👇 Subsídios Dominical👇

Sincretismo religioso em Festas Juninas e Carnaval

🎯 No mundo cristão medieval, o carnaval era o período de festas profanas que se iniciava, geralmente, no Dia de Reis (Epifania).

Há um texto de Malaquias que diz: “Eis que (...) espalharei esterco sobre o vosso rosto, o esterco das vossas festas; e com ele sereis tirados”, Ml 2.3. Esse texto pode ser aplicado às festas pagãs que hoje se veem no Brasil e outros países, a maioria delas com raízes no catolicismo romano. Tudo começou há muito tempo, no nascedouro da igreja romana.

Quando o imperador Constantino I (280-337 d.C.) proclamou-se cristão, designou bispos e pastores para elevados cargos públicos. A Igreja dantes perseguida, agora apoiada pelo imperador, foi levando sua religião aos povos e nações dominados por Roma. Mas, nesse processo de evangelismo imposto sem preocupação doutrinária, absorveu muito da idolatria, dos mitos e das festas pagãs daquelas gentes. Desse modo é que o calendário cristão foi sendo infestado pelos eventos, costumes e festas e dos rituais da mitologia pagã.

Dessa mixórdia originou-se o sincretismo religioso em que se emaranham deuses do paganismo e do fetichismo, com supostos “santos” do catolicismo romano. Até os dicionários, enciclopédias e revistas seculares denunciam essa lamentável ocorrência de cerimônias pseudocristãs, que desfiguram e aviltam o cristianismo num culto politeísta e mitológico.

1. O Carnaval
👉 O Carnaval um exemplo de festa pagã encetada pelo romanismo. No mundo cristão medieval, o carnaval era o período de festas profanas que se iniciava, geralmente, no Dia de Reis (Epifania) e se estendia até a quarta-feira de cinzas, dia em que começavam os jejuns quaresmais. Consistia em festejos populares e em manifestações sincréticas oriundas de ritos e costumes pagãos, como as festas dionisíacas, as satumais, as lupercais, e se caracterizava pela alegria desabrida, pela eliminação da repressão e da censura, pela liberdade de atitudes críticas e eróticas.

A Enciclopédia Microsoft Encarta 99 nos traz a seguinte informação sobre o carnaval: “Palavra derivada do latim camelevarium, que significa ‘abandonar a carne’. Refere-se à antiga proibição religiosa (Igreja Católica) de comer carne durante os quarenta dias da quaresma”.

2. Sincretismo religioso

Católica romana fervorosa e organizadora de uma festa do Divino que dura 15 dias, Maria Celeste Santos, a dona Celeste, é figura de destaque em São Luís do Maranhão. Quando o papa João Paulo II visitou a cidade, em outubro de 1991, ela foi escolhida para lhe entregar uma bandeja de prata em nome da população. Na época, porém, circulou pela cidade o boato de que o presente havia sido oferecido ao papa pelo vodum Averequetê, que teria se incorporado em dona Celeste durante a solenidade. Embora não comente o episódio, ela sempre assumiu que é consagrada a Averequetê. Além de católica romana praticante, dona Celeste é também uma das líderes espirituais da Casa das Minas, um terreiro fundado em 1840 para cultuar os voduns, divindades africanas trazidas para o Brasil pelos escravos. A fusão de doutrinas aparentemente antagônicas não é uma exclusividade de dona Celeste. Por todo o país o sincretismo prolifera em terreno fértil, em especial entre católicos e seguidores de cultos afro-brasileiros.

Segundo o escritor Reginaldo Prandi, especialista em sociologia das religiões, no Brasil o sincretismo se formou no século 19, quando os escravos deixaram o confinamento das senzalas e passaram a viver nas cidades. “Eles já haviam experimentado uma assimilação intensa do catolicismo e começaram então a reconstituir suas religiões”. Nas tradições africanas, divindades conhecidas como orixás governavam determinadas partes do mundo. No catolicismo romano popular, os santos também tinham esse poder. “Iansã protege contra raios e relâmpagos e Santa Bárbara protege contra raios e tempestades. Como as duas trabalham com raios, houve o cruzamento”, explica Prandi.

Cultuados nas duas mais populares religiões afro-brasileiras - a umbanda e o candomblé -, cada orixá corresponde a um santo católico. Ocorrem variações regionais. Um exemplo é Oxóssi, que é sincretizado na Bahia como São Jorge, mas no Rio de Janeiro representa São Sebastião. A umbanda é a mais sincrética das religiões afro-brasileiras, tendo acentuado seu lado ocidental com o kardecismo. Sua tendência mais recente é a incorporação dos elementos mágicos da chamada Nova Era.

Não é à toa que no maior país católico do mundo, a passagem do ano é uma festa profana, com brasileiros de todas as origens sociais vestidos de branco, fazendo suas oferendas para Iemanjá”, afirma o sociólogo Antônio Flávio Pierucci.

3. O aniversário de Herodes

👉 As festas juninas outro exemplo. Tratam-se de comemorações populares de espírito lúdico, tendo boa parte delas origem religiosa, tanto do catolicismo romano quanto de cultos africanos, como se vê no caso do Afoxé e de Bumba-meu-boi. Tradicionalmente, as festas iniciam-se a 12 de junho, véspera do Dia de Santo Antônio, e vão até o final do mês, quando, no dia 29, se comemora o Dia de São Pedro. Nessas festas há fogueiras, danças de quadrilha, fogos de artifício e comidas típicas, e são frequentes os casos de embriaguez, brigas e assassinatos.

Tais festas lembram uma outra. Jerusalém estava iluminada por fogueiras, conta-nos Flávio Josefo, quando houve a festa pelo aniversário de Herodes. O povo festejava nas ruas festejando com banquetes, danças e bebidas. No palácio, em meio ao banquete oferecido aos oficiais e nobres da Galiléia, Salomé, enteada de Herodes, dançava ante seus olhares incestuosos. Num acesso concupiscente de liberalidade, o rei ofereceu-lhe até a metade do seu reino. Salomé, talvez ainda uma adolescente, corre para sua mãe e pergunta-lhe o que deve pedir. Herodíades, para vingar-se de João Batista, que reprovava sua vida em adultério com o seu cunhado, manda que ela peça a cabeça do profeta num prato.

Assim morreu aquele de quem Jesus falou: “João Batista jejua e não bebe vinho”, Lc 7.33. Morreu, em consequência de festejos com danças, comilanças, bebedeiras e fogueiras. E é assim que comemoram o São João: Fazendo justamente aquilo que ele reprovava e que lhe causou o cruel martírio.

Igualmente triste é a lembrança de uma fogueira na vida de Pedro. Foi exatamente sob a luz de uma pira que o afoito apóstolo sentiu o olhar penetrante de Jesus e lembrou das palavras “Antes que o galo cante, três vezes me negarás” (Mt 14.3-12; Mc 6.17-29 e Mt 26.69-75).

Satanás escarnece dos crentes e ri dos foliões que induziu a participar e a comemorar as datas dos “santos”, fazendo exatamente aquilo que lhes causou sofrimento e morte.

É lamentável que cristãos ditos evangélicos tomem parte nesses festejos pagãos em honra a Momo e a Baco, deus do vinho, ou fantasiem seus filhos para a “simples festinha folclórica”, entregando-os de bandeja nas mãos de Satanás, que aproveita a excelente oportunidade para afastá-los da igreja e do Evangelho, talvez por toda a vida.

“E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas”, Ap 18.4. “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei”, 2 Co 6.17.

Compartilhar:

Revista Digital Cristão Alerta

Acesse Aqui As Edições de Nossa Revista


CURSOS BÍBLICOS PARA VOCÊ:

1) CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA Clique Aqui
2) CURSO MÉDIO EM TEOLOGIAClique Aqui
3) Formação de Professores da Escola Dominical Clique Aqui
5) CURSO OBREIRO APROVADO - Clique Aqui


Matricule-se já !