Lição 2: Promessas de Deus para Israel

4° trimestre 2024 CPAD

ASSUNTO: AS PROMESSAS DE DEUS: Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato

TEXTO ÁUREO

“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3)

VERDADE PRÁTICA

Ainda que a queda espiritual tenha ocorrido com Israel, há uma gloriosa promessa ao remanescente fiel.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Gn 15.6: Abraão creu e foi abençoado pelo Senhor

Terça – Gl 4.25-31: Isaque, o filho da promessa no Antigo Testamento

Quarta – Gn 29.32-35: Jacó, o pai das 12 tribos de Israel que dariam origem à nação

Quinta – Mt 1.23; Is 7.14: O Senhor Jesus, o Emanuel, o “Deus conosco”

Sexta – Mt 1.22-24: O nascimento de Jesus como cumprimento de uma promessa

Sábado – Rm 9.3-5: Cristo, a promessa cumprida do Antigo Testamento


Hinos Sugeridos: 380, 390, 463 da Harpa Cristã

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gênesis 12.1 -3; Romanos 9.1-5

Gênesis 12

1 – Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

2 – E iar-te-ei uma grande nação, e abençoar-te- ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.

3 – E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.


Romanos 9

1 – Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):

2 – tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.

3 – Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;

4 – que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;

5 – dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!

INTRODUÇÃO

As promessas divinas para Israel foram proferidas há mais de 4.000 anos antes do advento do Senhor Jesus. Tudo começou quando Deus chamou Abrão e fez-lhe promessas a respeito do divino propósito de formar uma grande nação. Nessa chamada, está implícita as promessas para Israel como nação ímpar dentre todos os povos da terra, a fim de, de uma forma especial, cumprir os propósitos divinos para a humanidade. Por isso, nesta lição, veremos que muitas promessas de Deus para Israel são irrevogáveis. Elas foram feitas por Deus a Abraão, a Isaque, a Jacó, a Davi e confirmadas com o advento do Senhor Jesus Cristo.

PALAVRA-CHAVE: Descendência

I – ISRAEL: A PROMESSA DA CRIAÇÃO DE UMA GRANDE NAÇÃO

1. “E far-te-ei uma grande nação” (v.2).

Essa promessa tinha como objetivo mostrar a Abrão o propósito de Deus em formar, a partir dele, uma grande nação, diferente de todas as outras, a nação de Israel (Gn 12.2). Ao longo da história, esse propósito se cumpriu de maneira evidente e poderosa. Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava com 75 anos, e sua esposa, Sara, era estéril. Anos depois, Deus renovou a sua promessa de criar uma grande nação a partir de Abraão (Gn 15.4,5).


2. E abençoar-te- ei, engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção” (v.2).

Deus desejou promover o nome de Abrão numa dimensão jamais imaginada pelo patriarca. Entretanto, a promessa não era meramente materialista. A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão. Era uma promessa por demais significativa, pois Abrão era filho de uma família idólatra (Gn 12.1) e Deus o escolheu para ser pai de um povo que ainda surgiria: o povo de Israel. A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.


3. “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (v.3).

Essa foi uma promessa dupla: de bênção e de maldição. Na verdade, Abraão seria uma grande influência para os que se relacionavam com ele. De modo que Deus abençoaria os que auxiliassem Abraão e castigaria quem o amaldiçoasse. Esse evento faria de Abrão uma influência mundial que perduraria em sua posteridade. Além disso, essa promessa é confirmada em Números: “Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem” (24.9).


4.“E em ti serão benditas todas as famílias da terra” (v.3).

Essa promessa é considerada uma segunda profecia das Escrituras a respeito do Senhor Jesus (A primeira está registrada em Gênesis 3.15). Podemos ter essa confirmação por meio da Carta de Paulo aos Gálatas, em que uma bênção espiritual viria por meio de um descendente de Abraão, o pai dos israelitas. Essa bênção diz respeito ao advento do Senhor Jesus Cristo, sua boa notícia oferecida a todas as nações (Gl 3.8,16; cf. Jo 3.16).


SINOPSE I

A descendência de Abrão seria uma grande nação, acompanhada de um testemunho espiritual importante.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

PROMESSA

“[…] A mensagem central do Novo Testamento é que as promessas de Deus no Antigo Testamento foram cumpridas com a vinda de Jesus Cristo. As numerosas fórmulas de citação de Mateus são evidências desse tema. Em Lucas 4.16-21, Jesus pronuncia o cumprimento da promessa de Isaías (sobre o ministério do Messias, Is 61.1-3) na sua própria vida. O livro de Atos declara especificamente que o sofrimento e ressurreição de Jesus e a vinda do Espírito Santo são o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (At 2.29-31; 13.32-34). A identidade de Jesus como descendente de Davi (At 13.23) e como profeta semelhante a Moisés (At 3.21-26; Dt 18.15-18) também é considerada o cumprimento do Antigo Testamento. A visão de Paulo sobre as promessas de Deus está resumida nesta declaração: (Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém, para a glória de Deus, por nós” (2Co 1.20). De acordo com Romanos 1.2,3, Paulo considera o evangelho como a mensagem que Deus antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho. Romanos 4 descreve a fé de Abraão em termos da sua confiança nas promessas de Deus, o que leva à sua justiça. Apresenta-o também corno nosso modelo de fé nas promessas de Deus. A famosa expressão segundo as Escrituras em 1 Coríntios 15.3,4 é, em certo sentido, entendido por Paulo como o cumprimento das promessas de Deus a respeito da morte e ressurreição de Cristo” (LONGMAN III, Tremper. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023).

II – OUTRAS PROMESSAS A ISRAEL

1. A promessa de um filho a Abraão.

Além das solenes promessas de Deus a Abraão, o Senhor prometeu-lhe um filho. A promessa pareceu estranha ao patriarca, pois como vimos anteriormente, ele era avançado em idade, sua esposa também, além dela ser estéril. O pai da fé argumentou com Deus que provavelmente seu servo, Eliezer, seria seu herdeiro. No entanto, o Senhor asseverou-lhe que não. Deus iria cumprir a sua grandiosa promessa na vida de Abraão (Gn 15.4-6). O filho da promessa, portanto, seria Isaque (Gn 21.1-7).


2. A promessa de um filho a Isaque.

Deus não se esquece de suas promessas. Após a morte de Sara, Abraão casou-se com Quetura. Ele tinha mais de 100 anos e teve seis filhos com ela (Gn 25.1-5). Antes de morrer, Abraão providenciou uma esposa para Isaque, por intermédio de Eliézer, seu servo. Este foi à Mesopotâmia, e lá, por direção de Deus, encontrou uma esposa, Rebeca, para o filho de seu senhor, e a levou a Isaque€, que se casou com ela. No tempo próprio, ela deu à luz a dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó (Gn 25.24-26).


3. A promessa renovada.

O Senhor falou com Jacó e reiterou a promessa feita a Abraão, de que lhe daria aquelas terras (Gn 26.3,4). Isaque foi considerado o herdeiro da promessa (Hb 11.17-19) e, por isso, antes de morrer concederia bênçãos para seus filhos. Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn 27.30-34). Orientado por seu pai, Jacó foi à casa de Labão, onde se casou com Raquel, que era estéril (Gn 28.1,2; 29.28). Por estratégia de Labão, Jacó se uniu com Léia e teve seis filhos com ela (Gn 29.21-27).Mais tarde, Deus abriu a madre de Raquel e esta concebeu dois filhos. Com sua serva, Bila, Jacó teve dois filhos; com Zilpa, serva de Leia, mais dois filhos; perfazendo às 12 tribos de Israel (Gn 29.32-35; 30.1-26); e teve mais uma filha, com Leia, Diná (Gn 30.20-21).


4. Promessa do Reino do Messias.

Por intermédio do profeta Isaías, Deus falou que o Messias nasceria da descendência de Jessé, pai de Davi, para redimir Israel e a humanidade. Por isso, o Senhor Jesus é chamado de “O Filho de Davi” (Lc 18.37-4o), o “Emanuel”: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1.23; cf Is 7.14).


SINOPSE II

As promessas feitas a Abrão culminam na promessa de que o Messias viria para redimir Israel e a humanidade de seus pecados.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

OS FILHOS DE DEUS PELA FÉ (Gl 3.24-4.7).

“[…] Se todos os crentes estão se tornando semelhantes a Cristo, se todos os crentes professaram a fé e se uniram ao corpo de Cristo, então esta união deixa de lado todas as outras diferenças superficiais. Embora seja verdade que no corpo de Cristo, judeus, gentios, escravos, livres, homens e mulheres ainda conservam as suas identidades individuais, Paulo exalta a sua unidade todos vós sois um em Cristo Jesus. Todos os rótulos tornam-se secundários entre aqueles que têm a Jesus em comum. […] Tornar-se filho de Deus (Gl 3.26) e tornar-se um em Cristo (3.28) significa que aqueles que são de Cristo são descendência de Abraão. Os judeus acreditavam que eram automaticamente o povo de Deus porque eram descendentes de Abraão. Paulo concluiu que os filhos espirituais de Abraão não eram os judeus, nem aqueles que tinham sido circuncidados. Os filhos de Abraão são aqueles que respondem a Deus com fé, como Abraão tinha feito. A única diferença é que a nossa resposta deve ser a Cristo, como Salvador. Como nós respondemos positivamente, nós somos herdeiros. Em outras palavras, todas as promessas que Deus fez a Abraão pertencem a nós. Respondendo a Cristo com fé, nós seguimos o antigo caminho de Abraão, um dos primeiros justificados pela fé. Ele confiou em Deus, e nós também. Mas a nós foi acrescentada a oportunidade de valorizar o preço que Cristo teve que pagar para assegurar a nossa participação na promessa” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD , 2009, pp. 282, 283).

 

III - A PROMESSA DE SALVAÇÃO PARA ISRAEL

1. A queda de Israel.

O Novo Testamento mostra claramente a queda de Israel. A nação não conseguiu exercer o papel de nação sacerdotal no meio de outras nações (Lc 21.24). Por isso, os capítulos 9-11 da Epístola de Paulo aos Romanos trata de algumas questões que muitos cristãos dos dias atuais se fazem hoje: Como as promessas de Deus para Israel podem permanecer válidas hoje? Elas foram revogadas? De fato, Israel permanece em rebelião contra Deus porque a nação não reconheceu o Senhor Jesus como o seu Messias verdadeiro (Rm 9.30-31; 11.11-15).


2. A tristeza de Paulo por Israel.

O capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo pelos judeus que não conhecem a Cristo (2 Co 9.22). Sim, os judeus que não conhecem a Cristo estão em uma situação muito difícil, pois o Senhor Jesus descende diretamente deles, segundo a carne (Rm 9.5). Esse sentimento de tristeza e, ao mesmo tempo, uma atitude piedosa de sofrer pela salvação dos judeus, deve ser um compromisso permanente de cada cristão para a evangelização dos judeus (Mt 23.32).


3. Promessa de salvação a Israel.

“Quando orava por Israel, o apóstolo expressava o seguinte: “dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.3-5). Essas qualificações mostram que Deus cumpre a sua palavra, prometida àqueles homens que o buscam em sinceridade. Por isso, a Bíblia assegura que Israel será salvo, ainda que não totalmente. A Bíblia diz que esse povo será chamado de (‘filhos do Deus vivo” (Rm 9.26); que “o remanescente fiel de Israel” será salvo (Rm 9.27). O Libertador que virá de Sião fará isso (Rm 11.26).


SINOPSE III

A Bíblia assegura que o remanescente fiel de Israel será salvo pelo libertador que virá de Sião.


CONCLUSÃO

As promessas de Deus para Israel não podem falhar. O que Deus prometeu a Abrão, a Isaque e a Jacó se cumpriu em parte; e terá seu cumprimento pleno nos tempos futuros, quando o Senhor Jesus voltar em Glória e implantar o seu glorioso Reino do Milênio. Lembremos da Palavra de compromisso do Senhor: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1- Quantos anos Abrão tinha quando Deus disse que ele seria uma grande nação?

Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava com 75 anos.

2- Que promessas Deus fez a Abraão acerca de outros povos?

A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2 ). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão.

3- Qual foi a promessa que o Senhor reiterou a Jacó?

A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.

4- Por que Esaú perdeu o direito de primogenitura?

Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn 27.30-34)

5- O que Romanos 9 demonstra?

O capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo Paulo pelos judeus que não conhecem a Cristo (1 Co 9.22).

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