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A história oficial da pandemia de Coronavírus no Brasil

No Brasil, a história oficial da pandemia começou em 25 de fevereiro, quando um homem de 61 anos se tornou o primeiro a receber o diagnóstico positivo para Covid -19, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Ele havia chegado, cinco dias antes, de uma viagem de negócios à região da Lombardia, no norte da Itália. Ao deixar o aeroporto, passou no escritório e foi para casa, no bairro de Santo Amaro, na Zona Sul. No sábado 22, participou de um almoço na residência de um dos filhos com cerca de trinta pessoas, entre amigos e parentes.

A família, de descendentes de italianos, se abraçou e se beijou fartamente.

OS PRIMEIROS SINTOMAS

Os primeiros sintomas da doença surgiram no dia 23 — dor de garganta, febre baixa, dores musculares, tosse seca e coriza.  A persistência dos sinais fez com que desconfiasse que poderia estar infectado com a doença que assolava a Itália.

No dia 24 à noite, ele foi ao pronto-socorro, acompanhado da mulher. Os sintomas e o histórico de viagem ao exterior fizeram a equipe médica suspeitar rapidamente de que pudesse estar diante do primeiro caso da nova infecção. O Einstein até então havia feito cerca de trinta exames para Covid-19 em pessoas com situação semelhante, todos negativos. O resultado só seria confirmado no dia seguinte, mas o futuro paciente zero foi encaminhado para casa com a recomendação de isolamento total, com máscaras cirúrgicas e instruções de segurança para evitar contágios no trajeto e dentro de sua residência.

O comunicado positivo para a enfermidade foi feito pelo infectologista Fernando Gatti, por telefone. Ao longo de duas semanas, Gatti trocou mensagens remotamente com o doente ao menos quatro vezes por dia.


🔍Saiba mais: O que é o Coronavírus?


O CORONAVÍRUS CIRCULADO NO BRASIL

Ressalve-se que, com olhar retroativo, pode não ter sido ele o ponto de partida. Trabalho feito pela Fundação Oswaldo Cruz, no Rio, mostrou que o novo coronavírus já circulava no Brasil na primeira semana de fevereiro, vinte dias antes do primeiro caso diagnosticado. A hipótese foi levantada com base no aumento de mortes de pessoas hospitalizadas com graves sintomas respiratórios, hoje associados à infecção.

 

Fonte: Revista Veja, ano 53 – N° 23 – 3 de junho de 2020

💻 Adaptação: Cristão Alerta


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Como funciona um vírus?

Vírus - Um ser humano é construído por, no mínimo, 20 mil proteínas diferentes (há quem fale em 92 mil). 

Existe a queratina dos seus cabelos; a actina e miosina, que contraem seus músculos; a amilase, que começa a digestão do açúcar ainda na sua boca; a insulina, que controla o acesso desse açúcar às suas células... A lista é longa. Do mesmo jeito que as 400 mil palavras do português são feitas com um alfabeto de apenas 26 letras, nossas 92 mil proteínas são combinações diferentes de 20 pequenas moléculas chamadas aminoácidos.

Durante a digestão, na acidez do estômago, as proteínas de outros animais e plantas são quebradas em aminoácidos. Como palavras desmontadas em uma sopa de letrinhas. Depois, células do corpo todo usam esses aminoácidos como matéria-prima para montar suas próprias proteínas. Mas elas precisam saber as sequências certas. Para tanto, usam um dicionário de proteínas. O nome desse dicionário é DNA. Quando uma célula precisa de uma proteína, uma molécula chamada RNA mensageiro vai até o núcleo, abre o DNA, anota a receita e leva a anotação a uma estrutura chamada ribossomo, que monta a proteína.

Todo vírus é feito essencialmente das mesmas coisas que você: uma cápsula oca de proteínas e gorduras no interior da qual há um pedaço curtinho de material genético – que contém as receitas. (Quando você usa álcool gel ou sabão, destrói a cápsula do mesmo jeito que desmancha gordura de hambúrguer nas suas mãos).

Os vírus não fabricam suas proteínas
O problema é que, ao contrário de qualquer animal, planta ou bactéria, os vírus não fabricam suas proteínas por conta própria. Eles não têm a linha de montagem, o tal do ribossomo. O jeito é invadir um organismo – seja uma bactéria, seja um Homo sapiens – e sequestrar os ribossomos, fazendo com que eles fabriquem novas cápsulas virais em vez de algo útil para um humano, como queratina ou amilase. É por isso que os vírus só se reproduzem dentro de algum hospedeiro.

Sequestrar ribossomos
Para sequestrar ribossomos, primeiro é preciso penetrar em uma célula, que é protegida por uma membrana. Cada vírus dá um jeito diferente de atravessar a membrana, então vamos usar como exemplo a praga da vez:
os coronavírus que atendem pela sigla CoV.

A pandemia de Covid-19 é só a obra mais recente dessa família. Além de outras epidemias respiratórias, como a Sars, de 2002, e a Mers, de 2012, os coronavírus foram (e são) responsáveis por resfriados comuns também – junto com 200 e tantos vírus de outros tipos. Das sete linhagens conhecidas de CoV, quatro são quase inofensivas. Só causam alguns espirros.

A Coroa de Vírus
Corona, você já leu por aí, significa “coroa” em latim, porque o vírus tem a aparência de uma bola com uma coroa de espinhos. Esses espinhos, na verdade, não espetam. São só proteínas, que evoluíram para se encaixar como chaves nas fechaduras que ficam na membrana. Feito o encaixe, é só entrar.

Uma célula humana é algo realmente pequeno: você tem 37,2 trilhões delas, em geral tão minúsculas que no espaço de um milímetro cabem dez enfileiradas. Para entrar em uma célula, portanto, os vírus precisam ser cerca de cem vezes menores. Se um coronavírus particularmente gordo, com 160 nanômetros, fosse do tamanho de uma pessoa, a pessoa seria do tamanho da distância entre o Brasil e o Japão – 17 mil Km.

A Covid-19 (sigla para coronavírus disease 2019) começa quando o novo vírus acessa o nariz, a boca ou os olhos – pegando carona nas suas mãos ou suspenso no ar em gotículas de saliva após um espirro bem dado. Ele se aloja em um cantinho estratégico, a parede por
onde o muco escorre garganta abaixo. Os espinhos dele são ótimos em invadir as células dessa região. É na garganta que a maior parte dos casos de Covid-19, começa – e termina, com o vírus eliminado
pelo sistema imunológico.

Os sintomas, nesses casos, são leves: tosse seca para expulsar o invasor; febre baixa para matá-lo de calor (às vezes, nesses casos de eliminação rápida, rola uma dorzinha na cabeça ou na garganta).

Coronavírus dentro das células - Uma vez dentro da célula, o vírus começa a passar suas próprias fitas de RNA mensageiro pelos ribossomos. As organelas não percebem que a receita do invasor é uma cilada, e acabam gerando milhões de cópias das proteínas usadas para montar cápsulas de coronavírus.

As células se tornam fábricas a serviço do inimigo. No final, basta ao vírus colocar uma cópia do genoma dentro de cada uma dessas cápsulas e voilà: um novo exército está pronto. O vírus da Covid-19 não explode a célula para sair – como faz o ebola, por exemplo. Ele vence pela exaustão: a célula se dedica tanto a produzir as proteínas do corona que morre por não conseguir fabricar suas próprias proteínas.

20% dos casos de Covid-19 evoluem para um quadro mais severo, em que o vírus desce para os pulmões.

20% dos casos de Covid-19 evoluem para um quadro mais severo, em que o vírus desce para os pulmões. É que o sistema imunológico não gosta nada disso. “Assim como em outras doenças causadas por vírus, os sintomas vêm mais da resposta do corpo a ele que da atuação do vírus em si”, explica Jean Pierre Peron, imunologista do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.

É a resposta vem pesada. Os vasos sanguíneos do pulmão se dilatam para que os glóbulos brancos cheguem mais rápido ao local da infecção. Isso causa dor e inchaço. O campo de batalha fica congestionado de destroços: células mortas no fogo cruzado se misturam às que já foram assassinadas pelo vírus. Mesmo se o sistema imunológico der conta de exterminar logo o exército de coronas, a gosma de células mortas que ficaram pode deixar lesões permanentes. Já se os seus anticorpos não derem conta, e o corona seguir sua série de assassinatos, os alvéolos acabam entupidos. Aí complica de vez. Isso impede a troca de gases com o ambiente. Se não houver ventilação artificial, o paciente morre de insuficiência respiratória.


A classificação dos vírus
Vírus não têm metabolismo, não comem, respiram ou excretam. Não se reproduzem sozinhos – precisam dos hospedeiros –, e não se locomovem por conta própria. A única razão da existência de um vírus é fazer mais de si mesmo. Ele é um pedacinho de informação genética
que se replica. A razão de sua existência, diga-se, é a replicação. Os vírus se replicam simplesmente porque os que não se replicavam bem deixaram de existir.

O biólogo David Baltimore criou o sistema de classificação mais aceito, que divide os vírus em sete tipos de acordo com as moléculas que cada um usa para armazenar sua informação genética.


O Vírus usa o próprio RNA
Os vírus, ao contrário de nós, não dependem necessariamente do DNA para guardar seu genoma. Eles podem usar o próprio RNA, que normalmente é só um burro de carga, para aquela missão mais nobre de guardar as receitas de proteína. Isso até facilita as coisas, pois permite sabotar o ribossomo direto, sem ter que transcrever DNA em RNA antes.

O RNA é uma molécula bem frágil (a seleção natural não optou pelo DNAà toa: se você vai salvar todas as informações sobre você mesmo em um pen drive, é melhor usar um bom pen drive).

“Frágil”, nesse caso, significa sofrer mutações com mais frequência. Esse defeito, porém, também é um trunfo: mutações frequentes ajudam o vírus a se adaptar muito mais rápido, e superar as novidades que as nossas células criam na corrida armamentista contra invasores.

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Publicação: Uikisearch
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Referência: SUPERINTERESSANTE edição nº 414 (ISSN 0104-178-9), ano 34, n° 4, pp. 22-27

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