
Lições
Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e
Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes | 5 de Maio de 2024
TEXTO ÁUREO
“Se
vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não sejamos cobiçosos de
vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” (Gl 5.25,26)
VERDADE PRÁTICA
Na
jornada da fé há inimigos que tentam nos atrapalhar: o Diabo, a Carne e o
Mundo; mas em Cristo somos mais que vencedores.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Mt 13.39; Lc 11.18
A realidade bíblica do Inimigo de nossas almas
Terça - Mt 4.1-12
Como tentador, o Diabo atua para desestabilizar o
crente
Quarta - Gl 5.19; 6.8
A realidade bíblica da Carne como inimiga da jornada
Quinta - 1 Jo 2.16
Concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida
Sexta - Jo 12.31; 15.18
O mundo como sistema que procurar oprimir o crente
Sábado - Tg 5.7
É preciso sujeitar-se a Deus e resistir o Diabo
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Romanos
6.11-14; 1 João 2.15-17
Romanos 6
11
- Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para
Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
12
- Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em
suas concupiscências;
13
- nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de
iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos
membros a Deus, como instrumentos de justiça.
14
- Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei,
mas debaixo da graça.
1 João 2
15
- Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do
Pai não está nele.
16
- Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência
dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
17
- E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre.
HINOS
SUGERIDOS: 4, 33, 581 da Harpa Cristã
INTRODUÇÃO
Na
jornada da vida cristã nos deparamos com perigos que ameaçam a trajetória do
nosso caminho para o céu. Nela, encontraremos três inimigos que buscam nos
atrapalhar: o Diabo, a carne e o mundo. O Diabo e mundo estão do lado externo
de nossa trajetória; a carne, porém, está do lado de dentro: é a nossa natureza
pecaminosa. Por isso, nesta lição, estudaremos esses três inimigos da Jornada
da Vida Cristã.
PALAVRA-CHAVE: INIMIGOS
I –
O PRIMEIRO INIMIGO DO CRISTÃO: O DIABO
1.
O Diabo é real.
A
existência do Diabo como pessoa é descrita desde o primeiro livro da Bíblia. No
Antigo Testamento, as ações de Satanás são descritas em Gênesis, 1 Crônicas,
Jó, Salmos, Isaías, Ezequiel e Zacarias. O Novo Testamento mostra a atuação do
Diabo por cerca de 25 vezes das 29 passagens dos Evangelhos em que Jesus o
menciona. Em seu ministério, nosso Senhor atesta a realidade de Satanás (Mt
13.39; Lc 11.18).
2.
A descrição de Satanás.
As
Escrituras Sagradas descrevem Satanás como um ser espiritual que pertencia a
uma ordem angelical dos querubins, sendo o mais exaltado deles (Ez 28.12,14).
Em Judas 9, por ele pertencer a uma ordem elevada, está registrado que o
Arcanjo Miguel contendeu com Satanás a respeito do corpo de Moisés, mas não
ousou pronunciar juízo de maldição contra ele. De fato, Satanás é o chefe dos
anjos caídos. Ele possui poder, porém, suas ações estão limitadas, mas é visto
como o deus deste século, o príncipe da potestade do ar (2 Co 4.4; Ef 2.2).
Também podemos afirmar que Satanás é um ser que possui personalidade, ou seja,
ele tem inteligência (2 Co 11.3), raiva (Ap 12.17), desejos (Lc 22.31) e
vontade própria (Is 14.13,14; 2 Tm 2.26). Nosso Senhor considerava Satanás como
uma pessoa e, por isso, usou pronomes pessoais para se referir a ele (Mt
4.1-12; cf. Jó 1.6-12; 2.1-4).
3.
A identidade do Inimigo.
Podemos
conhecer o Inimigo por meio dos nomes que a Bíblia usa para descrevê-lo:
Serpente, refere-se a sua sagacidade e astúcia (Gn 3.1; Ap 12.9); Satanás,
mencionado 52 vezes, adversário ou opositor (Zc 3.1; Mt 4.10; Ap 20.2); Diabo,
aparece 35 vezes, acusador (Mt 4.1; Ef 4.27); Maligno, revela o seu caráter (1
Jo 5.18,19); Dragão Vermelho, revela sua ferocidade (Ap 12.3,7,9,10); Tentador,
ação tentadora no campo da mentira e da imoralidade (At 5.3; 1 Co 7.5);
Enganador (Ap 12.9; 20.2,3); Belzebu, chefe dos demônios (Lc 11.15); Belial,
pessoa má, sem valor (Jz 19.22; 1 Sm 30.22; 2 Co 6.15). Esses nomes revelam uma
natureza cruel, perversa e destruidora do nosso Inimigo.
SINÓPSE I
O primeiro inimigo do cristão, o Diabo, é
descrito na Bíblia como um ser real.
II
– O SEGUNDO INIMIGO DO CRISTÃO: A CARNE
1.
Conceito bíblico de carne.
Há quatro definições para a palavra “carne” na Bíblia:
1) o tecido muscular do corpo humano e dos animais (Gn 2.21); 2) o corpo humano inteiro (Êx 4.7);
3) o ser humano segundo a sua fragilidade e mortalidade (Sl 78.39);
4) a natureza humana
pecaminosa (Gl 5.19; 6.8). Dentre muitas perspectivas da palavra carne na
Bíblia, a expressão “concupiscência da carne” tem grande relevância (1 Jo
2.16).
Quando
o apóstolo João usa esse termo, ele se refere à satisfação carnal em todas as
suas dimensões: glutonarias, sensualidade, bebedeira, relações sexuais
ilícitas. A expressão revela que não há critério ou norma moral num contexto em
que a busca pelo prazer individual dita a tendência. É o egoísmo em grau
elevado.
2.
A Carne no Novo Testamento.
Na
perspectiva do Novo Testamento, o termo grego sárx, isto é, “carne”, é uma
referência direta à totalidade da natureza humana pecaminosa, à parte de Deus,
degradada, sem a presença do Espírito Santo. Em suas cartas, o apóstolo Paulo
evidencia o que uma natureza dominada pela carne pode produzir (Gl 5.19-21; Cl
3.5,9). A carne opõe-se a Deus e aos seus propósitos, pois ela tenciona
caminhar de modo independente do Altíssimo; seu desejo e vontade estão fora dos
planos divinos, ela faz com que o ser humano aja como se fosse o próprio Deus.
3.
A perspectiva doutrinária da palavra carne.
Doutrinariamente,
a “carne” é a natureza humana depois da queda de Adão. Como vimos, a expressão
“carne” pode ser usada para se referir ao corpo humano (1 Co 15.39), mas também
à natureza pecaminosa (Rm 8.6). Nesse sentido, embora uma mesma palavra possa
trazer sentidos diferentes, não há razão de confundir-se entre “carne” como
corpo e “carne” como natureza pecaminosa, pois o que é produzido pela natureza
pecaminosa, logo, é reconhecido; como por exemplo: a idolatria é uma obra da
carne, ou seja, da natureza humana pecaminosa (Gl 5.20).
SINÓPSE II
O segundo inimigo do cristão, a Carne,
pode se referir ao corpo, mas também a natureza humana caída.
III
– O TERCEIRO INIMIGO DO CRISTÃO: O MUNDO
1.
Perspectivas bíblicas da palavra “mundo”.
Há
cinco conotações bíblicas para a palavra mundo: 1) a terra (Sl 24.1); 2) o
conjunto das nações conhecidas (1 Rs 10.23); 3) a raça humana (Sl 9.8; Jo
3.16); 4) o universo (Rm 1.20); 5) os que se opõem a Deus.
Esses
têm o Diabo como chefe e vivem na impiedade (Jo 12.31; 15.18). De modo geral, a
Bíblia usa a palavra “mundo” para descrever duas grandes realidades:
a)
o planeta Terra em que habitamos (Sl 19.4);
b)
as pessoas que vivem de maneira independentes de Deus. A passagem de 1 João
2.15, quando diz para “não amarmos o mundo”, a ideia é a de uma sociedade
separada de Cristo e que se manifesta contrariamente a Deus, pois está dominada
pelos vícios mais infames, e cujas ações não condizem com a vontade de Deus. Na
epístola, esses vícios são classificados em três níveis: concupiscência da
carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida.
2.
Três níveis de vícios infames.
As
concupiscências da carne, dos olhos e a soberba da vida são níveis de vícios
infames que todo cristão encontrará diante de sua jornada:
a)
A concupiscência da carne. A concupiscência da carne tem a ver com a natureza
humana completamente dominada pelo pecado, corrompida, decaída, todo ato do
corpo para fins maléficos e imorais.
b)
A concupiscência dos olhos. A concupiscência dos olhos tem a ver com tudo o que
envolve a mente e a imaginação. Ela cria o desejo pelas coisas pecaminosas
oferecidas pela mídia, música, filmes, literatura, a arte para ceder aos
desejos carnais.
c)
A soberba da vida.
Esse nível de vício expressa a autoglorificação do homem no pecado, denotando
seu egoísmo, vanglória e ateísmo. É o homem da atualidade desprezando o Criador
em oposição deliberada.
3.
Vencendo o mundo.
Há
um sistema carnal que age sob o controle do Maligno, que busca nos remover do
caminho que leva ao céu por meio de ideologias anticristãs, estilos de vidas
que não glorificam a Deus e formas contrárias aos valores do Evangelho. Para vencer
essas investidas é preciso ter uma vida cheia do Espírito (Ef 5.18). É preciso
também viver plenamente em Cristo Jesus, fazendo a vontade de Deus (Mt 7.21).
Sendo assim, precisamos nos sujeitar a Ele, resistir ao Diabo, pois temos a
sublime promessa: “ele fugirá de vós” (Tg 5.7).
SINÓPSE III
O terceiro inimigo do cristão, o Mundo,
apresenta três níveis de vícios infames: a concupiscência da carne, dos olhos e
a soberba da vida.
CONCLUSÃO
O
apóstolo Pedro nos adverte a respeito do plano do Inimigo em nos tragar (1 Pe
5.8) com o objetivo de destruir a obra realizada por Cristo em nossas vidas.
Ele quer enfraquecer a nossa caminhada rumo aos céus. A ação diabólica é feita
mediante aos ataques do Inimigo. Então, para não ceder aos seus ardis, precisamos
viver constantemente sob a presença do Espírito Santo, preparados e
fortalecidos em Deus (Gl 5.16; Ef 6.10).
REVISANDO
O CONTEÚDO
1. O que o Senhor Jesus atestou em seu ministério?
2. Cite ao menos três nomes em que podemos conhecer o Inimigo na Bíblia.
3. O que a expressão “concupiscência da carne” revela?
4. Qual a perspectiva do Novo Testamento em relação a palavra grega sárx, ou seja, carne?
5.
De acordo com a lição, quais são os três níveis de vícios infames?