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Revista Cristão Alerta – Edição 21 | 2° Trimestre 2025: O Verbo se Fez Carne

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LIÇÃO 4 O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ (28 de julho de 2024)

Escola bíblica dominical

TEXTO ÁUREO

“O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.”  (Rt 2.12)


VERDADE PRÁTICA

O verdadeiro e puro modelo de bondade é servir uns aos outros de coração, confiando na fidelidade e justiça de Deus.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 38.6-11; Dt 25.5-10

O costume do casamento conforme a Lei

Terça - Mt 5.13-16

A importância do testemunho pessoal em todas as áreas da vida

Quarta - Mc 2.15-17; Jo 4.3-27

Jesus, o homem puro que interagia com todos

Quinta - Mt 11.19

Humildade e mansidão como virtudes cristãs essenciais 

Sexta - 2 Co 9.6; Gl 6.7

A inflexível lei da semeadura na vida

Sábado - Jó 14.7-9

Quando a esperança brota em meio às tormentas da vida 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Rute 2.1-4; 11,12,14

1 - E tinha Noemi um parente de seu marido, homem valente  e  poderoso, da geração de Elimeleque; e  era  o seu nome Boaz.  

2 - E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha.  

3 - Foi, pois, e chegou, e apanhava  espigas  no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que  era  da geração de Elimeleque.  

4 - E eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O  Senhor  seja  convosco. E disseram-lhe eles: O  Senhor  te abençoe.    

11 - E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste.  

12 - O  Senhor  galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do  Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.    

14 - E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do  trigo  tostado, e comeu e se fartou, e  ainda  lhe sobejou.


HINOS SUGERIDOS: 178, 410, 473 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A presente lição tem como tema o encontro de Boaz com Rute. Boaz aparece no capítulo dois do livro como um homem próspero e respeitado por todos. Ele tratou Rute como muito respeito. Nesse encontro, percebemos como Deus estava agindo para solucionar um problema familiar e, ao mesmo, configurar todo um plano de salvação que seria plenamente revelado em Jesus Cristo, o nosso Salvador. 


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a proposta de Noemi; II) Abordar a convicção amorosa de Rute em relação a sua sogra; III) Refletir a respeito da lei da semeadura na colheita de Rute.   

B) Motivação: O encontro de Boaz com Rute revela a preciosa soberania de Deus conduzindo a história de uma mulher. Muitas vezes não compreendemos os caminhos que encontramos na vida. Entretanto, sabemos que tudo contribui para o bem dos que amam a Deus. A vontade de Deus é perfeita e agradável.  

C) Sugestão de Método: No segundo tópico, temos um contraste muito interessante. Uma postura verdadeira de homem, acompanhada por ternura e respeito. Nesse sentido, enfatize o subtópico "a pureza não exclui a ternura". Mostre, principalmente, aos homens da classe a Bíblia ensina que o homem deve exercer liderança e, ao mesmo tempo, transmitir carinho à esposa e aos filhos, de maneira gentil e generosa. Numa família, é importante corrigir e, igualmente, demonstrar afeto ao cônjuge e aos filhos. Isso traz segurança e equilíbrio a todos.     


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A lição desta semana nos ensina a depender de Deus, a confiar nos seus desígnios. Com respeito e sensibilidade espiritual, devemos viver a nossa vida cristã honrando a Deus e esperando que o seu propósito e desígnios se revelem em nossas vidas. 


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Boaz", localizado após o primeiro tópico, destaca o perfil e o caráter desse personagem; 2) O texto "O Contexto Histórico do Trabalho de Rute", localizado após o último tópico, apresenta detalhes sobre o labor na colheita.


INTRODUÇÃO

Na lição anterior, o assunto central foi a amizade entre Noemi e Rute; sogra e nora. Nesta, um novo personagem entra em cena: Boaz, o parente remidor. Veremos como o Deus da providência recompensa os que se doam a bons relacionamentos.


PALAVRA-CHAVE: ENCONTRO


I – BOAZ, O REMIDOR

1. Um homem próspero. 

O capítulo 2 de Rute nos apresenta Boaz, um “homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque” (Rt 2.1). Os termos “valente” e “poderoso” referem-se ao caráter íntegro e à influência de Boaz, além de seu poder econômico. Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23). Reunia qualificações e condições para cumprir o papel de remidor.



2. “Goel” e “Levir”. 

A expressão “da geração de Elimeleque” não nos permite saber o grau de parentesco entre Boaz e o marido de Noemi. Segundo uma tradição rabínica, era sobrinho. Como parente próximo, poderia ser o “goel”, ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3), como também poderia cumprir o costume antigo do casamento (Gn 38.6-11). Eram duas prescrições distintas contidas na Lei de Moisés. A do resgatador previa que quando um israelita ficasse pobre e precisasse vender suas terras, seu parente mais próximo tinha o dever de comprá-las de volta e restituir-lhe. E se o hebreu fosse comprado como escravo por um estrangeiro, um parente tinha o dever de resgatá-lo (Lv 25.25-28; 47-59). 


Já a lei do levirato previa que o irmão do cunhado (“levir”) se casasse com a viúva e suscitasse descendência ao falecido (Dt 25.5-10; Mt 22.24-48). Tudo indica que essa prática foi ampliada, seguindo uma ordem de parentesco mais abrangente, semelhante à do resgatador (Lv 25.48,49). No caso de Boaz, havia um remidor “mais chegado” que ele (Rt 3.12).


3. Temor e respeito. 

A saudação de Boaz a seus empregados demonstra que ele temia a Deus. A invocação a Jeová (“O Senhor seja convosco”), dirigida a todos os segadores, indica, também, seu respeito aos que com ele trabalhavam. Os empregados lhe retribuem com uma saudação também amistosa e piedosa: “O Senhor te abençoe” (Rt 2.4). Patrões e empregados devem se tratar com mútua consideração, reconhecendo a posição e o papel próprios de cada um na relação de trabalho (Ef 6.5-9; Cl 3.22 – 4.1). 


SINÓPSE I

Boaz era um homem próspero e respeitado por todos que o cercavam. 


AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“BOAZ

Os heróis são mais fáceis de se admirar do que de definir. Eles raramente percebem seus instantes de heroísmo, e outras pessoas não podem reconhecer seus atos como heróicos. Eles simplesmente fazem a coisa certa no momento certo, quer percebam ou não o impacto causado por sua ação. Talvez a qualidade que compartilham seja uma tendência a pensar nas outras pessoas antes de si mesmos. Boaz era um herói.


Ao lidar com as pessoas, era sempre sensível às suas necessidades. Suas palavras para com seus empregados, parentes e outros eram generosas. Ele oferecia ajuda abertamente, não de má vontade. Quando descobriu quem era Rute, tomou várias atitudes para ajudá-la porque ela fora útil à sua sogra Noemi. Quando Noemi aconselhou Rute a pedir sua proteção, ele estava pronto a casar-se com ela, caso as implicações legais pudessem ser solucionadas” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358).


II – O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE

1. A pureza não exclui a ternura. 

Logo que chegou ao campo, Boaz notou a presença de uma moça diferente entre os que respigavam (Rt 2.5). Informado de que era Rute, dirigiu-se a ela de forma carinhosa. Chamando-a de filha, deu liberdade para continuar catando espigas em sua plantação e lhe assegurou de que seria tratada com o devido respeito: “não dei ordem aos moços, que te não toquem?” (Rt 2.9). Boaz se preocupou com a segurança de Rute. Assédio moral e sexual são atitudes pecaminosas e perturbadoras no ambiente laboral e em qualquer área da vida. Boaz era um cavalheiro, muito educado com todos. Um viver santo não exige que sejamos rudes e descorteses (2 Rs 4.8,9). Jesus, o mais puro dos homens, convivia com todos (Mc 2.15-17; Jo 4.3-27).  


2. Deus estava agindo. 

A atitude de Boaz surpreendeu Rute. Como estrangeira e pobre, certamente ela tinha receio de como seria tratada. Agia com educação e muita discrição (Rt 2.7). Impressionada com o gesto de Boaz, inclinou-se ao chão e, de forma humilde, reconheceu ser indigna do tratamento que recebeu (Rt 2.10). Havia uma motivação especial na conduta de Boaz: ele já conhecia a bela história de Rute (Rt 2.11). Um bom testemunho nos abre muitas portas. 


3. Sensível e espiritual. 

Boaz conciliava firmeza moral e sensibilidade; ternura e espiritualidade. O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute (Rt 2.12). Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual. Ele reconhecia que o Deus dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas. E como servo de Yahweh, estava sendo usado para abençoar uma piedosa moabita. Suas palavras tocaram profundamente o coração de Rute e lhe deram grande conforto (Rt 2.13).


SINÓPSE II

Boaz tratou Rute com ternura, respeito e sensibilidade espiritual.


III – A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA

1. A lei da semeadura. 

Uma cosmovisão secular produz a ilusão de que vivemos em um mundo “dos homens”, apartados de Deus e não afetados por Ele. Isso é fruto de uma incredulidade crescente (Lc 18.1-8; 1 Tm 4.1). Essa visão dualista em nada condiz com as Escrituras e com a realidade dos que confiam no Senhor da providência. Rute decidiu servir ao Deus de Israel, em vez de Quemós, o deus dos moabitas, cuja adoração incluía o sacrifício de crianças (Nm 21.29; 1 Rs 11.7; 2 Rs 3.26,27). Agora, ela começava a experimentar a mão invisível de Jeová-Jireh agindo graciosamente em seu favor. A lei da semeadura funciona integralmente (2 Co 9.6; Gl 6.7).


2. Os “acasos” de Deus. 

O primeiro sinal da ação de Deus foi a escolha aparentemente aleatória que Rute fez, indo apanhar espigas no campo de Boaz (Rt 2.3). Para ela, era apenas uma casualidade, quando, na verdade, era um inequívoco ato da providência divina. Deus tem o controle de tudo e age em favor dos que o amam (Rm 8.28). Quando Rute retornou para casa e contou onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação (Rt 2.20). Uma esperança brotou no coração da pobre viúva (Jó 14.7-9). 


“Para ela, era apenas uma casualidade, quando, na verdade, era um inequívoco ato da providência divina. Deus tem o controle de tudo e age em favor dos que o amam.”

3. O resultado da colheita. 

Alguns frutos de nossas ações são colhidos de imediato. Outros levam tempo para aparecer. Pela forma graciosa como era tratada, Rute colhia cereais em abundância diariamente nos campos de Boaz (Rt 2.17,21). A colheita garantia sua sobrevivência e de sua sogra. O trabalho árduo durou toda a estação: entre março e abril colheu cevada; e de abril a junho, trigo. Concluído o trabalho, ficou com a sogra (Rt 2.23). Uma “colheita” ainda maior seria feita por ela em tempo oportuno (Ec 3.1). Nosso Deus trabalha por aqueles que nEle esperam (Is 64.4).


SINÓPSE III

A história de Rute com Boaz revela a validação da lei da semeadura e o bom plano de Deus em sua vida e no mundo.


AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“O CONTEXTO HISTÓRICO DO TRABALHO DE RUTE

Quando o trigo e a cevada estavam prontos para serem colhidos, os ceifeiros eram contratados para cortar os talos e juntá-los em feixes. A lei israelita mandava que as laterais dos campos fossem deixadas de lado. Além disso, os grãos que caíam ficavam no chão para as pessoas pobres, que os apanhavam (ato de respigar) e usavam como alimento (Lv 19.9; 23.22; Dt 24.19). O propósito desta lei era alimentar o pobre e impedir que os donos os armazenassem. Esta legislação fazia parte do programa de bem-estar em Israel. Por ser uma viúva sem meios de sustentar a si própria, Rute foi ao campo de Boaz apanhar estes grãos.


Rute foi para uma terra estranha. Ao invés de depender de Noemi ou esperar que algo de bom acontecesse, tomou a iniciativa e foi trabalhar. Não titubeou em admitir sua necessidade e buscou meios para supri-la. Quando saiu ao campo, Deus proveu-lhe todas as coisas. Se você espera pela provisão do Senhor, considere isto. Provavelmente Ele aguarda o seu primeiro passo, o qual demonstrará a importância de sua necessidade. 


O trabalho de Rute, embora servil, cansativo e talvez degradante, foi feito fielmente. Qual é a sua atitude quando sua tarefa não corresponde com o seu verdadeiro potencial?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358).


CONCLUSÃO

A atitude de fé de Rute estava sendo recompensada. Sua prontidão em cuidar da sogra levou-a a encontrar conforto e proteção naquele que seria o resgatador de toda a família e que a incluiria na genealogia do Redentor da humanidade. O Deus de Rute é o nosso Deus. Ele continua agindo por aqueles que decidem se abrigar debaixo de suas asas. Confiar nEle e viver fazendo o que lhe agrada é o meio infalível de alcançar sua misericórdia e favor.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quem era Boaz?

Um “homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque” (Rt 2.1). Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23).


2. Qual o significado de “goel” e “levir”?

“Goel”, ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3). “Levir”, o irmão do cunhado.


3. Qual o versículo-chave do livro de Rute?

O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute: “O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar” (2.11).


4. O que motivou Boaz a tratar Rute com tanta generosidade?

Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual. Ele reconhecia que o Deus dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas.


5. Qual a reação de Noemi quando Rute lhe informou sobre Boaz?

Quando Rute retornou para casa e contou onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação: “Bendito seja do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos [...]: Este homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos remidores” (Rt 2.20).


VOCABULÁRIO

1. Respigavam: apanhavam no campo as espigas que ali ficavam; colhiam.

2. Laboral: Relativo ao trabalho.

3. Cosmovisão: Visão de mundo; forma de viver. 


EBD 3° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos – TEMA: O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração | Subsídios Dominical 


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Lição 2 O Livro de Rute (14 de julho de 2024)

Lição 2 O Livro de Rute - escola bíblica dominical

TEXTO ÁUREO

“E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.” (Rt 1.1)


VERDADE PRÁTICA

Servir a Deus não nos isenta de crises. Em qualquer circunstância, o segredo é permanecer fiel, confiando na providência divina.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Rt 1.1; 4.21-22 

O contexto do Livro de Rute remete aos juízes

Terça – Jz 1.7-19 

Um contexto de anarquia e infidelidade do povo hebreu

Quarta – Jz 2.7-13; 3.5-7 

Israel atraído à idolatria dos cananeus

Quinta – Sl 103.8; Jl 2.13; Rm 2.4 

Longanimidade e misericórdia de Deus

Sexta – Gn 49.10 

O cetro não se afastará da tribo de Judá

Sábado – cf. Ef 2.11-16 

Boaz e Rute: O prenúncio da derrubada da parede de separação


Hinos Sugeridos: 33 – 459 – 511 da Harpa Cristã


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Rute 1.1- 5

1- E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de

Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.

2 – E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali.

3 – E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos,

4 – os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.


5 – E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.


PLANO DE AULA

1-INTRODUÇÃO

O Livro de Rute conta uma história muito bonita entre nora e sogra. Rute, a nora, amou singelamente a sua sogra, Noemi. Após o falecimento do esposo de Rute, filho de Noemi, este orientou a sua nora a retornar à terra nativa, Moabe. Rute, a moabita, não concordou em deixar a sua sogra, de modo que a seguinte declaração mostra a profundidade do compromisso dela com a mãe de seu saudoso esposo: O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus (Rt 1.16). Nesse contexto, contemplamos a maneira que Deus preserva a história de pessoas que permanecem fieis apesar das circunstâncias. Por isso, nesta lição, temos o objetivo de apresentar um panorama do Livro de Rute e seus principais temas.


2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Fazer a análise da organização do Livro de Rute;

II) Remontar o contexto histórico do Livro de Rute;

III) Apresentar o propósito e a mensagem do Livro de Rute.


B) Motivação: A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal traz um relato que serve de motivação para a aula desta semana: “Quando conhecemos Rute, ela é uma viúva sem perspectiva de vida. Acompanhamos sua união com o povo de Deus, a colheita no campo e o risco de sua honra na eira de Boaz. Finalmente a vemos tornar-se esposa dele. Um retrato de como chegamos a Cristo. Começamos sem esperança e somos estrangeiros rebeldes sem parte no reino de Deus. Então […] Deus nos salva, perdoa, reconstrói nossa vida. […]. A redenção de Rute através de Boaz é um retrato da nossa remissão através de Cristo”.


C) Sugestão de Método: Para introduzir esta aula, apresente o esboço do Livro de Rute. Explique que o livro está estruturado nos seguintes pontos:


1) A Adversidade de Noemi (1.1-5)

2) Noemi e Rute (1.6-22);

3) Rute conhece Boaz no campo (2.1-23);

4) Rute vai até Boaz na eira (3.1-18);

5) Boaz se casa com Rute (4.1-13);

6) A bênção e realização de Noemi (4.14-17);

7) A história da família – de Perez a Davi (4.18). Você pode reproduzir esse esboço no data show, na lousa ou até mesmo em Cartolina. Pode também, por meio das Bíblias de Estudo, Pentecostal ou Aplicação Pessoal, aprofundar a sua pesquisa e apresentar um quadro mais completo do livro aos alunos. O ponto aqui é que você esteja consciente da necessidade de apresentar a estrutura do livro por meio de esboço com o objetivo de sua classe compreender melhor o desenvolvimento da história sagrada de Rute.


3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: O Livro de Rute nos apresenta um quadro grandioso de superação de uma mulher diante de uma situação desoladora. Com o livro aprendemos que não importa quão devastadora ou desafiadora possa ser a nossas circunstâncias, pois a nossa esperança está centrada em Deus que tem os recursos infinitos para nos disponibilizar.


4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, revistas e subsídios de apoio à lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que ajudarão a aprofundar a reflexão sobre o tema.

1) O texto “Rute”, localizado depois do primeiro tópico, destaca o significado do seu nome e o propósito espiritual da obra;


2) O texto “Compromisso com a Aliança”, ao final do terceiro tópico, demonstra como os conceitos de aliança, concerto e fidelidade estão presentes no livro de Rute.


INTRODUÇÃO

O livro de Rute se destaca não apenas por sua beleza literária mas, principalmente, pela profundidade espiritual de sua mensagem. Fonte de inspiração para judeus e cristãos ao longo dos séculos, o livro narra uma história de amizade, amor e redenção. Uma extraordinária demonstração de como o Todo-poderoso trabalha em meio às crises para cumprir seus desígnios eternos. Ele transforma tristeza em alegria, perdas em ganhos, derrotas em vitórias. Rute nos apresenta Jeová-Jireh, o Deus que provê (Gn 22.14).


Palavra-Chave: Providência


I - A organização do Livro

1. Na Bíblia Hebraica. 

O Livro de Rute pertence à terceira divisão ou seção da Tanakh, a Bíblia Hebraica, que é composta apenas dos livros do Antigo Testamento da Bíblia Cristã. Essa terceira seção é chamada Ketuvim ou Hagiógrafos (Escritos). A primeira seção é a Torá (Pentateuco) e a segunda é a Neviim (Profetas) (Lc 24.4à. Dentre os Escritos, que são onze livros, estão os Megillot (cinco rolos), livros curtos lidos publicamente nas festas judaicas anuais: Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester. Em função de narrar fatos ocorridos durante a colheita, a leitura litúrgica de Rute era tradicionalmente feita durante o Shovuot (Pentecoste), a festa da colheita.


2. Na Bíblia Cristã. 

Enquanto a Bíblia Hebraica está dividida em três seções (Pentateuco, Profetas e Escritos), o Antigo Testamento da Bíblia Cristã é composto de quatro: Pentateuco, Poéticos, Históricos e Proféticos. Rute está categorizado como um livro histórico, por seu evidente gênero narrativo. Mas é identificado também por sua extraordinária beleza poética. Empregando estilo e linguagem próprios do hebraico clássico, o autor expõe aspectos subjetivos da vida dos personagens (Rt 1.12-21; 2.13,20; 3.1; 4.16). A obra está organizada em quatro capítulos, somando 85 versículos.


3. Autoria e data. 

Há uma diversidade de opiniões entre os eruditos acerca da autoria e data do Livro de Rute. Samuel é o autor mais provável. O Talmude, obra milenar de regulamentos e tradições judaicas, atribui a ele a autoria. A forma como o autor se refere a Jessé e Davi, parece indicar contemporaneidade e familiaridade com os personagens, o que também aponta para Samuel (Rt 4.17). Além disso, as características gerais da obra indicam uma atmosfera própria do início do período da monarquia de Israel. Sendo assim, o livro teria sido escrito no século X a.C.


SINOPSE I

Rute está categorizado como um livro histórico por causa do seu evidente gênero narrativo.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“RUTE – O livro de Rute traz o nome de uma das principais personagens do livro. Rute era viúva de Malom, nora de Noemi e, por fim, esposa de Boaz. A etimologia de seu nome não é clara, embora alguns tentem ligar o nome a amizade” (heb. re’ut) ou a “associando-se com ou vendo” (heb. ra’ah). Apesar de Rute ser mencionada (com frequência especificamente como “a moabita”) várias vezes nas páginas desse livro e mais uma vez na genealogia do Messias (Mt 1.5), é surpreendente que esse livro notável traga seu nome no título. Rute não era israelita; como moabita, era de uma nação que odiava Israel. Alguns não consideram Rute a personagem principal do livro; contudo, os eventos do livro ficam definitivamente na redenção ilustrada primeiro em sua rejeição dos deuses pagãos de Moabe a fim de se comprometer com Iavé, o Deus de Israel. 


A história continua através da união com Boaz, o parente remidor, pondo-a na genealogia do rei Davi – o maior rei de Israel. Ela, por intermédio de Davi, passou a fazer parte da linhagem de Jesus Cristo, o futuro “Filho de Daü” guê, por fim, redimiria seu povo. A graciosa redenção de Deus foi desvelada, e sua fiel providência e libertação foram reveladas na história de Rute. O livro traz seu nome ao longo das gerações, e sua história resolve sem sombra de dúvida a preocupação amorosa de Deus com as mulheres e seu compromisso absoluto de santificar o casamento e a proeminência da família” (Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher – Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2o22, p.469).


II - O contexto Histórico 

1. No tempo dos juízes. 

Não há uma data precisa para os fatos narrados em Rute. O que sabemos é que ocorreram três gerações antes de Davi, nos dias dos juízes (Rt 1.1; 4.21,22). Esse período (dos juízes) durou mais três séculos. Começou depois da morte de Josué (por volta de 1375 a.C.) e se estendeu até o início da monarquia de Israel, com a ascensão de Saul ao trono (1050 a.C.). Foi marcado por uma grande anarquia e uma profunda apostasia e infidelidade do povo hebreu (Jz 1.7-19). Uma frase que identifica bem aquela época sombria é: “cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos” (Jz 17.6). Sem uma sábia direção, o povo perece (Pv 11.14).


2. Secularismo, hedonismo e idolatria. 

Depois da morte de Josué e dos demais líderes de seu tempo, levantou-se uma geração que não tinha uma profunda comunhão com Deus e não conhecia o que Ele havia feito ao povo hebreu. Israel cedeu ao estilo de vida pecaminoso dos cananeus e foi atraído à adoração dos seus deuses (Jz 2.7-13; 3.5-7). Secularismo e hedonismo sempre levam a grandes tragédias morais e espirituais. O pervertido culto a Baal (o deus da chuva) e a Astarote (a deusa do sexo e da guerra) passou a set praticado pela nação hebreia, em um degradante nível de imoralidade e idolatria. A falta de uma liderança espiritualmente madura e temente a Deus causa prejuízos incalculáveis ao povo. No Reino de Deus, não basta ter carisma para liderar; é preciso ter caráter aprovado (1 Tm 3.2-13; 2 Tm 2.15; Tt 2.7,8).


3. Opressão, clamor e livramento. 

A apostasia tornou Israel presa fácil de seus inimigos, que atacavam e saqueavam suas cidades e terras, e mantinham o povo sob domínio opressor por longos períodos (Jz 3.7-9;12-14; 4.1-3; 6.1-6). Afligida, a nação clamava a Deus, e o Senhor levantava juízes para libertar o seu povo. Esses juízes (heb. shophetim) não eram magistrados civis, como os que conhecemos hoje, que julgam em fóruns e tribunais. Eram libertadores geralmente líderes militares, como Otniel, Baraque e Gideão (Jz 3.9-11; 4.1o-15; 7.16-25) – , poderosamente usados por Deus para “julgar” a causa de Israel, livrando-o de seus opressores. Apesar dos repetidos ciclos de infidelidade da nação, Deus ouvia o gemido do seu povo em seus momentos de dor e aflição (Jz 2.18). O Senhor é longânimo e cheio de misericórdia (Sl 1o3.8; Jl 2.13; Rm 2.4; Lm 3.22). Ele ouve os que a Ele clamam (Jr 29.12,13; Is 55.6).

SINOPSE II

Os fatos narrados em Rute têm como contexto maior os dias dos juízes, caracterizados pela frase: “cada um fazia o que bem queria”.



III - Propósito e Mensagem 

1. O cetro de Judá. 

Vários propósitos são atribuídos ao Livro de Rute. O principal e mais evidente deles é apresentar Davi como descendente de Judá, a tribo real da qual viria o Messias, “o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi” (Ap 5.5; cf . Rt 4.18 -22). Gênesis 49.10 diz: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos”. Embora Rúben fosse o primogênito de Jacó, seu ato de desonra ao leito do pai, deitando-se com sua concubina , fez com que perdesse a primogenitura – a posição de liderança (Gn 35.22; 49.4). A promessa feita a Abraão seguia, agora, pela descendência de Judá. Sendo Samuel o autor do livro de Rute, o propósito de registrar a genealogia de Davi ganha ainda mais sentido, já que naquele tempo o rei de Israel era Saul, um benjamita (1Sm 9.1,2; 25.1).A ancestralidade de Davi o legitimava para o trono.


2. Amor e redenção. 

A mensagem principal de Rute é o amor de Deus e seu plano de redenção da humanidade. Como representantes de judeus e gentios, respectivamente, Boaz e Rute prenunciam a derrubada da parede de separação (Ef 2.11-16). A redenção é vista, o livro, nos sentidos literal e tipológico. Boaz é o parente remidor que preservou a descendência de EIimeleque, mas é, também, um tipo de Cristo, nosso Redentor (Is 59.20; Lc 1.68; Ef 1.7; Tt 2.14).


3. Fidelidade e altruísmo. 

O livro de Rute abre uma janela que nos permite ver que nem tudo eram trevas nos dias dos juízes. Havia um remanescente fiel, que temia a Deus e foi usado por Ele para cumprir seus propósitos (Jó 42.2). Em um mundo de crescente iniquidade, o justo vive pela fé (Hc 2.4; cf. Mt 24.12,13). Outra eloquente mensagem do livro é o valor do altruísmo em que predominava o egoísmo. Nos dias dos juízes, a maioria vivia segundo os seus próprios padrões e interesses (Jz 21.25). Noemi e Rute destoaram dessa máxima individualista. Sogra e nora não pensavam em si mesmas. O amor não é egoísta (1Co 13.5).


SINOPSE III

O Cetro de Judá, o Amor, a redenção, a fidelidade e o altruísmo são temas que se destacam ao longo do livro.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“COMPROMISSO COM A ALIANÇA

Deus demonstrou sua lealdade à aliança ao derramar sua benevolência (heb. chesed, uma palavra que engloba amor, gentileza benevolência, misericórdia, graça, lealdade e fidelidade; veja 1.8; 2.20; 3.1) não só para com Noemi de Belém, mas também para com Rute, a moabita. Boaz também demonstrou lealdade à aliança em sua disposição de ser o parente remidor de Rute e Noemi. 


O ‘concerto’, ou aliança, embora não seja mencionado no livro, está subjacente a tudo, começando com o compromisso de Rute com o Deus de Noemi (1.16,17). A lealdade amorosa, o serviço fiel e o espírito obediente de Rute são fundamentais para o compromisso. Todavia, ainda mais importante é o fato de que Iavé Deus, sempre fiel, jamais se esquece das promessas feitas a Israel” (Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher Antigo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.472).


CONCLUSÃO

O livro de Rute nos ensina que, a despeito da incredulidade e dos pecados do homem, Deus sempre trabalha para cumprir os seus desígnios. Sem violar o princípio do livre-arbítrio humano, o Todo-poderoso conduz a história e executa seu plano eterno de redenção. O livro também nos mostra como a fidelidade de Deus se aplica às circunstâncias comuns da vida. Em tudo Ele é fiel (Is 64.4).



REVISANDO O CONTEÚDO

1- Como o livro de Rute é classificado na Bíblia Hebraica?

O Livro de Rute pertence à terceira divisão ou seção da Tanakh, a Bíblia Hebraica: Ketuvim ou Hagiógrafos (Escritos).


2- Como e por que o livro é categorizado na Bíblia Cristã?

Rute está categorizado como um livro histórico, por seu evidente gênero narrativo.


3- Que evidências apontam para a autoria de Samuel?

O Talmude, obra milenar de regulamentos e tradições judaicas, atribui a ele a autoria. A forma como o autor se refere a Jessé e Davi parece indicar contemporaneidade e familiaridade com os personagens, o que também aponta para Samuel (Rt 4.17).


4- Qual o contexto histórico de Rute?

O tempo dos Juízes.


5- Qual a principal mensagem do livro?

Vários propósitos são atribuídos ao Livro de Rute. O principal e mais evidente deles é apresentar Davi como descendente de Judá, a tribo real da qual viria o Messias, “o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi” (Ap 5.5; cf. Rt 4.18 -22).


EBD 3° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos – TEMA: O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração | Subsídios Dominical | Lição 02: O Livro de Rute



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