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Lição 13 Preparando o Corpo, a Alma e o Espírito para a Eternidade (4° Trimestre de 2025)

Classe: Adultos | Data: 28 de Dezembro de 2025

Lição 13 Preparando o Corpo, a Alma e o Espírito para a Eternidade | 4° Trimestre de 2025 | Classe: Adultos | Data: 28 de Dezembro de 2025 | Comentarista: Pr. Silas Queiroz

REVISTA: Corpo, Alma e Espírito – A Restauração Integral do Ser Humano para Chegar à Estatura Completa de Cristo



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Lição 12 O Espírito Humano e o Espírito de Deus (4° Trimestre de 2025)

Classe: Adultos | Data: ??? de 2025

Lição 12 O Espírito Humano e o Espírito de Deus | 4° Trimestre de 2025 | Classe: Adultos | Data: ???? 2025 | Comentarista: Pr. Silas Queiroz

REVISTA: Corpo, Alma e Espírito – A Restauração Integral do Ser Humano para Chegar à Estatura Completa de Cristo



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Lição 11 O Espírito Humano e as Disciplinas Cristãs (4° Trimestre de 2025)

Lição 11 escola dominical

Lições Bíblicas Adultos – 4° Trimestre 2025 | CPAD

REVISTA: Corpo, Alma e Espírito – A Restauração Integral do Ser Humano para Chegar à Estatura Completa de Cristo

Comentarista: Pr. Silas Queiroz

TEXTO ÁUREO

“Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” (1 Tm 4.8)

VERDADE PRÁTICA

As disciplinas espirituais são necessárias para o fortalecimento do espírito, assim como os exercícios físicos para a estrutura óssea e muscular.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 4.1,2

Jesus dedicou-se ao jejum e à oração

Terça - Lc 6.12

Uma noite em oração

Quarta - Dn 6.10

A disciplina de Daniel

Quinta - 2 Tm 3.12

Vivendo a verdadeira piedade nas perseguições

Sexta - At 8.2

Homens piedosos

Sábado - 1 Pe 3.1-5

Mulheres piedosas

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Timóteo 4.6-8, 13-16

6 - Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.

7 - Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade.

8 - Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.

13 - Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.

14 - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.

15 - Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.

16 - Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

Hinos Sugeridos: 7, 126, 442 da Harpa Cristã

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre a importância das disciplinas cristãs. Partiremos do conceito de “piedade”, muito trabalhado por Paulo nas Epístolas Pastorais. Veremos que as disciplinas cristãs fazem parte de uma vida piedosa. Como o corpo precisa ser alimentado e exercitado todos os dias, o espírito precisa de disciplinas diárias para seu fortalecimento. As principais são a oração, o jejum e a meditação na Palavra de Deus.

Palavra-Chave: Disciplinas

Escola Dominical

I – A PIEDADE E AS DISCIPLINAS CRISTÃS

1. Exercício corporal e piedade.

Escrevendo a Timóteo, Paulo apresenta um paralelo entre o exercício corporal e a piedade: “Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir” (1 Tm 4.8). O apóstolo não está desconsiderando de forma absoluta o valor do exercício corporal. Aliás, o labor físico de Paulo era constante em decorrência de suas longas e constantes viagens, como também Jesus fizera (2 Co 11.26; Mt 9.35). Contudo, ele enfatiza a sobre-excelência da piedade, em cujo conceito estão as disciplinas cristãs, os exercícios espirituais. Enquanto os exercícios corporais têm algum valor apenas para esta vida, a piedade nos traz benefícios nesta vida e na eternidade.

 

2. Piedade interna e externa.

Do grego eusebia (“eu”, bom, e “sebomai”, ser devoto), a palavra piedade tem um amplo sentido espiritual e prático. Podemos resumi-lo como sendo um conjunto de atitudes que expressam temor, respeito, reverência e amor a Deus. Tais condutas estão ligadas a fatores internos e externos. Ênfases exageradas no valor das obras produzem um entendimento limitado e incorreto dessa importante virtude, como visto no Catolicismo desde os tempos medievais.


Os escribas e fariseus também davam grande valor ao aspecto externo. Faziam longas orações, dizimavam e amavam cumprir publicamente seus deveres religiosos, mas interiormente estavam cheios de hipocrisia e de maldade (Mt 23.5-7, 14-23,28). A verdadeira piedade contempla as disciplinas espirituais externas, como a oração, o jejum e a leitura das Escrituras, mas sempre relacionadas a uma vida de sincera e profunda devoção a Deus, procurando agradá-lo em tudo — e isso inclui um viver justo e misericordioso com o próximo (Mt 23.23; Cl 3.23; Tg 2.14-17).


3. Piedade e discrição.

A prática das disciplinas espirituais não combina com o exibicionismo. Jesus advertiu seus discípulos que fossem discretos quando orassem e jejuassem (Mt 6.5,6,16-18). Quanto ao jejum, aconselhou ações concretas para não dar sinais de estar jejuando: “quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, para não pareceres aos homens que jejuas” (Mt 6.17-18). O que dizer dos que proclamam seus jejuns, inclusive nas redes sociais? Como Jesus enfatizou, se buscarmos glória humana nossa recompensa se resumirá a um reconhecimento efêmero, sem valor algum diante de Deus. O anúncio do jejum somente convém ser feito quando sua prática for coletiva. Ainda assim, de preferência apenas entre as pessoas envolvidas com o propósito (Et 4.16).


SINÓPSE I

A verdadeira piedade se manifesta por meio de atitudes internas e externas de devoção a Deus, fundamentadas em disciplinas espirituais como oração, jejum e leitura da Palavra.

AUXÍLIO DE VIDA CRISTÃ

“A GRAÇA DA DISCIPLINA

O homem que sabiamente se disciplina para a santificação compreende a necessidade de priorizar e orar, de ser realista e confiável, e que a falha faz parte do sucesso, mas este ímpeto vem de entender a graça. Tudo em sua vida parte da graça de Deus — sola gratia — apenas da graça!


A própria salvação vem apenas da graça. Estávamos mortos em nossas transgressões e pecados, cativos de forças tenebrosas, tão incapazes de salvar-nos quanto os cadáveres. “Mas... Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou... Porque pela graça, sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus... não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.4,8,9, itálicos do autor). Somos salvos pela graça de Deus, seu imerecido favor. Mesmo a melhor porcentagem de obras diminui a graça da salvação, conforme Paulo esclareceu diretamente: ‘E é pela graça, já não pelas obras; do contrário, a graça já não é graça’ (Rm 11.6)” (HUGHES, R. Kent. Disciplinas do Homem Cristão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.202-03).


II – O DESAFIO DAS DISCIPLINAS ESPIRITUAIS

1. A analogia do corpo.

Não é fácil manter uma rotina de exercícios físicos. Quanto menos se exercita, menos se quer exercitar. E quanto mais tempo parado, pior fica. A retomada costuma ser um processo doloroso e geralmente impõe limitações, impedindo que se alcance um estado ideal de mobilidade. Assim acontece também na vida espiritual. Quanto menos oramos, jejuamos e lemos a Bíblia, menos queremos fazê-lo. E a vida espiritual vai se enfraquecendo. Os movimentos vão se tornando mais lentos e curtos. Há risco de atrofia e paralisia. O escritor aos Hebreus adverte: “Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados” (Hb 12.12). A linguagem é metafórica, mas às vezes a fraqueza do espírito é tão profunda que é sentida no corpo. A Bíblia nos recomenda reagir (Jl 3.10; 1 Co 16.13)!

  

2. Apatia, engano e pecado.

A diminuição da prática da oração, do jejum e da meditação nas Escrituras causa a perda de discernimento e sensibilidade espiritual. As crenças profundamente bíblicas, antes consolidadas, aos poucos vão se tornando superficiais até serem substituídas por “filosofias e vãs sutilezas” (Cl 2.8), que normalizam o que antes era pecado (1 Jo 3.7,8). Cristãos e igrejas são dominados pelo secularismo e ideologias de perversão, e passam a ser conduzidos por princípios e valores do presente século (Lc 18.8; 2 Pe 2.1-3). Como estão nossas disciplinas espirituais pessoais e congregacionais?


"A prática das disciplinas espirituais não combina com o exibicionismo.”


3. Da teoria à prática.

Muito mais que teoria, as disciplinas espirituais devem ser praticadas por todo cristão. Reservar um tempo no início do dia para oração e meditação nas Escrituras é fundamental. Sempre que possível, repetir a disciplina ao longo do dia, ainda que em momentos curtos. Já de noite, concluídas as tarefas cotidianas, voltar à leitura da Bíblia e à oração (Sl 55.17; Dn 6.10). Praticar jejuns. Manter uma frequência regular aos cultos, com especial dedicação às reuniões de oração e consagração. Ser aluno assíduo da Escola Dominical também é uma disciplina espiritual essencial que fortalece toda a família. De forma complementar, devemos nos edificar com hinos sacros e literatura cristã sadia (1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13).


SINÓPSE II

Manter uma rotina espiritual exige esforço e constância, pois a negligência das disciplinas enfraquece a fé e abre espaço para a influência do pecado e do secularismo.


AUXÍLIO DE VIDA CRISTÃ

“O EXERCÍCIO DA PIEDADE

O apóstolo Paulo une esta ideia de exercício necessário ou disciplina, com a vida espiritual. Em 1 Timóteo 4.7 diz: “Exercita-te a ti mesmo em piedade”. O verbo exercita-te é derivado de uma palavra grega muito antiga da qual obtemos a palavra ginásio. Nos dias do Novo Testamento, isto se referia ao exercício e treinamento em geral. De certo modo, Paulo está dizendo: “Faze ginástica com a finalidade de obter a piedade”. Ele está exigindo um treinamento espiritual. É este exercício espiritual que Paulo julga muito mais importante que uma caminhada matutina pela cidade. Ele acrescenta: ‘Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir” (1 Tm 4.8)’” (HUGHES, R. Kent. Disciplinas da Mulher Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.12).


III – AS DISCIPLINAS E A LUTA ESPIRITUAL

1. As astúcias do Maligno.

O cristão tem uma luta espiritual travada nas regiões celestiais, “contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Não podemos nos descuidar, desconsiderando esta realidade. O Inimigo é astuto e vive engendrando ciladas (Ef 6.11).


Seu intento constante é nos atingir e produzir terríveis danos em nosso espírito, alma e corpo. De igual forma, quer atingir os que nos são queridos, principalmente nossa família (Jo 10.10; 1 Pe 5.8,9). Por isso, perseverar nas disciplinas espirituais é essencial. Precisamos viver em constante comunhão com Cristo, “orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). Só Ele tem vida abundante para nos dar e pode nos guardar do Inimigo (Jo 10.28).


"De forma complementar, devemos nos edificar com hinos

sacros e literatura cristã sadia.”


2. Evitando as distrações.

Sabedores do quanto as disciplinas espirituais são indispensáveis para uma vida cristã vitoriosa, devemos nos apegar a elas, agindo com prudência na administração de nosso tempo (Ef 5.15,16). Para isso, é preciso evitar as distrações, das quais atualmente o celular é a principal. Tem se tornado uma compulsão acessar as redes sociais: ver mensagens no  WhatsApp, abrir o Instagram ou o Facebook ou assistir a um vídeo no Youtube — às vezes até mesmo nos templos em pleno culto! É a chamada dependência digital, que cresce a cada dia. Quando menos se percebe, o celular está à mão, mesmo sem qualquer propósito útil ou necessário. Que o Senhor nos guarde de todo vício!


SINÓPSE III

As disciplinas espirituais fortalecem o cristão contra as astutas investidas do Inimigo e devem ser praticadas com vigilância e resistência às distrações do mundo atual.


CONCLUSÃO

O exercício das disciplinas espirituais é fundamental para nos fortalecer e nos dar poder contra as forças das trevas (Lc 10.19,20; Mc 16.17,18). Assim como as necessidades físicas, nosso espírito precisa ser alimentando diariamente e por toda a vida (1 Ts 5.17; 1 Pe 2.2,3).


REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que é piedade?

Do grego eusebia (“eu”, bom, e “sebomai”, ser devoto), a palavra piedade tem um amplo sentido espiritual e prático. Podemos resumi-lo como sendo um conjunto de atitudes que expressam temor, respeito, reverência e amor a Deus.


2. Quais as principais disciplinas espirituais?

A oração, o jejum e a leitura das Escrituras.


3. O que Jesus recomendou sobre a prática das disciplinas espirituais?

A prática das disciplinas espirituais não combina com o exibicionismo. Jesus advertiu seus discípulos que fossem discretos quando orassem e jejuassem (Mt 6.5,6; 16-18).


4. Qual o perigo da diminuição das disciplinas espirituais?

Quanto menos oramos, jejuamos e lemos a Bíblia, menos queremos fazê-lo. E a vida espiritual vai se enfraquecendo.


5. Que relação tem as disciplinas com a luta espiritual do cristão?

O Inimigo é astuto e vive engendrando ciladas (Ef 6.11). Seu intento constante é nos atingir e produzir terríveis danos em nosso espírito, alma e corpo. De igual forma, quer atingir os que nos são queridos, principalmente nossa família (Jo 10.10; 1 Pe 5.8,9). Por isso, perseverar nas disciplinas espirituais é essencial.


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, destacamos a importância das disciplinas espirituais como práticas indispensáveis à vida cristã piedosa. Assim como o corpo necessita de exercício, o espírito precisa de oração, jejum e meditação na Palavra para se manter forte e vigilante. Veremos que a piedade, firmada em disciplinas espirituais, é fonte de vida presente e eterna.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Explicar o conceito bíblico de piedade, distinguindo entre sua dimensão interna e externa; II) Despertar nos alunos a à consciência da necessidade de uma prática regular e perseverante das disciplinas espirituais; III) Conscientizar os alunos que as disciplinas espirituais são ferramentas essenciais na batalha contra as forças do mal.

B) Motivação: Esta lição fortalece a vida espiritual dos crentes, ensinando que a piedade se cultiva com práticas diárias de oração, jejum e meditação na Palavra. Seu ensino reafirma que a comunhão com Deus exige disciplina e nos desafia a viver uma fé prática e constante.

C) Sugestão de Método: Para enfatizar o segundo tópico desta lição, inicie o tópico propondo uma reflexão sobre a dificuldade de manter uma rotina de exercícios físicos e, em seguida, estabeleça um paralelo com a prática das disciplinas espirituais, conforme apresentado na lição. Em seguida, promova uma reflexão guiada com perguntas como: “Por que é tão difícil manter uma vida de oração e jejum?” e “O que nos distrai ou nos impede de buscar a Deus diariamente?”. Encerre com um desafio prático: cada aluno deve escolher uma disciplina espiritual para praticar com constância durante a semana, registrando breves anotações sobre as dificuldades e percepções vivenciadas, a fim de compartilhar na próxima aula. Isso tornará o ensino mais participativo, aplicado e transformador.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Precisamos avaliar nossa rotina espiritual e identificar o que tem enfraquecido nossa vida devocional. Então, podemos estabelecer um plano simples e realista para restaurar o hábito das disciplinas espirituais, com perseverança e sinceridade diante de Deus.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Graça da Disciplina”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto “A Piedade e as Disciplinas Cristãs”; 2) O texto “O Exercício da Piedade”, ao final do segundo tópico, aprofunda o assunto “O Desafio das Disciplinas Espirituais”.

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Lição 9 Vontade — O que Move o Ser Humano (4° Trimestre de 2025)


Lições Bíblicas Adultos – 4° Trimestre 2025 | CPAD

REVISTA: Corpo, Alma e Espírito – A Restauração Integral do Ser Humano para Chegar à Estatura Completa de Cristo

Comentarista: Pr. Silas Queiroz

TEXTO ÁUREO

“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.” (Gl 5.16)

VERDADE PRÁTICA

Guiada por Deus, a vontade é uma bênção extraordinária, vital para a existência humana.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Co 7.37-39

Poder sobre a própria vontade

Terça - Jo 6.38-40

Jesus cumpriu inteiramente a vontade do Pai

Quarta - Pv 31.10-13

A mulher virtuosa trabalha de boa vontade

Quinta - Ef 6.5-9

Trabalhando de boa vontade

Sexta - 1 Jo 2.15-17

Renunciando à própria vontade

Sábado - Fp 2.12,13

Deus implanta bons desejos em nós

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gálatas 5.16-21; Tiago 1.14,15; 4.13-17

Gálatas 5

16 - Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.

17 - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.

18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,

20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

Tiago 1

14 - Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.

15 - Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.

Tiago 4

13 - Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.

14 - Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.

15 - Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.

16 - Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.

17 - Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.


Hinos Sugeridos: 73, 360, 568 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos refletir biblicamente sobre a vontade humana - faculdade essencial que, quando guiada por Deus, se torna uma poderosa ferramenta para escolhas sábias e vida frutífera. Ao explorar o conflito entre carne e Espírito, estimule seus alunos a entender como pensamentos e desejos moldam ações. Que esta aula seja marcada por despertamento espiritual e prática cristã consciente.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Explicar o conceito bíblico de vontade como capacidade dada por Deus para escolher e agir; II) Mostrar como os desejos podem escravizar o ser humano, mas também como a redenção em Cristo capacita o crente a vencer a carne e viver guiado pelo Espírito; III) Ensinar a identificar o processo de tentação, compreendendo como o desejo se desenvolve até o pecado.

B) Motivação: As nossas escolhas refletem nossa maturidade espiritual. Teologicamente, a vontade revela o conflito entre carne e Espírito e a necessidade de rendição ao senhorio de Cristo. Pedagogicamente, ela desperta consciência e responsabilidade diante das decisões diárias.

C) Sugestão de Método: Para introduzir a lição, sugerimos que escreva em cartazes ou projete no quadro algumas frases como "Eu faço o que quero", "Sigo meu coração", "Minha vontade é lei", e peça que os alunos opinem sobre cada uma, relacionando-as com atitudes do cotidiano. Em seguida, conduza um breve debate perguntando: "Nossa vontade sempre nos leva ao melhor caminho?". Essa abordagem desperta o interesse, estimula a reflexão e prepara os alunos para entender, à luz da Bíblia, como a vontade humana precisa ser submetida à direção do Espírito Santo para produzir frutos espirituais e escolhas abençoadas.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Ao final desta lição, cabe a seguinte indagação: "Tenho escolhido agradar a Deus ou satisfazer a mim mesmo?". Aqui, temos a oportunidade de orar com a classe a fim de que a nossa vontade seja moldada pela Palavra e guiada pelo Espírito Santo.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Os Componentes Básicos dos Seres Humanos", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto "Vontade: Motivação e Ação"; 2) O texto "A Imagem de Deus nos Seres Humanos", ao final do segundo tópico, aprofunda o assunto "Desejos: Da Escravidão à Redenção".


INTRODUÇÃO

Nas lições anteriores estudamos sobre duas das principais faculdades da alma: o intelecto e a sensibilidade. Vimos a relação entre o que pensamos e sentimos e como pensamentos e sentimentos podem influenciar a vontade e as decisões. Pensar, sentir, desejar e agir costumam compor um mesmo fenômeno na experiência humana. É fundamental compreender como isso funciona à luz da Palavra de Deus. Nesta lição estudaremos mais especificamente a respeito da vontade.

PALAVRA-CHAVE: Vontade


I – VONTADE: MOTIVAÇÃO E AÇÃO

1. Conceito de vontade.

Volição ou vontade é a capacidade humana de desejar, querer, almejar, escolher e agir. Pode ser entendida também como motivação. Sem desejo ou vontade não há motivação e, via de consequência, ação. Nesse conceito amplo, há manifestação da vontade mesmo quando o que fazemos não era originariamente nossa vontade, mas de outrem, se a ela aderimos voluntariamente (Sl 143.10; Lc 22.42). A conversão é um exemplo de mudança na vontade humana por meio do arrependimento (At 3.19). Todo verdadeiro cristão é alguém que, impulsionado pela graça de Deus, renunciou sua própria vontade para fazer a vontade de Cristo (Mt 16.24). É o livre-arbítrio funcionando (Hb 2.3; 3.7-13; Ap 22.17).


2. Do pensamento à ação.

Um pensamento pode ser apenas um pensamento, sem relação alguma com um sentimento ou um desejo. Por exemplo: podemos pensar em uma viagem que fizemos sem que isso nos traga qualquer emoção. Mas também podemos recordar com nostalgia e desejar viajar novamente. E esse desejo pode nos motivar a comprar a passagem e repetir a experiência. Em um caso assim ocorre um fenômeno completo: pensamento, sentimento, desejo e ação. Aconteceu com Eva no Éden. Em sua conversa com a serpente, a mulher refletiu sobre o significado do fruto da árvore da ciência do bem e do mal até ser enganada (1 Tm 2.14). Ao acreditar na falsa elevação que obteria (“sereis como Deus”, Gn 3.5) certamente sentiu alguma emoção. O próximo passo foi a manifestação do desejo, que gerou a ação: tomou do fruto e comeu (Gn 3.6).


3. Fraqueza de vontade.

Adão pecou sem ser enganado. Isso significa que seu entendimento da proibição e consequências relativas ao fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal não foi alterado. O problema de Adão se deu na esfera da vontade. Em vez de permanecer firme em seu propósito de obedecer a Deus, decidiu pecar aderindo à vontade de Eva, que lhe deu o fruto (Gn 3.6; Rm 5.12). Quantas decisões erradas tomamos plenamente conscientes de suas consequências! Da violação de uma restrição alimentar a condutas mais graves, muitas vezes o desejo fala mais alto que a razão. A busca do prazer pelo prazer é uma característica da cultura hedonista. Vícios e compulsões arrastam multidões, mesmo que elas conheçam seus destrutivos efeitos. Assim, só Jesus pode libertar o ser humano de prisões espirituais (Jo 8.36; Rm 1.16).


SINÓPSE I

A vontade é a capacidade humana de desejar e agir, sendo influenciada por pensamentos, sentimentos e decisões espirituais.


AUXÍLIO DE TEOLÓGICO

“OS COMPONENTES BÁSICOS DOS SERES HUMANOS

O Novo Testamento menciona ainda a ‘mente’ (nous, dianoia) e a ‘vontade’ (thelema, boulema, boulêsis). A ‘mente’ denota a faculdade da percepção intelectual, bem como a capacidade de fazer julgamentos morais. Em certas ocorrências no pensamento grego parece formar um paralelo com o pensamento do Antigo Testamento. Em outros termos, parece que os gregos distinguiam os dois (ver Mc 12.30). Ao considerar a ‘vontade ou volição’ humana pode ser representada, por um lado, como um ato da mente que se dirige a uma escolha livre. Mas, por outro lado, pode ser motivada por um desejo que provém pressuroso do inconsciente. Posto que os escritores sagrados usavam esses termos de várias maneiras (assim como fazemos na linguagem cotidiana), é difícil determinar com precisão, pelas Escrituras, onde termina a ‘mente’ e começa a ‘vontade’” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, pp.245-46).


II – DESEJOS: DA ESCRAVIDÃO À REDENÇÃO

1. A experiência do deserto.

O povo de Israel tornou-se escravo dos seus desejos durante a peregrinação pelo deserto: “deixaram-se levar da cobiça, no deserto, e tentaram a Deus na solidão. E ele satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a alma” (Sl 106.14,15). Apesar das grandes maravilhas operadas por Deus, os hebreus, tomados de ingratidão, lembravam-se das comidas do Egito e se deixavam dominar por seus desejos (Nm 11.5,6). Pensavam, sentiam e desejavam o que lhes era servido na casa da escravidão, de onde haviam sido libertos com mão forte (Êx 20.2; Dt 26.8). O culto aos desejos lhes trouxe terríveis consequências: perecimento e morte (Sl 78.29-33; Nm 11.33-34; 14.29). Como nos adverte Paulo, tudo isso foi escrito para aviso nosso. Não nos deixemos levar por nossos próprios desejos (1 Co 10.1-13).


2. Os desejos na era cristã.

O drama dos desejos continua na era cristã, com uma diferença fundamental: Cristo venceu o pecado e nos dá poder para também vencê-lo (Rm 6.3-6,11-14). Contudo, enquanto estivermos neste corpo mortal enfrentaremos um conflito espiritual constante. Todo o cristão precisa decidir diariamente entre sua vontade carnal e a vontade do Espírito: “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis” (Gl 5.17). A carne (sarx, natureza pecaminosa) tem seus próprios desejos, que são contrários ao Espírito. Vê-se, então, em nosso interior, uma luta travada. Cabe-nos decidir entre satisfazer os desejos da carne, que são pecaminosos, ou atender a voz do Espírito e viver segundo sua direção (Gl 5.18).


3. A decisão do homem redimido.

A obra da salvação realizada por Cristo nos liberta do poder do pecado. Diante dos desejos da carne e da vontade do Espírito, o homem redimido inclina-se “para as coisas do Espírito” (Rm 8.5). Isso é resultado de sua nova natureza (Ef 4.24; 2 Co 5.17). Significa que não podemos nos conformar com os desejos do velho homem, mas, pelo poder do Espírito, nos dedicar ao processo de mortificação de nossa carne, a velha natureza (Rm 8.11-13; Cl 3.5). Nossos desejos pecaminosos não deixam de existir, mas em Cristo triunfamos sobre eles; vivendo, andando e frutificando no Espírito (Gl 5.22-25; 1 Jo 3.6).

SINÓPSE II

Os desejos podem escravizar o ser humano, mas em Cristo há poder para vencê-los e viver segundo o Espírito.


AUXÍLIO DE TEOLÓGICO

“A IMAGEM DE DEUS NOS SERES HUMANOS

A respeito da imagem moral de Deus nos seres humanos, ‘Deus fez ao homem reto’ (Ec 7.29). Até mesmo os pagãos, que não possuem conhecimento da lei escrita de Deus, conservam uma lei moral escrita por Ele em seus corações (Rm 2.14,15). Em outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de sentir o que é certo e errado, bem como o intelecto e a vontade necessários para escolher entre eles. Por esta razão, os seres humanos são chamados livres agentes morais. Diz-se também que possuem autodeterminação. Efésios 4.22-24 parece indicar que a imagem moral de Deus, embora não completamente erradicada na Queda, foi afetada negativamente até certo ponto. Para ter restaurada a imagem moral ‘em verdadeira justiça e santidade’, o pecador precisa aceitar a Cristo e se tornar uma nova criação” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.260).


III – O ENSINO SOBRE OS DESEJOS EM TIAGO

1. Atração e engano.

Tiago 1.14,15 trata dos desejos carnais e suas consequências. Empregando o conhecido termo “concupiscência” (epithumia) com o sentido de “maus desejos”, o apóstolo refere-se ao processo de tentação e pecado: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado por sua própria concupiscência” (Tg 1.14). A faculdade da vontade é retratada neste texto como um elemento de comunicação interna que tem a capacidade de atrair e enganar. Assim sendo, o mau desejo é capaz de afetar a própria razão, levando-a a acreditar que o pecado não produz consequências ruins, mas boas. Nesse processo, a mente é entorpecida depois do desejo ter sido aguçado.


2. Abortando o processo.

Na lição 7 estudamos sobre a importância de interromper maus pensamentos para evitar a prática de pecados. Pelo texto de Tiago observamos que é preciso, também, abortar os maus desejos. Aliás, eles são ainda mais perigosos, pois podem influenciar diretamente nossas decisões.


Quando encontra seu objeto ou alvo o desejo se torna intenso. Se não for rejeitado, não descansa até convencer, derrubando as barreiras da consciência: “Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg 1.15). Que o Senhor nos livre de toda a tentação (Mt 6.13). Não nos esqueçamos, contudo, de fazer a nossa parte: viver em constante vigilância e oração (Mt 26.41).


SINÓPSE III

Tiago revela como os maus desejos geram o pecado, alertando sobre a necessidade de vigilância e domínio espiritual.


CONCLUSÃO

Apesar de nossa tendência pecaminosa, não podemos encarar os desejos apenas de forma negativa. A vontade humana é uma faculdade essencial para a nossa existência. Quando guiada por Deus é uma grande bênção, responsável por nos mover para pequenas e grandes realizações. Como é bom amanhecer motivado todos os dias! O ânimo e o entusiasmo fazem parte de uma vontade sadia e ativa. São dados por Deus e servem para nos impulsionar para as tarefas cotidianas, independentemente da fase da vida (Sl 92.12-14; Jl 2.28; Tg 4.15).


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual o conceito de vontade?

Volição ou vontade é a capacidade humana de desejar, querer, almejar, escolher e agir. Pode ser

entendida também como motivação.


2. Como se dá um fenômeno completo, envolvendo vontade e ação?

Em um caso assim ocorre um fenômeno completo: pensamento, sentimento, desejo e ação.


3. Como se dá o conflito entre vontade e razão?

Da violação de uma restrição alimentar a condutas mais graves, muitas vezes o desejo fala mais alto que a razão. A busca do prazer pelo prazer é uma característica da cultura hedonista.


4. Como deve agir o homem redimido diante dos desejos da carne?

Diante dos desejos da carne e da vontade do Espírito, o homem redimido inclina-se “para as coisas do Espírito” (Rm 8.5).


5. Como os desejos atuam para nos enganar?

Assim sendo, o mau desejo é capaz de afetar a própria razão, levando-a a acreditar que o pecado não produz consequências ruins, mas boas.

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