EBD Lição 7 O Perigo da Murmuração

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes

TEXTO ÁUREO

“E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.” (1 Co 10.10)


VERDADE PRÁTICA

A prática da murmuração enfraquece a vida espiritual, acaba com a comunhão da igreja local e nos impede de desfrutar das promessas de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Êx 16.11

A murmuração dos israelitas nos dias de Moisés

Terça - Lc 15.2; At 6.1

A murmuração nos dias de Jesus e dos apóstolos

Quarta - 1 Ts 5.12,13; Hb 13.17

Devemos evitar a murmuração contra a liderança

Quinta - Hb 4.16

Devemos chegar a Deus com confiança, não com murmuração

Sexta - 1 Co 10.10

A prática da murmuração e a morte espiritual

Sábado - Mt 12.25; cf. Lc 1.17-22

A murmuração traz divisão e separação

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 16.1-7; 1 Coríntios 10.10,11


Êxodo 16

1 - E, partidos de Elim, toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do mês segundo, depois que saíram da terra do Egito.

2 - E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto.

3 - E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera que nós morrêssemos por mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes tirado para este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.

4 - Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não.

5 - E acontecerá, ao sexto dia, que prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.

6 - Então, disse Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: À tarde sabereis que o Senhor vos tirou da terra do Egito,

7 - e amanhã vereis a glória do Senhor, porquanto ouviu as vossas murmurações contra o Senhor; porque quem somos nós para que murmureis contra nós?


1 Coríntios 10

10 - E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.

11 - Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.

HINOS SUGERIDOS:  77, 302, 388 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Todo cristão enfrentará situações adversas que vão testar a sua fé e fazer com que venha murmurar em sua caminhada. Entretanto, Deus abomina a murmuração e a sua prática enfraquece a nossa vida espiritual e nos impede de desfrutar das promessas de Deus. Sabemos que Deus libertou Israel da escravidão e que depois de livre, o povo de Deus iniciou a sua jornada rumo à Terra Prometida. O percurso escolhido pelo Senhor não foi o mais fácil, porém, com certeza, foi o melhor para os israelitas que naquela ocasião não estavam preparados para grandes pelejas. Deus é fiel e sempre cuidou com zelo do seu povo, todavia os israelitas a cada dificuldade sempre murmuravam contra o Senhor. O povo de Deus pagou um preço alto por ter reclamado do Senhor: toda uma geração morreu no deserto. No Novo Testamento o apóstolo Paulo adverte os crentes a não seguirem o exemplo de alguns israelitas no deserto, pois estes perecerem pelo destruidor (1 Co 10.10).

 

 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Explicar o sentido da palavra murmurar na Bíblia;

II) Mostrar que a murmuração impediu a primeira geração de alcançar à Terra Prometida;

III) Saber que a murmuração é um pecado que nos impede de entrar na Canaã Celestial.  

 

B) Motivação: Nesta vida, precisamos ter bem claro a ideia de que enfrentaremos obstáculos e dificuldades. Jesus disse que nesse mundo teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo (Jo 16.33). O bom ânimo é resultado da fé, da certeza de que não estamos sozinhos.  A nossa fé deve estar alicerçada em Deus para que quando nos encontrarmos diante dos obstáculos em nossa caminha espiritual não venhamos murmurar, reclamar, mas termos atitudes e palavras que glorifiquem ao Senhor.

C) Sugestão de Método: Sugerimos que você reproduza o esquema que se encontra na Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.11.  Utilize-o para mostrar que diante das dificuldades o povo de Deus sempre caia na tentação da murmuração. Que jamais venhamos seguir seu exemplo!

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A lição de hoje é uma excelente oportunidade para os alunos refletirem a respeito da murmuração e seus efeitos maléficos. Mostre que, à medida que temos consciência do poder de Deus, a nossa fé aumenta e se torna um antídoto contra a murmuração. Encerre a aula citando as Escrituras: "E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor" (1 Co 10.10).

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) A orientação didática, localizada no primeiro tópico, destaca o conceito da palavra "murmuração"; 2) O texto ao final do segundo tópico, expande a reflexão a respeito da murmuração dos israelitas contra o Senhor durante a travessia do deserto.


INTRODUÇÃO

É verdade que há ações maléficas que vêm direto do Inimigo, mas também é verdade que há as que são produzidas dentro de nós como obras da carne. Uma delas é o pecado da Murmuração. Esse pecado é tão perigoso em nossa jornada que pode nos levar à queda. Ele não acontece instantaneamente, pois geralmente sucede a incredulidade. Sim, incredulidade e murmuração andam juntas. Por isso, nesta lição, estudaremos os perigos da murmuração à luz da recomendação do apóstolo: “Fazei todas as coisas sem murmurações” (Fp 2.14).   


PALAVRA-CHAVE: MURMURAÇÃO


I – A MURMURAÇÃO NA BÍBLIA

1. O que é murmurar?

As principais palavras para murmuração na Bíblia são as seguintes: do hebraico, o verbo liyn, “resmungar”, “reclamar” e “murmurar” (Nm 14.36); e o substantivo higgayown, “meditação”, “música solene”, “pensamento”, “conspiração” (Lm 3.62); do grego, o verbo goggúzō, “murmurar”, “resmungar”, “queixar-se”, “dizer algo contra em um tom baixo”, “dos que confabulam secretamente” (Jo 7.32). De acordo com essas palavras, o murmurador tem o espírito dominado pelo descontentamento, desacordo, ira, queixas e oposição. Nem Deus escapa dele, pois basta lembrar do que foi feito contra Moisés e Arão (Êx 15.24; 17.3; Nm 14.27; 16.41).


2. O comportamento dos murmuradores.

De acordo com os dois testamentos da Bíblia, o mal da murmuração estava no meio do povo Deus, entre os israelitas dos dias de Moisés (Êx 16.11); nos dias de Jesus Cristo com os escribas e fariseus (Lc 15.2); na igreja em Jerusalém, no início (At 6.1). Esse mal revela um comportamento inconveniente, um temperamento inquieto, indiretas sarcásticas. O comportamento dos murmuradores é tão sério que chegou a ameaçar a unidade da Igreja em Atos, se não fosse o cuidado dos apóstolos (At 6.1-7). Por isso, precisamos ter toda cautela com esse comportamento, pois o pecado da murmuração, além de enfraquecer a nossa vida espiritual, também altera negativamente a nossa saúde emocional e física.


3. O crente murmurador.

Quem se diz salvo em Cristo e tem o Espírito Santo em sua vida não pode naturalizar a prática da murmuração. Não é normal um crente cheio do Espírito Santo se entregar a esse pecado. Nesse sentido, estão presentes a indisciplina e o descuido com as virtudes do Espírito (Gl 5.16). Quando um crente se torna um murmurador, ele passa a ser um instrumento do Maligno contra a obra de Cristo no mundo, permitindo ao Diabo dominá-lo e usá-lo de todas as maneiras. Assim, não é possível o crente murmurador ser alegre, bondoso e agradável por meio de sua atitude, visto que sua alma está doente, pois o corpo só será luminoso se os olhos forem bons (Mt 6.22,23).


SINÓPSE I

Murmurar significa “resmungar” e “reclamar” e o murmurador tem o espírito dominado pelo descontentamento, desacordo, ira, queixas e oposição.


AUXÍLIO DIDÁTICO

Professor (a), para dar início ao primeiro tópico da lição, faça a seguinte pergunta: “O que significa murmurar?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique que murmurar significa falar mal de alguém ou algo, lamentar-se e queixar-se. Diga que a murmuração contra Deus fez os israelitas perderem toda uma geração no deserto. Mostre que o esquecimento a respeito do que Deus já fez em nosso favor é próximo da murmuração e ingratidão. Os hebreus não agradeceram a Deus pela libertação da escravidão egípcia e nem pela provisão recebida no deserto, mas preferiram permanecer como escravos bem alimentados e assim murmuraram contra Deus (Êx 16.7).


II – MURMURAÇÃO: IMPEDIMENTO DA PRIMEIRA GERAÇÃO À TERRA PROMETIDA

1. A murmuração contra os líderes escolhidos por Deus.

Deus escolheu Moisés e seu irmão, como seu auxiliador, para libertar o povo de Israel da escravidão de Faraó e conduzi-lo à Terra Prometida (Êx 7.1,2). Após experimentar grande livramento, esse povo passou a murmurar contra a liderança de Moisés e Arão de maneira sistemática, alegando que o Legislador o conduzia para morrer em pleno deserto (Êx 16.3). Nesses relatos, percebemos que a murmuração sucede à incredulidade. Há uma ausência de fé e se passa escolher o que é mau: a prática da murmuração. Logo, não se pode esperar mais atitudes de bondade, sinceridade e verdade de quem submerge na murmuração, mas, sim de impaciência, ingratidão e desrespeito à liderança bíblica (1 Ts 5.12,13; Hb 13.17).


2. A murmuração contra Deus.

O Senhor Deus respondeu às murmurações do povo, dizendo que faria cair “pão dos céus” (Êx 16.4). Entretanto, o Senhor deixou claro que contemplou as suas “murmurações”, mas tratou o povo com piedade e compaixão (Êx 16.12). Ora, o Senhor Deus contempla todas as nossas ações, sabe do que precisamos e necessitamos. Por isso, diante de uma circunstância difícil, é muito melhor nos dirigirmos a Ele de maneira humilde, graciosa e amorosa do que nos achegarmos a Ele com ingratidão, queixas e murmuração (Hb 4.16).


3. Por que é perigoso murmurar?

A Palavra de Deus diz: “quem se endureceu contra ele [Deus] e teve paz?” (Jó 9.4). À luz desse texto, podemos dizer que a murmuração configura um ato de impiedade extrema contra Deus. Ela se torna perigosa porque, além de revelar uma ausência de fé, limita a nossa capacidade de enxergar as ações de Deus em nossas vidas e no contexto em que estamos. Por conseguinte, a murmuração cega-nos diante de Deus. Não lembramos mais das grandes obras do Senhor em nossa vida. Não por acaso, o apóstolo Paulo reúne os episódios de murmuração dos israelitas para que os crentes da atualidade tenham cuidado e não pratiquem esse pecado a fim de não serem destruídos (1 Co 10.10,11; Rm 15.4).


SINÓPSE II

A murmuração impediu a primeira geração de israelitas de adentrar na Terra Prometida.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Explique que “a liderança é cara, porque a culpa pela adversidade recai nos líderes. Essas pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era contra Deus. Grandes experiências com Deus não curam necessariamente o coração mal e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucificamos o eu e entronizamos a Cristo (Ef 4.31,32). A única coisa que Moisés poderia fazer era clamar ao Senhor. Não há dúvida de que teria fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se tivessem permanecido firmes. O Senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento da fé. Aqui, as águas se tornaram doces, quando Moisés lançou um lenho nelas, mas a fé de Israel continuou fraca. Desconhecemos o método natural que explica este milagre. Deus usou esta ocasião para ensinar uma lição a Israel, dando-lhes estatutos e uma ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente à sua palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha posto sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhe as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p.175).


III – MURMURAÇÃO: UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAÃ CELESTIAL

1. O fim dos israelitas murmuradores.

Examinando os textos de Números 14.29 e 16.41-49, percebemos que, por causa da murmuração, os israelitas daquela geração não entraram na terra da promessa, foram mortos e sepultados no deserto (Nm 14.29). A peregrinação de Israel pelo deserto nos serve de exemplo e advertência em nossa jornada para que não adotemos seu comportamento murmurador. Devido a esse pecado, os israelitas perderam de vista os propósitos divinos e não alcançaram o cumprimento da promessa.


2. O destino dos murmuradores.

À luz dos relatos do livro de Números, o apóstolo Paulo faz uma séria advertência ao povo da Nova Aliança: “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor” (1 Co 10.10). Isso significa que um crente que vive praticando a murmuração já se encontra espiritualmente morto, perdeu a comunhão com o Senhor e não tem mais o prazer nas coisas espirituais. Logo, o seu destino é a morte, que, à luz do Antigo Testamento, infelizmente, tem caráter físico e espiritual. A murmuração é um perigo ao longo da nossa trajetória cristã.


3. Os males da murmuração.

Há muitos males que a murmuração pode provocar. Por exemplo, na vida da igreja local a murmuração pode trazer desânimo espiritual, contendas comunitárias, rebeldias espirituais e divisões ministeriais. Esse processo acaba com a vida de comunhão da igreja local. Além disso, o nosso Senhor disse que o reino dividido contra si mesmo é “devastado” e não “subsistirá” (Mt 12.25; cf. Lc 1.17-22). 


Há também o mal de caráter espiritual. Por exemplo, a murmuração também resulta em mentiras e calúnias, portanto, o Espírito Santo não habita uma vida que é dominada por esse tipo de obras carnais (Ef 4.30; Gl 5.19-21). Por isso, afirmamos que quem se entrega a tal prática acaba atraindo outros pecados para a sua vida, tais como: idolatria, rebelião, adultério, blasfêmias contra Deus. Como consequência acaba prestando serviço ao Inimigo e estacionando no meio do trajeto celestial.


SINÓPSE III

A murmuração é pecado e pode nos impedir de entrar na Canaã celestial.


CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos o quanto a prática da murmuração é perigosa e destruidora tanto para a vida espiritual quanto para a vida comunitária na igreja local ao longo da nossa jornada cristã. Não devemos, pois, ignorar a advertência da Palavra de Deus quanto ao pecado da murmuração (Rm 15.4). Ora, a vontade de Deus é a de que participemos de suas promessas. Portanto, evitemos o mal da murmuração em nossas casas, igrejas e em qualquer lugar que nos relacionemos com o próximo.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acordo com a lição, o murmurador tem o espírito dominado pelo quê?

O murmurador tem o espírito dominado pelo descontentamento, desacordo, ira, queixas e oposição.


2. Por que precisamos ter cautela com o comportamento murmurador?

Precisamos ter toda cautela com esse comportamento, pois o pecado da murmuração, além de enfraquecer a nossa vida espiritual, também altera negativamente a nossa saúde emocional e física.


3. Como o Senhor Deus respondeu à murmuração dos israelitas?

O Senhor Deus respondeu às murmurações do povo, dizendo que faria cair “pão dos céus” (Êx 16.4). Entretanto, o Senhor deixou claro que contemplou as suas “murmurações”, mas tratou o povo com piedade e compaixão (Êx 16.12).


4. O que percebemos ao examinar os textos do livro de Números?

Examinando os textos de Números 14.29 e 16.41-49, percebemos que, por causa da murmuração, os israelitas daquela geração não entraram na terra da promessa, foram mortos e sepultados no deserto (Nm 14.29).


5. O que Paulo traz à Igreja à luz do exemplo do livro de Números?

À luz dos relatos do livro de Números, o apóstolo Paulo faz uma séria advertência ao povo da Nova Aliança (1 Co 10.10). Isso significa que um crente que vive praticando a murmuração já se encontra espiritualmente morto, perdeu a comunhão com o Senhor e não tem mais o prazer nas coisas espirituais.


VOCABULÁRIO

Cautela: preocupação para evitar transtorno e perigo; cuidado; prudência.

Naturalizar: passar a ter como próprio; adaptar-se; adotar.

Imerge: o que afunda, mergulha.

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EBD Lição 6 - As nossas Armas Espirituais

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes | Aula 12 de Maio de 2024

TEXTO ÁUREO

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.” (2 Co 10.4)

 

VERDADE PRÁTICA

Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ef 6.1,2

As armas do crente são espirituais e devem ser usadas na jornada

Terça - 1 Pe 5.8

O Inimigo apresenta diversas estratégias contra nós

Quarta - Mt 4.4; 1 Pe 2.2

A Palavra de Deus, uma poderosa arma espiritual

Quinta - Sl 55.17; Ef 6.18

A Oração, uma arma espiritual indispensável

Sexta - Mt 4.1-4; At 13.2,3

O Jejum, um instrumento espiritual indispensável na caminhada

Sábado -  2 Tm 3.16; Jo 17.9,20-22; At 14.23

Estudando a Palavra, orando e jejuando

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 4.1-4, 16-20

Lucas 4

1 - E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto.

2 - E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.

3 - E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. 4 - E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.


Lucas 4.16-20

16 - E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.

17 - E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

18 - O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,

19 - a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.

20 - E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.


HINOS SUGERIDOS:  212, 225, 305 da Harpa Cristã

 

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, estudamos a respeito de três opositores que se mostram como obstáculos de nossa jornada: o Diabo, a Carne e o Mundo. Nesta lição, enfatizaremos três armas, isto é, recursos espirituais em que todo crente precisa lançar mão diante dos obstáculos da jornada: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum. Desde o início de nosso andar com Cristo, estamos diante de uma batalha espiritual que só terá fim com o Arrebatamento da Igreja para o céu.


PALAVRA-CHAVE: ARMAS

I – AS ARMAS DO CRENTE

1. As armas.

De modo geral, podemos classificar as armas como instrumentos de ataque e de defesa. Nas Escrituras, os principais instrumentos de ataque são: espada (1 Sm 17.45); vara (Sl 23.4); funda (1 Sm 17.40); arco e flecha (2 Rs 13.15); lança (Js 8.18); e dardo (2 Sm 18.14). Os de defesa são: escudo (Ef 6.16), capacete (1Sm 17.5), couraça (1 Sm 17.5) e caneleiras (1 Sm 17.6). Essas armas eram usadas pelos exércitos antigos, bem como pelo exército de Israel, com a diferença de que este era instado a colocar a sua confiança no Senhor (Sl 20.7). Entretanto, para os cristãos, “armas” aqui tem um sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

 

2. As estratégias do Inimigo.

Não podemos desprezar o conhecimento a respeito da força do Inimigo de nossas almas. O Novo Testamento revela o que o Diabo é capaz de fazer para ludibriar as pessoas: arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições com mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3,4); escravizar (2 Tm 2.26); enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32); enganar com doutrinas demoníacas (1 Tm 4.1). Não por acaso, o apóstolo Pedro nos alertou a respeito da sagacidade do Inimigo: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8).

 

3. O chefe de toda força do mal.

O apóstolo Paulo escreve claramente que o Diabo é o chefe de todos os poderes das trevas que batalham contra nós (Ef 6.11; Rm 13.12). Até mesmo o apóstolo dos gentios foi por vezes impedido pelo Inimigo por meio de instrumentos humanos (1 Ts 2.18). Essa é uma das razões que o apóstolo cunha Satanás como o “príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2). Destacando ainda sua força e autoridade na hierarquia do mal, o Diabo é denominado de “o deus deste século” (2 Co 4.4). Portanto, não podemos ignorar que o Inimigo tem um reino organizado com seus servos, emissários, principados e potestades (Lc 11.17-22).


SINÓPSE I

As armas do crente devem ser usadas contra as estratégias do Inimigo, o chefe de toda força do mal.


II – AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

1. A Palavra de Deus.

O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4). Dessa maneira, o apóstolo Pedro aconselha que “desejemos afetuosamente” o “leite racional” para o desenvolvimento da nossa salvação, isto é, o estudo perseverante da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual (1 Pe 2.2). Uma vez nutrido e solidificado com a Palavra, estamos firmados em Deus para resistir às influências malignas, às armadilhas de Satanás e demais estratégias (Mt 7.24,25). Logo, quem se rende à Palavra de Deus experimenta a influência frutífera da verdade divina (Jo 17.17).

 

2. A Oração.

Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17). Prestemos atenção para a seguinte declaração: “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). Note que o apóstolo Paulo não insere a oração como uma peça da armadura, pois na verdade, é como se ela trouxesse um ajuste ou alinhamento para a armadura toda. Nesse aspecto, essa imagem traz uma ideia de que a oração fortalece todas as esferas da nossa vida.


3. O Jejum.

Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o jejum é uma prática presente. Esse ato é usado no contexto de busca de uma orientação divina (Êx 34.28; Dt 9.9; 2 Sm 12.16-23). No Novo Testamento, o Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39). A Igreja Primitiva observava a prática do jejum, buscando orientação divina para o envio de obreiros (At 13.2,3; 14.23). O apóstolo Paulo também jejuava por ocasião de seu ministério (2 Co 6.5; 11.27). Logo, o jejum tem um valor glorioso para a vida do crente, pois é um ato que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus.

 

SINÓPSE II

As três armas espirituais que o cristão tem a sua disposição são a Palavra de Deus, o Jejum e a Oração.

 

III – JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO

1. Vencendo o Diabo com a Palavra.

Há dois episódios importantes que relatam o destaque especial que o Senhor Jesus deu à Palavra em Lucas 4. O primeiro enfatiza que o Senhor Jesus venceu o Tentador com a Palavra de Deus (Lc 4.4; cf. Dt 8.3). No segundo, Ele leu uma passagem do profeta Isaías na sinagoga em Nazaré e tomou para si o cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20; cf. Is 61.1,2). Nosso Senhor deixou claro nesses episódios que os princípios da Palavra de Deus devem estar presentes em nossa vida na batalha contra o Maligno. Por isso, nessa contenda, o apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar a espada do Espírito, ou seja, a Palavra de Deus, a única arma de ataque na armadura do crente (Ef 6.17), uma arma poderosa e eficaz que provém do Espírito Santo de Deus (2 Tm 3.16).

 

2. Vivendo em oração.

O evangelista Lucas mostra que Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28). Ele orava pelos apóstolos e pela Igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes (Lc 23.34), por Simão (Lc 22.31,32), pelos que se encontravam junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42). Ele sabia bem do valor da oração e, por isso, gastava muito tempo falando com Deus. Nesse sentido, nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6).

 

3. Vivendo em jejum.

Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc 4.2). Ora, Ele também espera que o imitemos, jejuando. Infelizmente, há quem ensine que não precisamos jejuar. Exceto os que têm problemas de saúde, por isso é muito importante estarmos sob orientação médica, todo seguidor de Cristo é estimulado pela Bíblia a jejuar. Ademais, quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz, conforme acontecia com a liderança e os membros da igreja antiga que jejuavam como o Senhor Jesus (At 9.9; 13.2,3).


Nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a Deus em súplicas.”

 

SINÓPSE III

Jesus Cristo é o nosso maior modelo de quem usou estas três armas espirituais: a Palavra de Deus, o Jejum e a Oração.


CONCLUSÃO

O nosso Inimigo é ardiloso e perverso. Por isso, não podemos ignorar suas estratégias. Contra ele, lutaremos com armas espirituais: Palavra, Oração e Jejum. Essas armas promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual. Assim, segundo o modelo de vida do nosso Senhor Jesus, que fez uso dessas armas, podemos vencer as estratégias do Maligno.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acordo com a lição, qual é o sentido que devemos considerar a palavra “arma”?

O sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

 

2. Cite ao menos três estratégias do Inimigo para ludibriar as pessoas.

Arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições com mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3,4).

 

3. Cite as três armas espirituais do crente.

Palavra de Deus, o Jejum e a Oração.

 

4. O que acontece quando aliamos estudo da Palavra, Oração e Jejum?

Quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz.

 

5. O que a Palavra de Deus, o Jejum e a Oração promovem em nossa jornada espiritual?

A Palavra de Deus, a Oração e o Jejum promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual.

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