A Doutrina da Imputação em Filemom

1. QUEM ERA FILEMOM?

Quem era Filemom? O destinatário da epístola enviada pelo apóstolo Paulo morava em Colossos, na Ásia Menor.

Filemon era um homem rico e mantinha a Igreja em sua residência. Mas um seu escravo chamado Onésimo havia furtado algo e fugido para Roma. Lá, encontrou-se com Paulo, que o evangelizou e ganhou para Cristo.

Vendo a necessidade de corrigir o mal que Onésimo havia provocado, o apóstolo Paulo o enviou de volta ao seu amo, porém ele não voltou sozinho, Tíquico, um dos cooperadores de Paulo o acompanhou, além disso, o escravo viajou portando uma carta na qual Filmenom era exortado a recebê-lo de volta, exercesse misericórdia e tê-lo como irmão em Cristo.

O apóstolo Paulo entendia que a dívida de Onésimo deveria ser paga, mas o escravo não tinha como quitar o débito, dessa forma, o apóstolo Paulo comprometeu-se a pagar a sua dívida (Fm 1.17,18). Nessa emocionante passagem, o Apóstolo dos Gentios nos oferece um exemplo da doutrina da imputação.

2. A DOUTRINA DA IMPUTAÇÃO

Mas o que vem a ser imputação? Segundo o consultor teológico da CPAD, pastor Claudionor de Andrade, a ideia de imputação nas três línguas clássicas [do Lat. Imputare; do Gr. logizomai; do Hb. Hasad] é uma só: creditar na conta de alguém.

Trata-se de uma declaração formal de que determinada ação foi, de fato, praticada pelo indivíduo em juízo. No que concerne a justificação pela fé, o Senhor Deus, em vez de considerar culpado o pecador arrependido, declara-o justo com base no mérito de Cristo Jesus (Rm 4.7; 2Co 5.19).

🎯 A imputação é o lançamento ou creditamento da justiça de Cristo em nosso favor, mediante a nossa fé em Cristo (Rm 4.3ss; Gl 2.16ss; 3.6-8; Gn 15.6; Tg 2.23), “o Senhor justiça nossa” (Jr 23.6); "mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus [...] justiça” (1Co 1.30).

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3. PAULO SE APRESENTOU COMO MEDIADOR ENTRE ONÉSIMO E FILEMON

Paulo pagou a dívida de Onésimo, o escravo fugitivo que se converteu e foi aconselhado a retornar à casa de seu senhor. Como dito antes, Onésimo não tinha meios de saldar os prejuízos causados ao seu dono e isto deveria ser feito antes de qualquer restauração. Logo, o seu mentor assumiu suas dívidas e pediu a Filemon que recebesse o escravo como se fosse ele mesmo.

Paulo se apresentou como mediador entre Onésimo e Filemon para quitar todo o débito do escravo. A dívida de Onésimo foi colocada na conta do apóstolo, que se dispôs a pagá-la. O pecado da humanidade foi imputado por Deus Pai a Deus Filho. A nossa dívida era impagável, mas Cristo a quitou para nós (Jo 19.30). Jesus tomou a nossa dívida que tínhamos com Deus e cobrou de Si mesmo nosso débito, colocando Sua justiça em nossa conta (Is 53.4-6; 2Co 5.21; 1Pe 2.24).

4. A TRANSFERÊNCIA DE NOSSA PRÓPRIA DÍVIDA

A dívida que pesava sobre os nossos ombros foi transferida para Cristo, a imputação, o ajuste de contas, no qual Deus computou na “coluna de débito” de Jesus Cristo, aquilo que realmente não lhe cabia, pois não tinha pecado.

🎯 O escritor William Macdonald diz que: “não podemos ler isso sem recordar da enorme dívida que tínhamos contraído como pecadores, e como tudo foi colocado na conta do Senhor Jesus no calvário. Ele pagou a dívida toda quando morreu como nosso substituto”.


Paulo, ao assumir a dívida de Onésimo, nos mostra o que Deus fez por nós em Jesus Cristo, analogamente, o apóstolo Paulo assumiu a dívida de Onésimo, solicitando que Filemon, que tinha sido prejudicado, lançasse o débito em sua conta. Do mesmo modo Jesus Cristo tomou a dívida que tínhamos. Por causa do pecado e da desobediência a Deus, estávamos condenados a passar a eternidade longe do Senhor, porém Jesus, “agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26).

Jesus, além de pagar a nossa dívida, pagando o preço pelos nossos pecados, nos tornou justificados. Recebemos esse benefício pela fé (Rm 5.1). Glória a Deus!


Referência: SILVA, Ismael Ferreira. A doutrina da imputação em Filemom. Mensageiro da Paz, abril de 2019.

Adaptação: www.cristaoalerta.com.br


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