A Lei, a Graça e o Corpo de Cristo

🎯 Jesus veio revelar o negativo da Lei e trazer o positivo da Graça, que orienta, encoraja e produz o amor, que constrói para a eternidade. 
Muitos afirma que a Lei e a Graça se chocam. Porém, apesar de serem diferentes, elas não se chocam, mas se completam.

Uma das diferenças mais significativas entre a Lei e a Graça é que a Lei é negativa, pois procura evitar o mal através de proibições e ameaças. Ela nos orienta para fazermos a vontade de Deus, dando-nos os recursos necessários para tal. Já a Graça é positiva e dinâmica: “Porei dentro de vós o meu Espirito c farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”, Ez 36.27.

Na Lei predomina o “não”: “Não faça isso! Não faça aquilo!” Na graça predomina o “sim”: “Pois Jesus Cristo, o Filho de Deus (...) não é sim e não ao mesmo tempo. Pelo contrário, ele é o sim de Deus. Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim”, 2Co 1.19-20. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também vós, porque esta é a lei e os profetas”, Mt 7.12. “Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”, Jo 13.17.

Os negativos do filme que nós usamos durante as férias contêm as imagens que queríamos gravar, mas só depois de revelados é que apresentarão toda a beleza do que foi filmado. Os negativos representam a Lei: “Não terás outros deuses, não matarás não furtarás, não cobiçarás, (...) não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquilo outro” (Êx 20 e Cl 2.21).

Jesus veio revelar o negativo da Lei e trazer o positivo da Graça, que orienta, encoraja e produz o amor, que constrói para a eternidade. “O Deus Unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou”, Jo 1.18.


Jesus orou longamente por nossa união e nos exortou a imitá-lo: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (...) Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes (...) Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros (...) A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam perfeitos na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste”, Jo 13.15,17,35; 17.20-23.

Disse o apóstolo João: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte (...) “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”, (1Jo 3.14; 4.20.

Esta palavra pastoral é completada ao lermos o apóstolo Paulo em Romanos 12: “Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros (...) O amor seja sem hipocrisia (...) Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros (..) Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram (...) Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”. Leia, para sua edificação, todo o capítulo 12 de Romanos!

O Corpo de Cristo

Sabedores da importância da Lei e da Graça, voltemos nossos olhos agora para os nossos deveres como membros do Corpo de Cristo. Somente a inspiração do Espírito Santo usando a pena de um exímio escritor, como Paulo de Tarso, criaria uma metáfora tão adequada, tão bela e tão perfeita como esta de sermos nós, os crentes, um corpo, o Corpo de Cristo.

“Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes. E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo. Assim, também, todos nós, judeus e não-judeus, escravos e livres, fomos batizados pelo mesmo Espírito para formarmos um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do mesmo Espírito. Desse modo não existe divisão no corpo, mas todas as suas partes têm o mesmo interesse umas pelas outras. Se uma parte do corpo sofre, todas as outras sofrem com ela. Se uma é elogiada, todas as outras se alegram com ela. Vocês são o corpo de Cristo, e cada um é uma parte desse corpo”, 1Co 12.12-27, na versão da Bíblia na Linguagem de Hoje.

O Espírito Santo nos “convence do pecado, da justiça e do Juízo” (Jo 16.8) e nos batiza, isto é, nos insere, mergulha, enxerta no Corpo de Cristo, quando o aceitamos Jesus como nosso Salvador e Senhor, conforme lemos em 1 Coríntios 12. Daí em diante, passamos a fazer parte de um organismo divino-humano: A Igreja de Deus (1Co 1.2) ou Assembleia de Deus, uma vez que a palavra grega ekklesia, traduzida por igreja, significa assembleia.

Estaremos procedendo realmente como membros desse Corpo? Sofremos verdadeiramente ao sabermos que algum irmão está sofrendo? Que temos feito para diminuir ou suprimir os seus sofrimentos?

Veja alguns exemplos do que os membros do nosso corpo fazem.

👉1) A nossa boca “se enche d’água” só em pensarmos em uma “banda” de limão sendo esfregada em nossa língua. Por quê? É que as glândulas salivares são motivadas a produzirem mais saliva, jogando-a na boca para diluir o ácido cítrico do limão, evitando, assim, a cauterização das papilas gustativas da nossa língua.

👉2) Quando ouvimos um estampido, fechamos os olhos, não é verdade? Este é mais um lindo exemplo da solidariedade que reina entre os membros do nosso corpo. Uma explosão espalha estilhaços que podem ferir a delicada membrana transparente do nosso olho, deixando-o cego. Por isso, antes que pensemos em fechar os olhos, a irmã mais forte, a pálpebra, voluntariamente recobre com o seu próprio corpo a sua irmã mais fraca, a córnea, oferecendo-se para ser ferida em seu lugar, evitando, assim, maior dano para você.

Estará acontecendo esse tipo de solidariedade entre nós, na nossa Igreja? Procuramos defender, ajudar nossos irmãos, mesmo nos sujeitando a sofrer algum prejuízo?

Se isso está acontecendo, aleluia! Estamos vivendo o cristianismo! Mas se procuramos acusá-los ou prejudica-los, merecemos esta reprimenda do apóstolo Paulo: “O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos!”, 1Co 6.7-8.

Frequentemente ouvimos este versículo recitado na Igreja: “Oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!”, Sl 33.1.

Realmente, tal convívio é uma bênção para toda família, mas cristianismo é bem mais do que isso. Cristianismo é viver o amor, como um sentimento diligente em alto grau. O amor sempre traz o bem, tanto a quem o dá, como a quem o recebe, e se caracteriza mais pelas ações do que pelas emoções.

Referências: BARCELLOS, Edmar Cunha de.A Lei, a Graça e o Corpo de Cristo. Jornal Mensageiro da Paz, julho, 2005, p.13

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