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Lição 8 Jesus Viveu a Experiência Humana [ 1° trimestre 2025 CPAD]


EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência

Comentarista: Esequias Soares | Aula: 23 de Fevereiro

TEXTO ÁUREO

E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” (Mt 4.23)

VERDADE PRÁTICA

O Senhor Jesus Cristo teve vida social — amigos, parentes —, interagia com as pessoas, e era conhecido dos vizinhos e moradores de Nazaré, onde fora criado.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 4.23-25

Jesus caminhava por toda a Galileia, pregando, ensinando e curando enfermos

Terça - Mc 6.2,3

Jesus e sua família eram conhecidos na cidade onde viviam

Quarta - Lc 4.16

A participação de Jesus no culto nas sinagogas

Quinta - Lc 5.27-30

Jesus tinha vida social como qualquer pessoa de sua época

Sexta - Jo 2.1,2

Jesus participou de um casamento em Caná da Galileia, uma celebração comum da época

Sábado - Jo 4.7-10

Jesus procurava interagir com as pessoas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 1.43-51; Mateus 26.37,38,42

João 1

43 - No dia seguinte, quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.

44 - E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.

45 - Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.

46 - Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê.

47 - Jesus viu Natanael vir ter com ele e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.

48 - Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da figueira.

49 - Natanael respondeu e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel.

50 - Jesus respondeu e disse-lhe: Porque te disse: vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.

51 - E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que, daqui em diante, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do Homem.


Mateus 26

37 - E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.

38 - Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.

42 - E, indo segunda vez, orou, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.

Hinos Sugeridos: 344, 465, 481 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA (DO PROFESSOR)

Capacitação de Professores EBD

1. INTRODUÇÃO

A presente lição aborda a perspectiva da experiência humana da pessoa de Jesus Cristo. Nosso Senhor teve uma vida social em que Ele interagia com pessoas de toda sorte, iniciando em Nazaré, chegando a Jerusalém. Além da vida social, nosso Senhor tinha uma vida religiosa, pois Ele era judeu. Com isso, muitas das características humanas podem ser atestadas nas histórias de Jesus conforme reveladas na Bíblia. 


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Identificar a experiência humana no ministério de Jesus; II) Explicar as heresias que negam a humanidade de Jesus; III) Reconhecer como essas heresias se apresentam atualmente.

B) Motivação: A experiência humana de Jesus marca uma referência  para o desenvolvimento de nossos relacionamentos com outras pessoas. 

C) Sugestão de Método: Na presente lição há duas palavras importantes na Teologia, que também fazem parte de um vocabulário técnico em Teologia: Apolinarismo; Monotelismo. Por isso, sugerimos que providencie um Dicionário Teológico, editado pela CPAD. Após destacar essas palavras, leia com sua classe antes de tratá-las diretamente no tópico respectivo. É muito importante que os alunos se familiarizem com termos técnicos que é bem provável que muitos nunca ouviram falar.

 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A Bíblia revela que o nosso Senhor teve uma vida social e religiosa, ou seja, Ele viveu a experiência humana. Essa experiência de Jesus torna-se um grande parâmetro para o nosso relacionamento com as pessoas, quer do ponto de vista do Corpo de Cristo quer fora do Corpo de Cristo.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Humanidade de Cristo", logo após o primeiro tópico, aprofunda o tema da experiência humana de Jesus; 2) O texto "Jesus Cristo Homem", ao final do segundo tópico, aprofunda uma resposta bíblica aos que negam a humanidade de Jesus.


INTRODUÇÃO

O Senhor Jesus não viveu como anacoreta, ou seja, como monge ou eremita em retiro solitariamente, isolado da sociedade, e nem ensinou essa prática aos seus discípulos. Pelo contrário, a narrativa bíblica descreve que Ele teve vida social e religiosa. A presente lição pretende mostrar alguns aspectos da experiência humana de Cristo.

PALAVRA-CHAVE: EXPERIÊNCIA

I – A EXPERIÊNCIA HUMANA NO MINISTÉRIO DE JESUS

1. Os debates com as autoridades religiosas.

Os principais opositores de Jesus foram os fariseus, os saduceus e os herodianos. Esses debates revelam o ensino de Jesus sobre a ética, os princípios morais e as responsabilidades civis que temos.

a) Os fariseus. O nome vem do hebraico prushim que significa “separados”, porque não concordavam com os saduceus. Defendiam a tradição acima das Escrituras (Mt 15.3, 6) e a separação do Estado da religião. Eram membros do sinédrio e tornaram-se alvo das críticas de Jesus (Mt 22.15). O apóstolo Paulo declara que o grupo dos fariseus, ao qual pertencia antes de sua conversão, era a mais severa seita do judaísmo (At 26.5; Gl 1.14; Fp 3.5).

 b) Os saduceus.

O nome vem de Zadoque, família que detinha o cargo de Sumo Sacerdote desde Salomão (1Rs 2.35) até pouco antes do surgimento desses grupos. Eram, como os fariseus, uma facção dentro do judaísmo (At 5.17), alegavam aceitar apenas os cinco livros de Moisés, o Pentateuco, com certa reserva, pois não acreditavam em anjos, espíritos e nem na ressurreição (At 23.8) e rejeitavam os demais livros do Antigo Testamento. Muitos deles eram sacerdotes, e exerciam fortes influências no sinédrio. Eram inimigos mortais de Jesus. Uniram-se aos fariseus, superando todos os obstáculos ideológicos a fim de somar as forças e matarem a Jesus.

c) Os herodianos.

Eram os apoiadores da dinastia de Herodes, uma espécie de marqueteiros, buscando convencer o povo para impedir um governo direto de Roma. Foram instituídos com interesses nacionalistas e eram a favor dos impostos. O discurso de Jesus também os incomodava. Formaram conselho com os fariseus com o propósito de matar Jesus e, assim, livrar-se dEle (Mc 3.6). Estavam associados aos fariseus na questão do tributo (Mt 22.16; Mc 12.13).


2. A vida social e religiosa de Jesus.

O Mestre participava de uma vida social intensa. A escolha dos seus discípulos como Filipe, André, Pedro e Natanael aconteceu num ambiente entre amigos (Jo 1.43-46). Os dois primeiros capítulos de Lucas apresentam um começo muito humano de Cristo, apresentando amigos, vizinhos, parentes, como Zacarias, Isabel. Os “filhos de Zebedeu”, João e Tiago (Mt 26.37), eram primos de Jesus; Zebedeu era um pescador da Galileia (Mc 1.19, 20) e marido de Salomé (Mt 27.56; Mc 15.40), irmã de Maria, mãe de Jesus (Jo 19.25). Lucas descreve o desenvolvimento físico e mental de Jesus que crescia em estatura e em sabedoria (Lc 2.40, 52). Ele interagia com as pessoas independentemente de sua condição social e espiritual, “publicanos e pecadores” (Mt 9.10, 11), “fariseus” e “a mulher pecadora” (Lc 7.37-39) e a mulher samaritana (Jo 4.9-15).


3. Características próprias do ser humano.

Jesus nasceu de uma mulher, embora gerado pela ação sobrenatural do Espírito Santo. Seu nascimento, contudo, foi normal e comum como o de qualquer bebê (Lc 2.6-7). Ele sofreu, chorou e sentiu angústia (Hb 13.12; Lc 19.41; Mt 26.37); sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mt 8.24; Jo 4.6; 19.28); Jesus morreu. A diferença é que, não ficou morto como qualquer pessoa, mas ressuscitou ao terceiro dia, passando pelo ardor da morte (1 Co 15.3-4). Ainda como homem, Ele dependia tanto da oração como também do Espírito Santo (Lc 4.1, 14; 5.16; 6.12). O Senhor Jesus Cristo, em sua experiência humana, participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual (Jo 8.46; Hb 4.15).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“A ENCARNAÇÃO: DEUS PÔDE SE TORNAR HOMEM, SEM DEIXAR DE SER DEUS?

A resposta a esta pergunta é ‘sim’. Não apenas é possível, como aconteceu, no tempo e no espaço. Teólogos neo-ortodoxos (pensadores do século XX, fortemente influenciados por Karl Barth) disseram que a pergunta é impossível de responder logicamente, porque a fé é um paradoxo ilógico e pode ser vista somente pelos olhos da fé. Em anos recentes, teólogos liberais negaram a realidade da encarnação, alegando que é um mito e não é verdadeira, em nenhum sentido objetivo. [...] Deste modo, eles consideraram um absurdo a declaração de que Jesus Cristo era plenamente Deus e plenamente humano (como tanto a Bíblia como confissões históricas de cristãos afirmaram).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Apologética Cristã, editada pela CPAD, p.1892.

SINÓPSE I

Nosso Senhor viveu tanto a vida social quanto a religiosa, confirmando assim a sua experiência humana.

AUXÍLIO DOUTRINÁRIO

“A HUMANIDADE DE CRISTO

As Escrituras Sagradas apresentam diversas características humanas em Jesus. O relato de sua infância enfoca o seu desenvolvimento físico, intelectual e espiritual: ‘E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens [...]. E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele’ (Lc 2.40,52). O profeta Isaías anunciou de antemão sobre Emanuel: ‘manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem’ (Is 7.15). Ele tornou-se homem para suprir a necessidade de salvação da humanidade” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.50-51).


II – HERESIAS QUE NEGAM A HUMANIDADE DE JESUS

1. Apolinarismo.

Apolinário foi bispo de Laodiceia, nasceu provavelmente em 310 d.C. e morreu em 392. O Apolinarismo é a doutrina que nega que Jesus encarnado teve espírito humano. Usando a linguagem teológica de Apolinário, os elementos constitutivos do ser humano são sōma, “carne ou corpo”; a psychē, “alma animal”, a sede dos desejos, paixões, apetites; e, pneuma, “alma racional”. Em relação a Jesus, dizia que Ele possuía um sōma humano e uma psychē humana, mas não um pneuma humano. Segundo Apolinário, o Verbo (Jo 1.1, 14) teria ocupado o lugar da alma na encarnação, com isso negando que Jesus tivesse espírito humano.


2. Reação da igreja.

A humanidade plena de Jesus está clara no Novo Testamento, que fala do corpo físico de Cristo (Lc 24.36-40; Jo 2.21; Hb 10.10) e também da alma e do espírito (Mt 26.38; Lc 23.46). Essa humanidade de Jesus é igual à nossa (Hb 2.14,17 — NTLH). A diferença é a sua impecabilidade. De modo que Ele é o verdadeiro homem (1 Tm 2.5). O Apolinarianismo foi declarado heresia no Concílio da Calcedônia em 451.


3. Monotelismo.

É a doutrina cristológica do patriarca Sérgio de Constantinopla, que ensinava haver em Cristo uma só vontade. O termo vem de duas palavras gregas, monos, único”,  e thelēma, “vontade, desejo”. Era uma tentativa de conciliar a teologia monofisita com o Credo de Calcedônia, que reafirmava as duas naturezas intactas, separadas e inconfundíveis em uma só pessoa, em Jesus. O Terceiro Concílio de Constantinopla em 681 considerou o monotelismo heresia. Reconhecemos as vontades de Cristo (Mc 14.36). É evidente que as ações de Cristo como caminhar, comer, beber, interagir com as pessoas são puramente humanas, mas são produzidas pela natureza humana sob a direção divina. Ao perdoar pecados, era a manifestação da vontade de Cristo na natureza divina (Lc 5.20-22). Sofrônio, patriarca de Jerusalém, em 633, refutou o monotelismo dizendo que existe em Jesus duas vontades sendo a humana submissa à divina.


SINÓPSE II

O Apolinarismo e o Monotelismo são duas heresias que negam a humanidade de Jesus.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“JESUS CRISTO HOMEM

A Bíblia ensina tanto a divindade como a humanidade de Cristo: ‘E todo o espírito que confessa que Jesus não veio em carne não é de Deus...’ (1 Jo 4.3). O ensino da humanidade de Cristo, no entanto, não neutraliza a sua divindade, pois os Evangelhos revelam as duas naturezas: a humana e a divina. Os Evangelhos revelam atributos característicos do ser humano em Jesus, Ele nasceu de uma mulher, embora gerado pela ação sobrenatural do Espírito Santo, o ato do nascimento em si foi normal e comum como o de qualquer ser humano. Diz a Palavra de Deus: ‘E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem’ (Lc 2.6,7)” (SOARES, Esequias. Manual de Apologética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 85-6).


III – COMO ESSAS HERESIAS SE APRESENTAM NOS DIAS ATUAIS

1. Quais países Jesus visitou quando esteve entre nós?

Podemos afirmar que Jesus visitou, durante sua vida terrena, três países, Egito (Mt  2.14-15), Israel, o centro de suas atividades, e Fenícia, atual Líbano. Mas, não faltam crenças bizarras sobre a vida de Jesus. Não somente o Movimento Nova Era, mas vários grupos ocultistas costumam ensinar que Jesus esteve na Índia, e os mórmons declaram que Ele esteve nos Estados Unidos. A Bíblia, porém, nada disso menciona e ensina-nos a rejeitarmos as fábulas (1 Tm 4.7). Os Evangelhos não mostram um Jesus estranho em sua comunidade e muito menos um forasteiro (Mt 13.55-57; Jo 7.15, 27, 41, 42).


2. Jesus era visto como alguém da comunidade.

Essa invenção desses esotéricos contraria o relato dos Evangelhos (Lc 4.22-24), onde o Senhor Jesus é apresentado como alguém que era natural na comunidade de seu povo, Israel, e não como um estrangeiro. Sua maneira de viver e o seus ensinos refletem a cultura judaica, e nada há que se pareça com a cultura hindu: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele” (Mc 6.2,3). Ora, tal atitude do povo não se justificaria se Jesus fosse um recém-chegado da Índia.

SINÓPSE III

Ao esvaziar a experiência humana de Jesus, muitos grupos ocultistas distorcem a vida e a obra de Cristo no mundo.

CONCLUSÃO

É nosso compromisso seguir o exemplo de Jesus no relacionamento com as pessoas. É importante que nunca nos esqueçamos os pontos essenciais da presente lição sobre a verdadeira identidade do Senhor Jesus. Ele é o Deus verdadeiro em toda a sua plenitude igual ao Pai. E como homem, em toda a sua plenitude, viveu e andou entre nós, seres humanos.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quais os principais opositores de Jesus com quem Ele debatia?

Os fariseus, os saduceus e os herodianos.

2. Como sabemos que o Senhor Jesus teve vida social e religiosa?

Ele interagia com as pessoas independentemente de sua condição social e espiritual, “publicanos e pecadores” (Mt 9.10, 11), “fariseus” e “a mulher pecadora” (Lc 7.37-39) e a mulher samaritana (Jo 4.9-15).

3. O que ensinam as doutrinas apolinarianista e monotelista?

O Apolinarismo é a doutrina que nega que Jesus encarnado teve espírito humano. O Monotelismo é a doutrina cristológica do patriarca Sérgio de Constantinopla, que ensinava haver em Cristo uma só vontade.

4. Quais concílios declararam heresias o Apolinarianismo e o Monotelismo?

No Concílio da Calcedônia em 451 e o Terceiro Concílio de Constantinopla em 681, respectivamente.

5. Como os Evangelhos apresentam Jesus?

Os Evangelhos não mostram um Jesus estranho em sua comunidade e muito menos um forasteiro (Mt 13.55-57; Jo 7.15, 27, 41, 42).

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Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência

Comentarista: Esequias Soares | Data: 2 de Fevereiro de 2025

TEXTO ÁUREO

"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (Jo 1.1)

VERDADE PRÁTICA

A divindade de Jesus está muito clara e direta na Bíblia, além de ser revelada no seu ministério terreno, na manifestação dos seus atributos e obras divinas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda Sl 45.6,7

A divindade de Jesus segundo o salmista

Terça - Is 9.6

A deidade absoluta do Messias segundo o profeta

Quarta Jo 8.58

Jesus é o mesmo "Grande Eu Sou", do Antigo Testamento

Quinta - Tt 2.13

A divindade do Senhor Jesus segundo o apóstolo Paulo

Sexta 2 Pe 1.1

A deidade absoluta de Cristo segundo o apóstolo Pedro

Sábado 1 Jo 5.20

O Senhor Jesus é o verdadeiro Deus segundo o apóstolo João

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 1.1-4,9-14

1 - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

2 - Ele estava no princípio com Deus.

3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

4- Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;

9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,

10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.

11- Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

12- Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome,

13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.

14- E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Hinos Sugeridos: 17, 41, 545 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA [do professor]

1. INTRODUÇÃO

A divindade de Cristo é revelada em toda a Bíblia, não apenas no Novo Testamento. Isaías, o profeta messiânico, anunciou aproximadamente em 735 a.C. a vinda miraculosa do Emanuel, cuja tradução literal é "Deus conosco" (Is 7.14). Jesus, o Deus encarnado, veio como o prometido, cumprindo toda a Escritura.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Demonstrar na Bíblia a natureza divina de Jesus;

II) Explicar a heresia do Arianismo;

III) Apresentar as implicações do Arianismo na atualidade.


B) Motivação: Jesus disse que só os que permanecessem em sua Palavra seriam de fato seus discípulos; e então "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo 8.31,32). Sabemos que Cristo é a verdade (Jo 14.6). Por isso, é crucial conhecermos a Palavra encarnada.

 

C) Sugestão de Método: Aproveite as inúmeras referências bíblicas como embasamento dessa lição para envolver a classe no decorrer da aula. Previamente, você pode co- locar as referências que considera de leitura essencial para o debate em classe, separadamente, em tiras de papel e sorteá-las no início da aula para os alunos voluntários as lerem quando você solicitar.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Para além do conhecimento teológico sobre a divindade de Cristo, devemos viver em coerência com os ensinamentos dEle; seguirmos os seus passos, proclamar o Reino de Deus com o nosso viver diário.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão.

Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto "O Filho é Deus", após o primeiro tópico, enfatiza a fundamentação bíblica sobre a divindade de Jesus;

2) O texto "Arianismo e o Concílio de Nicéia e de Constantinopla", ao final do segundo tópico, resume a origem do Arianismo e o posicionamento da Igreja para combatê-lo.

INTRODUÇÃO

O apóstolo João, como judeu monoteísta instruído na sinagoga, não está apresentando um novo Deus, mas colocando o Verbo dentro da divindade dos seus antepassados. O apóstolo não admitia, em hipótese alguma, outra divindade, senão só, e somente só, o Deus Javé de Israel (Mc 12.28-30). Por isso, no prólogo do seu Evangelho ele descreve o Verbo com os atributos da deidade, aqueles que mais se destacam no seu relato do começo ao fim.

Palavra-Chave Emanuel


I- A DOUTRINA BÍBLICA DA DIVINDADE DE JESUS

1. Jesus é Deus.

O Novo Testamento é direto quanto à natureza divina de Jesus: "E o Verbo era Deus" (Jo 1.1); "Ao que Tomé lhe respondeu: Senhor meu e Deus meu!" (Jo 20.28); "mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo" (Fp 2.6, NAA); "para conhecimento do mistério de Deus, que é Cristo" (Cl 2.2, NAA); "e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (Tt 2.13, NAA); "aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 1.1, NAA); "E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 Jo 5.20, NAA).


2. Seus atributos absolutos.

Os atributos são perfeições próprias da essência de Deus. Os atributos absolutos ou incomunicáveis são exclusivos da divindade como onipotência, eternidade, onisciência e onipresença. A onipotência significa "ter todo poder, ser todo-poderoso", Jesus é onipotente (Mt 28.18; Ef 1,21; Ap 1.8). Ele é eterno (Is 9.6; Mq 5.2; Hb 13.8). "No princípio era o Verbo" (Jo 1.1) indica que Ele já existia antes mesmo da criação com o Pai (Gn 1.1). A onipresença é o poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, Jesus é onipresente (Mt 18.20; 28.20). A onisciência é o conhecimento perfeito e absoluto que Deus possui de todas as coisas, de todos os eventos e de todas as circunstâncias por toda a eternidade passada e futura. Jesus possui esse atributo (Mt 17.27; Jo 1.47, 48; 2.24, 25; 4.17, 18; 16.30; 21.17).


SINOPSE I

A Bíblia demonstra claramente a natureza divina de Jesus Cristo, bem como seus atributos.


AUXÍLIO DOUTRINÁRIO

"O FILHO É DEUS

O Senhor Jesus Cristo é, desde a eternidade, o único Filho de Deus e possui a mesma natureza do Pai, como afirmam os credos: 'consubstancial com o Pai', em grego, homooúsion to patrí, que significa 'da mesma substância com o Pai', qualifica a unidade de essência do Pai e do Filho. Jesus disse: 'Eu e o Pai somos um' (Jo 10.30). Ele é a segunda pessoa da Trindade e que foi enviado pelo Pai ao mundo. Ensinamos que o Filho se fez carne, possuindo agora duas naturezas, a divina e a humana, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Acreditamos em sua concepção sem pecado no ventre da virgem Maria.


Negamos que tenha sido criado ou passado a existir somente depois que foi gerado por obra do Espírito Santo. Confessamos que o Filho é autoexistente (Jo 5.26; 8.58) e eterno, que voluntariamente se sujeita ao Pai. Que, em obediência ao plano do Pai, morreu e ressuscitou para que o mundo fosse salvo" (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.43).


II - A HERESIA QUE NEGA A DIVINDADE DE JESUS

1. Arianismo.

Os primeiros a negarem a divindade de Jesus foram os ebionitas, seguidos pelos monarquianistas dinâmicos, mas a heresia principal que abalou os fundamentos da igreja foi o Arianismo. O termo "arianismo" vem de Ário, o expoente dessa doutrina em Alexandria a partir do ano 318. Ele negava a divindade de Cristo e o considerava como um deus de segunda categoria. Ário rejeitava a eternidade do Verbo; embora defendesse sua existência antes da encarnação, recusava que fosse Ele eterno com o Pai, insistindo na tese de que o Verbo foi criado como primeira criatura de Deus. A palavra de ordem arianista era: "houve tempo que o Verbo não existia".

 

2. Suas explicações.

Ário e seus seguidores pensavam as Escrituras aqui e acolá em busca de algumas passagens bíblicas para dar sustentação às suas crenças. Seguem algumas delas, as mais emblemáticas: "O Senhor me criou no princípio dos seus caminhos" (Pv 8.22 LXX); "o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação" (Cl 1.15); "houve tempo em que o Filho não existia". Outra passagem favorita era: "E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17.3). Com isso ignoravam todo o pensamento bíblico que defende a eternidade e a deidade de Cristo (Jo 1.1-3).


3. Como solucionar a controvérsia?

A tradução "criou" de Provérbios 8.22 da Septuaginta é opcional, pois o verbo hebraico nessa passagem é qānâ, "obter, adquirir, criar", mas o sentido de "criar" para "trazer à existência algo do nada" é o verbo bārā', como em Gênesis 1.1. 

O texto de Colossenses 1.15 diz que Jesus é o primogênito de toda a criação, e não o primogênito de Deus. A palavra prototokos, "primogênito, primeiro, chefe", foi usada pelos escritores sagrados com o sentido de importância, prioridade, posição, primazia, preeminência (Cl 1.15-18). Ou seja, Jesus encarnado tem a primazia na criação, é a imagem do Deus invisível porque é Deus. Conhecer a Deus (Jo 17.3) é o mesmo que conhecer a Cristo, em virtude da unidade de natureza do Pai e do Filho (Jo 10.30).


SINOPSE II

Ário negava a divindade de Cristo e o considerava como um deus de segunda categoria.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

"ARIANISMO E O CONCÍLIO DE NICEIA E DE CONSTANTINOPLA

Arianismo foi a heresia fermentada por um presbítero do 4º século chamado Ário. Negando a divindade de Cristo, ensinava ele ser Jesus o mais elevado dos seres criados. Todavia, não era Deus. Por este motivo, seria impropriedade referir-se a Cristo como se fora um ente divino.

Para fundamentar seus devaneios doutrinários, buscava desautorizar o Evangelho de João por ser o propósito desta Escritura, justamente, mostrar que Jesus Cristo era, de fato, o Filho de Deus. Os ensinos de Ário foram condenados no Concílio de Niceia em 325. [...] O primeiro concílio ecumênico da história, convocado pelo imperador Constantino, teve como objetivo solucionar os problemas que dividiam a cristandade. Problemas esses causados pelo arianismo" (ANDRADE, Claudionor. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.52,88-9).

Capacitação de Professores


III - IMPLICAÇÕES DO ARIANISMO NA ATUALIDADE

1. A Tradução do Novo Mundo.

A exemplo do Arianismo, há um movimento religioso que usa a Bíblia fora do contexto por meio de uma versão exclusiva das Escrituras, denominada de Tradução do Novo Mundo. Trata-se de uma versão tendenciosa. Veja alguns exemplos de suas falsificações: "e a Palavra era um deus" (Jo 1.1), "deus" com "d" minúsculo, visto que o texto correto é: "e a Palavra era Deus" ou "é o Verbo era Deus". O texto sagrado declara: "grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo" (Tt 2.13); "nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 1.1); essas passagens falam textualmente que Jesus é Deus. Entretanto, a Tradução do Novo Mundo diz: "do grande Deus e do nosso Salvador, Jesus Cristo"; "do nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo". Mudaram o texto sagrado acrescentando um "do", onde não existe no texto grego para desvincular a divindade de Jesus.


2. Os movimentos orientais.

Nenhum deles reconhece a divindade de Jesus e para os panteístas monistas não existe Trindade e nem Jesus. O movimento Hare Krishna, por exemplo, nega a divindade de Jesus e nem acredita que Ele seja o Salvador, pois vê o Senhor Jesus como um mero guia espiritual e uma das inúmeras encarnações de Krishna.


3. Outros grupos.

O Jesus do Alcorão é um mero mensageiro, não é reconhecido como Deus, nem como o Filho de Deus, nem como Salvador, nem morreu e nem ressuscitou. As religiões reencarnacionistas recusam a deidade absoluta de Jesus, a sua ressurreição dentre os mortos e não reconhecem a sua singularidade. O Jesus deles não passa de mais um médium ou um dos grandes mestres e filósofos. No entanto, a Bíblia nos mostra que Jesus é muito mais (Ef 1.21; Hb 7.26), é o Deus em forma humana (Rm 9.5).

 

SINOPSE III

Grupos religiosos negam a divindade de Cristo alterando o texto sagrado.


CONCLUSÃO

Diante do exposto, a conclusão bíblica é que somente Deus pode salvar, somente Ele é o Salvador (Is 45.21). Se o Senhor Jesus não é Deus, logo não pode ser salvador, então negar a divindade de Jesus é negar a salvação.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como a Bíblia revela Jesus como o verdadeiro Deus?

"E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 Jo 5.20, NAA).

2. Quais os primeiros grupos religiosos da história a negarem a divindade de Jesus?

Os ebionitas, os monarquianistas dinâmicos, os arianistas.

3. Cite três passagens bíblicas adulteradas na Tradução do Novo Mundo para negar a divindade de Jesus.

João 1.1; Tito 2.13; 2 Pedro 1.1.

4. Cite três grupos religiosos da atualidade que negam a divindade de Jesus.

As Testemunhas de Jeová, os Hare Krishna e os muçulmanos.

5. Qual o ponto mais crucial do Arianismo?

Negar a divindade de Cristo é negar a salvação (Rm 10.9).

VOCABULÁRIO

- Monista: partidário do Monismo; concepção que remonta ao eleatismo grego, segundo a qual a realidade é constituída por um princípio único, um fundamento elementar, sendo os múltiplos seres redutíveis em última instância a essa unidade.

- LXX: Septuaginta

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