Lição 13 Preparando o Corpo, a Alma e o Espírito para a Eternidade | 4° Trimestre de 2025 | Classe: Adultos | Data: 28 de Dezembro de 2025 | Comentarista: Pr. Silas Queiroz REVISTA: Corpo, Alma e Espírito – A Restauração Integral do Ser Humano para Chegar à Estatura Completa de Cristo
📖 TEXTO ÁUREO
“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”
(Fp 3.20)
🎯 VERDADE PRÁTICA
Na vinda de Jesus nosso corpo abatido será transformado em um corpo glorioso, e, como um ser integral, habitaremos para sempre com Ele no Céu.
📚 LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Pe 1.22
A purificação da alma
Terça - 1 Pe 1.15
Chamado divino e santificação em toda a maneira de viver
Quarta - Hb 12.14
Sem santificação ninguém verá a Deus
Quinta - 1 Jo 3.3
Santificação para a vinda de Cristo
Sexta - Cl 1.2
A santificação posicional em Cristo
Sábado - 2 Co 7.1
A santificação progressiva
🎓 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Tito 2.11-14; 1 Pedro 1.13-16
Tito 2
11 - Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
12 - ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente,
13 - aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
14 - o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
1 Pedro 1
13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,
14 - como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
15 - mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
16 - porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
🔊 HINOS
Hinos Sugeridos: 304,305, 401 da Harpa Cristã
✍️ Introdução
Ao longo deste trimestre fizemos uma jornada de estudos acerca do homem, a obra prima da Criação. Buscamos conhecer a vontade Deus para o nosso ser como um todo: espírito, alma e corpo, pois, como enfatiza nossa Declaração de Fé, o homem é uma unidade na pluralidade e uma pluralidade na unidade. Nesta lição concluiremos enfatizando o propósito da santificação na perspectiva da Doutrina Bíblica das Últimas Coisas.
💡 Palavra-Chave: Santificação
I – PRESERVANDO A ESPERANÇA ESCATOLÓGICA
1. O alvo celestial.
Um dos fatores essenciais para a preservação de uma vida de santificação integral é a esperança escatológica, o anseio pela Eternidade com Deus. Diversos textos bíblicos relacionam a santidade com a vinda de Cristo, de modo a conscientizar os crentes da necessidade de um viver santo (Hb 12.14; 2 Pe 3.11-14). Sabendo disso, Satanás sempre repete a estratégia adotada desde o Éden: busca confundir a mente do ser humano e desviá-lo da perspectiva estabelecida pelo Criador (Gn 3.4,5). O conceito mais comum de pecado é “errar o alvo”. A nova vida em Cristo é uma correção de alvo. Visa tirar-nos da limitada e miserável perspectiva meramente terrena e finita e nos sintonizar com um propósito celestial e eterno (Cl 1.3-5).
2. Oposições à visão celestial.
Jesus enfrentou terríveis oposições durante seu ministério, a começar pelas tentações do Diabo, que queria mudar o propósito do Messias e confiná-lo aos limites das conquistas terrenas (Mt 4.8-10). Respondendo a Pilatos, o Mestre enfatizou: “O meu Reino não é deste mundo” (Jo 18.36). O apóstolo Paulo travou grandes combates com opositores que insistiam em reduzir o Evangelho a temas e questões temporais. Aos coríntios ele advertiu acerca dos que não criam na ressurreição dos mortos, um engano que limitaria a eficácia da fé cristã a esta finita vida (1 Co 15.12): “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (15.19).
3. Inimigos da cruz de Cristo.
Aos filipenses, Paulo combateu os que pensavam somente nas coisas terrenas: “O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas” (Fp 3.19). Eram inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18). Diante disso, o apóstolo proclamou: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.20,21). Há ensinos semelhantes aos colossenses (Cl 2;3) e aos tessalonicenses (1 Ts 4.13).
SINOPSE I
A esperança na eternidade com Cristo fortalece a santificação e mantém o crente focado no propósito celestial.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
SANTIFICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
“No Novo Testamento, a santificação não é retratada como um processo lento de abandono ou desistência do pecado, pouco a pouco, mas é apresentada como um ato definido e decisivo pelo qual o crente — pela graça de Deus — é libertado do controle de Satanás e rompe claramente com o pecado (isto é, tudo o que ofende, se opõe e desafia a Deus e não corresponde aos seus padrões) para viver por Deus e para Deus (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4-6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo de uma vida inteira, pelo qual um seguidor de Cristo continua a mortificar as tendências pecaminosas do corpo (Rm 8.1-17; veja Rm 8.13, nota), é transformado progressivamente para que seja mais semelhante a Jesus (2Co 3.18), cresça em graça (2Pe 3.18), exercite maior amor por Deus e pelos outros (Mt 22.37-39; 1Jo 4.7-8,11,20-21; veja Mc 12.30, nota) e satisfaça os propósitos de Deus para a sua vida” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.2350).
II – PERIGOS DE TEOLOGIAS MODERNAS
1. Um cristianismo secularizado.
Vivemos o perigo de um cristianismo secular, reduzido a pautas e militâncias ideológicas, sociais, políticas e econômicas, enfrentadas por expedientes meramente humanos (Lc 17.26-30; 18.1-8; 2 Co 10.4,5). Assiste-se à difusão de uma “teologia pública” que não confronta o pecado. Que confunde e empobrece o sentido de relevância da fé, enfraquecendo a missão da Igreja. Sob o pretexto de levá-la para a arena pública, atua para tirá-la da arena espiritual. Enquanto mais secularismo, menos poder. Jesus espera que conservemos entre nós os verdadeiros sinais que devem seguir os que crerem: expulsão de demônios, novas línguas, maravilhas e curas divinas (Mc 16.17,18). E tudo isso na perspectiva e expectativa da Eternidade.
2. Falsos discursos.
O cristianismo moderno corre um sério risco de ser marcado, em parte, mais por discurso que prática (Tg 1.22). Isso ganha uma amplitude ainda maior em tempos de comunicação tão volátil. Oriundas de canais mais voltados à cultura e intelectualidade, são muitas as vozes “cristãs” que criticam toda e qualquer tradição, ignorando seus fundamentos. Como pentecostais clássicos, devemos nos precaver de teologias modernas alheias à realidade do crente em seu cotidiano; em seu bairro ou comunidade rural, e permanecer crendo, praticando e pregando um Evangelho simples, porém, integral e poderoso: Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará. Quando se perde o senso da iminente volta de Jesus, compromete-se o valor da santificação (1 Jo 3.3).
3. Prosperidade, existencialismo e engajamento cultural.
Ao longo da história do cristianismo não poucos ventos teológicos vieram e se foram. A própria Teologia da Prosperidade, uma das mais recentes, já não causa o mesmo impacto de quando surgiu. Reduzir a esperança cristã a conquistas terrenas leva a frustrações, além de conduzir a uma visão meramente existencial. Foi o que Paulo concluiu diante dos que, em Corinto, negavam o caráter escatológico da fé cristã. O apóstolo não os poupou. Chamando-os de “bestas feras”, ironizou: “Comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (1 Co 15.32). Acautelemo-nos também da cosmovisão cristã inspirada na escatologia calvinista-amilenista, que, descrendo no Arrebatamento da Igreja e em um Milênio literal, enfatiza o engajamento político e cultural para a redenção dos sistemas humanos e não a proclamação do Evangelho para a salvação dos pecadores. A pregação bíblica é: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (At 3.19).
SINOPSE II
Teologias seculares e distorcidas enfraquecem a missão da Igreja e desviam o foco da santificação e da volta de Cristo.
🔍AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“VOS SANTIFIQUE EM TUDO.
Paulo conclui esta epístola com uma oração pelos cristãos de Tessalônica, pedindo que Deus continue a operar em cada aspecto de seu ser – espírito, alma e corpo –, desenvolvendo-os, purificando-os e preparando-os para os seus propósitos. Todo o seu ser deveria ser preservado para Deus e ‘conservad[o] irrepreensíve[l]’ (veja 2.10, nota) até a volta de Jesus. Observe que eles não conseguiriam isto por seus próprios esforços, mas ‘Fiel é o que vos chama, o qual [Deus] também o fará’ (v.24)” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.2236).
III – CONSERVANDO ESPÍRITO, ALMA E CORPO
1. Prontos para o retorno de Cristo.
Em 1 Tessalonicenses 5.23 Paulo apresenta a santificação intimamente ligada ao propósito da eternidade. Em uma epístola que eminentemente trata da volta de Jesus, o apóstolo dedica o último capítulo para abordar exatamente a obra da santificação. Do versículo 12 ao 22, refere-se aos deveres do cristão em sua vida pessoal e comunitária, concluindo com uma enfática advertência: “Abstende-vos de toda aparência do mal” (1 Ts 5.22). Na sequência, aborda a obra divina no processo de santificação: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23). O desejo do apóstolo era que, uma vez santificados, os tessalonicenses permanecessem conservados em santificação, prontos para o retorno de Cristo.
2. Uma santificação completa.
Conscientes de nossa imperfeição e de que ainda habita em nós uma natureza carnal, devemos desejar e buscar constantemente nos aperfeiçoar em santificação (Ap 22.11). Uma santificação completa, na qual parte alguma de nosso ser fique de fora; nem mesmo nossos afetos, pensamentos e intenções (Mt 5.8). Tudo em nós deve ser santificado; no espírito, na alma e no corpo. Por nossa própria força isso é impossível, mas pelos meios da Graça Divina isso é plenamente possível. Que vivamos desfrutando de uma profunda convicção de nossa salvação, anelando pela vinda de Cristo. Se algo faltar, não nos esqueçamos: o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7).
CONCLUSÃO
Pela graça de Deus estamos concluindo mais um trimestre. Vivemos neste mundo, mas não pertencemos a ele (Jo 17.14). Que, como peregrinos e forasteiros, jamais percamos o anseio pela Eternidade com Deus (1 Pe 2.11). Enquanto aqui estivermos, vivamos na inteira dependência do Senhor Jesus. Cheguemo-nos diariamente a Ele com inteira certeza de fé, confiados em seu sacrifício por nós na cruz do Calvário. Purificados no espírito, na alma e no corpo, permaneçamos firmes (Hb 10.19-23). “Nossa esperança é sua vinda!” (Hino 300 da Harpa Cristã).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual a relação entre santificação e esperança escatológica?
Um dos fatores essenciais para a preservação de uma vida de santificação integral é a esperança escatológica, o anseio pela Eternidade com Deus.
2. Qual a estratégia satânica em relação à eternidade?
Satanás sempre repete a estratégia adotada desde o Éden: busca confundir a mente do ser humano e desviá-lo da perspectiva estabelecida pelo Criador (Gn 3.4,5).
3. Como se caracteriza o cristianismo secular?
Vivemos o perigo de um cristianismo secular, reduzido a pautas e militâncias ideológicas, sociais, políticas e econômicas, enfrentadas por expedientes meramente humanos (Lc 17.26-30; 18.1-8; 2 Co 10.4,5).
4. Cite alguns perigos de teologias modernas.
Cristianismo secularizado, falso discursos, prosperidade, existencialismo e engajamento cultural.
5. Por que temos que nos acautelar da cosmovisão calvinista-amilenista?
Acautelemo-nos também da cosmovisão cristã inspirada na escatologia calvinista-amilenista, que, descrendo no arrebatamento da Igreja e em um Milênio literal, enfatiza o engajamento político e cultural para a redenção dos sistemas humanos e não a proclamação do Evangelho para a salvação dos pecadores.