Revista Cristão Alerta: Nova

Lição 10 A Promessa do Espírito [2° trimestre 2025 CPAD]

Lições Bíblicas Adultos Professor 2º Tr. 2025

Lição 10 A Promessa do Espírito | 2° Trimestre de 2025 | Escola Bíblica Dominical - Classe: Adultos | Data: 8 de Junho 2025 | Comentarista: Elienai Cabral


TEXTO ÁUREO

“ E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22) 


VERDADE PRÁTICA

A promessa do Pai não se restringe a um grupo particular ou a um período específico, mas inclui todos aqueles que se arrependem e creem no Evangelho. 


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 14.16,26 

Jesus garante que enviará o Consolador, o Espírito Santo 

Terça - 1 Co 6.17-19 

O Espírito Santo habita em nós e nos purifica 

Quarta - Rm 8.9-14 

A capacidade vivificante do Espírito Santo 

Quinta - Gl 5.16-22 

O Espírito Santo molda em nós o caráter de Cristo 

Sexta - At 1.4,8  

A promessa de receber poder por meio do Espírito 

Sábado - At 2.1-4 

O maravilhoso derramamento do Espírito Santo 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 14.16-18,26; 16.7,8,13 ; 20.21,22 

João 14 

16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. 

18 - Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 

26 - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.


 João 16 

7 - Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.

8 - E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo. 

13 - Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.


 João 20 

21 - Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.

22 - E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. 


Hinos Sugeridos: 77, 118, 120 da Harpa Cristã 


INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos analisar dois momentos significativos: em primeiro lugar, a afirmação de Jesus aos seus discípulos de que eles receberiam o Espírito Santo, que inicialmente atuaria na vida do pecador para promover a conversão (em relação ao pecado, justiça e juízo). Em seguida, estabeleceremos uma ligação entre essa visão regeneradora da Promessa do Espírito em João e a perspectiva capacitadora a respeito do Espírito, que encontramos no Livro de Atos dos Apóstolos, escrito pelo evangelista Lucas.


PALAVRA-CHAVE: ESPÍRITO 


I – A PROMESSA DO PAI 


1. Jesus enviará o Consolador. 

No Evangelho de João, capítulo 14, lemos: “ele vos dará outro Consolador” (v.16). Este Consolador é o Espírito Santo que “habita convosco e estará em vós” (v.17). No capítulo 16, é mencionado que quando o Consolador chegar “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (v.8),   evidenciando a atuação regeneradora da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. 


2. O Consolador. 

A palavra grega traduzida como “consolador” é paráklêtos, cujo significado refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder por outra pessoa. Assim, um paráklêtos assemelha-se a um amigo que desempenha o papel de advogado ou consultor especial, ou ainda como um assistente que auxilia em momentos importantes. 

A expressão “outro consolador” designa o Espírito Santo como uma Pessoa. O termo grego állos significa “outro”, indicando assim a distinção dele em relação a outros indivíduos da mesma natureza, reafirmando a singularidade do Espírito Santo em relação às outras duas pessoas da Trindade, mas também a sua igualdade com elas (Jo 14.16). 

 

3. “Não vos deixarei órfãos”. 

A palavra grega para “órfãos”, presente em João 14.18, é órphanós. Quando Jesus morreu, os discípulos sentiram-se órfãos. Deve ter sido difícil aceitar o fato de que o Senhor, o Cristo de Deus, estava morto. Não foi por acaso que nosso Senhor chamava os seus discípulos de “filhinhos” (Jo 13.33). Nesta relação pessoal entre Jesus e os seus discípulos, nosso Senhor garantia que eles nunca ficariam órfãos, desamparados ou desprezados. 


SINÓPSE I

Jesus Cristo garantiu que enviaria o Consolador e que não abandonaria os seus discípulos. 



II – O ESPÍRITO HABITA OS DISCÍPULOS 


1. João 20.22. 

É crucial considerarmos o contexto que envolve os versículos 21 e 22 do capítulo 20 de João. Nessa ocasião, o nosso Senhor apareceu ressuscitado e glorificado. A passagem bíblica onde se encontram os versículos 21 e 22 começa no versículo 19 (Jo 20.19-23). Assim, o cenário em que Jesus se apresenta ressuscitado, com um corpo glorificado, remete tanto ao contexto anterior (20.1-20) como ao imediato (20.23-31; 21.1-25) de João 20.22.

  

2. O sentido de “assoprou sobre eles” o Espírito. 

O capítulo 20 do Evangelho de João contém um versículo que gera diversas interpretações teológicas divergentes (v.22). No entanto, a Bíblia de Estudo Pentecostal (BEP) oferece uma observação significativa sobre a interpretação deste versículo. Ela esclarece que a palavra grega traduzida como “assoprar” é emphusao, a qual também aparece na versão grega da Bíblia (A Septuaginta) em Gênesis 2.7, significando “fôlego de vida”; e é utilizada em Ezequiel 37.9 no contexto de “assoprar sobre os mortos para que vivam”. Portanto, a expressão presente em João 20.22 sugere que o Espírito foi “soprado” para trazer nova vida, indicando uma perspectiva de regeneração dos discípulos, como uma obra do Espírito ocorrida antes do Dia de Pentecostes. 


3. Um episódio anterior ao Pentecostes. 

Em João 20.22 também se lê: “Recebei o Espírito Santo”. Esta expressão surge como consequência direta da menção a “assoprou sobre eles”, indicando que o Espírito Santo habitou os discípulos naquele momento específico. A partir desse ponto, os discípulos tornaram-se nova criação, completamente regenerados e sendo governados, habitados e vivificados pelo Espírito Santo (Rm 8.9-14; Gl 5.16-26). Posteriormente, o que ocorreu em Pentecostes seria uma segunda obra distinta e capacitadora do Espírito para os discípulos pregarem o Evangelho, começando em Jerusalém até aos confins da terra (At 1.8). 

SINÓPSE II

João 20.21,22 refere-se a um acontecimento que ocorreu antes da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes. 


AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

RECEBEI O ESPÍRITO SANTO  

“O versículo 22 relaciona-se com o precedente de maneira diferente. O termo oun não ocorre na narrativa aqui (cf. comentários acima). João declara que “havendo dito isso”, Jesus sopra sobre eles e diz: “Recebei o Espírito Santo”. Tentemos explicar o que isto significa para os leitores/ouvintes de João quando ele escreveu.  


[...] Embrenhemo-nos pouco a pouco pela evidência para alcançarmos uma interpretação mais provável. Os temas de sopro/respiração, doação de vida, criação e o Espírito estão associados em muitos textos, tanto bíblicos quanto extra-bíblicos. Note, por exemplo o agrupamento destes temas nos seguintes textos do Antigo Testamento: Gênesis 2.7; 1 Reis 17.21 (só na tradução grega); Salmos 104.29,30 e Ezequiel 37.4-10 (cf. Ez 36.24-27). Fora do cânon do Antigo Testamento, esta crença bíblica tornou-se importante conceito teológico: Sabedoria 15.11; 2 Baruque 23.5. Em Gênesis Midrash Rabá 14.8, dois destes textos são comentados: Gênesis 2.7 e Ezequiel 37.14. O sopro como ritual simbólico, a doação acompanhante do Espírito e a resultante vida e/ou criação estavam profundamente enraizados nas tradições bíblicas. As palavras e ações de Jesus teriam sido bem entendidas. Ademais, com isto, uma das técnicas de Hillel aparece novamente: O que é verdade acerca de Deus no Antigo Testamento, também é verdade acerca de Jesus. Como Deus criou Adão e, depois, Israel, dando o Espírito, assim Jesus na qualidade de Deus, criou a Igreja dando o Espírito” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.611). 


III – A PROMESSA DO PAI NO DIA DE PENTECOSTES 


1. “De repente”. 

O aparecimento de Jesus em João 20 refere-se ao período compreendido entre a Páscoa e o Dia de Pentecostes. Após a Ressurreição, o Senhor glorioso aparece aos seus discípulos. Na Páscoa, o cordeiro da expiação foi sacrificado, sendo Jesus o Cordeiro de Deus, conforme estudado ao longo do trimestre. No entanto, cinquenta dias depois da Páscoa, celebrava-se a Festa da Colheita no dia de Pentecostes. Foi ao final deste dia, ainda não concluído, após Jesus ter feito a promessa de recebimento de poder (At 1.4,8), que “de repente” (At 2.2) ocorreu um acontecimento extraordinário: o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-4).  


2. “E todos foram cheios do Espírito Santo”. 

Observamos que durante o ato de conversão, o Espírito Santo realiza a Regeneração (Jo 14.17; 16.8-10; Jo 20.22; 2 Co 5.17). Contudo, desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho. Assim sendo, especialmente no Livro dos Atos dos Apóstolos, os teólogos associam “ser cheio do Espírito” ao “Batismo no Espírito Santo”, como descrito quando dizemos: “todos foram cheios do Espírito Santo” e consequentemente “começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).   


3. “E começaram a falar em outras línguas”. 

O Batismo no Espírito Santo constituiu uma experiência profunda na vida dos discípulos já regenerados em Cristo e essa experiência não se limitou àquele único dia. O cumprimento da promessa abrangeu toda a igreja nascente naquele momento e todas as gerações futuras até à volta de Cristo (At 2.38,39).


O falar em outras línguas  evidenciou esta obra capacitadora (At 2.11). Apesar de algumas pessoas compreenderem estas línguas nos seus próprios idiomas, eram na verdade expressões espirituais concedidas pelo Espírito que habilitou os discípulos a glorificar as grandezas de Deus. Eram línguas desconhecidas por quem falava, mas compreendidas pelos ouvintes. Assim sendo, as línguas mencionadas por Lucas são evidências físicas visíveis do Batismo no Espírito Santo. 


SINÓPSE III

A Promessa do Pai também tem a ver com o derramamento do Espírito Santo conforme aconteceu no dia de Pentecostes. 


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO 


“A PROMESSA DO PAI. 

O dom que Deus Pai prometera (Jl 2.28-29; Mt 3.11) é o batismo no Espírito Santo (veja o v. 5, nota). O cumprimento dessa promessa é descrito como estar ‘cheio do Espírito Santo’ (2.4). Isto significa que ser ‘batizado no Espírito’ e ‘cheio do Espírito’ são expressões que, às vezes, são intercambiáveis no livro de Atos. No entanto, nem toda referência a estar cheio do Espírito indica o batismo no Espírito Santo. Este batismo no Espírito Santo não é a mesma coisa que passar a ter o Espírito Santo, o que acontece no momento em que uma pessoa aceita o perdão de Cristo, confia a Ele a sua vida, e se torna ‘salva’ espiritualmente (veja o artigo REGENERAÇÃO: NASCIMENTO E RENOVAÇÃO ESPIRITUAL, p. 1847). Essas são duas obras distintas do Espírito Santo, frequentemente separadas por um período de tempo (veja o artigo O NOVO E ESPIRITUAL NASCIMENTO DOS DISCÍPULOS, p. 1901)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1917).     


CONCLUSÃO

A Promessa do Pai tem a ver com a regeneração do pecado e com a capacitação do salvo para testemunhar do Senhor Jesus em todos os lugares. Essa promessa perpassa toda a Bíblia, se manifesta completamente em Pentecostes e está presente até hoje para todos os que se arrependerem e crerem no Evangelho. Até a volta do Senhor Jesus, a Promessa do Pai pode se manifesta na vida do pecador, regenerando-o; na vida do salvo, batizando-o no Espírito Santo. 


REVISANDO O CONTEÚDO


1. De acordo com João 14, conforme apresentado na lição, como podemos perceber o registro de alguns ensinos de Jesus? 

O Espírito Santo como Consolador e Regenerador. 


2. Dê o conceito da palavra “Consolador” de acordo com a lição. 

Refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder por outra pessoa. 


3. Quais são as duas expressões em João 20.22 que são muito importantes? 

“Assoprou sobre eles” e “Recebei o Espírito Santo”. 


4. Que obra extraordinária o Senhor Jesus realizou em Atos 2? 

O Batismo no Espírito Santo. 


5. No ato da conversão, o Espírito Santo opera a Regeneração. A partir da obra regeneradora, o salvo precisa de quê? 

Desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho. 

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PLANO DE AULA (do Professor)

1. INTRODUÇÃO 

Na aula desta semana, iremos explorar a importância do Espírito Santo na mensagem de Jesus dirigida aos seus discípulos em João 14.16-18; 16.7,8,13 e 22.21,22. Não é por acaso que, ao se aproximar da sua crucificação, Jesus confortou os seus seguidores garantindo que não estariam desamparados, mas que receberiam o Espírito como Consolador e Guia. Assim sendo, o nosso objetivo nesta lição é analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João, investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus e, por fim, evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes. 

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO 

A) Objetivos da Lição: I) Analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João; II) Investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus; III) Evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes.  

B) Motivação: A promessa do Espírito não se restringe apenas aos discípulos do passado, mas é uma realidade que está ao alcance de cada crente nos dias de hoje. Não devemos subestimar a presença do Espírito Santo, pois Ele nos habilita a enfrentar os desafios espirituais, a compreender as Escrituras e a conduzir uma vida que exalte a Deus. Dessa forma, somos chamados a abrir os nossos corações para a ação do Espírito e o seu poder transformador. 

C) Sugestão de Método: Conforme for abordando cada tema do respectivo tópico, aproveite os primeiros minutos para fazer perguntas que incentivem a participação da turma e promovam uma reflexão mais profunda. Por exemplo, no primeiro tópico, poderia perguntar: "O que representa ter o Espírito Santo como Consolador nas nossas vidas diárias?"; no segundo, "O que significa ser morada do Espírito Santo?"; e no terceiro, "Quais são as mudanças na nossa vida ao receber o Batismo no Espírito Santo?". Depois de ouvir atentamente as respostas dos alunos, apresente o tópico correspondente de forma a guiá-los para um ensino prático e transformador das Sagradas Escrituras. 

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO 

A) Aplicação: O Espírito Santo orienta-nos e consola-nos, além de nos dotar de uma poderosa capacitação para testemunhar o Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não existe uma vida verdadeiramente cristã sem a presença do Espírito Santo. 

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição. 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Recebei o Espírito Santo", localizado após o segundo tópico, aprofunda o sentido da expressão: "Recebei o Espírito Santo"; 2) No final do terceiro tópico, o texto "A Promessa do Pai" traz uma reflexão significativa a respeito das distinções das duas obras do Espírito Santo: a Regeneração e a Capacitação.


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Lição 9 O Caminho, a Verdade e a Vida [2° trimestre 2025 CPAD]

Lições Bíblicas Adultos Professor 2º Tr. 2025

Lição 9 O Caminho, a Verdade e a Vida   | 2° Trimestre de 2025 | Escola Bíblica Dominical - Classe: Adultos | Data: 1 de Junho 2025 | Comentarista: Elienai Cabral


TEXTO ÁUREO

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6) 


VERDADE PRÁTICA

A imagem de Jesus Cristo como o caminho, a verdade e a vida reforça a nossa fé e consolida a nossa comunhão com Deus.  


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 14.1 

O caminho que nos proporciona paz e tranquilidade 

Terça - Jo 14.2,3 

O caminho que nos conduz às  moradas celestiais  

Quarta - Jo 10.11,14,28 

Não estamos sozinhos na jornada com Jesus 

Quinta - Jo 16.7,8 

No caminho com Jesus contamos com o apoio do Consolador  

Sexta - Jo 1.1,18 

No caminho com Jesus encontramos a revelação de Deus 

Sábado - Jo 15.26; 16.13 

No caminho com Jesus, o Espírito Santo testifica do Filho 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 14.1-15 

1 - Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

2 - Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.

3 - E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.

4 - Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho.

5 - Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?

6 - Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.

7 - Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis e o tendes visto.

8 - Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.

9 - Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?

10 - Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.

11 - Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.

12 - Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e?as?fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.? 

13 - E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.? 

14 - Se pedirdes alguma?coisa?em meu nome, eu o farei.? 

15 - Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. 


Hinos Sugeridos: 195, 407, 515 da Harpa Cristã 


INTRODUÇÃO

A expressão “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” tem um significado especial para os cristãos em todo o mundo. Ela descreve de forma abrangente o Senhor Jesus na realização da obra de salvação. Por isso, iremos estudar João 14, onde consideraremos as palavras encorajadoras e as promessas de Jesus contidas neste capítulo, bem como as dúvidas e incertezas que os seus discípulos enfrentaram ao longo da jornada. Além disso, iremos explorar os três termos importantes do versículo 6: caminho, verdade e vida. 


PALAVRA-CHAVE: VIDA 


 I – CONSOLO E PROMESSA DO SENHOR JESUS 


1. O Caminho, a Verdade e a Vida. 

Desde o evento do capítulo 13, quando Jesus se juntou aos discípulos e lavou os seus pés, proporcionando uma importante lição sobre liderança humilde, o seu discurso não se limitou a esse capítulo. O Senhor fez um discurso de despedida no capítulo 14 que se inicia em João 13.31. Nesse discurso, Ele confere consolo aos discípulos ao afirmar que, após a sua morte, não estariam sozinhos. 


No versículo 4, o Senhor diz que os discípulos sabiam para onde Ele ia. No entanto, Tomé respondeu que não sabia e questionou: “Como podemos saber o caminho?” (Jo 14.5). Por isso, Jesus esclarece que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém pode chegar ao Pai senão por meio d’Ele (Jo 14.6). Esta afirmação de Jesus revela que Ele é o único meio de alcançar o Pai, é a verdade que o revela e representa assim a verdadeira vida de Deus. 


2. Consolo num cenário de angústia. 

É evidente que Jesus estava angustiado (Jo 12.27; 13.21). O nosso Senhor tinha plena consciência de que estava aproximando-se a hora da sua entrega nas mãos dos homens; em breve seria crucificado, morto e sepultado. Contudo, surpreendentemente, mesmo neste contexto de dor, Jesus dirige-se aos seus discípulos com o intuito de confortá-los (Jo 14.1). 

Apesar da intensa pressão emocional e espiritual que enfrentava, Ele revela que o sofrimento pelo qual iria passar traria o bem para todos. Assim sendo, aquilo que parecia uma derrota era, na verdade, uma vitória; um fim trágico transformava-se num glorioso começo. Embora doloroso e angustiante, o caminho a seguir apontava para um cenário glorioso. 


3. Uma promessa gloriosa. 

Jesus declarou que o caminho de Deus leva às moradas celestiais preparadas para os seus seguidores. A expressão “casa de meu Pai” refere-se ao Céu, um lugar com muitas habitações para os fiéis em Cristo (Jo 14.2). Esta realidade espiritual futura proporciona uma esperança gloriosa para os santos. A Igreja de Cristo vive na expectativa do retorno do nosso Senhor. Apesar dos tempos trabalhosos pelos quais passamos, a promessa do “Arrebatamento da Igreja” alegra e anima os corações dos fiéis. Neste sentido, podemos já experienciar um pouco do que nos aguarda no Céu. Assim será que seremos convocados por Jesus para nos reunirmos num maravilhoso encontro com Ele nos céus (1 Co 15.51-52). 


SINÓPSE I

O Senhor Jesus traz consolo para o presente e promessa que anuncia um futuro glorioso. 


II – DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHO COM CRISTO 


1. A dúvida de Tomé. 

No versículo 5, encontra-se a incerteza do discípulo Tomé: “como podemos saber o caminho?”. Neste Evangelho, Tomé é retratado como um discípulo fiel, corajoso, que tinha um profundo amor por Jesus, e teve a coragem de manifestar as suas dúvidas (Jo 14.5). Este episódio ilustra que durante a nossa caminhada com Cristo, não é incomum que surjam dúvidas. Contudo, assim como Tomé recebeu de Jesus a resposta: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6), também nós podemos ouvir estas palavras. 


2. As incertezas de Pedro e Filipe. 

O Evangelho de João revela que Pedro não compreendia totalmente sobre o lugar que Jesus mencionava para onde estava indo (Jo 13.36). No capítulo seguinte, Filipe pede a Cristo que lhe mostre o Pai (Jo 14.8). É notável que, tal como Tomé, Pedro e Filipe ainda não tinham as suas questões esclarecidas por Jesus. Eles também enfrentaram incertezas. Não somos diferentes deles; certamente haverá momentos em que nos sentiremos semelhantes a Tomé, Pedro e Filipe. Porém, devemos aprender a escutar o Senhor Jesus Cristo. 


3. O engano de Judas Iscariotes. 

Em João 13 é revelado que nosso Senhor anunciou que um dos seus discípulos iria traí-lo (Jo 14.21,22). Essa pessoa era Judas Iscariotes, seu discípulo. Ele acompanhou Jesus, mas não conseguiu interiorizar os seus ensinamentos e, por isso, não depositou fé suficiente no Filho de Deus. Assim sendo, traiu-o e vendeu-o por 30 moedas de prata (Jo 13.25-27). Lamentavelmente, Judas não reconhecia Jesus como o Salvador e Redentor da humanidade pecadora. A sua visão do Messias restringia-se às questões sociais e políticas para libertar Israel da opressão romana. Portanto, por meio de Judas, aprendemos a importância de não confundir as nossas prioridades enquanto seguimos a nossa jornada com Cristo. 


SINÓPSE II

As dúvidas, as incertezas e o engano podem nos desafiar durante a nossa caminhada com Cristo. 


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

A VERDADE 

Este tópico revela que as dúvidas, as incertezas e, até os enganos podem pôr à prova a nossa fé ao longo da nossa caminhada cristã. A nossa trajetória com Cristo traz enormes desafios que tentam abalar a fé. Assim sendo, como solução, é essencial compreendermos que “Jesus é ‘a verdade’ – não apenas parte da verdade, mas toda a verdade. Assim como a Palavra (ou Verbo) é viva (1.1-3), tudo em Cristo e na sua mensagem é verdadeiro. E a sua verdade é absoluta (isto é, total, definitiva, incondicional, imutável, conclusiva) e universal (isto é, verdadeira para todas as pessoas, em todas as situações, de todos os tempos). O fato de a verdade suprema ser revelada através de Cristo é uma ênfase-chave no Evangelho de João (veja 1.17, nota)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1883). 


III – CAMINHO, VERDADE E VIDA


 1. “Eu Sou o Caminho.” 

Como analisado em lições anteriores, a expressão “Eu Sou” representa um título que revela a natureza divina de Jesus (Jo 6.48; 8.12; 10.9; 10.11; 11.25; 15.1). Assim, quando o nosso Senhor afirma “Eu sou o caminho”, está declarando que Ele é o acesso singular, exclusivo e único ao Pai. Portanto, não é possível conhecer a Deus e ter comunhão com Ele fora de Jesus. Ninguém pode chegar a Deus senão mediante o Seu Filho. 


O pronome “Eu”, presente nesta expressão, indica que não somos salvos por princípios ou forças espirituais, mas sim por uma pessoa chamada Jesus, que ilumina aqueles que se encontram nas trevas (Lc 1.79). Por meio da sua obra redentora no Calvário, foi aberto um novo e vivo caminho para nos guiar até Deus (Hb 10.19-21). Ele é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). 


2. “Eu Sou a Verdade.” 

Jesus não é apenas uma parte ou fração da verdade, mas sim toda a verdade em si mesma. De forma clara, o Evangelho de João realça que a verdade suprema se revelou através da encarnação do Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, a verdade absoluta, imutável e incondicional encontra-se plenamente expressa em Cristo. Portanto, Jesus personifica a verdade que os seres humanos necessitam conhecer, uma verdade que se opõe à mentira e derruba as falsidades presentes no mundo. Apenas essa verdade provém de uma fonte confiável de revelação redentora que ilumina o conhecimento acerca do Pai (Jo 14.7).  


3. “Eu Sou a Vida.”

 A vida mencionada aqui não diz respeito à existência física ou ao sopro vital, mas à vida que contrapõe à morte espiritual por meio da vida eterna concedida por Jesus. Refere-se à verdadeira vida espiritual obtida pela obra redentora realizada no Calvário (Jo 19.30). Esta realidade espiritual ocorre porque nosso Senhor possui vida em si mesmo (Jo 5.26); Ele é tanto a fonte como o doador da vida eterna (Jo 3.16; 6.33; 10.28; 11.25). 


SINÓPSE III

O Senhor Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. 


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO 

O CAMINHO E A VIDA 

“Jesus é ‘o Caminho’ – Ele não é simplesmente um dentre muitos caminhos; é o único caminho para Deus, o Pai (cf. At 4.12; Hb 10.19-20). Ninguém exceto o perfeito Filho de Deus poderia ter pago o preço total pelas nossas ofensas contra Deus e abrir o caminho para um novo relacionamento com Ele. [...] Nunca foi popular – e certamente não o é nos dias de hoje – afirmar que só há um caminho para Deus, mas essa é a realidade de acordo com palavras do próprio Jesus. Não há outra maneira de ter um relacionamento com o Deus verdadeiro, exceto pela fé em Jesus Cristo. 

[...] Jesus é ‘a vida’ – a verdadeira e duradoura vida espiritual está disponível apenas através de sua vida, morte e ressurreição (veja 11.25-26, nota). Sua vida perfeita proporcionou o único sacrifício permanente pelos pecados que cometemos contra Deus. Aqueles que aceitam a vida e o sacrifício de Jesus a favor deles – confiando suas vidas à liderança dele – recebem o perdão dos pecados e a vida eterna com Cristo (3.15-16,36; 5.24; 6.40,47,54; 10.28; 17.2-3)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1883). 


CONCLUSÃO

Reconhecer Jesus como o caminho, a verdade e a vida oferece-nos a oportunidade de esclarecer as nossas dúvidas e incertezas. Ter o Senhor como o caminho, a verdade e a vida proporciona consolo nos momentos difíceis da vida. Através dEle, podemos conhecer a Deus, experimentar a verdadeira liberdade e estar reconciliados em comunhão com Ele. 


REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que o pronunciamento do versículo 6 revela sobre Jesus? 

Revela que Ele é o único meio de alcançar o Pai, é a verdade que o revela e representa assim a verdadeira vida de Deus. 


2. O que a expressão “Casa de meu Pai” quer dizer? 

A expressão “casa de meu Pai” refere-se ao Céu, um lugar com muitas habitações para os fiéis em Cristo (Jo 14.2). 


3. O que o episódio de Tomé nos mostra? 

Que durante a nossa caminhada com Cristo, não é incomum que surjam dúvidas. 


4. De acordo com a lição, qual era a visão de Judas a respeito de Jesus como Messias? 

A sua visão do Messias restringia-se às questões sociais e políticas para libertar Israel da opressão romana. 


5. De acordo com a lição, o que o Senhor está afirmando na expressão “Eu sou o caminho”? 

Quando o nosso Senhor afirma “Eu sou o caminho”, está declarando que Ele é o acesso singular, exclusivo e único ao Pai. 


PLANO DE AULA (do Professor)

1. INTRODUÇÃO 

O estudo desta lição é sobre a pessoa de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Por meio do Evangelho de João, capítulo 14, versículos 1 a 15, vamos explorar o tema central: "O Caminho, a Verdade e a Vida". Nesta lição, veremos como Jesus nos oferece consolo e promessas de vida eterna, ao mesmo tempo em que nos alerta sobre as dúvidas, incertezas e enganos que podem surgir em nossa caminhada com Ele. O tema desta aula é um convite especial para receber as verdades imutáveis da Palavra de Deus e para aprofundar o nosso relacionamento com Cristo. 

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO 

A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar a dimensão bíblica do consolo e das promessas do Senhor Jesus;

II) Discernir a respeito das diferentes formas de dúvidas e incertezas, bem como as certezas e convicções na caminhada cristã;

III) Conscientizar que Jesus é o único caminho, é a verdade absoluta e a fonte de vida eterna.  


B) Motivação: No estudo do tema 'O Caminho, a Verdade e a Vida', propomos aos alunos uma perspectiva de aprofundamento da nossa fé. Ao reconhecer Jesus como o único caminho para Deus, os alunos serão incentivados a ponderar sobre as suas decisões e a reforçar seu relacionamento com Cristo. E, finalmente, ao abordar as dúvidas e incertezas que costumam surgir na jornada cristã, ao mesmo tempo que identificamos as certezas e convicções próprias de um cristão, os alunos descobrirão em Jesus a força e a orientação essenciais para ultrapassar dificuldades e experimentar uma vida abundante na presença de Deus. 

C) Sugestão de Método: Comece a aula com uma ou duas questões que incentivem os alunos a refletirem sobre as suas próprias experiências e os obstáculos que encontram. Depois, apresente o texto bíblico de maneira clara e concisa, empregando recursos visuais como mapas ou diagramas para representar a jornada espiritual. Sugerimos, por exemplo, uma comparação entre dois tempos históricos do apóstolo Pedro: o Pedro antes do Pentecostes (Mc 14.30,31, 66-68); o Pedro após o Pentecostes (At 2.37-39). Incentive a discussão e o compartilhamento das descobertas em classe a fim de introduzir a lição, cujo tema central é Jesus como o Caminho, a Verdade e a Vida.  

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO 

A) Aplicação: A vida sem a presença de Jesus torna-se insuportável. Essa é a conclusão inevitável ao compreendermos que o nosso Senhor confere sentido e significado à nossa existência. Sem Ele, não existe uma vida verdadeira. 

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição. 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Verdade", localizado após o segundo tópico, apresenta Jesus, a Verdade definitiva, como antídoto contra as dúvidas, as incertezas e o engano; 2) No final do terceiro tópico, o texto "O Caminho e a Vida" traz uma reflexão significativa a respeito de Jesus como o caminho exclusivo para Deus e fonte inesgotável de vida.


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