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Revista Cristão Alerta – Edição 21 | 2° Trimestre 2025: O Verbo se Fez Carne

Lição 5: Jesus é Deus [ 1° trimestre 2025 CPAD]

EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência

Comentarista: Esequias Soares | Data: 2 de Fevereiro de 2025

TEXTO ÁUREO

"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (Jo 1.1)

VERDADE PRÁTICA

A divindade de Jesus está muito clara e direta na Bíblia, além de ser revelada no seu ministério terreno, na manifestação dos seus atributos e obras divinas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda Sl 45.6,7

A divindade de Jesus segundo o salmista

Terça - Is 9.6

A deidade absoluta do Messias segundo o profeta

Quarta Jo 8.58

Jesus é o mesmo "Grande Eu Sou", do Antigo Testamento

Quinta - Tt 2.13

A divindade do Senhor Jesus segundo o apóstolo Paulo

Sexta 2 Pe 1.1

A deidade absoluta de Cristo segundo o apóstolo Pedro

Sábado 1 Jo 5.20

O Senhor Jesus é o verdadeiro Deus segundo o apóstolo João

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 1.1-4,9-14

1 - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

2 - Ele estava no princípio com Deus.

3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

4- Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;

9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,

10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.

11- Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

12- Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome,

13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.

14- E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Hinos Sugeridos: 17, 41, 545 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA [do professor]

1. INTRODUÇÃO

A divindade de Cristo é revelada em toda a Bíblia, não apenas no Novo Testamento. Isaías, o profeta messiânico, anunciou aproximadamente em 735 a.C. a vinda miraculosa do Emanuel, cuja tradução literal é "Deus conosco" (Is 7.14). Jesus, o Deus encarnado, veio como o prometido, cumprindo toda a Escritura.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Demonstrar na Bíblia a natureza divina de Jesus;

II) Explicar a heresia do Arianismo;

III) Apresentar as implicações do Arianismo na atualidade.


B) Motivação: Jesus disse que só os que permanecessem em sua Palavra seriam de fato seus discípulos; e então "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo 8.31,32). Sabemos que Cristo é a verdade (Jo 14.6). Por isso, é crucial conhecermos a Palavra encarnada.

 

C) Sugestão de Método: Aproveite as inúmeras referências bíblicas como embasamento dessa lição para envolver a classe no decorrer da aula. Previamente, você pode co- locar as referências que considera de leitura essencial para o debate em classe, separadamente, em tiras de papel e sorteá-las no início da aula para os alunos voluntários as lerem quando você solicitar.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Para além do conhecimento teológico sobre a divindade de Cristo, devemos viver em coerência com os ensinamentos dEle; seguirmos os seus passos, proclamar o Reino de Deus com o nosso viver diário.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão.

Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto "O Filho é Deus", após o primeiro tópico, enfatiza a fundamentação bíblica sobre a divindade de Jesus;

2) O texto "Arianismo e o Concílio de Nicéia e de Constantinopla", ao final do segundo tópico, resume a origem do Arianismo e o posicionamento da Igreja para combatê-lo.

INTRODUÇÃO

O apóstolo João, como judeu monoteísta instruído na sinagoga, não está apresentando um novo Deus, mas colocando o Verbo dentro da divindade dos seus antepassados. O apóstolo não admitia, em hipótese alguma, outra divindade, senão só, e somente só, o Deus Javé de Israel (Mc 12.28-30). Por isso, no prólogo do seu Evangelho ele descreve o Verbo com os atributos da deidade, aqueles que mais se destacam no seu relato do começo ao fim.

Palavra-Chave Emanuel


I- A DOUTRINA BÍBLICA DA DIVINDADE DE JESUS

1. Jesus é Deus.

O Novo Testamento é direto quanto à natureza divina de Jesus: "E o Verbo era Deus" (Jo 1.1); "Ao que Tomé lhe respondeu: Senhor meu e Deus meu!" (Jo 20.28); "mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo" (Fp 2.6, NAA); "para conhecimento do mistério de Deus, que é Cristo" (Cl 2.2, NAA); "e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (Tt 2.13, NAA); "aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 1.1, NAA); "E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 Jo 5.20, NAA).


2. Seus atributos absolutos.

Os atributos são perfeições próprias da essência de Deus. Os atributos absolutos ou incomunicáveis são exclusivos da divindade como onipotência, eternidade, onisciência e onipresença. A onipotência significa "ter todo poder, ser todo-poderoso", Jesus é onipotente (Mt 28.18; Ef 1,21; Ap 1.8). Ele é eterno (Is 9.6; Mq 5.2; Hb 13.8). "No princípio era o Verbo" (Jo 1.1) indica que Ele já existia antes mesmo da criação com o Pai (Gn 1.1). A onipresença é o poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, Jesus é onipresente (Mt 18.20; 28.20). A onisciência é o conhecimento perfeito e absoluto que Deus possui de todas as coisas, de todos os eventos e de todas as circunstâncias por toda a eternidade passada e futura. Jesus possui esse atributo (Mt 17.27; Jo 1.47, 48; 2.24, 25; 4.17, 18; 16.30; 21.17).


SINOPSE I

A Bíblia demonstra claramente a natureza divina de Jesus Cristo, bem como seus atributos.


AUXÍLIO DOUTRINÁRIO

"O FILHO É DEUS

O Senhor Jesus Cristo é, desde a eternidade, o único Filho de Deus e possui a mesma natureza do Pai, como afirmam os credos: 'consubstancial com o Pai', em grego, homooúsion to patrí, que significa 'da mesma substância com o Pai', qualifica a unidade de essência do Pai e do Filho. Jesus disse: 'Eu e o Pai somos um' (Jo 10.30). Ele é a segunda pessoa da Trindade e que foi enviado pelo Pai ao mundo. Ensinamos que o Filho se fez carne, possuindo agora duas naturezas, a divina e a humana, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Acreditamos em sua concepção sem pecado no ventre da virgem Maria.


Negamos que tenha sido criado ou passado a existir somente depois que foi gerado por obra do Espírito Santo. Confessamos que o Filho é autoexistente (Jo 5.26; 8.58) e eterno, que voluntariamente se sujeita ao Pai. Que, em obediência ao plano do Pai, morreu e ressuscitou para que o mundo fosse salvo" (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.43).


II - A HERESIA QUE NEGA A DIVINDADE DE JESUS

1. Arianismo.

Os primeiros a negarem a divindade de Jesus foram os ebionitas, seguidos pelos monarquianistas dinâmicos, mas a heresia principal que abalou os fundamentos da igreja foi o Arianismo. O termo "arianismo" vem de Ário, o expoente dessa doutrina em Alexandria a partir do ano 318. Ele negava a divindade de Cristo e o considerava como um deus de segunda categoria. Ário rejeitava a eternidade do Verbo; embora defendesse sua existência antes da encarnação, recusava que fosse Ele eterno com o Pai, insistindo na tese de que o Verbo foi criado como primeira criatura de Deus. A palavra de ordem arianista era: "houve tempo que o Verbo não existia".

 

2. Suas explicações.

Ário e seus seguidores pensavam as Escrituras aqui e acolá em busca de algumas passagens bíblicas para dar sustentação às suas crenças. Seguem algumas delas, as mais emblemáticas: "O Senhor me criou no princípio dos seus caminhos" (Pv 8.22 LXX); "o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação" (Cl 1.15); "houve tempo em que o Filho não existia". Outra passagem favorita era: "E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17.3). Com isso ignoravam todo o pensamento bíblico que defende a eternidade e a deidade de Cristo (Jo 1.1-3).


3. Como solucionar a controvérsia?

A tradução "criou" de Provérbios 8.22 da Septuaginta é opcional, pois o verbo hebraico nessa passagem é qānâ, "obter, adquirir, criar", mas o sentido de "criar" para "trazer à existência algo do nada" é o verbo bārā', como em Gênesis 1.1. 

O texto de Colossenses 1.15 diz que Jesus é o primogênito de toda a criação, e não o primogênito de Deus. A palavra prototokos, "primogênito, primeiro, chefe", foi usada pelos escritores sagrados com o sentido de importância, prioridade, posição, primazia, preeminência (Cl 1.15-18). Ou seja, Jesus encarnado tem a primazia na criação, é a imagem do Deus invisível porque é Deus. Conhecer a Deus (Jo 17.3) é o mesmo que conhecer a Cristo, em virtude da unidade de natureza do Pai e do Filho (Jo 10.30).


SINOPSE II

Ário negava a divindade de Cristo e o considerava como um deus de segunda categoria.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

"ARIANISMO E O CONCÍLIO DE NICEIA E DE CONSTANTINOPLA

Arianismo foi a heresia fermentada por um presbítero do 4º século chamado Ário. Negando a divindade de Cristo, ensinava ele ser Jesus o mais elevado dos seres criados. Todavia, não era Deus. Por este motivo, seria impropriedade referir-se a Cristo como se fora um ente divino.

Para fundamentar seus devaneios doutrinários, buscava desautorizar o Evangelho de João por ser o propósito desta Escritura, justamente, mostrar que Jesus Cristo era, de fato, o Filho de Deus. Os ensinos de Ário foram condenados no Concílio de Niceia em 325. [...] O primeiro concílio ecumênico da história, convocado pelo imperador Constantino, teve como objetivo solucionar os problemas que dividiam a cristandade. Problemas esses causados pelo arianismo" (ANDRADE, Claudionor. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.52,88-9).

Capacitação de Professores


III - IMPLICAÇÕES DO ARIANISMO NA ATUALIDADE

1. A Tradução do Novo Mundo.

A exemplo do Arianismo, há um movimento religioso que usa a Bíblia fora do contexto por meio de uma versão exclusiva das Escrituras, denominada de Tradução do Novo Mundo. Trata-se de uma versão tendenciosa. Veja alguns exemplos de suas falsificações: "e a Palavra era um deus" (Jo 1.1), "deus" com "d" minúsculo, visto que o texto correto é: "e a Palavra era Deus" ou "é o Verbo era Deus". O texto sagrado declara: "grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo" (Tt 2.13); "nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 1.1); essas passagens falam textualmente que Jesus é Deus. Entretanto, a Tradução do Novo Mundo diz: "do grande Deus e do nosso Salvador, Jesus Cristo"; "do nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo". Mudaram o texto sagrado acrescentando um "do", onde não existe no texto grego para desvincular a divindade de Jesus.


2. Os movimentos orientais.

Nenhum deles reconhece a divindade de Jesus e para os panteístas monistas não existe Trindade e nem Jesus. O movimento Hare Krishna, por exemplo, nega a divindade de Jesus e nem acredita que Ele seja o Salvador, pois vê o Senhor Jesus como um mero guia espiritual e uma das inúmeras encarnações de Krishna.


3. Outros grupos.

O Jesus do Alcorão é um mero mensageiro, não é reconhecido como Deus, nem como o Filho de Deus, nem como Salvador, nem morreu e nem ressuscitou. As religiões reencarnacionistas recusam a deidade absoluta de Jesus, a sua ressurreição dentre os mortos e não reconhecem a sua singularidade. O Jesus deles não passa de mais um médium ou um dos grandes mestres e filósofos. No entanto, a Bíblia nos mostra que Jesus é muito mais (Ef 1.21; Hb 7.26), é o Deus em forma humana (Rm 9.5).

 

SINOPSE III

Grupos religiosos negam a divindade de Cristo alterando o texto sagrado.


CONCLUSÃO

Diante do exposto, a conclusão bíblica é que somente Deus pode salvar, somente Ele é o Salvador (Is 45.21). Se o Senhor Jesus não é Deus, logo não pode ser salvador, então negar a divindade de Jesus é negar a salvação.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como a Bíblia revela Jesus como o verdadeiro Deus?

"E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 Jo 5.20, NAA).

2. Quais os primeiros grupos religiosos da história a negarem a divindade de Jesus?

Os ebionitas, os monarquianistas dinâmicos, os arianistas.

3. Cite três passagens bíblicas adulteradas na Tradução do Novo Mundo para negar a divindade de Jesus.

João 1.1; Tito 2.13; 2 Pedro 1.1.

4. Cite três grupos religiosos da atualidade que negam a divindade de Jesus.

As Testemunhas de Jeová, os Hare Krishna e os muçulmanos.

5. Qual o ponto mais crucial do Arianismo?

Negar a divindade de Cristo é negar a salvação (Rm 10.9).

VOCABULÁRIO

- Monista: partidário do Monismo; concepção que remonta ao eleatismo grego, segundo a qual a realidade é constituída por um princípio único, um fundamento elementar, sendo os múltiplos seres redutíveis em última instância a essa unidade.

- LXX: Septuaginta

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Lição 5: Jesus é Deus - Lições Bíblicas Adultos 1° Trimestre 2025 - CPAD

Assista ao vídeo da lição "Jesus é Deus", produzido para a Escola Bíblica Dominical.

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Lição 4: Deus É Triúno [ 1° trimestre 2025 CPAD]

EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência

Comentarista: Esequias Soares

TEXTO ÁUREO

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28.19)

VERDADE PRÁTICA

Desde a eternidade Deus é Pai, Filho e Espírito Santo e essa verdade está em toda a Bíblia.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.1

Os primeiros vislumbres da Trindade

Terça - Is 63.8-10

Javé, o Anjo de sua face e o Espirito de sua santidade são distinguíveis como três pessoas

Quarta - 1 Co 12.4-6

O Deus Triúno presente na distribuição dos dons espirituais

Quinta - 2 Co 13.13

A Santíssima Trindade presente na bênção apostólica

Sexta - Ef 4.4-6

Três pessoas: Pai é Pai, Filho é Filho e Espírito Santo é Espírito Santo

Sábado - 1 Pe 1.2

A Trindade atua na obra da salvação


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 3.15-17; 28.19,20

Mateus 3

15   - Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.

16   - E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.

17   - E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.


Mateus 28

19   - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20   - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!

Hinos Sugeridos: 185, 307, 553 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA [do professor (a)]

1.    INTRODUÇÃO

Embora a palavra “Trindade” não esteja escrita na Bíblia, o seu conceito é evidenciado por toda a Escritura; desde o início da Criação, narrado no Antigo Testamento, até a revelação das últimas coisas, presente no Apocalipse. Dessa forma sabemos que essa doutrina não é irrelevante.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A)    Objetivos da Lição:

I) Demonstrar como a Bíblia apresenta a Trindade;

II) Indicar as principais heresias sobre a doutrina da Trindade;

III) Explicar os perigos do Unicismo na atualidade.

B) Motivação: Por mais elaborada e robusta que seja a explicação teológica sobre o Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo - diferentes, mas iguais em majestade e poder; três, porém, um o Criador continuará a transcender o entendimento da criatura.


C) Sugestão de Método: Deus é transcendente; os seus pensamentos estão muito acima de nossa compreensão, quiçá a sua essência. Por isso, ao introduzir esta aula, compartilhe com a classe essa reflexão, a partir de 1 Coríntios 13.12, mostrando que agora vemos em parte, mas um dia o conheceremos como somos conhecidos.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Foi do agrado do Deus Todo-Poderoso se revelar aos pequeninos com todo esplendor de sua natureza triúna. Portanto, não percamos a oportunidade de nos relacionar com o Deus Pai, com o nosso Salvador Jesus Cristo, o Filho, e o Espírito Santo Consolador.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O conceito do Deus Trino e Uno”, localizado depois do segundo tópico, ressalta a distinção na unidade das três pessoas da Trindade;

2) O texto “Negação ao unicismo, unitarismo e tri-teísmo”, ao final do terceiro tópico, aprofunda a explicação apresentada, refutando-a biblicamente.

INTRODUÇÃO

O Novo Testamento mostra que os cristãos do período apostólico reconheciam o seu Deus como triúno sem precisar de formulação teológica, recurso a que a igreja mais tarde precisou recorrer para responder às ideias equivocadas sobre Deus. A Trindade é uma doutrina com sólidos fundamentos bíblicos e, mesmo sem conhecer essa terminologia, a "Trindade”, os cristãos do período apostólico reconheciam essa verdade.

PALAVRA CHAVE: TRINDADE

I - COMO A BÍBLIA APRESENTA A SANTÍSSIMA TRINDADE

1. A Trindade e o monoteísmo judaico-cristão.

As Escrituras ensinam que o Deus de Israel, revelado nas Escrituras dos judeus (Dt 6.4; 2 Rs 1915; Ne 9.6; SI 83.18; 86.10), é o mesmo Deus do Novo Testamento (Mc 12.29-32).

a) Cada uma das três pessoas é chamada “Deus”.

A mesma Bíblia que ensina haver um só Deus, e que Deus é um só, ensina também que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. O nome “Deus” se aplica ao Pai sozinho (Fp 2.11), da mesma forma ao Filho (Cl 2.9) e ao Espírito Santo (At 5.3,4).

b) Cada uma das três pessoas é cada “Senhor”.

Isso também ocorre com o Tetragrama (as quatro consoantes do nome divino Yhwh), “Senhor”, pois aplica-se ao Pai sozinho (S1 110.1), ao Filho (Is 4.03; Mt 33), e ao Espírito Santo (Ez 8.1,3). No entanto, aplica-se à Trindade (Dt 6.4; Sl 83.18).

c) O monoteísmo bíblico não contradiz a Trindade.

“Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4). Essa é a confissão de fé no Judaísmo.

A palavra hebraica 'echad, traduzida como “único”, indica uma unidade composta, é o mesmo termo usado para afirmar que marido e mulher são ambos “uma só carne” (Gn 2.24). O termo 'echad, em Deuteronômio 6.4, indica que o monoteísmo judaico-cristão não contradiz a Trindade.


2. Evidência no Antigo Testamento.

Essa doutrina está implícita desde o Antigo Testamento, pois há declarações que indicam claramente a pluralidade na unidade de Deus: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26); “disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); “e o Senhor disse: ... Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro” (Gn 11.6,7). E, não para por aí, em Isaías 63.8-14, o Espírito Santo aparece alternadamente com Javé e com o “Anjo de sua face”.


3. Revelada no Novo Testamento.

A Trindade bíblica, ou seja, a Trindade em si mesma, pregada pelos cristãos, consiste em um só Deus que subsiste eternamente em três Pessoas distintas.

a) A Trindade em si mesma.

A base bíblica da Trindade salta à vista de qualquer leitor do Novo Testamento a começar pela Grande Comissão (Mt 28.19), na distribuição dos dons espirituais (1 Co 12.4-6), na bênção apostólica, também conhecida como bênção trinitária (2 Co 13.13), na unidade da igreja (Ef 4.4-6), na obra da salvação (1 Pe 1.2). Além das inúmeras passagens tripartidas que revelam a Trindade (Fp 3.3).

b) A Trindade dos credos.

A Trindade é a união de três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo em uma só Divindade, iguais em poder, glória, majestade e eternidade, da mesma substância, embora distintas.

II - AS HERESIAS CONTRA A DOUTRINA DA TRINDADE

São duas as principais heresias contra a Trindade: o Unicismo e o Unitarismo. Ambas são contrárias à Bíblia, condenadas pelas igrejas antigas e rejeitadas pelos principais ramos do Cristianismo. Nesta lição, trataremos do Unicismo.


1. O Unicismo.

Esse movimento desde a sua origem no século 3 é conhecido como monarquianismo, modalismo, patripassianismo e sabelianismo. Os principais heresiarcas representantes desse movimento foram Noeto, Práxeas e Sabélio.


O Unicismo não nega a deidade absoluta do Filho e nem a do Espírito Santo, mas negam a Trindade, pois confundem as pessoas. A heresia consiste em negar a Trindade, pois ensina ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo uma única pessoa e não três pessoas distintas em uma só divindade. A Bíblia ensina o monoteísmo, ou seja, a existência de um só e único Deus eternamente subsistente em três pessoas distintas (Mt 3.16,17; 1 Pe 1.2). É como afirma o nosso Cremos em nossa Declaração de Fé.


2. A verdade bíblica.

Ninguém no mundo chega à conclusão unicista simplesmente pela leitura da Bíblia, pelo contrário, salta à vista de qualquer leitor a distinção dessas três pessoas da Trindade, a começar pelo batismo de Jesus (Mt 3.16). Diversas vezes Jesus deixou claro que Ele é uma Pessoa e o Pai outra (Jo 8.16,17; 17.3), embora sejam Eles o mesmo Deus (Jo 10.30). Com frequência, Ele se dirigia ao Pai como outra Pessoa (Mt 20.23; Mt 26.39, 42); também, nos seus discursos (Jo 5.1823; 8.19; 10.18; 11.41, 42); e, na oração sacerdotal em João 17. Trata-se de um relacionamento do tipo eu, tu, ele. Quando Jesus anuncia a vinda do Consolador, Ele emprega a terceira pessoa (Jo 14.16,26). A Bíblia ensina que Jesus é “o Filho do Pai” e não o próprio Pai (2 Jo 3). Isso significa que não pode ser o próprio Pai do mesmo Filho.


SINOPSE II

O Unicismo e o Unitarismo são duas das principais heresias sobre a Trindade, condenadas biblicamente.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O CONCEITO DO DEUS TRINO E UNO

Acha-se somente na tradição judaico-cristã. Esse conceito não surgiu mediante a especulação dos sábios deste mundo, mas através da revelação outorgada passo a passo na Palavra de Deus. Em todos os escritos dos apóstolos, a Trindade é implícita e tomada como certa (Ef 1.1-14; 1Pe 1-2). Fica claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo existem eternamente como três Pessoas distintas, mas as Escrituras também revelam a unidade dos três membros da Deidade.

As Pessoas da Trindade têm vontades separadas, porém nunca conflitantes (Lc 22.42; 1Co 12.11). O Pai fala ao Filho, empregando o pronome da segunda pessoa do singular: ‘Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido’ (Lc 3.22). Declara que veio ‘não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou’ (Jo 6.38)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.162-63).

SINOPSE I

Embora o termo “Trindade” não esteja nas Escrituras, seu conceito e doutrina são demonstrados por toda a Bíblia.


AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“A TRINDADE: É POSSÍVEL QUE DEUS SEJA, AO MESMO TEMPO, UM EM TRÊS?

A crença de que um Deus único exista eternamente em três pessoas é conhecida como a doutrina da Trindade. E esta doutrina tem um importante papel na fé cristã. Na verdade, a doutrina da encarnação — que afirma que Jesus, como Deus, tornou-se um homem, e que Ele é, portanto, plenamente divino e plenamente humano — pressupõe essa crença. Esta última doutrina está no âmago da fé cristã.” Amplie mais o conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Apologia Cristã, editada pela CPAD, p.1535.

III - UNICISMO: UMA HERESIA ANTIGA NA ATUALIDADE

1. O problema.

Na atualidade, existem alguns movimentos evangélicos pentecostais que são unicistas e ensinam a respeito de um Deus diferente. De forma sutil e por meio da música, esses unicistas ensinam esse desvio doutrinário sobre Deus. Isso não é um mero jogo de palavras. Jesus disse que a vida eterna implica esta distinção: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Essa passagem mostra que a salvação envolve duas pessoas distintas e que esse conhecimento não é cognoscível, mas místico, espiritual, que implica comunhão, fé, obediência, adoração. Conhecer a Deus é 0 mesmo que conhecer a Cristo, em virtude da unidade de natureza do Pai e do Filho (Jo 1030). Jesus disse que ninguém conhece 0 Filho sem 0 Pai e vice-versa (Mt 11.27).


2. Uma reflexão bíblica.

O que dizer de pessoas convertidas por meio do ministério dessas músicas unicistas? O poder é da Palavra, e não do tal movimento, a Palavra de Deus é a semente, mesmo sendo semeada por mãos enfermas e infeccionadas, a semente vai germinar. Jesus falou sobre isso no Sermão do Monte (Mt 7.21-23). Alguns podem dizer que se sentem bem ao ouvir tais músicas. Assim, convém lembrar que ninguém está autorizado a fundar doutrinas com base em experiências humanas. As emoções caíram com a natureza humana no Éden (Jr 17.9), e não servem como instrumento aferidor da doutrina. A Bíblia é a única fonte de doutrina e não as nossas emoções, pois somos norteados pela Palavra na direção do Espírito (2 Pe 1.19; Jo 16.13).


3. A posição oficial.

O Unicismo é condenado na Bíblia, considerado heresia pelas igrejas desde a sua origem e rejeitado pelos principais ramos do cristianismo e pela nossa Declaração de Fé (III.2). Temos um manifesto oficial contra o Unicismo e o uso de músicas de grupos unicistas em nossas igrejas. A maioria de nossa liderança tem se posicionado contra essa heresia. A importância dessa decisão é para evitar que se adore a outro Jesus, um Jesus falso, diferente do revelado no Novo Testamento (2 Co 11.4). Mas devemos destacar que não somos contra os unicistas, mas contra o unicismo, a doutrina desviante. Devemos manter contato respeitoso no nosso dia a dia com essas pessoas, embora discordando de suas crenças com mansidão (2 Jo 10,11).


SINOPSE III

O Unicismo, embora seja uma heresia antiga, também está presente na atualidade.


AUXÍLIO DOUTRINÁRIO

“NEGAÇÃO AO UNICISMO, UNITARISMO E TRITEÍSMO. Negamos o unicismo sabelianista e moderno, ou seja, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam três modos de uma mesma pessoa divina, porque está escrito que as três pessoas são distintas.

Negamos também o unitarismo, pois essa doutrina afirma que somente o Pai é Deus, negando, assim, a divindade do Filho e do Espírito Santo, ao passo que as Escrituras Sagradas ensinam a divindade do Filho e do Espírito Santo.

Também negamos o triteísmo, ou seja, que existam três deuses separados, pois a Bíblia revela a existência de um único Deus verdadeiro: ‘há um só Deus e que não há outro além dele’ (Mc 12.32); ‘todavia, para nós há um só Deus’ (1 Co 8.6). Essa doutrina monoteísta tem implicação para a salvação: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste’’ (Jo 17.3)”’ (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.41).


CONCLUSÃO

A introdução do Credo de Atanásio resume a doutrina da Trindade: “Todo aquele que quer ser salvo, antes de tudo, deve professar a fé cristã. A qual é preciso que cada um guarde perfeita e inviolada ou terá com certeza de perecer para sempre. A fé cristã é esta: que adoremos um Deus em trindade, e trindade em unidade; Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância”. O problema é que os Unitaristas separam a substância e os Unicistas confundem as pessoas, e assim creem num Deus distinto do que é apresentado pela Bíblia.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que indica o termo 'echad em Deuteronômio 6.4?

O termo 'echad, em Deuteronômio 6.4, indica que o monoteísmo judaico-cristão não contradiz a Trindade.

2. Cite quatro evidências no Antigo Testamento em favor da Trindade.

“Façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1.26); “Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); “desçamos e confundamos ali a sua língua..." (Gn 11.6,7, o Espírito Santo aparece alternadamente com Javé e com o “Anjo de sua face" (Is 63.8-14).

 

3. Quais as passagens do Novo Testamento mais contundentes em favor da Trindade?

A Grande Comissão (Mt 28.19), a distribuição dos dons espirituais (1 Co 12.4-6), a bênção trinitariana (2 Co 13.13). a unidade da igreja (Ef 4.4-6), a obra da salvação (1 Pe 1.2).

4. Em que consiste o Unicismo e quais os principais heresiarcas dessa heresia?

A heresia consiste em negar a Trindade. Os principais heresiarcas representantes desse movimento foram Noeto, Práxeas e Sabélio.

5. O que João 17.3 mostra em relação a salvação?

Essa passagem mostra que a salvação envolve duas pessoas distintas e que conhecimento não é cognoscível, mas místico, que implica comunhão, fé, obediência, adoração.

VOCABULÁRIO

Cognoscível: que pode ser conhecido.

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