma das principais consequências do pecado, bem como do advento das doenças, foi a diminuição do tempo de vida do ser humano. A Bíblia revela que Adão viveu 930 anos; Sete, 912 anos; Enos, 905 anos; a idade de outros importantes personagens bíblico foi com o tempo, diminuindo (Gn 5.1-32). Ao anunciar o Dilúvio para Noé, Deus demarcou o limite da vida humana aos 120 anos (Gn 6.3,13; 2 Pe 2.5). O Salmo 90 afirma uma expectativa de vida mais curta: “A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos” (SI 90.10). O fato é que com o pecado e o advento das doenças o ser humano teve o tempo de sua vida diminuído.


3. A proliferação de doenças.

Ao longo da história humana, presenciamos a proliferação de diversas doenças. Basicamente, podemos classificá-las em duas ordens de existências: a física e a mental. De ordem física, temos as doenças cardíacas, a diabetes, o câncer, dentre outras, que ceifam muitas vidas. De ordem mental, temos o Alzheimer, a depressão (que gera suicídio), diversos outros transtornos e demências. Essas e outras doenças afetam muitos de nossos irmãos em Cristo, pois os crentes não estão imunes a elas. Infelizmente, muitos incautos são ludibriados com falsas promessas de curas e, por isso, não procuram ajuda médica e, o que poderia ser tratado, acaba se agravando. É importante pontuar que a Palavra de Deus ensina que o nosso corpo ainda não foi plenamente redimido (Rm 8.23). Por isso, não é incompatível orar por cura e, também, ao mesmo tempo, buscar auxílio dos médicos. Isso nada tem a ver com falta de fé, mas com o zelo de quem é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19).


SINOPSE II

As doenças tiveram sua origem na Queda. Elas são uma consequência direta do pecado.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

Professor (a), dê início ao tópico fazendo a seguinte pergunta: “Qual a origem das doenças?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participa­ção ativa de todos. Em seguida expli­que que as enfermidades têm origem na Queda, todavia nem toda enfermi­dade é consequência de algum pecado como acreditavam os amigos de Jó. Explique que "os críticos da doutrina bíblica da cura divina não compreendem todo o alcance e significado da obra expiatória de Cristo. O sofri­mento de Cristo foi por nós, em nosso lugar e em nosso favor. Em Isaías 53, o Servo de Javé experimenta rejeição e sofrimento, ‘não como consequência de sua própria desobediência, mas em favor de outros’. Qual o resultado? Ele leva a efeito a cura do povo de Deus mediante as ‘suas pisaduras’. A afir­mação de que os sofrimentos de Jesus trazem cura àqueles que sofrem fica estabelecida sobre um sólido funda­mento teológico” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma pers­pectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.519).

III - JESUS CRISTO CURA SIM

1. A Cura Divina faz parte do Plano de Deus.

Desde Êxodo 15, podemos perceber Deus se revelando com poder curador. No deserto com Israel, Ele atuou como o Médico do seu povo. A declaração divina “eu sou o Senhor, que te sara” (Êx 15.26) deixa patente o plano de Deus em curar pessoas, trazer alívio em suas doenças e sofrimentos. Esse plano divino fica muito claro no ministério de Jesus que, depois de curar pessoas, “teve grande compaixão” delas” (Mt 9.35,36).


2. Jesus cura.

O mesmo Senhor Jesus que curou nos Evangelhos é o mesmo que cura hoje. Ele tem o poder curador. Nosso Senhor “é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). O Jesus que curou a mulher do fluxo de sangue (Mt 9.19-22), cura hoje; o Jesus que curou o cego de Jerico (Mc 14.46-52), cura sim; o Jesus que levantou a filha de Jairo (Mc 535-43), levanta qualquer ser humano de sua enfermidade. O poder de Jesus, por intermédio do Espírito Santo, está presente na vida da Igreja de Cristo para curar toda e qualquer enfermidade.


3. O que podemos fazer para receber a Cura Divina? Há alguns princípios bíblicos que devem acompanhar a vida de quem deseja experimentar a cura divina. Na Palavra de Deus, vemos que é preciso crer que Jesus pode curar, é preciso confiar no poder de Jesus (Mt 7-12). Também aprendemos na Bíblia que devemos pedir aos líderes da igreja local que orem por nós, ungindo-nos com o azeite (Tg 5.14-16). Não deixemos de perseverar na fé e em oração, pois nem sempre o nosso tempo é o tempo de Deus (Lc 18.1-8). Finalmente, não deixe de procurar auxílio médico, quer para tratamento, quer para confirmar a cura divina recebida; pois quer usando e abençoando os médicos, quer curando de maneira sobrenatural, Cristo cura sim.


SINOPSE III

A Cura Divina faz parte do Plano Redentor de Deus. O Senhor Jesus ainda cura.


AUXÍLIO BÍBLICO

Professor (a), explique que Cristo continua curando na atualidade, mas “um dos grandes perigos da ênfase excessiva na cura é que ela pode eclipsar o Evangelho no evangelismo. Esse perigo também pode ter influenciado a ordem de Jesus para que as pessoas curadas mantivessem segredo. Como Stephen Short coloca: Jesus não queria que as pessoas viessem a Ele apenas para receber benefícios físicos’. Muitos não cristãos vão às reuniões cristãs principalmente a fim de satisfazer alguma necessidade física ou material. Uma vez que eles vêm, partilhamos o Evangelho com eles. Mas descobri que é muito difícil eles fazerem, em seu pensamento, a transição das necessidades sentidas para o Evangelho.


Ouvem nossa explicação do Evangelho e talvez até mesmo a aceitem, mas, em seu íntimo, quando pensam no Cristianismo e nos cristãos, imaginam o seguinte: Esse é um lugar no qual minhas necessidades físicas e materiais são satisfeitas. Por isso, eles têm dificuldade em realmente ouvir o Evangelho, embora ele seja transmitido claramente a eles” (FERNANDO, Ajith. Ministério Dirigido por Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 212,213).


CONCLUSÃO

Nesta lição, estudamos que a Obra de Cristo no Calvário nos garante a Salvação e a Cura Divina. Pelo nome de Jesus, podemos orar uns pelos outros para que haja a experiência de cura divina. O nosso Senhor não mudou. Ele continua o mesmo. Por isso, devemos nos dirigir a Ele com humildade e fé perseverante, confiando que Ele é poderoso para sarar as enfermidades do seu povo. Jesus Cristo cura sim!

Áudio Lição Dominical 6

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a profecia de Isaías 53 apresenta?]

A profecia bíblica de Isaías 53 apresenta o Senhor Jesus como o Messias, o Cristo de Deus que foi pregado na Cruz do Calvário para a nossa redenção (Is 53.1-3).


2.Como o evangelista Mateus se referiu ao episódio em que Jesus curou enfermos em Mateus 8?

O evangelista Mateus se referiu a esse episódio da seguinte forma: “para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças” (Mt 8.17).


3. O que aconteceu como consequência do pecado do ser humano?

O pecado do ser humano fez com que as enfermidades surgissem, acompanhadas de dor, sofrimento e morte.


4. Cite uma das principais consequências do pecado e do advento das doenças.

Uma das principais consequências do pecado, bem como do advento das doenças, foi a diminuição do tempo de vida do ser humano.


5. Cite alguns princípios que devem acompanhar a nossa vida para experimentarmos a cura divina.

Confiar no poder Jesus (Mt 7-12); pedir aos líderes da igreja local que orem por nós, ungindo-nos com o azeite (Tg 5.14-16); perseverar na fé e em oração (Lc 18.1-8); não deixar de procurar auxílio médico, quer para tratamento quer para confirmar a cura divina recebida.


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Lição 5: A Promessa de Salvação

4° trimestre 2024 CPAD

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

ASSUNTO: AS PROMESSAS DE DEUS: Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

TEXTO ÁUREO

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24)

VERDADE PRÁTICA

A promessa da vida eterna é a maior bênção divina para todo aquele que crê em Jesus Cristo.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Nm 21.4-9

A Serpente no deserto como um tipo de Cristo

Terça – At 4.12; Rm 6.4-11

Livres da escravidão do pecado e da condenação

Quarta – Rm 5.1

Justificados e tendo plena paz com Deus

Quinta – Jo 16.7-11

A operação do Espírito Santo para a salvação

Sexta – Rm 8.16,17; 2 Co 5.17

Andando como nova criatura e em novidade de vida

Sábado – At 14.21,22; Hb 2.1-3

O cuidado contra a apostasia individual


Hinos Sugeridos: 277, 39, 491 da Harpa Cristã


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 3.14-21

14- E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,

15 para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

18- Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.

20 – Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.

21-Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.


INTRODUÇÃO

A Salvação é um dos mais importantes temas das páginas da Bíblia, pois é a principal promessa de Deus para a humanidade. A doutrina bíblica da salvação leva-nos a conhecer quão grande é o amor de Deus para com o ser humano. É, exatamente, isso o que nos mostra o Evangelho de João no capítulo 3, em que estudaremos a promessa da salvação, sua natureza e perseverança.

PALAVRA CHAVE: SALVAÇÃO

 

I – A PROMESSA DA SALVAÇÃO

1. Uma maravilhosa salvação.

A Leitura Bíblica em Classe nos lembra a passagem bíblica do Antigo Testamento em Números 21.4-9, que trata de um ato simbólico em que a cura física seria uma realidade para quem olhasse para a Serpente de Bronze no deserto, e teria a maldição removida de sua vida. Semelhantemente, o sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário proporciona redenção para a alma carente de salvação (Jo 3.14,15).


Dessa forma, o amor de Deus é revelado nas Escrituras de uma maneira que não se pode mensurar, ao ponto de entregar o seu Único Filho para salvar aquele que crê (Jo 3.16). Essa preciosa promessa traz duas realidades: 1) a de que quem crê não será condenado (Jo 3.18); 2) a de que quem não crê já está condenado (Jo 3.18). Logo, a salvação é um maravilhoso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.


2. A obra de salvação.

O Evangelho de João nos mostra que a obra de salvação é uma providência de Deus para salvar o ser humano de uma condenação eterna. No sentido geral, a palavra “salvação”, que vem do grego soteria, traz um sentido de “livramento de perigo, de ameaça” (Lc 1.69,71); “saúde” (At 27.34); “livramento da prisão” (Fp 1.19); “livramento do dilúvio” (Hb 11.7). Dessa maneira, a salvação propriamente dita tem a ver com os que recebem a Cristo Jesus como seu suficiente Salvador. Quando isso acontece, somos imediatamente libertos da escravidão do poder do pecado e da condenação eterna (At 4.12; Rm 6.4-11).


3. O Salvador.

A obra de salvação tem como base a entrega do Filho de Deus como aquEle que pagou o preço do pecado. Jesus é o nosso Salvador, como bem expressa o termo grego, sõter, “salvador, libertador, preservador, conservador”, (Lc 2.11; Jo 4.42; At 5.31; 2 Pe 1.11). Assim sendo, o Evangelho de João nos revela que todo ser humano foi corrompido pelo pecado e, por isso, precisa de um Salvador. Esse Salvador, revelado em João 3-16,17, nos garante a gloriosa promessa de Salvação: “todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Quem se arrepende, crê e permanece em Jesus, jamais perecerá eternamente.


SINOPSE I

A salvação é um precioso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.

 

II - A NATUREZA DA PROMESSA DE SALVAÇÃO

Podemos compreender a natureza da Promessa de Salvação estudando alguns aspectos salvíficos dessa grande obra.


1. Justificação.

Um dos aspectos da obra salvífica que está apresentado em termos bíblicos é a “justificação”. Quem é alcançado pelo Evangelho de Cristo, e crê no Filho de Deus com todo o seu coração, é “declarado justo”, isto é, livre da culpa e do merecimento da punição divina. Ele não é mais condenado; está declaradamente absolvido. É um salvo! Por intermédio da Justificação, o pecador é visto por Deus como se não houvesse praticado transgressão alguma. Dessa forma, fomos justificados e, por isso, temos plena paz com Deus por intermédio do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Rm 5.1).


2. Regeneração.

Para que a obra de Salvação, apresentada no Evangelho de João 3, se manifeste na vida do salvo, é necessário que ocorra a Regeneração, denominada de Novo Nascimento no mesmo capítulo (Jo 3.1-6). Uma pessoa que nasce de novo passa por um processo de transformação interior em que o coração sofre uma mudança radical por intermédio do Evangelho, mediante o poder do Espírito (Jo 16.7-11). Essa obra é feita diretamente pelo Espírito Santo. Então, o pecador se torna filho de Deus, nova criatura que anda em novidade de vida (Rm 8.16,17; 2 Co 5.17). Uma vez que nascemos de novo, passamos a fazer parte da família de Deus (Hb 2.11).


3. Santificação.

A santificação é um aspecto da salvação como resultado da obra do Calvário de nosso Senhor Jesus. Em primeiro lugar, por meio da Justificação e da Regeneração, somos santificados por Deus de maneira posicional, ou seja, imediatamente. Em segundo lugar, somos santificados de maneira progressiva por meio do relacionamento com Cristo. Esse processo ocorrerá até o advento da nossa glorificação final por ocasião da transformação do nosso corpo no advento do Arrebatamento da Igreja, pois teremos um corpo semelhante ao de Jesus ressurreto (Fp 3.21). Portanto, a obra de salvação exposta no Evangelho de João é completa.


SINOPSE II

Podemos compreender a natureza da Promessa de Salvação estudando alguns aspectos salvíficos dessa grande obra: justificação, regeneração e santificação.


AUXÍLIO BÍBLICO

Professor (a), explique que o segundo tópico da lição vai tratar dos aspectos salvíficos da promessa da salvação: regeneração, justificação e santificação. Como não há espaço suficiente, vamos enfocar aqui o primeiro aspecto que é a Regeneração. Então, inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que é a regeneração?” Explique que “a regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim.


Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que aconteceu. O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a devoção (Tt 3.5), porém a mais comum é a de ‘nascer’ (Jo 3.3). Pedro declara que Deus, em sua grande misericórdia, ‘nos gerou de novo para uma viva esperança’ (1 Pe 1.3).


É uma obra que somente Deus realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito no nosso caráter moral” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.371).

III- PROMESSA E PERSEVERANÇA NA SALVAÇÃO

1. A base da promessa de salvação é Cristo.

João 3 mostra, com clareza, que o nosso Senhor é o centro da promessa de nossa salvação. Deus escolheu um povo dentre pessoas pecadoras que se arrependeram e creram em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Ef 1.4; 2 Ts 2.13,14). Logo, a Igreja de Cristo, o povo de Deus, é constituída de pessoas unidas ao Senhor Jesus (Ef 1.9,10). Assim, fazemos parte do Corpo de Cristo e isso só é possível por causa da obra consumada no Calvário (Ef 1.7).


2. A Apostasia Individual.

Nas Escrituras também encontramos uma grande advertência concernente à promessa da Salvação. A Bíblia nos mostra que a salvação não é incondicional, pois as pessoas podem resisti-la (Jo 3.18-20). E, também, mostra que os que a receberam, experimentaram o amor e o perdão de Deus, podem romper esse relacionamento, rejeitando por completo os ensinos fundamentais revelados na Palavra de Deus (apostasia doutrinária), bem como tornando-se novamente escravos da prática do pecado (apostasia moral). A isso denominamos “apostasia”, que implica uma rebelião contra Deus, abandono proposital da fé que uma vez nos foi entregue. Há diversos registros bíblicos que confirmam essa possibilidade (At 14.21,22; 1 Tm 6.10-12; Hb 2.1-3).


3. A Promessa e a Segurança da Salvação.

A promessa de Salvação também nos traz uma consoladora certeza, aquela mesma que o apóstolo Paulo escreveu: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23). O ensino bíblico do Novo Testamento afirma que, ao passar pela morte, o salvo já está imediatamente com Cristo. Assim, os que creem em Cristo, se submetem a Ele como o seu Senhor e, mediante um relacionamento pessoal com Cristo, estão definitivamente seguros para a vida eterna (1 Jo 5.13).


SINOPSE III

O nosso Senhor Jesus Cristo é o centro da promessa de nossa salvação.


AUXÍLIO DIDÁTICO

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “A promessa da salvação é incondicional?” Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida, explique que a Bíblia nos mostra que a salvação não é in- condicional, pois as pessoas podem resistir-la. Esclareça que os que a receberam também podem romper esse relacionamento com Deus, rejeitando por completo os ensinos revelados na Palavra de Deus (apostasia doutrinária), bem como tornando-se novamente escravo da prática do pecado (apostasia moral). Por isso não devemos negligenciar o estudo da Palavra de Deus, a oração, o jejum e a comunhão com os santos. Sem a Palavra de Deus e as disciplinas da vida cristã nos tornamos uma presa fácil para o Inimigo e acabamos sucumbindo em meio às falsas doutrinas da atualidade.


CONCLUSÃO

A Promessa da Salvação nos lembra de que não podemos descuidar da nossa conduta diante de Deus e do mundo. A salvação, em primeiro lugar, depende de Deus, que estende sua mão ao pecador perdido. Mas também é necessário que o ser humano aceite humildemente o amor e a graça de Deus em seu favor. Quem crê em Jesus é salvo, mas quem o rejeita permanece perdido em delitos e pecados (Ef 2.1).


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quais são as duas realidades que se apresentam na promessa de salvação?

Essa preciosa promessa traz duas realidades:

1) a de quem crê não será condenado (Jo 3.18);

2) a de quem não crê já está condenado (Jo 3.18). Logo, a salvação é um maravilhoso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.

2. Qual é a base da obra de salvação?

A obra de salvação tem como base a entrega do Filho de Deus como aquEle que pagou o preço do pecado.

3. Na justificação, como o pecador é visto por Deus? Por intermédio da Justificação, o pecador é visto por Deus como se não houvesse praticado transgressão alguma.

4. Quais os dois tipos de santificação, conforme nos ensina a lição?

Santificação posicional e santificação progressiva.

5. Cite textos bíblicos que apresentem a possibilidade da apostasia individual na vida de um salvo.

Atos 14.21,22; 1 Timóteo 6.10-12 e Hebreus 2.1-3.


📚 DE MULHER PARA MULHER: Orientações à Luz da Bíblia

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📚 DIACONATO: As Responsabilidades dos Diáconos na Igreja

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📚 Ética Ministerial: Orientando os obreiros

Práticas recomendadas para os obreiros

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📚 A CIDADE DOS ARREBATADOS: Jerusalém Celestial

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