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Construção da personalidade

“Maturação é importante aspecto interno que influi no desenvolvimento”.

Apalavra personalidade origina-se do latim persona, nome que designava as máscaras usadas por atores no teatro romano antigo quando representavam seus papéis. Dava a conotação de algo externo à pessoa, referia-se a sua aparência. No decorrer do tempo, passou a referir-se ao interior da pessoa.

 

E comum ouvirmos as expressões: "Ele tem pouca personalidade" ou "fulano não tem personalidade" ou ainda "Ela é uma grande personalidade", referindo-se na verdade às características de autoafirmação, capacidade de liderança e decisão que as pessoas possuem ou que demonstrem ter.

Para os estudiosos científicos, personalidade é definida como unidade integrada de um ser humano. Allport registrou quase 50 definições do termo personalidade. Há os que entendem personalidade como a soma total dos comportamentos e atitudes de uma pessoa (V. B. Watson). Outros consideram personalidade num conceito de construção, integração de todas as características que a compõem (Allport).

 

Iremos admitir esta segunda orientação, definindo personalidade como o conjunto integrado, dinâmico e funcional de todas as características, físicas, mentais, espirituais, sociais e emocionais que formam a individualidade de uma pessoa.

1. Como entender a personalidade?

Personalidade não nasce pronta e acabada, mas evolui e se transforma segundo a vivência de cada um. Nossa personalidade é única, não existem duas pessoas iguais. A combinação dos diferentes elementos que a compõem, torna realidade as diferenças individuais, fator que tem justificado tantos conflitos pessoais, separações entre casais, pais e filhos, irmãos e amigos, a "incompatibilidade de gênios".

 

Na verdade, Deus nos fez diferentes uns dos outros para que nós enriquecêssemos através do respeito e compreensão, ingredientes raros numa convivência sem Cristo (1Co 13.4-5).

A personalidade é responsável por nossa maneira de ser e forma como nos ajustamos ao ambiente. Em condições normais, a personalidade seria construída no sentido da autorrealização. Há, contudo, muitas pressões do ambiente, situações desfavoráveis, falta da experiência pessoal com Cristo e desconhecimento do seu poder, que impedem o desenvolvimento pleno do ser. "Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo", Ef 4.15.

 

A construção da personalidade tem seu início com o nascimento. O bebê nasce com um potencial físico, inteligência e temperamento, "matérias-primas" para o desenvolvimento da personalidade.

 

2. Alicerces da personalidade

Nascemos um organismo biológico. O ser humano vai crescendo sob a influência de dois conjuntos de fatores: internos - hereditariedade e maturação; e externos - ambiente social e alimentação.

 

A hereditariedade consiste na herança individual que cada criança recebe de seus pais ao ser concebida: constituição do corpo, estrutura básica de inteligência e temperamento.

 

A maturação é um importante fator interno que influi no desenvolvimento, desde o nascimento até a vida adulta. É o relógio biológico de cada um de nós. Consiste no processo de mudança do organismo de dentro para fora. Determina a prontidão para aprender a falar, andar, correr etc. Todo o processo de aprendizagem é também influenciado por ele.

 

A nutrição na infância é um fator externo fundamental. Para um desenvolvimento saudável, a criança precisa receber alimentação adequada, espaço físico e afetivo e ar puro que satisfaçam suas necessidades básicas.

 

O ambiente social inclui família, escola, igreja e classe social. Dependendo do ambiente em que vive, a criança terá mais ou menos oportunidades educacionais para um crescimento saudável.

 

Situações adversas como fome, sofrimento, pressões psicológicas e falta de condições favoráveis mínimas, podem interferir no desenvolvimento do potencial herdado e comprometer o desabrochar de uma personalidade em toda a sua plenitude.

 

3. A construção da personalidade

Nossas experiências começam bem cedo na vida. Antes mesmo do nascimento, a criança poderá ser influenciada por reações positivas ou negativas; aceitação ou rejeição que a mãe produzirá frente à gravidez.

 

Desde o nascimento, através dos primeiros contatos com a mãe, a criança inicia seu processo de socialização e formação da personalidade. O bebê, recém-nascido, apresenta um conjunto de necessidades (alimento, abrigo, afeto etc.) que são atendidas por seus familiares.

 

A família dessa criança faz parte da sociedade, possui um quadro de valores que norteia comportamentos, tem uma determinada condição econômica e transmite para seus descendentes valores morais e espirituais. A família reproduz para a criança o meio em que vive.

 

Aqui, podemos refletir a importância de a família plantar as sementes dos valores cristãos no coração de seus filhos e orar por eles. Se a base da personalidade estiver fortalecida com valores cristãos, essas características farão diferença na dinâmica da personalidade adulta. "Instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele", Pv 22.6.

 

A primeira etapa do desenvolvimento do indivíduo caracteriza-se no período de zero a um ano e meio, tempo esse em que a criança é fundamentalmente dependente. A criança necessita que sua dependência seja satisfeita para que ela possa cumprir a tarefa de socialização que tem para esse período que é a de formar uma relação afetiva, adquirindo o sentimento de segurança.

Aos poucos a criança começa a perceber e agir conforme o que internalizou do que deve ou não fazer e adquire a noção de normas. As primeiras noções de moralidade surgem aos quatro e cinco anos de idade. Mesmo que ela esteja ainda se desenvolvendo, entenderá essas normas de moral como restrições (pré-moral) que lhe darão a noção de castigo.

 

É dever dos pais, nessa idade, instruir as crianças quanto às atitudes, aos hábitos e aos costumes, respeitando sua capacidade de compreensão das coisas. Ela irá adquirindo consciência da importância dos valores e normas. Assim, fortalecerá gradativamente e de maneira consistente os traços de seu caráter.

 

A palavra caráter procede do grego "charassein" ou "charasso", significando "coisa gravada" ou "eu gravo". Caráter é o conjunto de qualidades fundamentais da personalidade, segundo René Le Senne, caracterólogo, o caráter é formado por traços com o sentido moral e ético.

 

Assim sendo: honesto, desonesto, afável, indelicado, correto, perseverante, inconstante e trabalhador, revelam traços de caráter porque são socialmente aceitos ou repudiados e são tidos como certos ou errados.

 

A personalidade cristã possui traços de caráter cujo modelo é Cristo. Influenciados pelo Espírito Santo, produzimos frutos que refletem nosso caráter cristão (Gl 5.22).

 

Para nós, crentes em Jesus, o grande desafio é viver de tal maneira que a presença de Deus seja constante em nossas vidas para preservarmos nossa integridade cristã e crescermos cada vez mais no amor e na graça (l Ts 5.23 e Pv 4.18).

 

Ao atingir a idade escolar, a criança amplia o número de contatos. Faz parte de um grupo diferente do familiar. Consequentemente, vai aumentando sua capacidade mental para compreender o mundo que está a sua | volta bem como sua capacidade de percepção, imaginação e criação, fazendo com que desenvolva histórias mescladas com realidade e fantasia.

| Neste momento, compreender, orientar, disciplinar a criança com base na orientação cristã, será altamente proveitoso para a estruturação formativa da sua personalidade cristã (Pv 3.11- 12). A disciplina bíblica é fundamentada no amor (2Tm 3.14-15).

 

Devemos administrar cada momento do crescimento de nossos filhos, respeitando e acompanhando suas dificuldades. Elas nos sinalizam suas necessidades que são também oportunidade de crescimento. Encarar de forma positiva este processo, valorizando o que a criança é capaz de fazer bem e mostrar em que ela pode melhorar, é a maneira mais saudável de fazê-la crescer em todas as áreas de sua vida.

O período da adolescência é marcado por extensa reorganização da personalidade. O meio em que a criança vive, deixa de encará-la como tal, mas, ainda, não lhe confere plenamente o status de adulto em suas funções e papéis. E marcante e visível o desenvolvimento em todas as áreas:

-Físico e fisiológico;

-Emocional: a maneira de lidar com os sentimentos;

-Vocacional: escolhas, trabalho, estudo;

-Espiritual: elaboração e preocupação com o sagrado.

A preocupação principal do adolescente é redefinir-se como pessoa. Corpo, mente, organização psíquica e seus interesses estão, agora, voltados para a busca da própria identidade. Dependendo do temperamento, grau de conflito em relação aos valores vivenciados quando criança e a maneira como interpreta sua realidade, enfrentará os desafios com maior ou menor grau de segurança.

 

Nessa fase, o adolescente estará fortalecendo seu autoconceito, desenvolvendo sua autoestima, e o sentimento que tem em relação a si mesmo e à sua capacidade, fazendo com que possa atuar satisfatoriamente na sociedade.

 

Se neste momento da sua vida, o adolescente desenvolver autoconceito rebaixado, não terá condições de manter um bom relacionamento com as pessoas, nem tampouco realizar-se plenamente. O jovem cristão deve ser incentivado a fortalecer sua vida espiritual dependendo do poder do Espírito Santo para ajudá-lo a perceber realisticamente seu ambiente, entendendo a importância de desenvolver sua capacidade de ação independente, mas, ao mesmo tempo, permitindo que o Senhor Jesus esteja dirigindo todas as grandes escolhas de sua vida.

 

4. É possível mudar a personalidade?

À medida que a pessoa vai se tornando adulta as características da personalidade vão se fixando, mas através da flexibilidade, que é uma das características de nossa personalidade é possível mudar alguns aspectos.

Para nós, os crentes, a Bíblia Sagrada é o grande manual, nela encontramos como manter uma personalidade cristã preservada em suas melhores características e também boas influências para melhorá-la. Grandes homens da Bíblia tiveram suas personalidades influenciadas pelo poder do Espírito Santo em suas vidas: Moisés, no Antigo Testamento, Pedro e Paulo, no Novo Testamento e muitos outros.

Aprimorar aspectos de nossa personalidade, como sugere Sullivan "um processo contínuo de adaptação". Na Bíblia, "A vereda do justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito", Pv 4.18.

Sem dúvida alguma, lendo a Palavra de Deus e permitindo que o Espírito Santo trabalhe em nós através de um contato perfeito e verdadeiro de comunicação com o Pai, podemos ser modificados e aprimorados, da mesma maneira como os exemplos mostrados na Bíblia. Pedro chegou a dizer, "Fomos gerados de novo, totalmente modificados" (l Pd 1.3 e Ef 4.12-13). "Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo."

Artigo: Psicóloga Sonia Pires | Ensinador Cristão, ano 2 – n° 8 | Reverberação: Portal Cristão Alerta

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Síndrome de Burnout e a Prevenção

De maneira inevitável, em qualquer trabalho o ser humano precisa interagir com seus semelhantes, sejam familiares ou amigos de trabalho. 

No caso de Moisés, quando recebe esse conselho do sogro Jetro (Êx 18.15), que observou a sua constante relação com seus liderados detectou que a saúde emocional do genro poderia ser abalada.

Quando este contato é harmonioso, contributivo e natural gera-se contentamento e evolução. Quando ele é desordenado pode dar início ao nascimento de limitações para o desenvolvimento das atividades provocando “obstáculos” nos alvos a alcançar. As condutas do cidadão no ambiente profissional às vezes tornam-se tão informais que as ampliações éticas e profissionais ficam sobrecarregadas e por fim os indivíduos começam a ficar vulneráveis a níveis altos de estresse e esgotamento emocional, distanciando das relações interpessoais e abatimento do sentimento de realização pessoal. Profissionais cujas áreas de atuação exigem relacionamento interpessoal consistente podem aumentar estados patológicos como a síndrome do pânico e a síndrome de Burnout, também popular como síndrome da exaustão emocional.

A principal especialidade da Síndrome de Burnout, segundo Varella, “é a situação de conflito emocional e estresse crônicos incitado por condições de afazeres físicos, emocionais e psicológicas desgastantes”, sobretudo no ambiente de trabalho que se encontra o profissional do ensino. Perrenoud (1993) qualifica como uma “missão dificílima”, pois está sempre entre aquelas que se relacionam com pessoas de diferentes culturas, religiões e etnias, e, por esta razão, o triunfo da iniciativa educacional nunca estará garantido, pois em tal ofício consecutivamente poderá originar variações, imprecisões, desordens, opacidades e organismos de defesa.


O atual estudo harmoniza o resultado alcançado por meio de investigação cuja finalidade é identificar o fato da Síndrome de Burnout em líderes que ignoram o conselho de Jetro. Analisar a ocorrência da Síndrome de Burnout em membros que ocupam liderança na Igreja, principalmente nas classes de Escola Dominical, isso representa uma assistência para o desenvolvimento do tema.

Percebe-se que a partir da ciência de suas causas, sintomas e práticas esses professores podem procurar meios para evitá-la.

Identificando a Síndrome de Burnout

De acordo com Bontempo (1999), o surgimento da Burnout é atribuído a causas pessoais, institucionais e características dos pacientes. Nessa abordagem, as causas pessoais se devem a “aspirações nobres e elevado idealismo inicial, falta de critério para avaliar seus desejos, sobrecarga auto imposta e alguns traços da personalidade” e, em relação às causas institucionais, a “sobrecarga de trabalho, falta de autonomia e de apoio institucional, ambiguidade, falta de apoio, feedback e colegas de trabalho” (BONTEMPO, apud MALAGRIS, 2004, p. 201). Quanto à terceira causa, reporta-se ao indivíduo que já foi acometido pela síndrome e, por diversos motivos, não apresenta melhora.

Maslach e Leiter (1999) afirmam que o ambiente de trabalho e como este ambiente se organiza é o responsável, em grande parte, pelo desgaste sofrido atualmente pelos trabalhadores e que, apesar de todo esse desgaste, as empresas se eximem de responsabilidades, direcionando o problema tão-somente ao próprio trabalhador.

O estudo da arte concebido por Malagris (2004) apreendeu que o aumento da síndrome de Burnout, de acordo cornos autores: Bontempo (1999) e Benevides-Pereira (2002), apresenta três aspectos principais: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal e profissional. A exaustão emocional é assinalada por total esgotamento da energia física e mental, aparece quando o profissional tem um excessivo envolvimento emocional com o trabalho, é sobrecarregado de afazeres e sente-se deprimido.

O sujeito, nessa situação, tem o sentimento de que está no limite das suas possibilidades e se imagina incapaz de recuperação. Torna-se intransigente, irritável, nada generoso, indolente, de comportamento rígido. Começa então a querer se isolar das relações humanas. Mantém- se indiferente. Ainda nessa abordagem, caso ocorra esse distanciamento emocional, o líder chega à despersonalização, momento em que o vínculo afetivo é substituído por um mais racional e o líder passa a não ver o outro como ser humano.

Malagris (2004) enfatiza que o modo cordial de trabalhar que esse líder tinha no início da missão é trocado, nesse estado, por um modo depressivo. A autora entende que a atitude fria em relação ao outro, o distanciamento emocional e, muitas vezes, “a atitude cínica”, estão associados à despersonalização, podem levar o líder a sentimento de culpa e angústia, experimentando, então, um desapontamento a prática profissional e pessoal. Verifica-se baixa autoestima, senso de fracasso profissional.

Entretanto, a autora adverte que, embora nem todos os lideres nessas mesmas condições desenvolvam a Síndrome de Burnout, esses sentimentos podem levar a um desejo de abandono da igreja, pois o líder, frustrado e decepcionado, nele não encontra sentido na função que desempenha.

O Síndrome de Burnout apresenta 12 estágios

De acordo com informações obtidas no site “saúde experts”, a Síndrome de Burnout apresenta 12 estágios:

1 - Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz;

2 - Dedicação intensificada - Com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);

3  - Descaso com as necessidades pessoais - Comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;

4  - Recalque de conflitos - O portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;

5  - Reinterpretação dos valores - Isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;

6  - Negação de problemas - Nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;

7  - Recolhimento e aversão a reuniões (anti-socialização);

8  - Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor);

9  - Despersonalização (evitar o diálogo e priorizar e-mails, mensagens, recados, etc.);

10 - Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;

11 - Depressão - Marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;

12 - A síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência, (www.saudeexperts.com.br).

Estresse: a origem da Síndrome de Burnout


Para entender o estresse no trabalho (líder) deve-se primeiro compreender as diferentes concepções envolvidas no processo que leva até ele e originando assim a Síndrome de Burnout.

A fim de que seja percebido o estresse é necessário atentar-se aos casos estressores que deflagram as reações de adaptação. Para Lipp (2005), o estresse pode apresentar três sentidos básicos e que a autora afirma ser uma reação do organismo que acontece quando aparece a necessidade de grande adaptação a um evento ou situação de importância em que esses fatores podem ter um sentido negativo ou positivo.

A autora evidencia as seguintes considerações sobre o estresse:

1  - ESTRESSE POSITIVO, sendo aquele que acontece na fase inicial, a do alerta. O organismo produz adrenalina que dá ânimo, potência e energia fazendo o indivíduo produzir mais e ser mais criativo. Ele pode passar por momentos em que dormir e descansar passa a não ter tanto valor. É a etapa da produtividade. Ninguém consegue ficar em alerta por muito tempo, pois o estresse se toma demasiado quando dura demais.

2  - ESTRESSE IDEAL acontece quando o indivíduo aprende o manejo do estresse e gerencia a fase do alerta de modo eficiente, alternando entre estar em alerta e sair do alerta. Para quem aprende a fazer isso, o “céu é o limite”. O organismo precisa entrar em homeostase após uma permanência em alerta para que se restaure (LIPP, 2005, p. 67).

Após a recuperação, não há dano em entrar de novo em alerta. Se não há etapa de recuperação, doenças começam a ocorrer, pois o organismo se esgota e o estresse aumenta muito.

3 - ESTRESSE NEGATIVO é o estresse em exagero. Sucede quando a pessoa extrapola limites e exaure a capacidade de adaptação. O organismo fica destituído de nutrientes e fica reduzindo energia mental. Produtividade e capacidade de trabalho tornam-se muito prejudicadas. A qualidade de vida sofre danos. Em seguida a pessoa pode ficar doente. Lipp (2005) ainda afirma que o estresse pode ser excessivo porque o evento estressor é forte demais ou porque se prolonga em excesso.

Muitas podem ser as causas ou as fontes causadoras de estresse. De acordo com Lipp (1984), o estresse pode ser ocasionado de fontes externas e internas. As fontes internas estão conexas com a maneira de ser do indivíduo, tipo de personalidade e seu modo típico de reagir à vida. Muitas vezes, não é o acontecimento em si que pode ser estressante, mas a forma como é decodificado pela pessoa.

Por outro lado, os estressores externos podem estar ligados com as cobranças do dia-a-dia da pessoa como os problemas de trabalho, familiares, sociais, morte ou doenças de um filho, perda de uma posição na empresa, não concessão de um objetivo de trabalho, perda de dinheiro ou problemas econômicos, notícias atemorizantes, assaltos e violências das grandes cidades, etc.

Considerações finais

Este estudo evidenciou que, embora a qualidade de vida do líder que ocupa alguma função na Igreja tenha sofrido modificações substanciais, foi relevante estudá-la para compreensão dos fatos que reúne o contexto profissional do trabalho do líder. E, também, para não se fazer um julgamento sem fundamento teórico/cientifico sobre a Síndrome de Burnout na Igreja.

Do mesmo modo, as incoerências existentes podem estar na origem da exposição aos fatores de risco para a possibilidade da síndrome se instalar dentro dessas categorias de líderes que ensinam na igreja.

Recordando que este texto é de uso informativo apenas e não deve substituir o diagnóstico concretizado por médico psiquiatra ou psicoterapeuta de preferência de cada educador questionado.


AS PRINCIPAIS FORMAS DE PREVENIR A SÍNDROME DE BURNOUT SÃO:


1) Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.

2) Participe de atividades de lazer com amigos e familiares.

3) Faça atividades que "fujam" à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema.

4) Evite o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros.

5) Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo.

6) Faça atividades físicas regulares. Pode ser academia, caminhada, corrida, bicicleta, remo, natação etc.

7) Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental.

8) Não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica.
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As Demandas do Educador Cristão

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Muitos teólogos liberais, a despeito de afirmarem a existência de Deus, negam sua intervenção na história humana, quer através de revelação, providência ou milagres.

Atualmente, os que almejam cumprir o chamamento do Senhor para o ensino eclesiástico hão de encarar desafios bem diferentes daqueles enfrentados por mestres do passado. Um mundo que, apesar de ultra-moderno, informatizado e globalizado, encontra-se cada vez mais distante, alienado de Deus.

O educador cristão precisa conscientizar-se de que estamos vivendo em uma época de revolução de conceitos, ideias, princípios, juízos e valores; de mudanças tão profundas e de proporções tão amplas que nem sequer podemos mensurá-las.
 
Dentre tantas situações novas que marcam esta época e acentuam nossos desafios, pelo menos três merecem destaque: o acelerado avanço tecnológico, a conspiração silenciosa da violência e o avassalador liberalismo teológico que campeia em muitos de nossos educandários e até igrejas.

1. O avanço tecnológico

Neste mundo pós-moderno, as notícias circulam em tempo real, os celulares estão por toda parte; computadores e internet já são coisas triviais. Não há como imaginar a humanidade sem controle remoto, secretárias eletrônicas, Internet, televisão a cabo ou via satélite.

Estamos numa época de generalizada confusão entre digital e analógico, experiências genéticas sem controle e acelerado desenvolvimento científico. As pessoas olham para o passado com perplexidade e para o futuro com desconfiança. Como fazer com que parem para refletir em meio a tudo isso? Como conduzi-las a uma introspecção? Como fazer com que tenham interesse por Deus e sua promessa de vida eterna? Como pregar a Palavra de Deus para essas pessoas? Indubitavelmente, é um grande desafio!

2. A violência na era pós-moderna

A violência é outro grande inimigo a ser vencido na era pós-moderna. Desde tempos remotos, o ser humano utiliza-se de diversos meios e instrumentos a fim de exercer sua força bruta e satisfazer sua sede de poder e ganância, dominando seus semelhantes e usurpando suas riquezas materiais, espirituais e morais.

Nestes últimos tempos, este problema social tem se propagado de forma engenhosa e sutil, ocasionando medo, crueldade e indiferença. Antigamente, o homem se limitava a disputar terras, agora, sua ganância e cobiça têm destruído a natureza, seus semelhantes, sua família e a si próprio. Se antes utilizava-se de métodos refinados e tênues para isso, hoje emprega os mais grotescos e animalescos.

E urgente a necessidade de reconstruirmos novos alicerces, princípios e objetivos, tanto para a família quanto para a sociedade, fundamentados na Palavra de Deus. Somente o Evangelho pode transformar o homem, tornando-o uma nova criatura em Cristo Jesus por intermédio do Espírito Santo.

Além disso, neste período conturbado de globalização c liberdade de pensamento, a igreja ainda enfrenta outro grande desafio: o liberalismo teológico, que procura conciliar a fé em Deus com os postulados do Racionalismo.

3. Liberalismo teológico

Muitos teólogos liberais, a despeito de afirmarem a existência de Deus, negam sua intervenção na história humana, quer através de revelação, providência ou milagres. Muitos pastores, educadores e estudiosos que antes criam na Bíblia como a Palavra de Deus, hoje, influenciados pela filosofia racionalista, humanista, adotam a razão humana como exclusivo sistema de interpretação da Bíblia, ou seja, o único instrumento para se compreender as Escrituras Sagradas.

E imprescindível que os mestres da educação cristã relevante estejam atentos, quais atalaias, aos sinais dos tempos e ao clamor da humanidade, a fim de que nossa mensagem seja pertinente às carências e expectativas do mundo contemporâneo.

Precisamos ter a capacidade de mergulhar nas questões que assolam os povos, com o intuito de as confrontarmos à luz dos princípios ‘bíblicos e, à semelhança das garças, não nos contaminarmos.

A globalização tem rompido imensas fronteiras, todavia a verdade é que, junto com estas, têm caído os principais valores éticos, morais e espirituais estabelecidos por Deus para reger a vida do homem na face da Terra.

Certamente, quanto mais o homem se fechar no seu indiferentismo e individualismo, mais carente será do conhecimento de Deus e da Salvação pela graça em Jesus Cristo.

Os fatos aqui apresentados têm condenado homens e mulheres a viverem em uma sociedade cada vez mais individualista. Por conseguinte, ainda mais necessitada do amor de Deus, que sempre será a resposta para os mais profundos dilemas humanos.

Diante desta realidade, sobretudo a que é imposta aos menos favorecidos, que sofrem sem uma verdadeira opção ou orientação para suas vidas, permanecem no ar algumas questões: Como a Igreja pode influenciar esta sociedade emergente? Que tipo de ensino e educação cristã deverão ser implementados nestes tempos pós-modernos? Quais são os instrumentos, as ferramentas mais eficazes? Como manipulá-las? O que cada educador nos mais diversos setores da igreja pode fazer?

São demandas que nos desafiam a sermos cuidadosos com a nossa vocação ministerial, a fim de que resgatemos do mundo os homens da era digital.


Referências:TULER, Marcos. As demandas do educador cristão no mundo globalizado. Jornal Mensageiro da Paz, julho, 2008, p. 25
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