Nessa pandemia, o termo “ciência”
tem sido utilizado “ad nauseam”. Repetem a exaustão: “Ciência, ciência,
ciência”, eu sou “pró-ciência”, e “por ela, nela e para ela” me guio e atuo.
Mas que “ciência” seria essa para
qual apelam? E quem, em nome dessa “ciência”, estaria autorizado a falar?
Ciência (sei que há controvérsias, pois cientistas divergem até sobre o seu
significado) é “a busca desapaixonada pela verdade sobre o Universo e a vida”.
Mas por ironia, buscamos verdades
que nem sequer sabemos como essas verdades seriam, ou onde estariam. Por isso,
às vezes, por ironia, mesmo quando cientistas acham uma verdade de fato
verdadeira, duvidam até de tê-la achado. Ziguezagamos literalmente no escuro em
busca de soluções para os nossos problemas. Por isso, falamos às vezes que:
“comer ovos é ruim, aumenta o colesterol; às vezes que é bom, coma à vontade”.
Quanto à hidroxicloroquina (HCQ),
o embate científico inevitável entre teses fica nítido quando cientistas
renomados por todo o mundo e no Brasil, como o virologista Paolo Zanotto (com
7,4 mil citações científicas) e os médicos Didier Raoult (com 148 mil
citações), Philip M. Carlucci e Vladimir Zelenko, defendem seu uso baseados em
estudos e artigos, enquanto outros, também renomados e baseados nos mesmos e em
outros estudos e artigos, a condenam.