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Revista Cristão Alerta – Edição 21 | 2° Trimestre 2025: O Verbo se Fez Carne

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Lição 9: Promessas para Pais e Filhos

4° trimestre 2024 CPAD

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

Data da Aula: 1 de Dezembro de 2024

TEXTO ÁUREO

“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” (Ef 6.2,3)

VERDADE PRÁTICA

Entre desafios e responsabilidades, o relacionamento entre pais e filhos deve ser de bênçãos e proteção.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 128.3,4

Os filhos são presentes de Deus para os pais

Terça - Pv 9.10; 22.6

Os pais devem instruir os filhos no temor do Senhor

Quarta - Dt 6. 4-9; 11.18,19

Cuidando dos filhos com a Palavra de Deus

Quinta - Sl 122.1

Pais e filhos devem se alegrar na igreja local

Sexta - Is 44.3,4; Jl 2.28; At 2.39

A promessa do derramamento do Espírito Santo aos filhos

Sábado - Ef 6.10-13

A família cristã como um lugar de proteção aos filhos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Salmos 127.3-5; Efésios 6.1-4

Salmos 127

3 - Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão.

4 - Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade.

5 - Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.


Efésios 6

1 - Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.

2 - Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,

3 - para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.


Hinos Sugeridos: 388, 400, 410 da Harpa Cristã


INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito das promessas de Deus voltadas ao relacionamento entre pais e filhos. Vivemos em um contexto desafiador na criação de filhos. Mais desafiador ainda é o relacionamento entre pais e filhos. Contudo, a Palavra de Deus nos supre com preciosos ensinamentos em que pais e filhos podem desfrutar de uma relação de confiança e proteção na família, no lugar em que podemos usufruir das bênçãos de Deus. As promessas de Deus podem se cumprir no relacionamento entre pais e filhos.

PALAVRA-CHAVE: Pais e Filhos


I – O RELACIONAMENTO BÍBLICO ENTRE PAIS E FILHOS

1. Pais e filhos.

A Leitura Bíblica em Classe nos apresenta o texto bíblico do Salmo 127 em que os filhos são apresentados como “herança do Senhor” e “galardão” (Sl 127.3). O Salmo ainda diz que eles são como “flechas na mão do valente”, ou seja, são úteis e importantes para a sociedade e, por isso, eles eram importantes também para os pais diante da sociedade (Sl 127.4). Por causa desses filhos, os pais se sentem realizados e felizes (Sl 127.5). Dessa forma, os filhos são vistos como herança, como galardão para os pais. Assim sendo, está sob a responsabilidade dos pais a educação deles, a formação espiritual, o cultivo da fé, para que a herança do Senhor seja preservada nestes tempos difíceis. 

 

2. Um mandamento com promessa para os filhos.

Para os filhos, que são herança do Senhor para os seus pais, e conforme vemos na Leitura Bíblica em Classe, há uma promessa divina mediante a obediência de um mandamento. O apóstolo Paulo ensina que os filhos devem obedecer aos seus pais para que as suas vidas estejam bem e, consequentemente, vivam tempo longo sobre a terra (Ef 6.1-3). Essa promessa remonta o quinto mandamento de Deus, proferido por Moisés no deserto (Êx 20.12). Esse mandamento tem o mesmo significado do ensino proferido pelo apóstolo Paulo. Assim, estamos diante de uma promessa condicional dirigida aos filhos. Sim, há bênçãos para os filhos na medida em que eles honram os seus pais em vida.

 

3. Mandamentos e bênçãos para os pais.

Se por um lado os filhos devem honrar os pais, estes não devem “provocar a ira dos filhos” (Ef 6.4). É verdade que não é fácil criar filhos. Os desafios são muitos e os pais precisam desenvolver a paciência e o cuidado para lidar com eles. Contudo, a parceria em amor e a disciplina aplicada com sabedoria promoverão um ambiente em que pais e filhos crescerão juntos na fé em Cristo. Por isso, os filhos são bênçãos para os pais, e estes para os filhos: “A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!” (Sl 128.3,4). Assim, valorizemos a nossa família como um presente de Deus e, ao mesmo tempo, instruamos os nossos filhos para que andem no caminho do temor do Senhor de modo que dele não se desvie (Pv 9.10; 22.6).


SINÓPSE I

Os filhos são “herança do Senhor” e “galardão” (Sl 127.3), logo os pais precisam cuidar deles com sabedoria e temor.


AUXÍLIO BÍBLICO

“Sem ignorar as alegrias, recompensas e aqueles momentos super especiais que os filhos proporcionam, é importante reconhecer que as tarefas diárias dessa função podem ser um trabalho pesado! Lavar pilhas de roupas; passar; dobrar; limpar; comprar; cozinhar; transportar; ser um juiz, técnico, encorajador, conselheiro, policial; continuar sendo diplomático, amável, misericordioso, animado, responsável, equilibrado e são (!) — todos os dias, realidades incessantemente repetitivas, como todas estas (e há mais!) podem fazer com que os pais de hoje se sintam presos e esgotados.


Ser pai e mãe não é algo que “simplesmente acontece” depois que você tem um filho. É um absurdo pensar que depois do nascimento de um filho você, automaticamente, é um bom pai e uma boa mãe, da mesma maneira como pensar que ter um piano automaticamente faz de você um bom músico. Há uma enorme quantidade de trabalho na criação dos filhos, muito mais do que a maioria das pessoas jamais saberá. Entre os dizeres eloquentes das Escrituras, há um tratado extraordinário sobre o papel dos pais. Ele é, ao mesmo tempo, profundo e prático, cheio de sábios conselhos e forte encorajamento. Deus valoriza os pais que dão ao seu lar, aos seus filhos, a prioridade que ele merece” (Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. 13.ed. Rio de Janeiro: 2023, p. 229).

 

II – O CUIDADO DOS PAIS COM OS FILHOS

1. Cultivando o ensino da Palavra de Deus.

Vimos que os filhos têm responsabilidade para com os pais, conforme os textos bíblicos estudados. Todavia sabemos que os pais também têm responsabilidades com os filhos. Nesse aspecto, uma dessas maiores responsabilidades é a de cultivar o ensino da Palavra de Deus na família. Isso é a base para a formação espiritual, moral, emocional e social dos nossos filhos (Dt 6. 4-9; 11.18,19). Além desse ensino ser cultivado no lar, cabe aos pais o incentivo e o estímulo de levar os filhos à igreja local, encorajando-os a participar das reuniões de cultos e estudos bíblicos, como a Escola Dominical e o culto de ensino da Palavra (Mc 10.13-16). Quando isso acontece, a igreja passa a ser a extensão do lar e este, a extensão da igreja local. Lembremos do que o salmista escreveu: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” (Sl 122.1). Assim, os nossos filhos terão o ambiente adequado para experimentar as promessas de Deus.

 

2. Prioridades na vida familiar.

Segundo a Palavra de Deus, para cuidar da igreja é preciso que o obreiro cuide bem de sua família (1 Tm 3.2,4,12; Tt 1.5,6). Embora os textos bíblicos que falem sobre esse assunto tenham como público-alvo os candidatos ao ministério, é evidente que Deus espera que todos os pais cristãos tenham o devido cuidado e atenção com a sua família. Por isso, se pudéssemos estabelecer uma hierarquia de prioridades na vida do cristão, faríamos assim: 1) o cônjuge; 2) os filhos; 3) a igreja local. Assim, quando a nossa família está bem cuidada, consequentemente, teremos uma igreja bem assistida.  

 

3. Disciplina e estímulos aos filhos.

Como vimos, os pais têm a responsabilidade, dada por Deus, de disciplinar seus filhos. Contudo, como também mencionamos anteriormente, a disciplina dos pais, aplicada aos filhos, deve ser equilibrada e baseada no amor. É preciso disciplinar pelo ensino e pelo próprio exemplo dos pais (Jo 13.15) para gerar obediência, honra e responsabilidade nos filhos (Cl 3.20; Êx 20.12; Lm 3.27). Se por um lado deve ocorrer a disciplina, por outro, deve ocorrer o elogio, o afago, a demonstração de carinho e afeto pelos filhos para que haja a devida confiança e segurança no relacionamento familiar.


SINÓPSE II

Os pais também têm responsabilidades com os filhos. Uma das maiores responsabilidades deles para com os seus filhos é a de cultivar o ensino da Palavra de Deus na família.


AUXÍLIO BÍBLICO

“A ordem do Senhor aos israelitas era para que estes priorizassem a educação. Os pais tinham a responsabilida-de de contar, ensinar os filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do povo, e a história de Israel (Sl 78.5). Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais, conheceriam a Deus e aprenderiam a temê-lo (Dt 4.9,10). No livro de Josué lemos a respeito do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão (Js 4.20-24).


[...] Em o Novo Testamento, as sinagogas também eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da Lei. Mesmo havendo essas “escolas” a educação no lar era prioritária. Jesus, como menino judeu, provavelmente participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais judaicos (Lc 2.21-24,39-42). Em sua pré-adolescência, Jesus já sabia de cor a Torá, chegando a confundir os doutores no Templo (Lc 2.46,47). Em o Novo Testamento vemos que a educação começava no lar, passava pela sinagoga, e se fortalecia no Templo.


[...] Na atualidade, a Escola Dominical é a maior e a mais acessível agência de ensino religioso das igrejas evangélicas. Ela auxilia no ensino e compreensão das Sagradas Escrituras. Porém, a Escola Dominical não pode ser a única responsável pelo ensino bíblico, pois ela é uma parceira, auxiliadora (Ef 6.1-4)” (RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 94).

III – BÊNÇÃOS, PAIS E FILHOS

1. Bênçãos para posteridade.

Há promessas na Bíblia que trazem consigo bênçãos espirituais de Deus para os filhos. Em Isaías, vemos uma promessa do derramamento do Espírito, bem como as bênçãos de Deus, sobre a posteridade de Israel (Is 44.3,4). Em Joel, “vossos filhos e vossas filhas profetizarão” (Jl 2.28). Em Atos dos Apóstolos, apóstolo Pedro diz que “a promessa diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, o nosso Senhor, chamar” (At 2.39).


Nesse sentido, há promessa de uma vida imersa no Espírito Santo para os nossos filhos. Há promessas de bênçãos espirituais sem medidas para que os nossos filhos desfrutem da presença de Deus. É uma promessa divina, mediante o Espírito, para os nossos filhos! Portanto, ore para que seu filho, sua filha, receba o Batismo no Espírito Santo! É uma promessa divina para a vida deles.


2. Família: Lugar onde os filhos devem ser abençoados.

A nossa família deve ser o ambiente em que os nossos filhos tenham experiências com Deus, vivam as suas promessas e estabeleçam uma vida de compromisso com o Senhor Jesus. Dessa forma, ajudaremos muito os nossos filhos se a nossa família cultivar o culto doméstico, promovendo a oração, o louvor e a leitura da Palavra de Deus em nosso lar. Que em nossa família, os nossos filhos tenham a liberdade de expressarem suas lutas e dificuldades para que se tornem temas de nossa intercessão no lar (Dt 6.6-9). A nossa família deve ser o lugar onde nossos filhos sejam abençoados. 


3. Pais que protegem seus filhos.

Os pais devem garantir um ambiente na família em que os filhos se sintam protegidos em cada etapa do desenvolvimento, ou seja, quer na infância, na adolescência ou na juventude. Nossas crianças devem ser protegidas física, emocional e espiritualmente (Mt 19.14). Nossos adolescentes devem achar guarida em nosso lar para expressarem as suas demandas a fim de que direcionemos a nossa atenção para elas (Lc 2.41-49). Nossos jovens devem encontrar em nós palavras sábias, de ânimo, que os instruam diante de suas lutas e tribulações. É tempo de nossa família ser um lugar em que a vida de nossos filhos seja protegida dos ataques do Maligno (Ef 6.10-13). Quando isso acontece, a proteção torna-se uma bênção de Deus para eles.  


SINÓPSE III

Há promessas na Bíblia que trazem consigo bênçãos espirituais de Deus para os fi lhos.


CONCLUSÃO

A vontade do Altíssimo é que suas bênçãos celestiais estejam sobre a nossa casa, sobre a nossa família e sobre o nosso relacionamento com os nossos filhos. É verdade que não é fácil formar os nossos filhos, mas também é verdade que não estamos sozinhos nessa difícil tarefa. Busquemos em Deus a sabedoria que nos falta para saber disciplinar de maneira equilibrada e, ao mesmo tempo, abraçá-los quando mais precisarem. Deus é zeloso pela nossa família.


REVISANDO O CONTEÚDO

1.  Como os filhos são qualificados no Salmo 127?

Os filhos são apresentados como “herança do Senhor” e “galardão” (Sl 127.3).

2.  O que pode promover um ambiente em que pais e filhos cresçam juntos na fé em Cristo?

A parceria em amor e a disciplina aplicada com sabedoria promoverão um ambiente em que pais e filhos crescerão juntos na fé em Cristo.

3. Qual é uma das principais responsabilidades dos pais com os filhos?

Uma dessas maiores responsabilidades é a de cultivar o ensino da Palavra de Deus na família.

4. Se por um lado deve ocorrer a disciplina, por outro deve ocorrer o quê?

Se por um lado deve ocorrer a disciplina; por outro, deve ocorrer o elogio, o afago, a demonstração de carinho e afeto pelos filhos para que haja a devida confiança e segurança no relacionamento familiar.

5. Na família, o que os pais devem garantir para os seus filhos?

Os pais devem garantir um ambiente na família em que os filhos se sintam protegidos em cada etapa do desenvolvimento, ou seja, quer na infância, na adolescência ou na juventude.

🔍Veja também:

LIÇÃO 10 - A PROMESSA DA PROTEÇÃO DIVINA

LIÇÃO 11 - A PROMESSA DE PROVISÃO

LIÇÃO 12 - A PROMESSA DE VIDA ABUNDANTE


Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

ASSUNTO: AS PROMESSAS DE DEUS: Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato

 


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Lição 5 O CASAMENTO DE RUTE E BOAZ: A REMIÇÃO DA FAMÍLIA (4 de Agosto de 2024)

Escola Bíblica dominical

TEXTO ÁUREO

“Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa.”  (Rt 3.11)


VERDADE PRÁTICA

Uma mulher virtuosa tem um valor incalculável, por seu caráter e sua disposição de servir a Deus e à família.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 2.18; Ec 4.9-12; Hb 13.4

O casamento como instituição divina fundamental

Terça - Sl 27.14; Pv 20.21

Esperando o tempo certo e o desfecho do devido processo

Quarta - Gn 2.24; Ef 5.25-28; 1 Pe 3.7

A liderança masculina na família pressupõe atitude, amor e honra

Quinta - Sl 128.6

Netos como recompensas aos avós é sinônimo de renovação de vida 

Sexta - Ez 16.8

O compromisso de Deus com o povo de Israel

Sábado - Jo 3.16; 1 Pe 1.18,19

Jesus Cristo, nosso Senhor, como Redentor eterno


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Rute 3.8-10; 4.11

Rute 3

8 - E sucedeu que, pela meia-noite, o homem estremeceu e se voltou; e eis que  uma  mulher jazia a seus pés.  

9 - E disse ele: Quem  és  tu? E ela disse:  Sou  Rute, tua serva; estende, pois, tua aba sobre a tua serva, porque tu  és  o remidor.  

10 - E disse ele: Bendita  sejas  tu do  Senhor, minha filha; melhor fizeste esta tua última beneficência do que a primeira, pois após nenhuns jovens foste, quer pobres quer ricos.  


Rute 4

11 - E todo o povo que  estava  na porta e os anciãos disseram:  Somos  testemunhas; o  Senhor  faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Leia, que ambas edificaram a casa de Israel; e há-te já valorosamente em Efrata e faze-te  nome afamado em Belém.  


HINOS SUGERIDOS:  227, 505, 519 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

O tema da presente lição é o casamento de Boaz com Rute. Esse casamento, ao longo da história da Igreja, é visto como um tipo de Cristo e a Igreja. No relacionamento de Boaz com Rute temos um tipo de relacionamento do Senhor Jesus Cristo com a sua Noiva. A história de Boaz e Rute também é a história de salvação de Deus para a humanidade. 

    

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: 

I) Explicar o compromisso de Boaz com Rute; 

II) Esclarecer o casamento de Boaz com Rute; 

III) Relacionar a remição da linhagem de Davi com a história de Rute.   


B) Motivação: O que o casamento de uma moabita com um remidor da família de Noemi tem a ver com o plano de salvação? Das coisas simples, aparentemente sem importância, brota uma bênção que abrange toda a humanidade. Deus usou uma crise de uma família para fazer a manutenção de um plano definido desde a fundação do mundo.   

C) Sugestão de Método: Inicie a aula de hoje perguntando o que é mais difícil quando aguardamos uma promessa? Crer em meio ao contexto completamente contrário ao que foi prometido? Ou esperar o tempo necessário, dias, meses, anos ou décadas, para ver se concretizar o que foi prometido? Explique que o assunto de hoje traz lições preciosas a respeito da promessa de salvação e, também, acerca de como devemos nos comportar diante da espera de uma promessa. Aguardar as promessas de Deus se cumprirem pode ser tão desafiador quanto o crer diante do improvável. Por isso, desenvolva esta aula de modo que a fé de seus alunos seja estimulada a enfrentar os obstáculos da espera.        

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: O casamento entre Boaz e Rute nos ensina que Deus usa as coisas simples para fazer cumprir um plano muito maior. Também temos a lição de que é necessário aprendermos a esperar o tempo e aguardar o processo devido para alcançar a promessa.  


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Contexto Histórico do Casamento entre Boaz e Rute", localizado após o segundo tópico, explica os desafios e as condições legais que foram cumpridos para a união entre Boaz e Rute; 2) O texto "O Legado da Obediência", localizado após o terceiro tópico, destaca o tema da redenção salvífica presente no livro.



INTRODUÇÃO

O livro de Rute começa com fome e mortes, mas termina com duas grandes celebrações: o casamento de Boaz e Rute e o nascimento de Obede, o avô de Davi. Nosso Deus é poderoso para reverter tragédias em bênçãos. Além de um redentor humano, a história nos apresenta parte da genealogia de Jesus Cristo, nosso Redentor divino-humano.


PALAVRA-CHAVE: REMIÇÃO



I – O COMPROMISSO DE BOAZ COM RUTE 

1. No lugar da bênção. 

A colheita da cevada e do trigo havia terminado e Rute permanecia servindo a Noemi e lhe obedecendo em tudo (Rt 2.23). Seu lema era: “Tudo quando me disseres farei” (Rt 3.5). Rute teve oportunidades fora de casa, mas não se aventurou por parte alguma, como se fosse autônoma e independente (Rt 3.10). Não buscou falsas liberdades, como as que são pregadas hoje pela ideologia feminista. Sua lealdade e sujeição fortaleceram o desejo de Noemi de vê-la casada novamente. Ter um novo lar era fundamental para a felicidade e segurança de Rute. O casamento é uma instituição divina fundamental para a solidez da família, da igreja e de toda a sociedade (Gn 2.18; Ec 4.9-12; Hb 13.4). A bênção de Rute estava chegando e ela permanecia no lugar certo.


2. A iniciativa de Noemi. 

Os cereais colhidos eram levados para a eira, um terreno plano preparado para a debulha das espigas. Noemi soube que naquela noite Boaz faria aquele trabalho. Era uma grande oportunidade para Rute se aproximar dele e demonstrar seu interesse em ser remida. Sem que fosse notada, Rute deveria esperar que Boaz se deitasse, lhe descobrir os pés e deitar-se discretamente. Boaz saberia o que fazer quando notasse sua presença (Rt 3.4-7), o que demonstra tratar-se de um costume conhecido na época. Estender a capa era sinal de compromisso de casamento (Rt 3.9). Em Ezequiel 16.8 essa prática é mencionada como metáfora, representando o compromisso de Deus com Israel. 


3. Respeitando o processo. 

Para encontrar-se com Boaz, Rute deveria banhar-se, se perfumar e vestir sua melhor roupa (Rt 3.3). Assim como não exclui a ternura, a santidade não despreza a beleza, desde que com simplicidade, em pureza e moderação (Gn 24.16; Is 39.2; 1 Tm 2.9,10). Por volta da meia noite, Boaz acorda, assustado, com uma mulher deitada a seus pés, e pergunta: “Quem és tu?” (Rt 3.9). Orientada por Noemi, Rute se identifica, lembra-lhe a condição de remidor e pede que estenda sobre ela a sua capa. Como Noemi dissera, Boaz realmente entendeu! Ele era, de fato, um parente remidor, mas havia outro mais chegado, que tinha prioridade na remição. Era preciso aguardar, respeitando o processo: “[...] se te não quiser redimir, vive o Senhor, que eu te redimirei”. 


O caráter santo de Boaz e Rute novamente se manifestam. Sem qualquer contato íntimo, ela passou o restante da noite deitada aos pés dele e saiu bem cedo, para não ser percebida (Rt 3.9-14). Mesmo estando perto, uma bênção pode ser perdida se não soubermos esperar o tempo certo e respeitar o devido processo (Sl 27.14; Pv 20.21).


SINÓPSE I

O compromisso de Boaz com Rute nos ensina a esperar o tempo certo e aguardar o devido processo para alcançar uma bênção.



II – O CASAMENTO ENTRE BOAZ E RUTE

1. Concluindo o negócio. 

Rute teve a iniciativa de sugerir a Boaz que exercesse o papel de remidor, conforme o costume da época. Mas era fundamental que ele superasse o obstáculo que havia: a preferência do parente mais próximo. Boaz agiu rapidamente, como Noemi havia dito: “Sossega, minha filha, [...] aquele homem não descansará até que conclua hoje este negócio” (Rt 3.18). Todo homem deve ser preparado para tomar iniciativas na vida, principalmente quando o assunto for casamento e vida conjugal. A liderança masculina pressupõe atitude, amor responsável e honra à mulher como vaso mais fraco (Gn 2.24; Ef 5.25-28; 1 Pe 3.7). 


2. Resgate e lei do levirato. 

Boaz foi para a porta da cidade e logo viu o remidor, que ia passando (Rt 4.1). Não seria este mais um ato da providência divina? Boaz o convidou para tratar do assunto que lhe inquietava, e chamou 10 homens importantes da cidade para testemunharem o ato. Em princípio, o remidor aceitou adquirir as terras que haviam sido de Elimeleque, mas desistiu quando Boaz o informou que o resgate incluía o dever de se casar com Rute, a moabita, para “suscitar o nome do falecido sobre a sua herdade” (Rt 4.5). A aplicação das duas leis nesse caso – a do resgatador e a do casamento por levirato – certamente se deu porque apenas a aquisição das terras não faria que ficassem na família de Elimeleque. Assim, o resgate deveria ser acompanhado do casamento sob a lei do levirato. O remidor alegou motivos econômicos para a sua desistência: ele não aplicaria recursos em terras que não seriam de sua própria família, e sim dos sucessores de Elimeleque (Rt 4.6,10). 


3. O registro público. 

Seguindo mais um dos costumes da época, a transferência do direito de resgate foi selada com o remidor descalçando o sapato e entregando-o a Boaz (Rt 4.7,8). O testemunho público para a remição e o casamento com Rute foi invocado por Boaz e recebeu uma confirmação uníssona: “E todo o povo que estava na porta e os anciãos, disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Leia, que ambas edificaram a casa de Israel [...]” (Rt 4.9-11). Rute foi acolhida na comunidade de Israel com as mais elevadas honras.


SINÓPSE II

O casamento de Boaz com Rute ressalta que a liderança masculina pressupõe atitude, amor responsável e honra à mulher como vaso mais frágil.


AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“O CONTEXTO HISTÓRICO DO CASAMENTO ENTRE BOAZ E RUTE

Noemi provavelmente pensou que Boaz era seu parente mais próximo. Ele possivelmente desejou casar-se com Rute porque sua resposta demonstra que pensava algo sobre isto. Com certeza, não intentou desposar Noemi porque era muito velha para gerar filhos (1.11,12). Outro membro da família era o parente mais próximo; portanto, tinha o direito de tomar Rute como sua esposa. Caso sua resposta fosse negativa, Boaz estaria livre para casar-se com ela (3.13).


Boaz marcou o encontro com seu parente no portão da cidade. Este era o centro das atividades locais. Ninguém podia entrar ou sair daquela localidade sem passar por lá. Os ambulantes instalavam seus negócios naquele local, que também servia como câmara municipal. Oficiais da cidade juntavam-se para realizar suas transações comerciais. Por existirem tantas atividades, este era um bom lugar para o encontro das testemunhas (4.2) e um local apropriado para Boaz fazer sua proposta. 


Boaz habilmente apresentou seu caso ao primo. Primeiro, transmitiu novas informações ainda não mencionadas na história — Elimeleque, o falecido marido de Noemi, ainda possuía uma propriedade que estava à venda. Como parente mais próximo, este tinha a prioridade para comprar a terra, o que ele concordou (Lv 25.25). Entretanto, Boaz disse que, de acordo com a lei, se ele adquirisse a propriedade também teria que casar-se com a viúva [...]” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.360).


III – A REMIÇÃO DA LINHAGEM DE DAVI ATRAVÉS DE RUTE E BOAZ

1. O nascimento de Obede. 

Consumado o casamento, Boaz podia tomar a Rute por mulher: “[...] e o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho” (Rt 4.13). Foi grande a celebração das mulheres de Belém, pois entendiam como Deus estava agindo em favor de Noemi (Rt 4.14). Antes amargurada e acreditando estar sob castigo divino (Rt 1.13,20,21), a viúva de Elimeleque recebeu uma “renovação da vida” (Rt 4.15 – NAA), e teria, agora, alguém que cuidaria dela em sua velhice. Era mesmo o começo de uma nova fase na vida de Noemi. Os netos enchem os avós de orgulho e alegria (Pv 17.6). Neles, os idosos projetam o prolongamento da vida, recebem novo ânimo e encorajamento. É uma recompensa por terem tido filhos e se dedicado a eles (Sl 128.6).


2. Boaz, um tipo de Cristo. 

Se Noemi, Rute ou Orfa não se casassem com alguém da família de Elimeleque, a linhagem ancestral de Davi teria sido profundamente alterada. Noemi já não tinha idade para gerar filhos (Rt 1.12). Orfa voltou para os moabitas (Rt 1.14). O Deus de Israel encontrou Rute, cuja vida foi guiada por um caminho de renúncia, amor, pureza e muita submissão. Ela, como um tipo da Igreja, encontrou-se com Boaz, um tipo de Cristo, nosso Redentor eterno (Jo 3.16; 1 Pe 1.18,19).


SINÓPSE III

O casamento de Boaz e Rute tornou-se um tipo do relacionamento espiritual de Cristo com a Igreja


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“O LEGADO DA OBEDIÊNCIA

As genealogias no livro de Rute são apresentadas fornecendo dez gerações, explicando as omissões e, portanto, as diferenças com outros registros. As genealogias do Novo Testamento (Mt 1.3-6; Lc 3.32,33) são construídas sobre a precisão registrada no livro de Rute (Rt 4.17-22), o que também é a ligação mais vital na linhagem traçada de Abraão até Cristo. Contudo, o nome de Rute não aparece de fato nesses versículos (vv. 17-22), talvez por sua história ser o cerne do livro de Rute. Mateus incluiu o nome dela. Rute era pura e deu testemunho das qualidades do mais alto caráter em contraste com outras mulheres mencionadas, o que pode ter sido a razão de ele a ter mencionado pelo nome. Ainda assim, ela também precisava de um go’ēl, um remidor. E exatamente como Rute, não pertencente ao povo de Deus, proibida de entrar na congregação do Senhor (Dt 23.3) e sem esperança — alienada de Deus — se humilhou aos pés do parente remidor, Boaz, pedindo sua aceitação e ajuda, todas as mulheres têm de se humilhar aos pés do Senhor Jesus e buscar sua redenção salvífica. Ao fazer isso, assim como Rute encontrou a segurança terrena, você encontrará o descanso celestial” (Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher – Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.486-87).


CONCLUSÃO

A história de Rute é uma história de redenção. Uma moabita foi não somente remida, mas entrou para a genealogia do Redentor da humanidade, Jesus, o filho de Davi. Ao lado de Tamar e Raabe, Rute proclama a graça de Deus, que se manifesta a todos, judeus e gentios (Tt 2.11). Que proclamemos com poder a vida e a obra de nosso Redentor divino-humano, Jesus Cristo, o Salvador dos homens (1 Tm 4.10; At 4.12).


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual era o lema de Rute e como isso foi importante em sua vida?

Seu lema era: “Tudo quando me disseres farei” (Rt 3.5). Rute teve oportunidades fora de casa, mas não se aventurou por parte alguma, como se fosse autônoma e independente (Rt 3.10).


2. Qual foi a iniciativa de Noemi que levou ao compromisso de Boaz com Rute?

Os cereais colhidos eram levados para a eira, um terreno plano preparado para a debulha das espigas. Noemi soube que naquela noite Boaz faria aquele trabalho. Era uma grande oportunidade para Rute se aproximar dele e demonstrar seu interesse em ser remida.


3. Que processo deveria ser aguardado por Rute e Boaz?

Ele era, de fato, um parente remidor, mas havia outro mais chegado, que tinha prioridade na remição. Era preciso aguardar, respeitando o processo: “[...] se te não quiser redimir, vive o Senhor, que eu te redimirei”.


4. Por que houve a necessidade da aplicação das leis do resgate e do casamento por levirato?

A aplicação das duas leis nesse caso – a do resgatador e a do casamento por levirato – certamente se deu porque apenas a aquisição das terras não faria que ficassem na família de Elimeleque. Assim, o resgate deveria ser acompanhado do casamento sob a lei do levirato.


5. O que o nascimento de Obede representa no plano de redenção?

O Deus de Israel encontrou Rute, cuja vida dirigiu por um caminho de renúncia, amor, pureza e muita submissão. Ela, como um tipo da Igreja, encontrou-se com Boaz, um tipo de Cristo, nosso Redentor eterno (Jo 3.16; 1 Pe 1.18,19).


VOCABULÁRIO

Remição: Ato ou efeito de remir; resgatar, quitar, liberar da pena ou dívida. 


EBD 3° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos – TEMA: O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração | Subsídios Dominical


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