👇 Subsídios Dominical👇

Mostrando postagens com marcador Biografia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Biografia. Mostrar todas as postagens

Quem foi o Missionário Samuel Hedlund?

Missionário Samuel e Tora Hedlund com suas filhas Noemi Teresia e Dorothy Charlotte
Samuel Hedlund nasceu em 4 de maio de 1890, na cidade de Eskilstuna, na Suécia. 

Converteu-se a Cristo em 23 de novembro de 1918, passando a congregar na Igreja Filadélfia, em Estocolmo, liderada pelo pastor Lewi Pethrus. Casou-se em 1920 com a irmã Tora Larsson, com quem teve três filhas: Noemi Teresia, Dorothy Charlotte e Lilian (falecida aos 4 anos).

Irmão Hedlund recebeu, na Suécia, a chamada para trabalhar no Brasil. Ela veio através de um arrebatamento espiritual. Naquele dia, Hedlund foi levado a um campo de trigo, que balançava ao sopro do vento. Ele estava com a Bíblia na mão. Jesus caminhava à frente, no meio do trigal, até que atingiram um terreno cheio de palmeiras. Naquele lugar, uma gente que ali estava olhava atentamente para ele. À medida que Hedlund pregava a mensagem do Evangelho, o povo batia palmas e uma voz na multidão ecoava: “Brasil, Brasil, Brasil”. Nesse instante, ele despertou. Estava ajoelhado e com a Bíblia aberta à sua frente.

À noite, Hedlund foi ao culto na sua igreja, onde ouviu aquela mesma voz falando ao seu coração: “Brasil, Brasil, Brasil”. Sua reação foi abrir os lábios cm oração, dizendo: “Jesus, abençoa o Brasil”. Foi quando o irmão Alfredo Gustafsson, que estava próximo, lhe disse: “É a chamada de Deus para a sua vida”.

Ao ser informado do fato, pastor Lewi Pethrus corroborou as palavras do irmão Alfredo, afirmando: “Sei disso há muito tempo”. O ministério da Igreja Filadélfia, em Estocolmo, sentiu o mesmo. Tora, a esposa de Hedlund, disse-lhe que há tempo Deus tinha feito com que sentisse o mesmo. Então, em 1920, Samuel Hedlund foi consagrado ao santo ministério. Obedecendo à chamada de Deus, foi enviado com sua esposa ao Brasil.

Em 8 de abril de 1921, o casal Hedlund desembarcou no porto de Recife, capital pernambucana. Ali, deram o seu substancial apoio à obra iniciada pelo casal Joel e Signe Carlson. Samuel pregava, visitava enfermos e viajava a cidades longínquas.

Em novembro de 1930, embora Gunnar Vingren ainda continuasse à frente do trabalho no Rio de Janeiro, Hedlund assume o pastorado da Assembleia de Deus no Rio, com o propósito de auxiliar Vingren no que era necessário. Naquele mesmo ano, Samuel Nystrõm chegara ao Rio para também ajudar Vingren. Em 1932, Nystrõm assumiria a igreja no Rio de Janeiro. Hedlund, juntamente com o irmão Jahn Sorheim, continuaria ao lado de Nystrõm, ajudando-o. Nesse período, foi pioneiro na evangelização da cidade de Niterói (RJ). Foi ali que perdeu sua filha Lilian, aos 4 anos. Depois, foi a São Paulo.

Pastor Hedlund liderou a Assembleia de Deus cm São Paulo, atualmente Ministério do Belenzinho, até 15 de abril de 1935, quando voltou à Suécia para um período de descanso. Antes da viagem à Suécia, Hedlund fora fichado, juntamente com o jornal Mensageiro da Paz, pelo Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops) da Ditadura Vargas porque o jornal publicara, em sua edição da segunda quinzena de fevereiro de 1935, um artigo de sua autoria denominado “Bolchevismo batalhando contra o Cristianismo”, onde Hedlund fala da perseguição da Rússia comunista aos cristãos. O artigo foi entendido como uma indireta à fascista Ditadura Vargas, que prendia e perseguia discordantes do regime. Aquela edição foi confiscada e foi aberto um prontuário contra Hedlund. O Mensageiro da Paz foi fichado no Deops como “jornal religioso, anticomunista e antivarguista”, mas isso não impediu que continuasse a circular e que Hedlund continuasse a escrever e a pregar o Evangelho.

Em abril de 1936, sabendo que missionários Simon Lundgren e Ester Anderson já haviam visitado Campinas (SP) e desenvolvido um grande trabalho de evangelização através de literaturas, Samuel Hedlund fixou residência na cidade verdejante. No mesmo ano, alugou um salão na Rua Regente Feijó, 337, onde se realizaram os primeiros cultos, assistidos apenas pelos Hedlund e um senhor que fora evangelizado.

A seguir, converteram-se Joaquina Maria do Espírito Santo e Atílio Perrot. Atílio era um açougueiro tido na região como valentão e promotor de desordens. Por isso, era muito temido. A esposa do missionário convidara Joaquina, esposa de Atílio, para assistir a um culto. Na reunião, ela entregou-se a Jesus, e por isso passou a ser maltratada pelo marido. Hedlund resolveu visitá-lo, mas foi expulso da casa de Atílio, que esbravejou: “Você ganhou a minha esposa, mas a mim você não ganha. Sou católico apostólico romano e sei o que faço”. O homem de Deus não se deu por vencido e continuou orando e visitando Atílio, até que ele se converteu.

Três meses depois, em 18 de setembro de 1936, o missionário Samuel Hedlund realizou o primeiro batismo em águas, e entre os batizandos estavam Atílio e a esposa. A alegria enchia-lhes o rosto. No ato, o missionário quebrou em público o revólver que pertencera ao ex-desordeiro. Esse testemunho impactou a cidade e o trabalho começou a crescer. As conversões se multiplicaram e o salão se tornou pequeno para comportar o povo. Hedlund, então, alugou um novo salão muito maior, que logo ficou também superlotado.

Quando Samuel Hedlund se transferiu de Campinas para Recife em 1941, as estacas estavam bem firmadas e o Evangelho já se estendia por todas as partes da cidade paulista e localidades vizinhas.

Em Recife, o casal Hedlund auxiliou o casal Carlson por algum tempo. Posteriormente, retornou à Suécia, onde veio a falecer, em 28 de abril de 1983. Sua esposa, Tora, morreu em 31 de maio de 1988, aos 98 anos.

Sem dúvida, o casal de missionários Samuel e Tora Hedlund foi um grande exemplo de persistência e na obra do Senhor.

Fonte: Jornal Mensageiro da Paz

VEJA TAMBÉM ESSAS PUBLICAÇÕES:

Compartilhar:

Nicholas Winton, o Judeu Pentecostal que salvou centenas de Crianças

Nicholas Winton
🎯 Em 2002, Nicholas Winton foi sagrado cavaleiro pela rainha Elizabeth 2ª. Foi homenageado pelo governo Tcheco, recebeu agradecimento formal dos Estados Unidos e é amado em Israel.

Viagens costumam revelar surpresas, mas dificilmente o jovem inglês Nicholas Winton, de 29 anos, estivesse preparado para o que sucederia em Praga por ocasião de sua estada, em companhia de um amigo, no ano de 1939. 

O clima de medo que tomava a Tchecoslováquia anunciava bem o início da guerra que se deflagaria naquele mesmo ano, em primeiro de setembro. Causou-lhe especial constrangimento a situação dos judeus locais e a certeza de que algo de terrível viria a acontecer. Winton idealizou mandar para fora da Europa o máximo de crianças que conseguisse. Decidido, escreveu cartas endereçadas a vários países, relatando os fatos e solicitando abrigo para os menores. Infelizmente, apenas a Inglaterra e a Suécia responderam, o que levou à elaboração de uma lista contendo a relação das famílias, abrigos e orfanatos dispostos a socorrer os pequeninos judeus.

Existe um raro filme em que m jovem é mostrado numa estação de trem do Reino Unido recebendo uma grande leva de crianças. O inglês sorri enquanto sustenta no colo um de seus recém-chegados passageiros. Ao todo, a iniciativa salvou 669 crianças. Teriam sido mais, não fora a interceptação de um último trem, partindo de Praga, pelas tropas nazistas. 

A composição transportava 250 crianças que não tiveram a chance de sobreviver. É preciso lembrar que as limitações da força de trabalho infantil faziam com que aos pequenos se reservasse a morte sumária ou o uso em experiências médicas justificadamente chamadas de monstruosas, das quais poucas ‘cobaias humanas1 escaparam. A rápida ação do jovem inglês a partir do impacto sofrido em sua viagem permitiram o livramento de centenas de crianças. Algumas delas lembram a despedida de seus pais e algumas relatam o sentimento presente em seus corações de que nunca mais tornariam a vê-los. De fato, suas famílias foram assassinadas.

Os feitos de Nicholas Winton (1909-2015) teriam ficado no esquecimento, não fosse o achado de sua esposa durante uma limpeza no porão da casa. Ali, num velho baú, encontrou fotos, bem organizadas listas contendo os nomes de crianças e das famílias e instituições que as abrigaram, além de documentos e anotações. Somente naquela ocasião, em 1988, a senhora Winton tomou conhecimento do passado de seu discreto marido. As informações foram transmitidas à imprensa e tornadas públicas em um programa de televisão (BBC That's Life!) a que se pode ter acesso pela internet. 

A maneira como a jornalista relatou a história emocionou a todos. Na plateia estavam presentes não apenas o herói e sua esposa, mas vários sobreviventes, postos de pé quando a apresentadora perguntou: “Quem, na plateia, teve a vida salva por Nicholas Winton, fique de pé, por favor”. Lágrimas, aplausos e a gratidão expressa por todos compuserem uma justa homenagem ao salvador de tantas vidas. Hoje, eles são engenheiros, biólogos, construtores, jornalistas, mães, avós, com a característica de terem se tornado adultos generosos e dados a ações voluntárias de cooperação. Muitos deles adotaram crianças em situação de abandono ou risco.

Em 2002, Nicholas Winton foi sagrado cavaleiro pela rainha Elizabeth 2ª. Foi homenageado pelo governo Tcheco, recebeu agradecimento formal dos Estados Unidos e é amado em Israel. Morreu aos 106 anos, sendo conhecido como o Schindler Britânico. O repórter Geneton Moraes Neto teve a oportunidade de entrevistá-lo para a televisão brasileira e perguntou-lhe sobre sua importante missão. Winton negou a alcunha de herói, pois, segundo ele, nada fez de perigoso e tudo o que ainda desejava na vida era cuidar. Mas a expressão que melhor resumiu seu caráter foi: “Se algo não é obviamente impossível, então deve haver uma maneira de fazê-lo”. Winton era um cristão pentecostal e filho de judeus alemães.


Partindo do exemplo de Winton, precisamos crer na possibilidade de colocar a salvo crianças judias dadas à morte constante e diariamente em Israel. Alguns estimam em 100 perdas diárias, o que alcançaria um total de mais de 36 mil crianças por ano. Outras pesquisas alcançam o espantoso número de 60 mil crianças. Se tomarmos uma ‘média’ de 50 mil mortes anuais, em poucas décadas chagaríamos ao total de 1 milhão e 500 mil perdas, mesmo número de vítimas infantis do Holocausto. Assim, em 30 anos, Israel pode equiparar-se numericamente (se já não o fez) ao feito de seus algozes contra sua própria existência - e isso através da prática de abortos.

Em 1977, o Parlamento israelense legalizou o aborto no país e, desde então, milhares de bebês são mortos todos os anos. As normas relativas ao aborto foram depois modificadas durante o biênio 2013/2014. Hoje, são reconhecidas cinco razões pelas quais uma mulher pode abortar: em primeiro lugar, se tiver menos de 20 ou mais de 40 anos; em segundo lugar, se a gravidez é fruto de incesto, ato consensual ou não com menor de idade (abaixo de 18 anos) ou filho de mulher que não possua vínculo matrimonial; em terceiro lugar, considera-se válido o aborto de “naciturnos não viáveis” (portadores de deficiências graves); em quarto lugar, é possível o aborto quando há risco de vida para a mulher; em quinto e último lugar, de acordo com um acréscimo à lei, permite-se o aborto em mulheres que estejam prestando o serviço militar, caso em que até dois abortos são pagos pelo governo durante o tempo do recrutamento. Todo o aborto precisa ser aprovado por um comitê de três membros, composto por um gineco-obstetra, outro gineco-obstetra, psiquiatra, especialista em saúde pública ou medicina familiar e um trabalhador social. Há 41 comitês para aprovação de abortos em Israel e a grande maioria das solicitações é aceita.

A comunidade judaica dispõe de ONGs, como a EFRAT, fundada no mesmo ano de 1977, cujo objetivo é dar suporte a mães decididas a abortar, oferecendo ajuda na forma de instrução, comida, bebida, roupas, para que repensem sua decisão, uma vez que 70% dos abortos no país são praticados, na verdade, por causas econômicas. Dessa forma, através de cooperadores voluntários, a ONG oferece suporte, pelo prazo de dois anos, às mães e seus bebês. O fundador da instituição reflete a lógica de que um país de sobreviventes não pode destruir seus filhos, e lembra a conhecida expressão ancestral: “aquele que salva uma vida salva o mundo inteiro”.

A crueza dos números revela o distanciamento não apenas do valor da vida, mas de seu Criador. A mortandade dos filhos de Israel não está oculta aos olhos do Eterno e algo precisa ser mudado, algo precisa ser feito. Façamos, pois! Não é possível ignorar e não é impossível orar, aconselhar e ensinar. Não é impossível dar suporte aqui ou lá, a qualquer um mesmo pequenino ser humano, cuja vida esteja em risco. É sempre possível organizar “rotas de fuga” que nos permitam ajudar e livrar nossas mãos do sangue inocente. Olhando à volta, em nossas “viagens”, talvez nos deparemos com o olhar angustiado de uma mulher decidindo entre a vida e a morte de seu bebê. Pequenas iniciativas podem valer a preservação do futuro de uma nação. Deus salve a nação de Israel!

Compartilhar:

Pr. Antonio Gilberto da Silva, o maior Teólogo Pentecostal do Brasil

Pastor Antonio Gilberto da Silva
🙌 Em sua trajetória ministerial, pastor Antonio Gilberto acumulou várias funções e distinções na obra de Deus no Brasil e no mundo. 


Faleceu no dia 30 de julho, aos 91 anos, na cidade do Rio de Janeiro, o pastor Antonio Gilberto da Silva, considerado por muitos o maior nome da teologia pentecostal no Brasil. Ele destacou-se como educador, jornalista, teólogo, autor de best-sellers e articulista, e como uma referência na área de Escola Dominical e de Teologia Pentecostal no país.

Antonio Gilberto nasceu em 7 de junho de 1927, na cidade de Várzeas (RN). Converteu-se aos 14 anos de idade por meio de seu irmão mais velho José Apolonio da Silva, que se tornaria também pastor nas Assembleias de Deus como ele. Em 1948, ingressou na Marinha do Brasil, onde serviu como fuzileiro naval. No mesmo ano de seu ingresso no serviço militar, foi transferido ao Rio de Janeiro, onde passou a congregar na Assembleia de Deus em São Cristóvão.

Antonio Gilberto na NASA

Um fato curioso de sua vida profissional é que, entre 1968 e 1972, durante a chamada “Corrida Espacial” (1957-1975), que colocava frente a frente o bloco ocidental, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco soviético, na chamada Guerra Fria, o irmão Gilberto foi enviado com outro militar brasileiro aos Estados Unidos para realizar três cursos na NASA, a Agência Espacial Americana, numa parceria do governo brasileiro com o norte-americano durante o período do Programa Apollo (1961-1972), que consistia em um conjunto de missões espaciais coordenadas pela NASA com o objetivo de colocar o homem na Lua (Em 1969, a missão Apollo 11 seria a primeira a chegar à Lua). Na época, o governo norte-americano havia destinado duas vagas para o Brasil - um dos países parceiros do bloco ocidental - para participar do projeto e o irmão Gilberto, após exames técnicos, foi um dos aprovados dentre mais de 800 candidatos das três Forças Armadas brasileiras, com nota 9,8.

Foram quatro anos estudando nos EUA, fazendo cursos nas áreas de Física Espacial, Orbitagem e Sub-Orbitagem, com apenas um pequeno intervalo para vir ao Brasil trabalhar no Centro de Tecnologia Aeroespacial, em São José dos Campos (SP), onde hoje é a Embraer. No Programa Apollo, irmão Gilberto chegou a auxiliar uma das equipes do projeto. No Brasil, ele trabalhou na Marinha nas áreas de Eletrônica e Comunicações e passaria para a reserva em 17 de fevereiro de 1978. Mesmo não mais na ativa, recebia ainda as publicações oficiais da NASA até o final de sua vida.

Família e primeiros passos como obreiro no Rio de Janeiro

Antonio Gilberto sentiu o chamado de Deus para trabalhar na sua obra em 1943, quando ele tinha 16 anos de idade e apenas dois anos de vida com Cristo. Em 1952, irmão Gilberto foi batizado no Espírito Santo na Assembleia de Deus da Penha, no Rio de Janeiro, então congregação da AD em São Cristóvão. No ano seguinte, mais precisamente em 29 de agosto de 1953, casou-se com a irmã Iolanda Valente da Silva, sua fiel companheira. Foram 65 anos de um feliz matrimônio. Desta união nasceram quatro filhos: Isaque, Ismael, Gil e Ismat, todos firmes na igreja, sendo Gil e Ismar obreiros. Ao falecer, pastor Gilberto deixou não apenas a viúva, os filhos e as noras, mas netos e bisnetos.

Após ser batizado no Espírito Santo e casar-se, foi separado para o presbitério pelo missionário Nels Nelson, então líder da Assembleia de Deus em São Cristóvão. Nessa época, começou seu ministério de ensino. Sua primeira grande missão nessa área foi reestruturar toda a Escola Dominical da AD carioca. É nessa época também que começam a aparecer seus primeiros artigos nos periódicos da CPAD.

📖 Uma vida dedicada ao ensino

Graduado em Teologia, Letras, Psicologia e Pedagogia, irmão Gilberto obteve seu mestrado em Educação pela Universidade Biola, nos Estados Unidos, sendo um profundo conhecedor dos idiomas
O pastor Antonio Gilberto serviu na Marinha de Guerra; nesse período, ele foi selecionado para realizar três cursos na NASA, a Agência Espacial Americana bíblicos hebraico e grego. Falava fluentemente inglês, além de outros idiomas.

Em 1961, irmão Gilberto fundou, juntamente com o missionário norte-americano Nils Lawrence Olson e o pastor Gilberto Malafaia, o Instituto Bíblico Pentecostal (IBP) no Rio de Janeiro. Nos primeiros anos do IBP, ele foi o 2° vice-presidente da instituição e depois diretor de 2004 a 2005, tendo também lecionado no IBP por 22 anos as matérias de Bibliologia, Heresiologia e Teologia Sistemática.

Após um período de três anos cooperando na Assembleia de Deus em Rio Comprido, no Rio de Janeiro (RJ), onde seu irmão, pastor José Apolônio, era líder, mudou-se para a Assembleia de Deus em Cordovil, também no Rio de Janeiro, em 11 de junho de 1974. Nesse mesmo ano, a pedido do Conselho Administrativo da CPAD, que desejava que houvesse um maior investimento na área de educação cristã na denominação, irmão Gilberto fundou 0 Departamento de Escola Dominical da CPAD e o Curso de Aperfeiçoamento de Escola Dominical (CAPED), promovido pela Casa.

Irmão Gilberto foi ordenado pastor em 1976, mesmo ano que foi convidado pelo missionário norte-americano Bernhard Johnson para outra grande missão: fazer parte do projeto de criação da Escola de Ensino Teológico das Assembleias de Deus, a EETAD. Ele chefiou a equipe redatorial do primeiro currículo do Curso de Teologia da instituição.

Era a quarta grande tarefa na área do ensino em sua vida de obreiro em pouco mais de 20 anos: primeiro, foi a reestruturação da Escola Dominical da Assembleia de Deus em São Cristóvão nos anos 50, que se tornou naqueles dias uma referência nesse aspecto dentro da denominação; depois, a fundação do Instituto Bíblico Pentecostal no início dos anos 60 juntamente com o missionário Lawrence Olson; em seguida, a criação do Departamento de Escola Dominical da CPAD e do CAPED em 1974; e por fim, sua “participação crucial na criação da EETAD” em 1976, conforme palavras do pastor Terrence Johnson, filho do missionário Bernhard Johnson e atual diretor dessa respeitada instituição, que já formou mais de 50 mil alunos em seus 42 anos de existência.

🔥 Ocupações na obra de Deus

Em sua trajetória ministerial, pastor Antonio Gilberto acumulou várias funções e distinções na obra de Deus no Brasil e no mundo. Ele foi, por exemplo, membro do Conselho Mundial de Evangelismo do célebre Congresso de Lausanne, na Suíça, realizado em 1974, e era membro da diretoria da Sociedade Bíblica do Brasil, além de membro do Conselho Diretor da Global University, nos Estados Unidos, desde 1999, instituição que tem quase meio milhão de alunos em todo o mundo. Ele foi ainda diretor de Publicações da CPAD de 1989 a 1992, época em que começou a trabalhar como editor da “Bíblia de Estudo Pentecostal”, lançada em 1995 e que se tornaria a Bíblia de estudo mais vendida no Brasil até hoje, com milhões de exemplares vendidos.

Junto à Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), ele foi primeiro-secretário da Junta Executiva da CGADB em 1977, membro do Conselho de Doutrina da instituição em 1979 e do Conselho de Educação e Cultura Religiosa em 1985. Fez parte também de diversas comissões especiais da CGADB envolvendo sobretudo questões doutrinários. Pastor Gilberto ocupou ainda cargos na diretoria da EETAD, da FAETAD e da ABEM, ligadas ao Ministério Bernhard Johnson.

Em 1996, pastor Gilberto tomaria posse na Academia Evangélica de Letras do Brasil e, no ano seguinte, se tornaria consultor doutrinário e teológico da CPAD, função que exerceu junto à Casa até o final de sua vida. Em 2004, ainda se tornaria um dos membros fundadores da Casa de Letras Emílio Conde, ligada às Assembleias de Deus no Brasil; e em 2012, aceitaria o convite para ser membro do quadro de referência de teólogos da Associação Evangélica de Educação Teológica da América Latina (AETAL). Em 2017, a AETAL lhe conferiria o título de “Personalidade Teológica do Ano”.

Em seus mais de 60 anos de ministério profícuo na área do ensino, pastor Gilberto viajou o Brasil inteiro inúmeras vezes e percorreu muitos países dos cinco continentes. Era convidado para ministrar sobretudo nas principais Escolas Bíblicas de Obreiros das Assembleias de Deus pelo Brasil e a dar palestras em instituições evangélicas de ensino. Ele começou a ministrar em Escolas Bíblicas de Obreiros em 1954. Pastor Gilberto também ministrava diversos seminários sobre Doutrinas Bíblicas Fundamentais, Teologia Pastoral, Família, Escola Dominical e Doutrinas Bíblicas Pentecostais.

Durante sua carreira ministerial, pastor Antonio Gilberto recebeu convites para pastorear igrejas, mas sempre recusava, dizendo que sua chamada era para a área do ensino.

📚 Suas principais obras

O primeiro livro da lavra do pastor Gilberto foi “A Prática do Evangelismo Pessoal”, que lhe ocorreu quando estava bastante envolvido nos trabalhos de Escola Dominical e cultos de pregação ao ar livre. Seus livros são todos best-sellers, somando milhões de exemplares vendidos. Algumas de suas obras mais conhecidas são “Manual de Escola Dominical”, com centenas de milhares de exemplares vendidos em português e também publicado em espanhol; “A Bíblia Através dos Séculos”, “Crescimento em Cristo”, “Escatologia Bíblica”, “o Calendário da Profecia Bíblica”, “Bibliologia”, “Daniel e o Apocalipse” e “Verdades Bíblicas Pentecostais”, dentre outros.

Ao todo, pastor Gilberto escreveu 20 títulos, entre obras publicadas no Brasil e no exterior. Seu livro “O Fruto do Espírito” foi lançado originalmente em inglês na Bélgica em 1984 antes de ser lançado pela CPAD em 2004. Ele é uma versão menor de sua obra mais vendida, “Abundant Living” (“Vida Abundante”), com cerca de 800 páginas e que consiste em. um estudo em Gálatas 5.22. Esta obra foi publicada pela Global University em 78 idiomas, com 19 milhões de exemplares vendidos no mundo. Pastor Gilberto abriu mão de receber os direitos autorais desse livro em favor daquela universidade.

ACPAD deverá lançar em 2019 a “Bíblia de Estudo Antonio Gilberto”, que reúne anotações e artigos do pastor Gilberto que perpassam todos os livros da Bíblia.

Além de livros, pastor Gilberto escreveu mais de uma centena de artigos para alguns dos principais periódicos pentecostais do Brasil, Portugal e Estados Unidos. Ele foi também um dos principais comentaristas da revista “Lições Bíblicas” de Escola Dominical da CPAD, a mais vendida revista de ensino bíblico dominical do país. No entanto, a maior obra do ministério do pastor Antonio Gilberto são as milhões de vidas abençoadas através de seu ministério, seja através de um artigo, um livro, uma aula, uma conversa, um conselho, um estudo bíblico ou um comentário de revista de Escola Dominical. Sobre ele, se aplica, sem dúvida, a promessa divina registrada em Daniel 12.3: “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente”.
Compartilhar:

Revista Digital Cristão Alerta

Acesse Aqui As Edições de Nossa Revista


CURSOS BÍBLICOS PARA VOCÊ:

1) CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA Clique Aqui
2) CURSO MÉDIO EM TEOLOGIAClique Aqui
3) Formação de Professores da Escola Dominical Clique Aqui
5) CURSO OBREIRO APROVADO - Clique Aqui


Matricule-se já !