
Os cultos afro-brasileiros são
mágicos e necromantes, portanto são espíritas, por mais
que os kardecistas rejeitem essa ideia. Por definição
do próprio Kardec, "espírita é todo aquele que
acredita na manifestação dos espíritos". A necromancia, em si somente,
faz do kardecismo espiritismo. Não importa qual seja
a origem ou natureza desses espíritos, no conceito deles. Da mesma forma os
cultos afro-brasileiros, em todos os seus ramos, têm em comum o necromancia e a
magia.
Suas origens e crenças
Os cultos afro-brasileiros chegaram ao Brasil através dos
escravos africanos, na era do Brasil Colonial desde 1530. Sudaneses e bantos
são os dois principais grupos de escravos que vieram para cá. Os sudaneses
saíram de Daomé, da Nigéria e do Sudão, predominando
os yorubas ou nagôs e os gêges. Os bantos vieram do Congo, Angola
e Moçambique. A cultura sudanesa predominou as outras. Nunca houve no Brasil
cultura africana pura, sem mistura de outras culturas.
O sincretismo religioso nagô-gêge deu a feição dos cultos afro-brasileiros, segundo Arthur Ramos,
em sua obra, O Negro Brasileiro. Suas tradições religiosas trazidas da África foram
mescladas, aqui no Brasil, e adaptadas de acordo com as práticas regionais. Os
nagôs reconhecem a divindade suprema, conhecida pelo nome de Olorun. Tido
como senhor do céu, na África, mas não pode entrar em contato com os homens.
Por isso necessita de divindades secundárias para representá-lo, que são os orixás, para os nagôs; e vodus, para
os gêges. Ele não é objeto direto de culto, mas intermediados pelos orixás.
Eles são animistas, crença que atribui vida espiritual
ou alma aos objetos inanimados. Dizem que plantas, aves e outros
animais possuem alma. Acreditam que a natureza, na sua totalidade, está
carregada e possessa de seres espirituais. Dizem que
quando as pessoas morrem, seus espíritos ficam vagueando pelos lugares onde
essas pessoas viviam e frequentavam. Segundo suas crenças, esses espíritos
habitam colinas, pedras, árvores, ar em volta das pessoas. Os animistas reconhecem
a existência de um ser supremo, mas não um Deus pessoal.
Eles são também fetichistas. Fetichismo descreve os sistemas
de crenças, com características geralmente animistas. Atribuem
a certos objetos propriedades mágicas ou divinas, que muitas vezes exige-se
reverência, adoração, gratidão e oferendas. Acreditam que através desses
rituais, esses espíritos ou divindades podem interferir na natureza para
conceder graças ou vinganças.
Não é possível descrever suas crenças sobre a divindade,
sobre o homem e seu destino porque eles não têm um livro padrão ou doutrinário.
Cada pai-de-santo apresenta seu conceito sobre essas coisas, que muitas vezes
divergem de outros pais-de-santos sobre a divindade, sobre a natureza e o
destino do homem. Cada terreiro tem sua própria doutrina e isso dificulta o
estudo de suas crenças.
A Bíblia condena todos
os ramos do espiritismo
Essas práticas são condenadas pela Bíblia. É paganismo e
idolatria, pois creem em tudo, menos no Deus pessoal revelado na Bíblia.
Jesus disse: "E a vida eterna é essa: que conheçam a ti só por único Deus
verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste"
(Jo
17.3). Também nos ensinou a adorar somente ao Deus de Israel: "Ao Senhor,
teu Deus, adorarás e só a ele servirás" (Mt 4.10). Sobre a idolatria veja ainda Êxodo 20.2-6; 2 Rs
1.3.
Esses espíritos, encantados ou de supostos mortos, são demônios
disfarçados para desencaminhar as pessoas. Suas práticas
adivinhatórias são condenadas pela Bíblia. Os kardecistas se
utilizam da necromancia, adivinhação tida como uma abominação aos
olhos de Deus: "... nem encantador de encantamento, nem quem consulte um
espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos, pois todo
aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR..." (Dt 18.11,12).
Essa passagem bíblica coloca num mesmo bojo kardecistas e praticantes dos
cultos afro-brasileiros.
Há outras práticas adivinhatórias,
igualmente condenadas pela Bíblia, como as cartas de tarô, búzios, quiromancia, hepatoscopia, e outras: "Não vos virareis para
os adivinhadores e encantadores, não os busqueis...
Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito adivinho ou for
encantador, certamente morrerão..." (Lv 19.31; 20.27). É ao verdadeiro
Deus que o homem deve buscai" e consultar, não a esses chamados
"espíritos familiares". Veja Isaías 8.19,20.
As ramificações dos
cultos afro-brasileiros
Os três principais grupos são: Umbanda, Quimbanda e
Candomblé. Eles não se consideram espíritas, mas suas práticas dizem o
contrário. O alto espiritismo não trabalha com adivinhação como búzios, quiromancia, nem com os diversos ramos da cartomancia e outras formas de
adivinhação. A coluna vertebral do alto espiritismo é a reencarnação e a necromancia. Mas a necromancia é uma forma de
adivinhação. Ambos os grupos são feitiçaria, pois todos mexem com encantamentos,
espíritos e magias. O profeta Isaías descreve com precisão essas
práticas condenadas pela Palavra de Deus. Veja Isaías 65.3-5.
A Umbanda é uma mescla de raças. Há elementos indígenas —
pajelança, bebidas, ervas para banhos, charutos etc.; elementos africanos —
candomblé; e elementos brancos — as imagens do catolicismo romano. Os orixás
correspondem aos santos da Igreja Católica. Há variedade nessas
correspondências. Oxóssi representa São Sebastião em São Paulo e Rio de
Janeiro, mas representa São Jorge, na Bahia. Os pais-de-santo ou mães-de-santo
recebem espíritos de índios e pretos velhos. O deus deles é chamado Zâmbi.
O Candomblé é crença tipicamente africana. Há variedades
nessas práticas porque eles vieram de várias regiões da África. Ketu, da
Nigéria, orixá principal, Xangô e Oxóssi (Odá no dialeto ketu). Angola, orixá
principal é Xangô, de Angola. Gêge, de Daomé, orixá principal é Oxumaré, uma
serpente, símbolo é arco-íris. Os orixás são espíritos encantados e não dos
mortos como na Umbanda e até mesmo do kardecismo. Umbanda e Candomblé são chamados de
Xangô em alguns estados do Nordeste, Alagoas e Pernambuco e no Agreste nordestino
são chamados Catimbó.
A Quimbanda é
a própria magia negra. O deus principal deles é Exu, Lúcifer, Beelzebu e o próprio Satanás. Às vezes são divindades
femininas, exemplo "Pomba-Gira" — espírito de prostituição. Os
pais-de-santo recebem espíritos de deuses africanos. Beelzebu é
cultuado pelo quimbandistas e é representado pela cabeça de boi. O culto deles
é diretamente a Satanás, diferente da Umbanda e do
Candomblé, pois estes adoram a Satanás, mas de maneira disfarçada. Exu é o
deus principal.
Reencarnação e necromancia são a coluna vertebral do espiritismo. A luz
da Bíblia todos esses grupos estão no mesmo bojo. Os adeptos dos cultos
afro-brasileiros são mais receptivos ao evangelho de Jesus do que os kardecistas. Os adeptos do chamado alto espiritismo são arrogantes e presunçosos. Creem que já têm o evangelho segundo Allan Kardec e por isso julgam não precisarem de Jesus. Todos precisam
de Jesus e precisamos estar preparados para evangelizá-los.
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Referência: SOARES, Esequias. Manual de
Apologética Cristã: Defendendo os Fundamentos da Autêntica Fé Bíblica. 2ª
Edição 2003. Casa Publicadora das Assembleias de Deus.