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ESCOLA DOMINICAL: Lição 3 JESUS, O DISCÍPULO E A LEI

Lições Bíblicas Dominical Adultos  – 2° Trimestre de 2022 CPAD

Título: OS VALORES DO REINO DE DEUS. A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo

Comentarista: Pr. Osiel Gomes

Editora: Casa Publicadora das Assembleias de Deus

📚  TEXTO ÁUREO

“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino  dos céus.” (Mt 5.20)

💡  VERDADE PRÁTICA

Os seguidores de Jesus são chamados a viver a justiça do Reino de Deus. Essa justiça, baseada na Nova Aliança em Cristo, nasce no interior do crente e reflete no exterior da vida.

 LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 5.17; Rm 3.31

Jesus não veio revogar a Lei nem contradizer os profetas

Terça - Hb 1.1-3

O Senhor Jesus Cristo cumpriu fielmente a Lei

Quarta - Gl 3.24

A função da Lei é levar o homem a Cristo

Quinta - 1 Tm 1.5

O fim do mandamento: coração puro, boa consciência e fé sincera

Sexta - Rm 7.12; Rm 3.31;

A Lei é santa e está estabelecida em Cristo Jesus, o nosso Senhor

Sábado - Rm 13.8-10; Gl 5.6,25

A Lei está cumprida no amor e dinamizada em nós pelo Espírito Santo

📖  LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 5.17-20

17 - Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.

18 - Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.

19 - Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.

20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

🎵 HINOS SUGERIDOS 🎵

HINOS SUGERIDOS:  13, 23, 25 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Qual é a relação entre Jesus e a Lei? E o que Ele deseja que seus discípulos aprendam acerca dessa relação. Basicamente, esta lição tem como propósito mostrar que a relação de Jesus com a Lei apenas nos mostra que a nossa justiça é elevada. Logo, o objetivo de estudar essa relação de Jesus com Lei é o de trazer aos cristãos um compromisso profundo com a justiça de Deus.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Mostrar que Jesus cumpriu toda a Lei;

II) Comparar a Letra da Lei com a Verdade do Espírito;

III) Conceituar a Justiça do Reino de Deus.

B) Motivação: O que é justiça? Na perspectiva bíblica, a palavra justiça tem a ver com retidão, integridade, honestidade. O Sermão do Monte nos convida a cultivar a retidão, a integridade e a honestidade para viver a justiça do reino divino. 

C) Sugestão de Método: Ao iniciar o terceiro tópico, pergunte aos alunos o que eles entendem por justiça. Dê um tempo para que eles exponham o que pensam. Ouça-os com atenção. Em seguida, exponha o tópico conceituando a palavra justiça, destacando seu aspecto reto, íntegro e honesto.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Viver a retidão, a integridade e honestidade são desafios diante de um mundo relativista. Por isso, mostre aos alunos as esferas concretas em que seremos provados em nossa justiça: família, escola e universidade, trabalho, amizades etc.   


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Princípio Básico", localizado ao final do segundo tópico, é uma reflexão a respeito de como nosso Senhor compreendia a Lei; 2) O texto "Sobre a Justiça", localizado ao final do terceiro tópico, é uma reflexão a respeito da comparação da "justiça" de Jesus com a dos fariseus, bem como o padrão elevado exigido de nós pelo nosso Senhor.


INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos a respeito da relação de Jesus com a Lei e o que Ele deseja de seus discípulos. Veremos que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, destacaremos a diferença entre a Letra da Lei e o Espírito e, finalmente, analisaremos a justiça do Reino de Deus. No Sermão do Monte, podemos perceber, com clareza, que o nosso Senhor não destruiu a Lei nem o ensino dos profetas, mas os cumpriu e os aperfeiçoou. Assim, como seus seguidores, a nossa justiça deve transcender a dos escribas e fariseus (Mt 5.20). 


PALAVRA-CHAVE

Justiça


I – JESUS CUMPRIU TODA A LEI

1. Um compromisso com o passado.

Quando nosso Senhor começou a ensinar, seu propósito nunca foi o de desconstruir tudo ou não valorizar o passado relativo aos ensinos da Lei e dos Profetas. A expressão “não pensem” revela exatamente isso (Mt 5.17 – NAA). Ora, Jesus sabia que o ensino da antiga dispensação era valioso, verdadeiro, bom e belo. Ele jamais ousara ser um revolucionário, portador de um espírito destrutivo, como o apóstolo Paulo também não (cf. Rm 3.31). Assim, aprendemos, com Jesus, que não é possível construir um futuro bom se não preservarmos as coisas boas que os antigos nos legaram.  


2. Jesus não veio destruir a Lei.

Para muitos opositores, Jesus era um agitador, revolucionário, destruidor da tradição recebida (Jo 5.18). Por isso, nosso Senhor foi alvo de falsas acusações pelos seus críticos (Mt 26.59-61). Entretanto, os Evangelhos deixam claro que Jesus ensinou sobre a justiça conforme o que Moisés, a Lei e os profetas ensinaram. No lugar de enfraquecer a Lei, Ele devolvia o verdadeiro sentido dela, já abandonado pelos mestres judeus (Mt 8.4; Mc 7.10; Lc 16.31; Jo 5.46). Jesus enfatizou o sentido perfeito da Lei (Mc 7.5-13). Ele mesmo, a continuação da revelação divina, mostrava que essa revelação é progressiva para a perfeição, não retrógada nem estática. Nesse sentido, a fé e o ensino da Palavra de Deus devem nos levar ao verdadeiro crescimento espiritual, como bem ensinou o salmista (Sl 1.2,3; 119.1,97).


3. Jesus cumpriu e aperfeiçoou a Lei. 

O verbo “cumprir” (Mt 5.17), do grego plêroô, traz a ideia de tornar cheio, completar, encher até o máximo, fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente. Assim, a perspectiva pela qual Jesus cumpriu a Lei é que Ele lhe deu perfeição, conforme nos revela essa expressão: “[...] foi dito aos antigos: [...] Eu, porém, vos digo” (Mt 5.21,22). Ora, em momento algum Jesus conflitou com as Escrituras do Antigo Testamento, mas as harmonizou plenamente. Por isso, diferentemente dos escribas e fariseus, que usavam da Lei para abusar do povo (Mt 23.4; Lc 11.46), o Senhor Jesus a aperfeiçoou (Mt 5.19). O que era visto como sombra cedeu espaço para a realidade do pleno cumprimento profético (Lc 4.16-21). Em Jesus, o que era visto por meio do Decálogo e dos profetas, concretizou-se fielmente em nosso Senhor, conforme nos revela o escritor aos Hebreus (Hb 1.1-3). 


SINOPSE I

Jesus apresentou um compromisso com o passado, pois Ele não veio destruir a Lei, mas aperfeiçoá-la.


AMPLIANDO O CONHECIMENTO

A Lei

“A lei revelava a vontade de Deus quanto à conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1–24.8) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A lei não foi dada como um meio de salvação com Deus (20.2). Antes, pela lei Deus ensinou ao seu povo como andar em retidão diante dEle como seu Redentor, e igualmente diante do seu próximo.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, publicada pela CPAD,


"Em Cristo, o que era visto por meio do Decálogo e dos profetas, concretizou-se fielmente em Jesus, conforme nos revela o escritor aos Hebreus (Hb 1.1-3)."


II – A LETRA DA LEI, A VERDADE DO ESPÍRITO

1. O que a expressão “letra da Lei” significa?

De acordo com as cartas de Paulo, a expressão “letra da Lei” diz respeito ao Antigo Concerto. Essa letra expressa os desígnios de Deus em forma de proibições escritas que revelam o pecado e levam à condenação, como nos mostra Romanos 7.7-25. Em suma, dominado pela fraqueza da carne e sem força, o homem seria levado à morte diante da letra da Lei.


A função da Lei é mostrar a malignidade do pecado e a impossibilidade do homem em salvar-se. Nesse sentido, ela serviu como paidagôgos (do grego), isto é, um pedagogo, um guia, que nos levou a Cristo (Gl 3.24). Um exemplo que revela essa função é a relevância dos profetas do Antigo Testamento para despertar o povo ao verdadeiro arrependimento diante de Deus. Entretanto, o judaísmo transformou a “letra da Lei” em um sistema de normas frias e sem vida.


2. A perspectiva teológica da Lei.

Para os judeus, a Lei apresentava sua completude por meio de uma tríplice divisão: moral, cerimonial e judicial. A Lei Moral envolve os Dez Mandamentos (Êx 20.1-17); a cerimonial refere-se à adoração do povo de Deus no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo (Êx 25.1–31.17); a judicial tem a ver com diversas responsabilidades civis (individuais e sociais) (Êx 21.1–23.19). Pelo sistema da antiga Lei, havia um falso entendimento de que o homem poderia viver de maneira justa segundo o seu próprio mérito e que, por isso, seria possível salvar-se. Ora, o apóstolo Paulo refutou sabiamente esse falso entendimento (Gl 2.16; Tt 3.5). Em suas cartas, o apóstolo deixou bem claro que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei e que, por isso, pôs fim ao Sistema de Lei Mosaico, de modo que Ele oferece um novo e vivo caminho para se chegar a Deus (Jo 14.6; Hb 10.19,20), uma nova aliança que concede justificação e paz ao salvo (Rm 5.1).


3. A Lei e a verdade do Espírito.

Nosso Senhor cumpriu todo o Antigo Testamento, obedecendo perfeitamente à Lei, cumprindo os tipos, sombras, símbolos e profecias. A causa dessa realidade perfeita é a morte substitutiva de Jesus e, por isso, hoje, os cristãos são declarados justos pelo mérito da obra de Cristo (Rm 3.21-26; 10.4). Em conformidade com esse evento salvífico, o apóstolo Paulo diz que a letra mata, mas o Espírito vivifica (2 Co 3.6). Isso mostra que o Novo Concerto revelou-se na pessoa de Jesus, que gera vida, e não mais na letra pesada da Lei, que gera morte (Rm 6.23). Ou seja, de um código exterior de normas para um código interior e dinamizado na vida pelo Espírito; de palavras registradas em tábuas de pedra para palavras cravadas no coração. O Espírito Santo traz vida em Cristo e grava a vontade de Deus em nossa consciência e coração (Rm 8.2; 1 Co 15.45; 1 Tm 1.5).


4. Qual é o propósito da Lei para os discípulos de Cristo?

Vimos que Jesus cumpriu toda a Lei. Nesse sentido, cabe perguntar: há propósito da Lei para os cristãos? O apóstolo Paulo responde a essa questão mostrando que a Lei é santa (Rm 7.12), está estabelecida (Rm 3.31), se cumpre no amor (Rm 13.8-10; Gl 5.14) e opera atualmente por meio do Espírito Santo, que dinamiza a vida interior do cristão (Rm 8.2,9; Gl 5.6,25). Portanto, é Jesus Cristo quem impacta, aperfeiçoa e, por meio do Santo Espírito, implanta no interior do crente o verdadeiro sentido da Lei (Gl 4.3-7).


SINOPSE II

Letra da Lei diz respeito ao Antigo Concerto; a verdade do Espírito diz respeito a vida em Cristo que grava a vontade de Deus no coração.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“O Princípio Básico

Os oponentes de Jesus o criticavam por não guardar as minúcias das observâncias tradicionais da lei judaica. Aqui Jesus deixa claro que Ele não está ausente para destruir a lei, mas para cumpri-la e até intensificá-la.


Ele fixa padrões mais altos. Seu principal interesse é a razão de a lei existir; Ele insiste que guardar a lei começa com a atitude do coração. Por este princípio Jesus afirma simultaneamente o valor das pessoas e da lei. Neste aspecto Ele cumpre a lei antecipada por Jeremias: ‘Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo’ (Jr 31.33b). Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra final na lei. Mas o que Ele quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não significa que Ele simplesmente a observa. Nem quer dizer que Ele anulou o Antigo Testamento e as leis (como sugerido por Márcion e os hereges gnósticos). A obra de Jesus e sua Igreja está firmemente arraigada na história de salvação. Em certo sentido, Jesus deu à lei uma expressão mais plena, e em outro, transcendeu a lei, visto que Ele se tornou a corporificação do seu cumprimento. Mateus vê o cumprimento da lei em Jesus semelhantemente ao cumprimento da profecia do Antigo Testamento:


O novo é como o velho, mas o novo é maior que o velho. Não só o novo cumpre o velho, mas o transcende. Jesus e a lei do novo Reino são o intento, destino e meta final da lei” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.44).


III – A JUSTIÇA DO REINO DE DEUS

1. Quem é grande no Reino de Deus?

Mateus 5.18,19 mostra que são considerados “grande no Reino de Deus” os que se acham fiéis e cumpridores de toda a lei de Cristo. Consequentemente, são rebaixados à condição de menores os que negligenciam, removem, separam, violam o menor dos mandamentos de Deus e não atentam para a sua instrução, quer por omissão, quer por transgressão. Assim, como discípulos de Cristo e cidadãos do Reino de Deus, devemos cumprir e ensinar a lei divina a partir do poder do Espírito Santo que transforma, aperfeiçoa e concede-nos graça e verdade (Jo 1.16,17).


"Jesus Cristo impacta, aperfeiçoa e, por meio do Santo Espírito, implanta no interior do crente o verdadeiro sentido da Lei."


2. A justiça do Reino de Deus.

A compreensão da justiça do Antigo Testamento, baseada no binômio lei-obra, gerou orgulho pessoal e confiança nas próprias ações dos judeus para justificarem a si mesmos. No Novo Testamento, há exemplos a esse respeito: o jovem rico que agiu assim para atingir o supremo bem (Mt 19.16-26); o fariseu que, por meio de sua justiça própria, achava-se melhor que o publicano (Lc 18.9-17); o sacerdote e o levita que, firmados numa justiça própria, não atentaram para a aflição do próximo (Lc 10.25-37). Mas Jesus ensina aos seus discípulos que a nova justiça no Reino de Deus é interior, moral e espiritual e não se trata mais daquela velha justiça exterior, cerimonial e legalista. Por isso, a justiça exigida pelo Senhor Jesus aos seus discípulos é superior à dos escribas e fariseus. É uma justiça mais sublime, elevada e interior. Essa justiça só pode ser obtida mediante a fé, nos permitindo viver de maneira justa e piedosa (Rm 3.21,22; Rm 8.2-5) e, assim, entrar no Reino de Deus.   


SINOPSE III

O Sermão do Monte esclarece que as bem-aventuranças são a verdadeira felicidade para quem nasceu de novo.


AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

Sobre a Justiça

“[...] Os fariseus eram zelosos em guardar tanto a lei escrita quanto a oral. Ao explicar o verdadeiro significado da Palavra de Deus, Cristo estava prestes a revelar uma justiça que ‘ultrapassava’ qualquer justiça que os fariseus imaginassem possuir, guardando os mandamentos. Como cidadãos do Reino de Jesus, você e eu somos chamados para viver uma vida justa. Mas devemos evitar o engano dos fariseus. Não devemos confundir a verdadeira justiça, ou supor que, por fazermos determinadas coisas e evitarmos outras, alcançamos elevada espiritualidade. O que fazemos é importante, é verdade. Mas Deus está mais interessado no que somos” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.557).


CONCLUSÃO

Jesus não veio para desfazer a Lei, nem viveu como um legalista. Porém, soube conservar o que havia de bom na antiga Lei, dando-lhe uma nova dinâmica de vida. Nosso Senhor deseja que nossas vidas sejam elevadas espiritualmente, semelhantes ao caráter e conduta dEle, deixando de lado toda frieza espiritual e, aquecidos pelo Espírito Santo, abraçando o verdadeiro Evangelho do Senhor Jesus Cristo.  


VOCABULÁRIO

Binômio: que tem dois nomes ou dois termos.

Estático: sem movimento; parado, imóvel.

Retrógada: que anda para trás, não avança.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Segundo a lição, Jesus tinha o propósito de destruir a Lei?

Quando nosso Senhor começou a ensinar, seu propósito nunca foi o de desconstruir tudo ou não valorizar o passado relativo aos ensinos da Lei e dos Profetas.

2. Qual é a tríplice divisão da Lei?

Para os judeus, a Lei apresentava sua completude por meio de uma tríplice divisão: moral, cerimonial, judicial.

3. De acordo com a lição, o que a letra da Lei expressa?

Essa letra expressa os desígnios de Deus em forma de proibições escritas que revela o pecado e leva à condenação, como nos mostra Romanos 7.7-25.

4. Como o Senhor Jesus cumpriu todo o Antigo Testamento?

Nosso Senhor cumpriu todo o Antigo Testamento, obedecendo perfeitamente a Lei, cumprindo os tipos, sombras, símbolos e profecias.

5. O que é a justiça no Reino de Deus?

Jesus ensina aos seus discípulos que a nova justiça no Reino de Deus é interior, moral e espiritual e não se trata mais daquela velha justiça exterior, cerimonial e legalista.

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Os três Ofícios de Jesus Cristo

Na época do Antigo Testamento havia três classes de mediadores entre Deus e seu povo: o profeta, o sacerdote, e o rei. Como perfeito Mediador (1 Tim. 2:5), Cristo reúne em si mesmo os três ofícios. Jesus é o Cristo-Profeta que ilumina as nações; o Cristo-Sacerdote que se ofereceu como sacrifício pelas nações; o Cristo-Rei que reinará sobre as nações.

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Jesus seria Chamado de Nazareno?

💡
Onde se encontra no Antigo Testamento a profecia que diz que Jesus seria chamado de “Nazareno”?


📖 Se no Antigo Testamento não tem nenhuma profecia que afirme que o Cristo seria chamado “Nazareno”, por que Mateus afirma que Jesus foi morar em Nazaré para cumprir tais profecias? Como interpretar corretamente o texto que lemos em Mateus 2.23?

Nos evangelhos encontramos a realização das promessas de Deus, vemos o Verbo Divino se encarnar e habitar entre nós, cheio de graça e verdade (Jo 1.14). Em se tratando da construção textual dos evangelhos, sabemos que cada autor descreveu os acontecimentos da vida e obra do Senhor Jesus com um olhar próprio. Embora os sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) narrem a história por uma ótica similar, cada um dos evangelistas tem as suas especificidades e singularidades, em cada relato constatamos detalhes, ênfases que são peculiares de cada autor, sabemos que Mateus escreveu para os judeus, Marcos para os romanos, Lucas para os gregos e João para todos os cristãos de modo geral.

📖 O evangelho de Jesus Cristo,segundo Mateus, fora escrito provavelmente nos anos 60 do século I da era cristã. O autor, Mateus não “assina” sua obra, embora existam divergências em torno de quem seria o verdadeiro escritor da obra em apreço, os pais da igreja, os apologistas, reformadores e a maioria dos eruditos concordam que este Mateus, é o mesmo que também era chamado de Levi, que antes de ser comissionado pelo Senhor Jesus, era um publicano, coletor de impostos (Mt 9.9-13; Mc 2.14-17; Lc 5.27-32)

Mateus procurou ao longo do seu relato apresentar com argumentos e provas cabais que Jesus era o Messias prometido conforme as escrituras e profecias veterotestamentárias. Há que se registrar que, segundo Warren Wiersbe, Mateus faz pelo menos 129 citações ou alusões ao Antigo Testamento, é evidente o uso dessas referências por Mateus, que sendo judeu e conhecendo as tradições do seu povo, sabia que esse embasamento seria uma conditio sine qua non para dar veracidade a sua narrativa, e há registros dos pais da igreja que afirmam Mateus escreveu esse relato primeiramente em Hebraico.

📖 Pois bem, ao analisarmos o texto, “E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno” (Mateus 2.23 ARC). Ao contrário de outras citações de profecias do AT, como por ser exemplo Miqueias 5.2, que se cumpre a risca em Mateus 2.1-6; essa citação em questão não aparece de forma direta em nenhum livro da antiga aliança.

Em relação à problemática proposta, Mateus faz uso de questões etimológicas e de aplicações de raízes semânticas de profecias do AT, o nome Nazaré em hebraico é Nezér,que significa broto, rebento ou renovo. Nesta perspectiva, Mateus está utilizando-se de profecias que apresentam Jesus como o Messias que é a raiz do tronco Davídico, senão vejamos: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará (Is 11.1); “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5); “Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu servo, o renovo”.

Portanto, é a aplicação do significado do vocábulo Nazaré no texto hebraico que faz com que Mateus utilize profecias do Antigo testamento para corroborar que Jesus era o messias prometido conforme a Lei e os Profetas.

Referências: Artigo: Geovane Leite
HOLLADAY, William L. Léxico hebraico e aramaico do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2010.
WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo. Vol. 5. Santo André: Geográfica Editora, 2006.

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A Ressurreição de Jesus é Tão Real Quanto o ar que Inspiramos

A importância da ressurreição é tamanha, que o apóstolo Paulo chega a afirmar que se Cristo não ressuscitou a nossa pregação e fé são inúteis (1 Co 15.14)
INTRODUÇÃO

Nos primeiros versículos da introdução ao livro de Atos, Lucas menciona a ressurreição de Jesus, que é um acontecimento histórico e fundamento central da fé e da doutrina cristã. Desde que Jesus ressuscitou que os seus opositores tentam desacreditar os fatos (Mt 28.11-15). Contudo, as evidências internas do Novo Testamento, e a nossa própria experiência com o Cristo vivo, não nos deixam dúvidas sobre a historicidade da ressurreição do Senhor.

I - A ressurreição anunciada

A ressurreição de Jesus foi anunciada por ele próprio em algumas ocasiões (Mt 16.21-23; 17.22-23; 20.17-19; Lc 18.31-34; Mc 8.31; 9.31; 10.32-34; Jo 2.19; 10.17,18).

II - A ressurreição evidenciada

Durante os quarenta dias que antecederam a sua ascensão (At 1.3) ele se revelou:
(a) à Maria (Mc 16.9-11; Jo 20.14-28);
(b) às mulheres (Mt 28.9-10);
(c) aos dois discípulos no caminho de Emaús (Mc 16.12,13; Lc 24.13-22);
(d) a Pedro (Lc 24.34);
(e) aos apóstolos (Mt 28.16-20; Mc 16.14-20; Lc 24.36-43; Jo 20.19-29; 21.1-24; 1 Co 15.3-5, 7);
(f) a mais de quinhentos irmãos de uma só vez (1 Co 15.6); 
(g) a Paulo (1 Co 15.8);
(h) a João na ilha de Patmos (Ap 1.9-20).

🔍 Veja mais:

III - A ressurreição proclamada

Uma clara evidência da ressurreição de Jesus foi a ousadia dos apóstolos em anunciá-la, arriscando a própria vida por isso. Em Atos Lucas registrou a proclamação da ressurreição de Jesus feita por Pedro (At 2.22-32; 3.14-15,26; 4.10,33; 5.30; 10.39-42) e por Paulo (At 13.29-37; 17.1-3,30,31).

IV - A ressurreição ensinada

A ressurreição de Jesus é assunto também tratado e exposto nas epístolas (Rm 4.24,25; 6.4,9; 7.4; 8.11, 34; 10.9; 1 Co 6.14; 15.4,12,13,14,15,16,17,20; 2 Co 4.14; 5.15; Gl 1.1; Ef 1.20; 2.6; Cl 2.12-13; 3.1; 1 Ts 1.10; 4.14; 2 Tm 2.8; 1 Pe 1.21).

CONCLUSÃO

A importância da ressurreição é tamanha, que o apóstolo Paulo chega a afirmar que se Cristo não ressuscitou a nossa pregação e fé são inúteis (1 Co 15.14), somos considerados falsas testemunhas (1 Co 15.15), permanecemos em nossos pecados (1 Co 15.17), os que dormiram em Cristo estão perdidos (1 Co 15.18), e ao esperarmos apenas nesta vida somos os mais miseráveis dos homens (1 Co 15.19).

Adaptação/Reverberação: Site Cristão Alerta
Referência: GERMANO, Altair. SÉRIE DOUTRINAS E PRÁTICAS CRISTÃS: Atos.  Didaskalias Publicações. Paulista – PE, 2020

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A Volta de Jesus foi ensinada amplamente na Bíblia

INTRODUÇÃO
A volta de Jesus foi um acontecimento esperado pelos apóstolos ainda em seus dias. O lugar e importância desta doutrina nas Escrituras é indubitável. A volta de Jesus foi ensinada amplamente na Bíblia, e até hoje mantém acesa e firme a "bendita esperança" de todo crente.

I - A volta de Jesus ensinada nas Escrituras

O próprio Jesus declarou que voltaria:
(a) pessoalmente (Jo 14.3; 21.20-23);
(b) inesperadamente (Mt 24.32-51; 25.1-3; Mc 13.33-36); 
(c) repentinamente (Mt 24.25-28);
(d) na glória de Seu Pai e Seus anjos (Mt 16.27; 19.28; 25.31-46;
(e) triunfantemente (Lc 19.11-27);
(f) brevemente (Ap 3.11; 22.12).

Os varões vestidos de branco afirmaram no momento de sua ascensão que ele voltaria da mesma forma como estava indo (At 1.10-11).

Os escritores das epístolas ensinaram sobre a volta de Jesus:
💡 (a) Pedro (II Pe 3.3,4; 3.8-10);
💡 (b) Paulo (1 Co 15.51,52; Fp 3.10, 21; 1 Ts 4.16,17; 2 Ts 1.7-10; Tt 2.13);
💡 (c) o autor de Hebreus (Hb 9.28; 10.37);
💡 (d) Tiago (Tg 5.7,8);
💡 (e) Judas (Jd v. 14,15);
💡 (f) João (1 Jo 2.28; 3.2,3; Ap 1.7; 22.12).

II - A primeira fase da sua volta

Entendemos pelas Escrituras que o Senhor voltará em duas fases. Na primeira fase Jesus descerá do céu antes da grande tribulação (Mt 24.21; Ap 3.10), os crentes vivos serão transformados, e os que morreram em Cristo ressuscitados (1 Co 15.51-57), e juntos serão arrebatados secretamente para encontrar-se com o Senhor nos ares (1 Ts 4.16,17).

O termo arrebatamento deriva do grego harpazo e do latim raptus. Tudo isso acontecerá num instante brevíssimo (gr. en atomõ). Após o arrebatamento os crentes comparecerão diante do tribunal de Cristo (gr. bema) para julgamento das suas obras e premiação (Lc 14.14;Rm 14.10; 1 Co 3.10-15; 4.4-5; 2 Co 5.10; Ap 22.12).

A expressão "dia de Cristo" se relaciona à recompensa e à bênção dos santos na vinda do Senhor (1 Co 1.7,8; 5.5; 2 Co 1.14; Fp 1.6,10; 2.16). Os crentes participarão também das bodas do Cordeiro (2 Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 19.7-9).

III - A segunda fase da sua volta

Na segunda fase ele voltará:
🔥 (a) com poder e grande glória (Mt 24.29-31; Lc 21.25-28); 
🔥 (b) todo o olho o verá (Ap 1.7);
🔥 (c) virá com os santos (Jd 14);
🔥 (d) pisará o Monte das Oliveiras (Zc 14.3-5);
🔥 (e) limpará a sua eira (Mq 4.12,13; Mt 3.12);
🔥 (f) julgará as nações (SI 110.5,6; Zc 14.1-4; J1 3.2; Ap 16.13-16; 17.14).

A sua vinda em glória é chamada de "Dia do Senhor", sendo ele terrível, onde seus adversários serão julgados e castigados (J11.15; 2.1,11,31; 3.14; Am 5.18,20; Sf 1.7,14; Ml 4.5; Is 2.12; 13.6-9; Ez 13.5; 30.3; At 2.20; 1 Ts 5.2; 2 Ts 2.2; 2 Pe 3.10).

As expressões "aquele dia", "o dia" ou "grande dia", se referindo ao Dia do Senhor, aparecem mais de setenta e cinco vezes no Antigo Testamento. O anti-cristo e o falso profeta serão presos (Ap 19.19-20) e os seus seguidores mortos (Ap 19.21). Satanás será preso por mil anos (Ap 20.1-3), para depois ser solto, derrotado e lançado no lago de fogo, onde já estarão a besta e o falso profeta, e onde serão atormentados continuamente e para todo o sempre (Ap 20.7-10). Será implantado o milênio (Ap 20.5,6). Acontecerá o julgamento final (Ap 20.11-15). Um novo céu e uma nova terra serão criados (Is 65.17,18; 66.22; 2 Pe 3.13; Ap 21.1).

CONCLUSÃO

Em breve estaremos livres de todas as aflições, perseguições, opressões e dores. Todos os crentes salvos em Cristo Jesus desfrutarão da bendita esperança.

Teremos um novo corpo (1 Co 15.35-58), o veremos como ele é e nos tornaremos semelhantes a ele (Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2,3), receberemos a coroa da justiça (2 Tm 4.8), de glória (1 Pe 5.4) e da vida (Ap 2.10). Consolemo-nos uns aos outros com estas palavras (1 Ts 4.18). Jesus está voltando. Maranata!

Adaptação/Reverberação: Site Cristão Alerta
Referência: GERMANO, Altair. SÉRIE DOUTRINAS E PRÁTICAS CRISTÃS: Atos.  Didaskalias Publicações. Paulista – PE, 2020

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