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Lição 5: A Promessa de Salvação

4° trimestre 2024 CPAD

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

ASSUNTO: AS PROMESSAS DE DEUS: Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

TEXTO ÁUREO

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24)

VERDADE PRÁTICA

A promessa da vida eterna é a maior bênção divina para todo aquele que crê em Jesus Cristo.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Nm 21.4-9

A Serpente no deserto como um tipo de Cristo

Terça – At 4.12; Rm 6.4-11

Livres da escravidão do pecado e da condenação

Quarta – Rm 5.1

Justificados e tendo plena paz com Deus

Quinta – Jo 16.7-11

A operação do Espírito Santo para a salvação

Sexta – Rm 8.16,17; 2 Co 5.17

Andando como nova criatura e em novidade de vida

Sábado – At 14.21,22; Hb 2.1-3

O cuidado contra a apostasia individual


Hinos Sugeridos: 277, 39, 491 da Harpa Cristã


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 3.14-21

14- E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,

15 para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

18- Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.

20 – Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.

21-Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.


INTRODUÇÃO

A Salvação é um dos mais importantes temas das páginas da Bíblia, pois é a principal promessa de Deus para a humanidade. A doutrina bíblica da salvação leva-nos a conhecer quão grande é o amor de Deus para com o ser humano. É, exatamente, isso o que nos mostra o Evangelho de João no capítulo 3, em que estudaremos a promessa da salvação, sua natureza e perseverança.

PALAVRA CHAVE: SALVAÇÃO

 

I – A PROMESSA DA SALVAÇÃO

1. Uma maravilhosa salvação.

A Leitura Bíblica em Classe nos lembra a passagem bíblica do Antigo Testamento em Números 21.4-9, que trata de um ato simbólico em que a cura física seria uma realidade para quem olhasse para a Serpente de Bronze no deserto, e teria a maldição removida de sua vida. Semelhantemente, o sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário proporciona redenção para a alma carente de salvação (Jo 3.14,15).


Dessa forma, o amor de Deus é revelado nas Escrituras de uma maneira que não se pode mensurar, ao ponto de entregar o seu Único Filho para salvar aquele que crê (Jo 3.16). Essa preciosa promessa traz duas realidades: 1) a de que quem crê não será condenado (Jo 3.18); 2) a de que quem não crê já está condenado (Jo 3.18). Logo, a salvação é um maravilhoso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.


2. A obra de salvação.

O Evangelho de João nos mostra que a obra de salvação é uma providência de Deus para salvar o ser humano de uma condenação eterna. No sentido geral, a palavra “salvação”, que vem do grego soteria, traz um sentido de “livramento de perigo, de ameaça” (Lc 1.69,71); “saúde” (At 27.34); “livramento da prisão” (Fp 1.19); “livramento do dilúvio” (Hb 11.7). Dessa maneira, a salvação propriamente dita tem a ver com os que recebem a Cristo Jesus como seu suficiente Salvador. Quando isso acontece, somos imediatamente libertos da escravidão do poder do pecado e da condenação eterna (At 4.12; Rm 6.4-11).


3. O Salvador.

A obra de salvação tem como base a entrega do Filho de Deus como aquEle que pagou o preço do pecado. Jesus é o nosso Salvador, como bem expressa o termo grego, sõter, “salvador, libertador, preservador, conservador”, (Lc 2.11; Jo 4.42; At 5.31; 2 Pe 1.11). Assim sendo, o Evangelho de João nos revela que todo ser humano foi corrompido pelo pecado e, por isso, precisa de um Salvador. Esse Salvador, revelado em João 3-16,17, nos garante a gloriosa promessa de Salvação: “todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Quem se arrepende, crê e permanece em Jesus, jamais perecerá eternamente.


SINOPSE I

A salvação é um precioso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.

 

II - A NATUREZA DA PROMESSA DE SALVAÇÃO

Podemos compreender a natureza da Promessa de Salvação estudando alguns aspectos salvíficos dessa grande obra.


1. Justificação.

Um dos aspectos da obra salvífica que está apresentado em termos bíblicos é a “justificação”. Quem é alcançado pelo Evangelho de Cristo, e crê no Filho de Deus com todo o seu coração, é “declarado justo”, isto é, livre da culpa e do merecimento da punição divina. Ele não é mais condenado; está declaradamente absolvido. É um salvo! Por intermédio da Justificação, o pecador é visto por Deus como se não houvesse praticado transgressão alguma. Dessa forma, fomos justificados e, por isso, temos plena paz com Deus por intermédio do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Rm 5.1).


2. Regeneração.

Para que a obra de Salvação, apresentada no Evangelho de João 3, se manifeste na vida do salvo, é necessário que ocorra a Regeneração, denominada de Novo Nascimento no mesmo capítulo (Jo 3.1-6). Uma pessoa que nasce de novo passa por um processo de transformação interior em que o coração sofre uma mudança radical por intermédio do Evangelho, mediante o poder do Espírito (Jo 16.7-11). Essa obra é feita diretamente pelo Espírito Santo. Então, o pecador se torna filho de Deus, nova criatura que anda em novidade de vida (Rm 8.16,17; 2 Co 5.17). Uma vez que nascemos de novo, passamos a fazer parte da família de Deus (Hb 2.11).


3. Santificação.

A santificação é um aspecto da salvação como resultado da obra do Calvário de nosso Senhor Jesus. Em primeiro lugar, por meio da Justificação e da Regeneração, somos santificados por Deus de maneira posicional, ou seja, imediatamente. Em segundo lugar, somos santificados de maneira progressiva por meio do relacionamento com Cristo. Esse processo ocorrerá até o advento da nossa glorificação final por ocasião da transformação do nosso corpo no advento do Arrebatamento da Igreja, pois teremos um corpo semelhante ao de Jesus ressurreto (Fp 3.21). Portanto, a obra de salvação exposta no Evangelho de João é completa.


SINOPSE II

Podemos compreender a natureza da Promessa de Salvação estudando alguns aspectos salvíficos dessa grande obra: justificação, regeneração e santificação.


AUXÍLIO BÍBLICO

Professor (a), explique que o segundo tópico da lição vai tratar dos aspectos salvíficos da promessa da salvação: regeneração, justificação e santificação. Como não há espaço suficiente, vamos enfocar aqui o primeiro aspecto que é a Regeneração. Então, inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que é a regeneração?” Explique que “a regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim.


Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que aconteceu. O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a devoção (Tt 3.5), porém a mais comum é a de ‘nascer’ (Jo 3.3). Pedro declara que Deus, em sua grande misericórdia, ‘nos gerou de novo para uma viva esperança’ (1 Pe 1.3).


É uma obra que somente Deus realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito no nosso caráter moral” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.371).

III- PROMESSA E PERSEVERANÇA NA SALVAÇÃO

1. A base da promessa de salvação é Cristo.

João 3 mostra, com clareza, que o nosso Senhor é o centro da promessa de nossa salvação. Deus escolheu um povo dentre pessoas pecadoras que se arrependeram e creram em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Ef 1.4; 2 Ts 2.13,14). Logo, a Igreja de Cristo, o povo de Deus, é constituída de pessoas unidas ao Senhor Jesus (Ef 1.9,10). Assim, fazemos parte do Corpo de Cristo e isso só é possível por causa da obra consumada no Calvário (Ef 1.7).


2. A Apostasia Individual.

Nas Escrituras também encontramos uma grande advertência concernente à promessa da Salvação. A Bíblia nos mostra que a salvação não é incondicional, pois as pessoas podem resisti-la (Jo 3.18-20). E, também, mostra que os que a receberam, experimentaram o amor e o perdão de Deus, podem romper esse relacionamento, rejeitando por completo os ensinos fundamentais revelados na Palavra de Deus (apostasia doutrinária), bem como tornando-se novamente escravos da prática do pecado (apostasia moral). A isso denominamos “apostasia”, que implica uma rebelião contra Deus, abandono proposital da fé que uma vez nos foi entregue. Há diversos registros bíblicos que confirmam essa possibilidade (At 14.21,22; 1 Tm 6.10-12; Hb 2.1-3).


3. A Promessa e a Segurança da Salvação.

A promessa de Salvação também nos traz uma consoladora certeza, aquela mesma que o apóstolo Paulo escreveu: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23). O ensino bíblico do Novo Testamento afirma que, ao passar pela morte, o salvo já está imediatamente com Cristo. Assim, os que creem em Cristo, se submetem a Ele como o seu Senhor e, mediante um relacionamento pessoal com Cristo, estão definitivamente seguros para a vida eterna (1 Jo 5.13).


SINOPSE III

O nosso Senhor Jesus Cristo é o centro da promessa de nossa salvação.


AUXÍLIO DIDÁTICO

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “A promessa da salvação é incondicional?” Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida, explique que a Bíblia nos mostra que a salvação não é in- condicional, pois as pessoas podem resistir-la. Esclareça que os que a receberam também podem romper esse relacionamento com Deus, rejeitando por completo os ensinos revelados na Palavra de Deus (apostasia doutrinária), bem como tornando-se novamente escravo da prática do pecado (apostasia moral). Por isso não devemos negligenciar o estudo da Palavra de Deus, a oração, o jejum e a comunhão com os santos. Sem a Palavra de Deus e as disciplinas da vida cristã nos tornamos uma presa fácil para o Inimigo e acabamos sucumbindo em meio às falsas doutrinas da atualidade.


CONCLUSÃO

A Promessa da Salvação nos lembra de que não podemos descuidar da nossa conduta diante de Deus e do mundo. A salvação, em primeiro lugar, depende de Deus, que estende sua mão ao pecador perdido. Mas também é necessário que o ser humano aceite humildemente o amor e a graça de Deus em seu favor. Quem crê em Jesus é salvo, mas quem o rejeita permanece perdido em delitos e pecados (Ef 2.1).


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quais são as duas realidades que se apresentam na promessa de salvação?

Essa preciosa promessa traz duas realidades:

1) a de quem crê não será condenado (Jo 3.18);

2) a de quem não crê já está condenado (Jo 3.18). Logo, a salvação é um maravilhoso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.

2. Qual é a base da obra de salvação?

A obra de salvação tem como base a entrega do Filho de Deus como aquEle que pagou o preço do pecado.

3. Na justificação, como o pecador é visto por Deus? Por intermédio da Justificação, o pecador é visto por Deus como se não houvesse praticado transgressão alguma.

4. Quais os dois tipos de santificação, conforme nos ensina a lição?

Santificação posicional e santificação progressiva.

5. Cite textos bíblicos que apresentem a possibilidade da apostasia individual na vida de um salvo.

Atos 14.21,22; 1 Timóteo 6.10-12 e Hebreus 2.1-3.


📚 DE MULHER PARA MULHER: Orientações à Luz da Bíblia

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📚 DIACONATO: As Responsabilidades dos Diáconos na Igreja

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📚 Ética Ministerial: Orientando os obreiros

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📚 A CIDADE DOS ARREBATADOS: Jerusalém Celestial

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As Condições para o Ser Humano ser Salvo

🎯
A salvação é uma obra inteiramente independente de nossas obras, esforços e méritos. Contudo, o homem tem certas condições a cumprir. Essas condições são a fé, o arrependimento e a confissão”.

Salvação é palavra de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da inefável salvação consumada por Jesus, o que às vezes reflete uma vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por Jesus, e a busca constante de sua comunhão.
Em Efésios 6, quando o apóstolo discorre sobre a armadura de combate do soldado cristão, fala do capacete da salvação (v. 17). O capacete cobria totalmente a cabeça, protegendo-a. Isso fala da plenitude do conhecimento e da experiência da salvação.

Salvação não significa apenas livramento da condenação do Inferno. Ela abarca todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de Deus para com o homem e o mundo através de Jesus, o Redentor, nesta vida e na outra.

Salvação é o resultado da redenção efetuada por Jesus. Redenção foi o meio que Deus proveu para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto desse livramento. No sentido comum e limitado, Salvação significa a obra que Deus realiza instantaneamente no pecador que a Ele se entrega, perdoando-o e regenerando-o. Porém, a Salvação tem sentido e alcance muito mais vasto. Assim considerada, significa o pleno livramento da presença do pecado e suas conseqüências, o que somente ocorrerá na glória celestial. Nesse sentido, a Salvação alcança também outras esferas além da humana (Cl 1.20).

A Salvação foi planejada por Deus Pai (Ap 13.8 e 1Pd 1.18-20). Deus Filho consumou-a (Jo 19.30 e Hb 5.9). O Espírito Santo aplica-a ao pecador (Jo 3.5; Tt 3.5 e Rm 8.2). Tudo por graça (Ef 2.8).

Condições para a salvação

A salvação é uma obra inteiramente independente de nossas obras, esforços e méritos. Contudo, o homem tem certas condições a cumprir. Essas condições são a , o arrependimento e a confissão. é a confiança em Deus. Ela se ocupa com Deus, assim como o arrependimento ocupa-se com o pecado e o remorso. A divisa a misericórdia divina, quando toma-se a mão para receber a salvação (Ef 2.8). O arrependimento honra a Lei de Deus. Mas, tanto a fé como o arrependimento vêm graciosamente de Deus, para que o homem não tenha de que gloriar-se (At 5.31; Rm 2.4; 12.3; 10.17; At 11.18; Fp 2.13; 2 Tm 2.25; Ez 36.27 e Jr 31.3). Bem disse o profeta Isaías que Jeová é a nossa salvação (Is 12.2).

A e o arrependimento devem acompanhar o crente em toda sua vida. O primeiro é indispensável ao recebimento das bênçãos; o segundo fá-lo zeloso para pureza. O crente que sabe arrepender-se e humilhar-se aos pés do Senhor é um grande vencedor. Quanto à fé, notemos uma coisa: ela somente opera através do amor (Gl 5.6; Ef 6.23; 2 Tm 1.13 e 1 Tm 5.8). Há por aí os que se dizem cheios de fé, porém sem qualquer dose de amor divino. E uma anomalia, uma decepção, uma negação da verdade (1Co 13.2).

No tocante à salvação, confissão significa confessar publicamente a Cristo como Salvador. Após crer com o coração (Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente (Rm 10.9-10). Crer Nele sem confessá-lo é flagrante covardia, confessá-lo sem Nele crer é hipocrisia.

Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou presente de Deus para nós (Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te ofereça um grande e rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma porção de objetos inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para receber esse presente, recusando-o assim. O mesmo acontece em relação a Deus e sua salvação. Mas, suponhamos que tu largues tudo e aceites o presente. Nada mereces pelo fato de estenderdes a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim, satisfazes a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à salvação.

Referência:Artigo – Pr. Antonio Gulberto (In memoriam)

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Pode um Ateu crítico da Bíblia ser Salvo?

📝Artigo: Pr. Elinaldo Renovato de Lima

💻Reverberação: www.cristaoalerta.com.br

A questão, tema deste artigo, foi suscitada em razão da morte trágica do conhecido jornalista Ricardo Eugênio Boechat, no dia 11 de fevereiro de 2019. Ele era natural da Argentina, mas radicou-se no Brasil, onde constituiu família, e se tornou um nome bem conceituado, na mídia, tendo sido jornalista premiado, apresentador de TV, âncora e locutor de rádio. Trabalhou em jornais de grande expressão no país. Sua morte ocupou grande parte do noticiário nacional, em todos os meios de comunicação e também, nas redes sociais.

1. Ateísmo crítico

Num vídeo, na internet, o jornalista tece comentários críticos, de certa forma desrespeitosos, sobre os cristãos, que acreditam na existência de Deus, como Criador do Universo, da vida e do ser humano. Nesses comentários, ele chegou a debochar do relato bíblico da criação do homem, sugerindo que o criacionismo seria uma ideia ou concepção ridícula para explicar a origem do homem, e que “a serpente” não seria o diabo, mas órgão genital masculino. Por causa desse posicionamento ateísta, muitos crentes usaram as redes sociais para afirmar que ele não poderia ter sido salvo.

2. Crítica a igrejas evangélicas

Outro motivo, envolvendo a observação de alguns evangélicos, foi um episódio, ocorrido no ano de 2015. Em programa, na rádio Band News, resolveu denunciar que igrejas neopentecostais contribuíam para uma série de crimes contra pessoas de outras religiões, quando teciam comentários sobre a natureza maligna de diversos movimentos religiosos de matriz africana. Ele fez referência a um episódio lamentável citando uma criança de 11 anos, filha de pais adeptos de religião afro.


Segundo noticiado, na imprensa, um pastor brasileiro tomou a iniciativa de dar resposta ao jornalista Boechat, demonstrando que o mesmo houvera sido injusto em seus comentários acerca da intolerância contra movimentos religiosos, pois houvera feito declarações que generalizavam o comportamento dos evangélicos. Houve troca de palavras duras entre o jornalista e o pastor, os quais, depois, se retrataram. Mas evangélicos lembraram esse episódio para afirmar que Deus puniu Boechat com a trágica morte pelo fato de ter xingado “um servo de Deus”.


2. Teria Boechat ido para o céu?

Para completar a polêmica sobre a morte de Boechat, respondendo a um internauta se o jornalista, sendo ateu, poderia entrar no céu, outro pastor respondeu que sim, e justificou seu entendimento, alegando que o mesmo praticara muitas boas obras, mais do que muitos crentes.


No entender dele, o jornalista praticou o bem, ajudou os necessitados, conforme Jesus ensinou em Mateus capítulo 2 5, e que Deus recebeu Boechat, como bendito do Pai. Finalmente, disparou: “Eu estou indo encontrar meu amigo Boechat lá no céu. Se você quiser vir junto, chegue". Com tais afirmações, o pastor incrementou ainda mais as discussões polêmicas sobre o destino de Boechat, na eternidade.

🔍 Saiba mais:

👉A Relação da Fé com a Salvação

👉A Salvação de Crianças à Luz da Bíblia

3. Respondendo à questão

3.1 Quanto ao seu ateímo.

De maneira simples e objetiva, podemos dizer que ateísmo é a declaração expressa e aberta, negando a existência de qualquer divindade. O ateu não admite sequer, na dúvida, se existe qualquer deus. Muito menos, o Deus dos cristãos e dos judeus, que, “no Princípio”, criou “os céus e a terra”, os astros, as estrelas, as galáxias, o sol, a Terra e os bilhões de corpos celestes; o ateu não crê no Deus Onipotente, Onisciente e Onipresente, que criou “o homem”, à “sua imagem”, conforme à “sua semelhança” (Gn 1.26).


E por que não crê no Deus Criador e Sustentador do Universo? Por uma simples razão. Não aceita a Bíblia Sagrada como Palavra de Deus. Entende que é um mito. Prefere acreditar que “o acaso” deu origem a todas as coisas. Sequer consegue ver, na complexidade e organização do Universo, da vida, das células, que não pode ter sido “obra do acaso”.


Não crendo na Bíblia, não crê que “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho Unigénito, para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna...” (Jo 3.16).


Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. E ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14.6). Logo, se Boechat não creu em Deus, não aceitou a Jesus Cristo como seu Salvador, não pode ter tido acesso aos céus.


3.2 Quanto a ter sido punido com a morte por ter xingado um servo de Deus.

O pastor da questão, ao tomar conhecimento de que simpatizantes de seu ministério afirmavam que Boechat fora castigado por Deus por tê-lo xingado, declarou: “Não trabalho com um Deus que se vinga porque alguém me xingou. Então tinha que morrer um monte aí, sou caluniado a todo o momento” (Folha de S. Paulo). Até onde pude ver declarações de Boechat sobre as coisas de Deus, não vi propriamente escarnecimento, mas, sim, profunda ignorância e desconhecimento da Verdade, emanada das Sagradas Escrituras. Um vídeo, gravado em 2011, em que Boechat lê “uma notícia” sobre o Apocalipse não foi de sua autoria, mas do apresentador de um programa, na TV Bandeirantes.


3.3 Quanto a ir ao céu por causa das boas obras.

A resposta ao item 1) já demonstra que, para o céu só há um caminho: Jesus Cristo. Fora dEle não há salvação. Neste aspecto, respondemos ao terceiro item, no qual, o outro pastor, que, em sua visão “compreensiva” da salvação, declara de modo explícito: “Eu estou indo encontrar meu amigo Boechat lá no céu. Se você quiser vir junto, chegue". E exalta a prática de boas ações que o falecido jornalista praticou.


Porém, a resposta mais clara, objetiva e conclusiva está na Bíblia: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8-10 - grifo nosso).


Ninguém é salvo por praticar boas obras. Mas tem o dever de praticar boas obras porque já é salvo. A sem as obras “de salvo” é morta (Tg 2.17).

🔥 Referência: LIMA, Elinaldo Renovato de. Pode um ateu crítico da bíblia ser salvo. Mensageiro da Paz, abril de 2019.

🔥 Publicação: www.cristaoalerta.com.br


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A Salvação de Crianças à Luz da Bíblia

   

Muitos debates já surgiram a respeito do tema da salvação das crianças. Alguns teólogos afirmam que uma criança que ainda não atingiu a idade da razão, isto é, a idade em que se peca conscientemente, se não for eleita e vier a falecer, não irá para o céu. Os propositores dessa abordagem soteriológica asseguram que até mesmo uma criança recém-nascida pode não ser salva, pois Deus salvará apenas as crianças que ele predestinou para a salvação.

    A Igreja Católica durante muito tempo burocratizou essa questão com uma doutrina antibíblica chamada Limbus Infantium. De acordo com a doutrina católica, o limbo era o lugar para onde iriam as crianças não batizadas e onde também estariam temporariamente os justos do Antigo Testamento, como Abraão, Isaque e Jacó - no caso, no Limbus Patrum. Porém, em outubro de 2007, o papa Bento 16 aboliu o limbo, após uma comissão de 30 teólogos romanistas se reunirem e aprovarem a ideia. Com tal decisão, as crianças falecidas iriam todas diretamente para o paraíso.

Sobre o batismo de crianças


    Precisamos lembrar que na Bíblia não consta ensinamentos ou práticas que autorizem o batismo de crianças. Doutra forma, para alguém ser batizado, é necessário ter se arrependido de seus pecados (At 2.38) e crer em Jesus Cristo como filho de Deus (At 8.37). Nesse contexto, a Bíblia do Ministro afirma: “Aqueles que não podem fazer uso completo da razão não estão em condições de cumprir com esses dois requisitos. As crianças estão nessas condições”.

    Reconhecemos a complexidade do assunto, porém a Bíblia não nos autoriza em parte alguma afirmar que uma criança que ainda não é responsável moralmente pelos seus atos, e partiu para eternidade nessa condição, poderá ser condenada à perdição eterna. No entanto, precisamos fazer algumas considerações.

Primeiro, a Bíblia nos ensina de forma explícita que todos herdaram o pecado de Adão, até mesmo aqueles que não têm consciência da realidade do pecado (Rm 3.23; 5.12); Segundo, a Bíblia não apoia a heresia pelagiana, que afirmava que todos os homens nascem na mesma condição de Adão antes da Queda, ou seja, sem pecado, pois sabemos que, através do pecado original, todo o gênero humano foi corrompido e todos nós somos culpados (SI 51.5; Rm 3.9-10; 5.12).

A Criança e as condições mentais de rejeitar o mal.

    Evidentemente, não podemos afirmar com precisão a partir de que idade uma criança pode discernir entre o que é certo e o que é errado com base em sua racionalidade. Entretanto, as Escrituras nos mostram claramente que existe, sim, uma idade em que a criança tem condições mentais de rejeitar o mal. O profeta Isaías nos mostra essa realidade: “Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra de que te enfadas será desamparada dos seus dois reis” (Is 7.16 - ARC).

    O apóstolo Paulo, ao escrever a sua Primeira Carta aos Coríntios, também reforça essa ideia, quando afirma: “Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos” (1Co 14.20 - ARA). Reparemos atentamente que os textos bíblicos supracitados nos remetem ao entendimento de que existe uma idade em que a criança não tem malícia. Paulo ainda nos aconselha que nesse aspecto devemos ser como crianças.

Criancinhas que morrem na primeira infância

    Deus, na sua infinita misericórdia, jamais poderia condenar ao Inferno criancinhas que morrem na primeira infância, sem terem a menor dimensionalidade das maldades humanas. Tomemos como exemplo o primeiro filho do rei Davi com Bate-Seba, mulher de Urias, em seu ato pecaminoso (2Sm 12.15). A criança nasceu saudável, mas, devido ao insulto do rei a Deus, o Criador determina a morte da criança. Deus é o autor da vida e com Sua vontade soberana determina o fim dela quando bem quer (Dt 32.39; Jó 1.21). Para Joyce Baldwin, Davi não aceitou a sentença de Deus por meio do profeta Natã como fatalismo, “mas, sim, da maneira como uma criança recebe a declaração feita por um dos pais, o qual às vezes muda de ideia sobre um castigo, caso a criança se comporte de forma aceitável”.

    Observemos que Davi orou e jejuou a Deus em favor da criança, porém a sentença de Deus prevaleceu e então o rei declara: “Mas agora que ela morreu, porque deveria jejuar? Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim” (2Sm 12.23 - NVI). A expressão do rei, ‘eu irei até ela, mas ela não voltará para mim’, nas palavras de Baldwin, nos mostra que Davi, “se defronta com sua própria mortalidade e, mesmo aí, encontra esperança, pois antevê o momento em que voltará a se unir com seu filho”. Ele sabia que o profeta Natã fora enviado por Deus e, embora de luto, estava satisfeito com a ação divina, pois a criança foi diretamente para o Céu.

    Quando focamos nossos olhos no Antigo Testamento, observamos que Deus permitiu a matança de crianças inocentes, de povos e nações ímpias, como a geração de Noé (Gn 7.19-21), os moradores das cidades de Sodoma e Gomorra (Gn 19. 23-25), os cananeus (Js 6.17-21) e os amalequitas (1Sm 17). “Podemos acrescentar ainda que, devido ao estado canceroso da sociedade em que nasceram elas [essas crianças], provavelmente não tinham chance de evitar sua contaminação” (DANIEL, Silas).

    Alguns podem achar um ato arbitrário da parte de Deus, principalmente comparando-o com suas ações na dispensação da graça. No entanto, citamos ainda o que afirma o teólogo Silas Daniel: “Se morreram com uma idade em que não eram conscientes e responsáveis por seus próprios atos moralmente, essas crianças não se perderam; ao contrário, estão melhores do que nós hoje, pois estão no Céu”. A verdade é que as crianças que morreram na destruição de povos do Antigo Testamento foram alvos da graça de Deus, que através da morte física livrou-as de serem forjadas em um ambiente pecaminoso e hostil e se tornarem pecadores cruéis e perversos.

    As Escrituras relatam que Jesus, em um determinado momento, ficou indignado com a postura de seus discípulos, pois repreendiam aqueles que traziam crianças para Ele abençoar (Mc 10.13-14).Com atitude contrária, o Mestre dos Mestres demonstrou o seu amor pelas crianças, afirmando: “Deixai vir os pequeninos a mim e não impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus” (Mc 10.14 - ARC).

    O escritor (BARKLAY) mostra o que Jesus valorizava nas crianças: “A humildade do menino, a obediência do menino, a confiança do menino e a memória curta do menino, que ainda não aprendeu a experimentar sentimento de vingança e rancor”. Por isso Jesus destacou que “dos tais é o Reino dos Céus”. E ainda nos ensina que os que querem herdar o Reino dos Céus precisam ser semelhantes a esses pequeninos.

    Em outra ocasião, Jesus citou para os principais sacerdotes e escribas a passagem bíblica a seguir: “E Jesus lhes disse: Sim, nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?” (Mt 21.16 - ARC). Ora, se Deus tira da boca de pequeninos e crianças de peito o perfeito louvor, por que condenaria pequenos indefesos, que não sabem diferenciar o bem do mal?

    O Deus soberano, criador dos céus e da terra, cujo amor é imensurável, não seria injusto para dar tal sentença. Pois até mesmo para o pecador consciente e obstinado Ele oferece a oportunidade de arrependimento por meio da manifestação de sua graça salvadora (Tt 2.11), e também deseja que todo homem se salve, e chegue ao pleno conhecimento da verdade (1 Tm 2.4). Logo, podemos finalizar afirmando que uma criança, ao falecer na primeira infância, será alvo da graça de Deus. Pois de antemão Deus sabe que tais pessoas morreriam na mais tenra idade, sem ter a menor chance de tomar ou não os passos certos a favor de sua salvação.

Artigo: Pr. Raydfran Leite de Oliveira | Reverberação: www.cristaoalerta.com.br


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A Relação da Fé com a Salvação

Efésios 2 sugere que a salvífica é um dom [...] Sendo assim, então a salvação alcança apenas àqueles a quem Deus der o dom, e nesse caso estaria certa a tese de que a salvação é limitada a um grupo de predestinados?

Quando Paulo se refere à salvação pela graça (“pela graça sois salvos”), quer dizer que a possibilidade de ser salvo foi criada por Deus, e é uma ação única e exclusiva de Deus em favor dos homens, por isso é graça. Deus deliberadamente decide salvar o ser humano, através da obra de Cristo, “por meio da fé”.

Paulo a coloca como a confiança na ideia de que por meio dela o homem alcança a salvação. Portanto, a confiança na salvação (criada por Deus) é de responsabilidade humana e é a condição para a salvação.

“É dom de Deus” como sendo dádiva, não é algo que está no ser humano, mas sim algo que está em Deus, é parte da natureza de Deus, é uma forma de expressão do seu ser, é a materialização de um imenso amor. Logo, considerando que Deus é amor, a possibilidade e a efetivação da salvação podem ser entendidas como ações dEle.

A possibilidade de salvação foi dada por Deus e o ser humano tem acesso a mesma por meio da fé. Não é a salvação que traz a fé, mas sim a fé-confiança é que torna a salvação efetiva, nos possibilitando acessar essa salvação disponibilizada por Deus. A fé não é o resultado da salvação, mas, antes é o meio pelo qual somos salvos pela graça de Deus.

Em Efésios 2 o uso dos termos “dom de Deus”, não está se referindo ao dom enquanto capacidade que Deus, através do seu Espírito, confere aos cristãos para a melhor realização da sua obra, mas no sentido de que é parte da natureza de Deus criar a possibilidade de salvação para o ser humano, conforme podemos observar em toda a Bíblia, concretizado particularmente na pessoa de Jesus.

Portanto a alternativa de encontrar similaridades entre o dom de cura ou de falar em línguas e a salvação enquanto “dom de Deus” para justificar a crença na perspectiva reformada de predestinação deve ser descartada, pois são dons diferentes quanto a sua abrangência.

O “dom de Deus” deve ser entendido como dádiva-presente ou capacidade de criar meios de salvação, então essa possibilidade não é fruto de nenhuma ação humana, é dádiva e ao mesmo tempo dom, porque só Deus tem essa capacidade de criar possibilidades de salvação para a humanidade, possibilidades essas que se encerraram em Cristo.

Cristo é a expressão máxima do dom salvífico. Nesse sentindo a salvação está disponível a toda humanidade e não a um grupo seleto, basta ter fé, confiar (crer) na salvação em Jesus Cristo.

A graça preveniente (Rm 5.18) estendida a todos os seres humanos lhes abre a oportunidade de, pela fé, crerem no evangelho, isto descarta a possibilidade de a eleição ser uma ação fatalista de Deus, destinada apenas a alguns indivíduos, enquanto os demais se perderão no inferno por uma escolha divina. Se isto fosse verdade Deus seria muito cruel e atestaria contra seu amor. Por isso, ele dá a oportunidade para que todos se salvem (At 17.30), indistintamente, porque Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). Assim, a fé é a resposta humana, ante o agir salvífico de Deus em seu favor.

A responsabilidade é decorrente da ação da graça preveniente, conforme Armínio, é essa graça que promove a fé e inicia a salvação.

💻Adaptação/Publicação: Cristão Alerta
📝Referência: POMMERENING, Claiton Ivan. Mensageiro da Paz, dezembro, 2018.

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