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Revista Cristão Alerta – Edição 21 | 2° Trimestre 2025: O Verbo se Fez Carne

Lição 5 A Verdade que Liberta [2° trimestre 2025 CPAD]

Lições Bíblicas Adultos Professor 2º Tr. 2025

Lição 5 - A Verdade que Liberta | 2° Trimestre de 2025 | Escola Bíblica Dominical - Classe: Adultos | Data: 04 de Maio 2025 | Comentarista: Elienai Cabral


TEXTO ÁUREO

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”  (Jo 8.32) 


VERDADE PRÁTICA

O Verbo Divino representa a Verdade que se manifesta na história para libertar o pecador. 


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 20.18; Jo 8.20 

A consciência de Jesus a respeito de sua hora 

Terça - Jo 7.16 

A doutrina de Jesus, a verdade do Pai 

Quarta - Jo 8.14 

A verdade sobre si mesmo 

Quinta - Jo 14.6 

Jesus é a verdade encarnada 

Sexta - Jo 8.31,32 

A verdade que o mundo precisa conhecer 

Sábado - Jo 8.41-47 

Jesus testifica de si mesmo como a Verdade do Pai 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 7.16-18, 37,38; 8.31-36 


João 7 

16 - Jesus respondeu e disse-lhes: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. 

17 - Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo.  

18 -  Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória, mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça. 

37 - E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba.

38 - Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.


João 8 

31 - Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sereis meus discípulos. 

32 - E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 

33 - Responderam-lhe: somos descendência de Abraão, e nunca serviremos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres

34 - Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. 

35 - Ora, o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. 

36 - Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres. 


HINOS SUGERIDOS:  116, 235, 261 da Harpa Cristã


INTRODUÇÃO


O Senhor Jesus simboliza a verdade que é apresentada no Evangelho de João. Neste estudo, iremos explorar a manifestação do Senhor como a Verdade em Jerusalém, a resistência dos escribas e fariseus a essa verdade e, por fim, o poder da verdade que oferece liberdade ao pecador. Compreender Jesus como a verdade encarnada de Deus está ligado à verdadeira vida e liberdade em Cristo. 


PALAVRA-CHAVE: LIBERDADE 


I – JESUS, A VERDADE EM  JERUSALÉM  


1. Da Galileia para Jerusalém. 

O capítulo 7 do Evangelho de João revela que Jesus estava na Galileia e não se dirigia a Jerusalém, pois os judeus planejavam matá-lo (Jo 7.1). Apesar dos conselhos dos seus irmãos para que subisse a Jerusalém, Jesus tinha plena consciência de que não era sob a influência deles que Ele iria a cidade santa, mas sob a orientação do Pai (Jo 7.5,6). 


Assim, em obediência ao Pai em todas as situações (Jo 5.19,20; 6.38; 8.29), Jesus subiu discretamente a Jerusalém durante a Festa dos Tabernáculos (Jo 7.10,14). Ao afirmar que o seu “tempo” ainda não havia chegado, Jesus referia-se ao momento em que se entregaria aos seus inimigos e seria crucificado, morto e sepultado para cumprir a justiça divina: “Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte” (Mt 20.18; Jo 8.20). 


2. A verdade na Festa dos Tabernáculos. 

Nos versículos 10 a 13, Jesus evitou o assédio do povo até que, durante a festa, subiu ao Templo e começou a ensinar (Jo 7.14). Ele estava ciente de que havia uma divisão de opiniões sobre Ele entre as pessoas. Por isso, afirmou: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou” (Jo 7.16). Muitos acreditavam que Jesus era um grande profeta, mas não o Messias. No entanto, quem se encontrava ali diante deles era o Verbo encarnado de Deus. Ele era realmente o Filho de Deus e tudo o que ensinava continha a única verdade que o mundo desconhecia. Apenas o Filho de Deus poderia declarar: “Eu sou a verdade” (Jo 14.6). 


3. Vivendo na verdade. 

Os versículos 16 a 19 referem-se à doutrina que Jesus transmitia. Esta doutrina provinha do Pai, e para cumprir a sua vontade era necessário entender a verdade revelada pelo Pai em Cristo (v.17). O Senhor Jesus é a Verdade, a mesma verdade que se manifestou em Jerusalém, que esteve presente na Festa dos Tabernáculos e que, através do Espírito Santo, se faz presente entre nós hoje. Por isso, Ele nos convoca não só a conhecer, mas também a viver essa verdade.  


SINÓPSE I

Jesus encontrava-se na Galileia e, sendo a Verdade revelada de Deus, dirigiu-se a Jerusalém. 


AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

Publicações Cristãs


A FESTA DE TABERNÁCULOS  

“João 7.1 a 10.21 pertence à Festa dos Tabernáculos, embora só os capítulos 7 e 8 lidem especificamente com a festa. Contudo, nenhum sinal milagroso acontece nestes dois capítulos; o sinal para a Festa dos Tabernáculos é a cura do cego no capítulo 9 — sua visão restaurada é a chegada da luz (tema na Festa dos Tabernáculos). Também a alegoria do bom pastor em João 10.1-20 dimana da discussão sobre a cura do cego no capítulo 9. Em outras palavras, esta seção em João contém um sinal dentro de uma narrativa extensa que explica o significado de Jesus e a Festa dos Tabernáculos. Jesus cumpre e muda as expectativas do fim do tempo da festa, trazendo a salvação de Deus para o mundo. Ele dá a água da vida (ou seja, o Espírito) e a revelação de Deus (a luz)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.528). 


II – JESUS, A VERDADE DIANTE DOS ESCRIBAS E FARISEUS 


1. A verdade no episódio da mulher adúltera. 

No capítulo 8 do Evangelho de João, a Verdade, representada pelo Senhor Jesus, é posta à prova pelos líderes judeus. Enquanto Ele ensinava uma multidão ansiosa por mais milagres no pátio do Templo, os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério para ser julgada publicamente (Jo 8.3-5).

De acordo com a Lei, a mulher deveria ser apedrejada e, por isso, questionaram Jesus sobre o caso, acusando-o de contrariar a Lei. O nosso Senhor respondeu: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (Jo 8.7). Ninguém teve coragem de lançar uma pedra contra aquela mulher. A verdade que Cristo nos traz revela a consciência das nossas faltas. Assim, quando somos impactados por essa verdade, encontramos libertação dos nossos pecados. 


2. Jesus, a Verdade revelada. 

O episódio da mulher apanhada em adultério ilustra a resistência dos escribas e fariseus em aceitar a verdade que Jesus representa. Isso nos permite concluir que, independentemente do grau de resistência que o ser humano possa manifestar, nada consegue obstruir a verdade de Jesus. Não é por acaso que Ele próprio declarou: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e A VERDADE, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6 – grifo nosso). Esta verdade não é apenas genérica; é uma verdade encarnada. Também não se trata de um caminho qualquer, mas sim do único caminho para alcançar Deus. O nosso Senhor é a Verdade única de que todos precisamos. 


3. A Verdade que o mundo precisa conhecer. 

Muitas pessoas procuram a verdade na filosofia através de um conjunto ético que guie as suas vidas. Outras examinam essa verdade na lógica, utilizando a ciência como forma de compreender o mundo. Há ainda quem busque a verdade no esoterismo. A realidade é que o mundo carece do entendimento da Verdade única, que se manifesta como uma realidade divina, plena em Deus, que se separa deste mundo enquanto mantém uma relação com os seus habitantes (Cl 2.9,10). Isso só pode ser alcançado por meio de uma conexão viva com a Pessoa bendita de Jesus, o nosso Salvador. 


SINÓPSE II

Jesus é a Verdade que expôs à consciência dos escribas e fariseus os seus pecados.


III – JESUS, A VERDADE QUE LIBERTA O PECADOR 


1. A verdade que liberta. 

A passagem de João 8.31-38 está intimamente relacionada com o relato da mulher adúltera. Assim, a vida do pecador que se arrepende estará garantida se realmente permanecer em Jesus (Jo 8.31). Dessa maneira, o pecador alcançará o conhecimento da verdade e, por meio dela, será libertado da servidão do pecado (vv.34,36). Portanto, o encontro com a Verdade que é Cristo rompe todas as correntes do pecado. O Senhor Jesus Cristo é aquEle que proporciona verdadeira libertação à vida do pecador.  


2. O que é a verdade? 

No Evangelho de João, fica evidente que a “verdade” referida não se relaciona com a verdade filosófica, ou seja, com os conceitos de verdade debatidos nas obras de filosofia. A verdade mencionada em João é aquela que liberta o ser humano do domínio do pecado, manifestada e revelada na figura de Jesus (Jo 14.6). Essa verdade proporciona libertação, restauração e uma nova vida para aqueles que se aproximam dEle. Em Jesus, alcançamos a verdadeira liberdade. 

3. Verdadeiramente livres. 

As Escrituras Sagradas revelam a verdadeira natureza do ser humano distante de Deus: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Desta forma, a Bíblia mostra que toda a humanidade está cativa pelo pecado e sob o poder do Inimigo. Assim, aqueles que verdadeiramente são livres estão inclinados às coisas do Espírito; Satanás não consegue exercer influência sobre eles; o poder de Deus, por meio da ação do Espírito Santo, revela-se gloriosamente em nosso caráter (2 Co 5.17; Ef 2.1-7). A verdadeira liberdade em Cristo está ligada à nossa semelhança com Ele enquanto ainda vivemos neste mundo. 


SINÓPSE III

Jesus é a Verdade que proporciona liberdade à vida do pecador. 


AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

A VERDADE LIBERTA 

“O versículo 32 introduz mais consequências e liga sua condição atual com o futuro. ‘E conhecereis a verdade’ aponta para o momento no qual o Espírito regenera estes discípulos, trazendo revelação e a capacidade para tanto. O novo nascimento é uma experiência reveladora. ‘Conhecereis’ aqui é uma experiência espiritual, que causa impacto no modo como a pessoa entende toda a realidade. Através da regeneração, a pessoa se torna nova e tem uma nova cosmovisão. A experiência espiritual de ‘conhecer’ (não cognitiva ou intelectual), produzida pelo Espírito, resulta em liberdade. Mas liberdade de quê? Da natureza pecadora, a qual não mais domina sobre o pecador escravizado” 

[...] A verdade libertou o crente. Em João, a liberdade do pecado, seu poder e sua influência é consequência do novo nascimento. Liberdade também significa que o crente passou da condenação para a vida. Jesus fez expiação pelo pecado do mundo, trazendo uma vitória especial e comprada com o sangue. A morte já não tem poder — a vida eterna agora domina” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.545).  


CONCLUSÃO

A verdadeira liberdade só pode ser encontrada em Cristo. Portanto, aqueles que conhecem a Cristo e se mantêm na sua verdade não estão mais aprisionados pelo domínio do pecado ou de Satanás. A verdade de Cristo proporciona uma autêntica liberdade dentro de nós. Por isso, é urgente que o mundo venha a conhecer a Cristo. Não existe solução para o mundo sem levar em conta a mensagem e a obra do Senhor Jesus. 


REVISANDO O CONTEÚDO

1. A que se referia Jesus ao afirmar que o seu “tempo” ainda não tinha chegado? 

Ao afirmar que o seu “tempo” ainda não havia chegado, Jesus referia-se ao momento em que se entregaria aos seus inimigos e seria crucificado, morto e sepultado para cumprir a justiça divina. 


2. O que ocorre quando somos impactados pela Verdade que é Cristo? 

A verdade que Cristo nos traz revela a consciência das nossas faltas. Assim, quando somos impactados por essa verdade, encontramos libertação dos nossos pecados. 


3. De acordo com a lição, o que o mundo precisa saber? 

A realidade é que o mundo carece do entendimento da Verdade única, que se manifesta como uma realidade divina, plena em Deus, que se separa deste mundo enquanto mantém uma relação com os seus habitantes (Cl 2.9,10). 


4. Em que momento a vida do pecador está protegida? 

A vida do pecador que se arrepende estará garantida se realmente permanecer em Jesus (Jo 8.31). 


5. No que diz respeito ao pecado, o que revela a Bíblia? 

A Bíblia mostra que toda a humanidade está cativa pelo Pecado e sob o poder do Inimigo. 

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PLANO DE AULA (do Professor)


1. INTRODUÇÃO 

Esta lição apresenta Jesus como a Verdade que traz liberdade, demonstrando que Ele a personifica por meio das suas palavras e ações. Vamos analisar como Jesus revelou a Verdade em Jerusalém, desafiando as interpretações errôneas da Lei. Iremos observar o modo como Ele confrontou os escribas e fariseus, expondo os seus erros religiosos. Finalmente, examinaremos de que forma Jesus liberta o pecador, proporcionando verdadeira liberdade espiritual. Esse enfoque permitirá uma melhor compreensão do papel fundamental de Cristo como fonte de libertação para aqueles que pecam. 


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO 

A) Objetivos da Lição: 

I) Explicar a Verdade em Jesus desde sua saída da Galileia para Jerusalém; 

II) Descrever Jesus como a Verdade diante dos fariseus; 

III) Pensar em Jesus como a Verdade que liberta o pecador. 

B) Motivação: A procura pela verdade é uma necessidade universal e atemporal. Com o ensinamento desta semana, podemos perceber que o Senhor Jesus oferece a Verdade absoluta que transforma e liberta a vida do pecador. Dessa forma, por meio dessa liberdade, as nossas vidas são profundamente impactadas tanto de maneira prática quanto eterna. 

C) Sugestão de Método: Para dar início à aula, motive os alunos a pensarem sobre o que é a liberdade, perguntando: 'Segundo a Bíblia, o que significa realmente ser livre?' Oriente a conversa de forma a demonstrar que a verdadeira liberdade ultrapassa a simples ausência de restrições externas, uma vez que a liberdade conforme ensinada pela Bíblia implica libertação do domínio do pecado e das suas mentiras. Assim, apresente Jesus como a encarnação da Verdade, que desafia as ilusões do pecado e liberta quem peca. Destaque que os três tópicos da lição exploram como Jesus revelou a Verdade em diversas circunstâncias, sublinhando que somente por meio dEle podemos vivenciar uma verdadeira liberdade espiritual. 

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO 

A) Aplicação: A verdadeira liberdade encontra-se em Cristo. Ele nos liberta do pecado e da escravidão espiritual. Por meio dEle, devemos esforçar-nos para viver em obediência à sua Palavra, refletindo a verdade de Cristo nas nossas ações e proclamando essa libertação a outros. 

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição. 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Festa de Tabernáculos", localizado após o primeiro tópico, contextualiza o capítulo 7 de João; 2) No final do terceiro tópico, o texto "A Verdade Liberta" aprofunda a reflexão doutrinária a respeito de João 8.32. 


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Lição 4 Jesus – O Pão da Vida [2° trimestre 2025 CPAD]

Lições Bíblicas Adultos Professor 2º Trimestre 2025

2° Trimestre de 2025 | Escola Bíblica Dominical - Classe: Adultos
Data: 27 de Abril 2025 | Comentarista: Elienai Cabral

TEXTO ÁUREO

“Eu sou o pão da vida.” (João 6.48)

VERDADE PRÁTICA

Jesus é o Pão da Vida que sacia a fome espiritual de todo ser humano.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 6.30,31 

Jesus e a revelação do Pão do Céu 

Terça - Jo 6.41,42  

Jesus, o Pão que desceu do céu 

Quarta - Jo 6.52-56 

Jesus, a Verdade revelada nos símbolos da carne e do sangue 

Quinta - Jo 7.6-8 

A chegada da presente hora de Jesus 

Sexta - Jo 8.31,32 

Jesus, a Verdade que liberta 

Sábado - Jo 8.41-47 

Jesus, a Verdade vinda do Pai 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 6.1-14 

1 - Depois disso, partiu Jesus para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades. 

2 - E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. 

3 - E Jesus subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos. 

4 - E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. 

5 - Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?  

6 - Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer. 

7 - Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhe bastarão, para que cada um deles tome um pouco. 

8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: 

9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?  

10 - E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. 

11 - E Jesus, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam. 

12 - E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca. 

13 - Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.  

14 - Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo. 


HINOS SUGERIDOS: 15, 291, 432 da Harpa Cristã 


INTRODUÇÃO

O Senhor multiplicou pães e peixes para saciar a fome de uma grande multidão. No entanto, Ele notou que as pessoas estavam focadas apenas nas suas necessidades materiais, preocupando-se unicamente em satisfazer a sua fome imediata. A lição desta semana visa demonstrar que somos dependentes de Deus. Essa dependência não se limita às necessidades materiais, mas, acima de tudo, refere-se à nossa necessidade espiritual, que só o “Pão da Vida” pode satisfazer plenamente. 


PALAVRA-CHAVE: VIDA 

e-BOOKS


I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO  


1. A multiplicação de pães e peixes. 

O Evangelho de João relata um dos mais impressionantes milagres de Jesus, quando Ele conseguiu alimentar quase cinco mil homens com “cinco pães e dois peixinhos” (v.9). A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos (Mt 14.13-21; Mc 6.32-44; Lc 9.10-17). No capítulo 6, versículo 1, João começa com a expressão: “Depois disso”. Esta frase refere-se aos acontecimentos que se seguiram às palavras de Jesus dirigidas aos judeus em Jerusalém, durante a provável Festa da Páscoa mencionada no capítulo 5. 


2. O milagre. 

Como o único milagre mencionado nos quatro Evangelhos, o evangelista procura mostrar a multiplicação de pães e peixes neste capítulo como uma manifestação do poder ilimitado de Jesus. Por esta razão, ele destaca a imagem de Jesus ao alimentar uma imensa multidão composta por homens, mulheres, jovens e crianças que o seguiam. Na sua narrativa, João revela o poder criador e divino que é capaz de trazer à existência aquilo que anteriormente não existia (Jo 6.11-13). Assim, o milagre da multiplicação de pães e peixes distingue-se dos milagres de cura e de outros tipos. 


3. Qual era o interesse da multidão? 

Jesus percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem. Em Jerusalém, os líderes religiosos judeus não apenas rejeitavam-no como o Messias, como também procuravam a sua morte. Ao deixar Jerusalém, o Senhor desejou afastar-se para estar a sós com os discípulos, mas a presença da multidão frustrou este desejo (Jo 6.2). 

Ele notou que as pessoas não estavam interessadas em ouvir a sua palavra como Filho de Deus. No dia seguinte, encontrou novamente a multidão que queria mais pão e confrontou-a ao mostrar que buscava apenas alimento material, ignorando o verdadeiro pão do céu para as suas almas (Jo 6.27). A situação não é muito diferente hoje em dia, quando muitos se apressam atrás de milagres, mas poucos demonstram interesse pela Palavra de Deus. De fato, nosso Senhor compreende as necessidades humanas, mas Ele sabe que não são os grandes milagres que resolverão os problemas das pessoas, pois é preciso algo mais profundo para alimentar as almas. 


SINÓPSE I


No episódio do milagre da Multiplicação, Jesus percebeu que a multidão o seguia por outros interesses. 


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO 


(1) O que são milagres? 

(a) São obras de origem e poder sobrenaturais (gr. dynamis; veja At 8.13; 19.11). 

(b) Eles funcionam como um sinal ou uma marca (gr. sēmeion) da autoridade de Deus (veja 2.11, nota; Lc 23.8; At 4.16,30,33). O maior milagre, que é o milagre central do Novo Testamento, é a ressurreição de Jesus Cristo (1Co 15).  


(2) Os milagres servem, pelo menos, a três propósitos no reino de Deus, 

(a) Honram a Jesus Cristo, comprovando a veracidade de sua mensagem, e provam sua identidade como Filho de Deus e nosso Salvador (2.23; 5.1-21; 10.25; 11.42). 

(b) Expressam o amor compassivo de Cristo (Mc 8.2; Lc 7.12-15; At 10.38). 

(c) Significam a oportunidade da salvação (Mt 11.2ss), a vinda do reino de Deus [...]. 


(3) A Palavra de Deus indica que os milagres devem continuar a ocorrer através de seus seguidores na igreja, 

(a) Jesus enviou os seus seguidores para pregar e realizar milagres (Mt 10.7-8; Mc 3.14-15; veja Lc 9.2), 

(b) Jesus declarou que aqueles que creram nEle através da pregação de sua Palavra fariam as obras que Ele fez, e ainda mais coisas (14.12; Mc 16.15-20). 

(c) O livro de Atos registra muitos milagres feitos em, e através da vida de seus seguidores (At 3.1ss; 5.12; 6.8; 8.6ss; 9.32ss; 15.12; 20.7ss); em outros trechos do Novo Testamento, estes feitos são chamados de “sinais” que confirmam a veracidade da mensagem de Cristo (At 4.29-30; 14.3; Rm 15.18-19; 2Co 12.12; Hb 2.3-4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1857). 


II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS 


1. “E Jesus subiu ao monte”. 

Que monte seria este? Não existe uma designação específica para a localidade deste monte. Tal como em toda a região montanhosa, havia algumas elevações de terreno que, embora não fossem particularmente altas, podiam servir como um local adequado para Jesus se dirigir aos seus discípulos e à multidão. Assim, Ele subiu ao monte e sentou-se com os seus discípulos.

A partir dali, nosso Senhor avistou uma multidão que se dirigia ao seu encontro. Por isso, decidiu testar um dos seus discípulos, Filipe, perguntando-lhe: “Onde compraremos pão para que estes comam?” (Jo 6.5,6). Todo o relacionamento de Jesus com os seus discípulos estava sempre fundamentado em um ensinamento. 


2. O desafio para os discípulos. 

O Senhor utilizou a situação de uma multidão necessitada para transmitir aos seus discípulos uma valiosa lição. Nesse momento, os discípulos compreenderiam que muitos dos desafios da missão evangélica não podem ser superados apenas com o esforço humano. 


O discípulo Filipe foi colocado à prova por Jesus para enfrentar a dificuldade de alimentar essa multidão faminta (Jo 6.7-10). Aqui, o Senhor estava demonstrando a limitação humana em resolver problemas complexos. Naquele local, não havia comida suficiente nem possibilidade de compra para satisfazer as necessidades da multidão. O Senhor desafiava assim a fé dos discípulos, sempre com o intuito de promover o seu crescimento espiritual (Jo 6.6,14).  


3. Uma lição de provisão. 

Os discípulos descobriram um menino que trazia consigo o lanche da tarde, contendo em seu alforje “cinco pães pequenos de cevada e dois peixinhos” (Jo 6.9). Jesus pegou esses pães e peixes, deu graças ao Pai e, por meio das suas mãos, realizou um milagre de multiplicação. A quantidade foi tão grande que precisaram buscar alguns cestos para distribuir os pães e os peixes à multidão e guardar o que restou. Assim, todos comeram até se saciar. A lição que tiramos deste episódio é que Deus nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle. 


AMPLIANDO O CONHECIMENTO


“Se alguém sabia onde encontrar comida, este era Filipe, porque era de Betsaida (1.44), uma cidade a cerca de 15km de distância de Cafarnaum. Jesus testou Filipe, a fim de fortalecer a sua fé. Ao pedir do discípulo uma solução humana (sabendo que não havia), Jesus enfatizou o poderoso milagre que estava prestes a realizar.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1427. 


SINÓPSE II

No episódio do milagre da Multiplicação, nosso Senhor desafiou a fé de seus discípulos. 


AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

A FÉ SUBMETIDA À PROVA 

“Este é o único milagre de Jesus que está registrado nos quatro Evangelhos (cf. Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17). Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? 

(5) O registro aqui não menciona o fato de que Jesus tivesse compaixão da multidão (cf. Mt 14.14; Mc 6.34). Ao contrário, a sua vinda é a oportunidade para que Filipe seja posto à prova. Mas dizia isso para o experimentar (6). A observação de João — porque ele bem sabia o que havia de fazer — é típica. Em todo o seu Evangelho, o evangelista fala como alguém que tem um íntimo conhecimento da mente do Senhor” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.69). 


III– JESUS – O PÃO QUE  DESCEU DO CÉU  


1. Qual é o real interesse da multidão? 

No dia seguinte ao milagre da multiplicação dos pães e peixes, a multidão que havia participado buscava Jesus na região de Cafarnaum, conforme indicado em João 6.22 e 6.24. Ao encontrá-la, Jesus transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26). 


O Senhor compreendia que a percepção daquela multidão sobre Ele era puramente social; desejavam um líder que satisfizesse as suas necessidades materiais. No entanto, para além do pão físico, nosso Senhor queria oferecer-lhes o pão que desceu do céu (Jo 6.32,33). O povo não percebia que a multiplicação dos pães era apenas uma representação do verdadeiro pão da vida que Jesus tinha para dar. Nosso Senhor é o pão que realmente apazigua a fome do ser humano (Jo 6.27). 


2. O Pão do Céu. 

Não é preciso debater a respeito da identidade do “pão do céu”, pois trata-se do próprio Jesus. Nosso Senhor confirma a sua identidade divina quando diz: “Eu Sou”. Há, pelo menos, sete declarações somente no Evangelho de João que autenticam essa identidade divina: 

1) “Eu sou o pão da vida” (6.35,48,51); 

2) “Eu sou a luz do mundo” (8.12; 9.5); 

3) “Eu sou a porta das ovelhas” (10.7,9); 

4) “Eu sou o Bom Pastor” (10.11,14); 

5) “Eu sou a ressurreição e a vida” (11.25); 

6) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (14.6); 7) “Eu sou a videira verdadeira” (15.1,5). Há uma comparação, no versículo 32, entre “o maná” na peregrinação de Israel, no deserto, sob a liderança de Moisés, com o “verdadeiro pão que desce do céu”, ou seja, o próprio Cristo, nosso Senhor, que afirma que quem se alimentar desse pão “viverá para sempre” (Jo 6.50,51).  


3. O que é “comer o pão”? 

Observamos uma mudança nas palavras de Jesus ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51). Mais tarde, o apóstolo Paulo fez uma associação simbólica entre o pão da Ceia do Senhor e a carne de Jesus, afirmando: “Isto é o meu corpo”; “isto é o meu sangue” (1 Co 11.24,25). De forma evidente, ao mencionar a partilha da sua carne, o nosso Senhor refere-se à sua morte na cruz, onde oferece a sua vida em prol dos pecadores que se arrependem e creem no Evangelho, proporcionando-lhes salvação e vida eterna. 


SINÓPSE III

No dia seguinte ao milagre da Multiplicação, nosso Senhor afirmou ser o verdadeiro alimento espiritual do ser humano. 


CONCLUSÃO

Nesta lição, compreendemos que Jesus é o Pão da Vida e se ofereceu por nós. Assim, aqueles que se alimentam de sua Palavra satisfazem a sua fome espiritual e recebem a vida eterna. O nosso Senhor é o pão que veio do céu, um alimento inextinguível que nos nutre para sempre. Por conseguinte, não devemos limitar-nos ao alimento material, que tem uma função fisiológica relevante, porém, passageira; aspiremos, portanto, ao alimento celestial que proporciona vida em abundância eternamente! 

🎧 Lição 4 em Áudio: Jesus - o Pão da Vida | 2° Trimestre de 2025


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Em quais dos Evangelhos se encontra o relato do episódio da multiplicação? 

A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos. 


2. O que Jesus notou em relação à multidão? 

Jesus percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem. 


3. Que ensinamento podemos extrair do episódio da multiplicação? 

A lição que tiramos deste episódio é que Deus nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle. 


4. Qual foi a mensagem clara que Jesus transmitiu à multidão? 

Ao encontrá-la, Jesus transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26). 


5. Que alteração é visível nas palavras de Jesus em João 6.51?  

Observamos uma mudança nas palavras de Jesus ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51).



PLANO DE AULA (DO PROFESSOR)


1. INTRODUÇÃO 

O Evangelho apresenta Jesus como o Pão da Vida, destacando sua missão de oferecer sustento espiritual e vida eterna ao pecador. Assim como o pão físico é indispensável para a sobrevivência do corpo, o Senhor Jesus é essencial para a saúde da alma, pois somente Ele pode saciar a nossa fome de Deus. Nesta lição, compreenderemos o significado de depender de Jesus como nosso alimento espiritual diário e como sua obra nos garante a vida eterna. Dessa forma, seremos conduzidos a uma comunhão mais profunda com o Senhor. 

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO 

A) Objetivos da Lição: 

I) Instruir a classe a respeito do Milagre da Multiplicação; II) Refletir a respeito aos desafios da fé; 

III) Correlacionar a necessidade do ser humano com Jesus como o Pão do Céu. 

B) Motivação: O pão é um alimento básico em diversas culturas, representando o sustento e a vida. Da mesma forma que uma alimentação inadequada compromete a saúde física, a falta de nutrição espiritual em Jesus, o Pão da Vida, prejudica nossa vida espiritual. Assim como o pão é indispensável para o corpo, Cristo é fundamental para alcançarmos a vida eterna.  

C) Sugestão de Método: Prepare, com antecedência, cartões com versículos que reforcem o tema da lição. Por exemplo, Mateus 6.35: "Eu sou o pão da vida; quem vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede". Selecione também outros versículos. Antes de iniciar a aula, distribua os cartões que preparou. Após apresentar o tema, solicite aos alunos que leiam os versículos em voz alta e, logo a seguir, façam uma breve reflexão sobre como esses textos podem influenciar a sua vida espiritual. 

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO 

A) Aplicação: A lição que temos diante de nós propõe uma reflexão acerca dos 'alimentos espirituais inadequados' que não preenchem a nossa real necessidade espiritual. Assim, é fundamental que dependamos exclusivamente de Jesus como o nosso sustento diário. Ele nos alimenta espiritualmente e nos habilita a fazer as melhores escolhas em nossas atividades e relacionamentos. 

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição. 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Sinais [ou Milagres]", localizado após do primeiro tópico, aprofunda o conceito de milagres apresentado no Evangelho de João; 2) No final do segundo tópico, o texto "A Fé Submetida à Prova" apresenta uma reflexão a respeito de um dos propósitos do milagre da Multiplicação. 


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