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Revista Cristão Alerta – Edição 21 | 2° Trimestre 2025: O Verbo se Fez Carne

Lição 10 A Promessa do Espírito [2° trimestre 2025 CPAD]

Lições Bíblicas Adultos Professor 2º Tr. 2025

Lição 10 A Promessa do Espírito | 2° Trimestre de 2025 | Escola Bíblica Dominical - Classe: Adultos | Data: 8 de Junho 2025 | Comentarista: Elienai Cabral


TEXTO ÁUREO

“ E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22) 


VERDADE PRÁTICA

A promessa do Pai não se restringe a um grupo particular ou a um período específico, mas inclui todos aqueles que se arrependem e creem no Evangelho. 


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 14.16,26 

Jesus garante que enviará o Consolador, o Espírito Santo 

Terça - 1 Co 6.17-19 

O Espírito Santo habita em nós e nos purifica 

Quarta - Rm 8.9-14 

A capacidade vivificante do Espírito Santo 

Quinta - Gl 5.16-22 

O Espírito Santo molda em nós o caráter de Cristo 

Sexta - At 1.4,8  

A promessa de receber poder por meio do Espírito 

Sábado - At 2.1-4 

O maravilhoso derramamento do Espírito Santo 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 14.16-18,26; 16.7,8,13 ; 20.21,22 

João 14 

16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. 

18 - Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 

26 - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.


 João 16 

7 - Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.

8 - E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo. 

13 - Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.


 João 20 

21 - Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.

22 - E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. 


Hinos Sugeridos: 77, 118, 120 da Harpa Cristã 


INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos analisar dois momentos significativos: em primeiro lugar, a afirmação de Jesus aos seus discípulos de que eles receberiam o Espírito Santo, que inicialmente atuaria na vida do pecador para promover a conversão (em relação ao pecado, justiça e juízo). Em seguida, estabeleceremos uma ligação entre essa visão regeneradora da Promessa do Espírito em João e a perspectiva capacitadora a respeito do Espírito, que encontramos no Livro de Atos dos Apóstolos, escrito pelo evangelista Lucas.


PALAVRA-CHAVE: ESPÍRITO 


I – A PROMESSA DO PAI 


1. Jesus enviará o Consolador. 

No Evangelho de João, capítulo 14, lemos: “ele vos dará outro Consolador” (v.16). Este Consolador é o Espírito Santo que “habita convosco e estará em vós” (v.17). No capítulo 16, é mencionado que quando o Consolador chegar “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (v.8),   evidenciando a atuação regeneradora da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. 


2. O Consolador. 

A palavra grega traduzida como “consolador” é paráklêtos, cujo significado refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder por outra pessoa. Assim, um paráklêtos assemelha-se a um amigo que desempenha o papel de advogado ou consultor especial, ou ainda como um assistente que auxilia em momentos importantes. 

A expressão “outro consolador” designa o Espírito Santo como uma Pessoa. O termo grego állos significa “outro”, indicando assim a distinção dele em relação a outros indivíduos da mesma natureza, reafirmando a singularidade do Espírito Santo em relação às outras duas pessoas da Trindade, mas também a sua igualdade com elas (Jo 14.16). 

 

3. “Não vos deixarei órfãos”. 

A palavra grega para “órfãos”, presente em João 14.18, é órphanós. Quando Jesus morreu, os discípulos sentiram-se órfãos. Deve ter sido difícil aceitar o fato de que o Senhor, o Cristo de Deus, estava morto. Não foi por acaso que nosso Senhor chamava os seus discípulos de “filhinhos” (Jo 13.33). Nesta relação pessoal entre Jesus e os seus discípulos, nosso Senhor garantia que eles nunca ficariam órfãos, desamparados ou desprezados. 


SINÓPSE I

Jesus Cristo garantiu que enviaria o Consolador e que não abandonaria os seus discípulos. 



II – O ESPÍRITO HABITA OS DISCÍPULOS 


1. João 20.22. 

É crucial considerarmos o contexto que envolve os versículos 21 e 22 do capítulo 20 de João. Nessa ocasião, o nosso Senhor apareceu ressuscitado e glorificado. A passagem bíblica onde se encontram os versículos 21 e 22 começa no versículo 19 (Jo 20.19-23). Assim, o cenário em que Jesus se apresenta ressuscitado, com um corpo glorificado, remete tanto ao contexto anterior (20.1-20) como ao imediato (20.23-31; 21.1-25) de João 20.22.

  

2. O sentido de “assoprou sobre eles” o Espírito. 

O capítulo 20 do Evangelho de João contém um versículo que gera diversas interpretações teológicas divergentes (v.22). No entanto, a Bíblia de Estudo Pentecostal (BEP) oferece uma observação significativa sobre a interpretação deste versículo. Ela esclarece que a palavra grega traduzida como “assoprar” é emphusao, a qual também aparece na versão grega da Bíblia (A Septuaginta) em Gênesis 2.7, significando “fôlego de vida”; e é utilizada em Ezequiel 37.9 no contexto de “assoprar sobre os mortos para que vivam”. Portanto, a expressão presente em João 20.22 sugere que o Espírito foi “soprado” para trazer nova vida, indicando uma perspectiva de regeneração dos discípulos, como uma obra do Espírito ocorrida antes do Dia de Pentecostes. 


3. Um episódio anterior ao Pentecostes. 

Em João 20.22 também se lê: “Recebei o Espírito Santo”. Esta expressão surge como consequência direta da menção a “assoprou sobre eles”, indicando que o Espírito Santo habitou os discípulos naquele momento específico. A partir desse ponto, os discípulos tornaram-se nova criação, completamente regenerados e sendo governados, habitados e vivificados pelo Espírito Santo (Rm 8.9-14; Gl 5.16-26). Posteriormente, o que ocorreu em Pentecostes seria uma segunda obra distinta e capacitadora do Espírito para os discípulos pregarem o Evangelho, começando em Jerusalém até aos confins da terra (At 1.8). 

SINÓPSE II

João 20.21,22 refere-se a um acontecimento que ocorreu antes da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes. 


AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

RECEBEI O ESPÍRITO SANTO  

“O versículo 22 relaciona-se com o precedente de maneira diferente. O termo oun não ocorre na narrativa aqui (cf. comentários acima). João declara que “havendo dito isso”, Jesus sopra sobre eles e diz: “Recebei o Espírito Santo”. Tentemos explicar o que isto significa para os leitores/ouvintes de João quando ele escreveu.  


[...] Embrenhemo-nos pouco a pouco pela evidência para alcançarmos uma interpretação mais provável. Os temas de sopro/respiração, doação de vida, criação e o Espírito estão associados em muitos textos, tanto bíblicos quanto extra-bíblicos. Note, por exemplo o agrupamento destes temas nos seguintes textos do Antigo Testamento: Gênesis 2.7; 1 Reis 17.21 (só na tradução grega); Salmos 104.29,30 e Ezequiel 37.4-10 (cf. Ez 36.24-27). Fora do cânon do Antigo Testamento, esta crença bíblica tornou-se importante conceito teológico: Sabedoria 15.11; 2 Baruque 23.5. Em Gênesis Midrash Rabá 14.8, dois destes textos são comentados: Gênesis 2.7 e Ezequiel 37.14. O sopro como ritual simbólico, a doação acompanhante do Espírito e a resultante vida e/ou criação estavam profundamente enraizados nas tradições bíblicas. As palavras e ações de Jesus teriam sido bem entendidas. Ademais, com isto, uma das técnicas de Hillel aparece novamente: O que é verdade acerca de Deus no Antigo Testamento, também é verdade acerca de Jesus. Como Deus criou Adão e, depois, Israel, dando o Espírito, assim Jesus na qualidade de Deus, criou a Igreja dando o Espírito” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.611). 


III – A PROMESSA DO PAI NO DIA DE PENTECOSTES 


1. “De repente”. 

O aparecimento de Jesus em João 20 refere-se ao período compreendido entre a Páscoa e o Dia de Pentecostes. Após a Ressurreição, o Senhor glorioso aparece aos seus discípulos. Na Páscoa, o cordeiro da expiação foi sacrificado, sendo Jesus o Cordeiro de Deus, conforme estudado ao longo do trimestre. No entanto, cinquenta dias depois da Páscoa, celebrava-se a Festa da Colheita no dia de Pentecostes. Foi ao final deste dia, ainda não concluído, após Jesus ter feito a promessa de recebimento de poder (At 1.4,8), que “de repente” (At 2.2) ocorreu um acontecimento extraordinário: o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-4).  


2. “E todos foram cheios do Espírito Santo”. 

Observamos que durante o ato de conversão, o Espírito Santo realiza a Regeneração (Jo 14.17; 16.8-10; Jo 20.22; 2 Co 5.17). Contudo, desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho. Assim sendo, especialmente no Livro dos Atos dos Apóstolos, os teólogos associam “ser cheio do Espírito” ao “Batismo no Espírito Santo”, como descrito quando dizemos: “todos foram cheios do Espírito Santo” e consequentemente “começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).   


3. “E começaram a falar em outras línguas”. 

O Batismo no Espírito Santo constituiu uma experiência profunda na vida dos discípulos já regenerados em Cristo e essa experiência não se limitou àquele único dia. O cumprimento da promessa abrangeu toda a igreja nascente naquele momento e todas as gerações futuras até à volta de Cristo (At 2.38,39).


O falar em outras línguas  evidenciou esta obra capacitadora (At 2.11). Apesar de algumas pessoas compreenderem estas línguas nos seus próprios idiomas, eram na verdade expressões espirituais concedidas pelo Espírito que habilitou os discípulos a glorificar as grandezas de Deus. Eram línguas desconhecidas por quem falava, mas compreendidas pelos ouvintes. Assim sendo, as línguas mencionadas por Lucas são evidências físicas visíveis do Batismo no Espírito Santo. 


SINÓPSE III

A Promessa do Pai também tem a ver com o derramamento do Espírito Santo conforme aconteceu no dia de Pentecostes. 


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO 


“A PROMESSA DO PAI. 

O dom que Deus Pai prometera (Jl 2.28-29; Mt 3.11) é o batismo no Espírito Santo (veja o v. 5, nota). O cumprimento dessa promessa é descrito como estar ‘cheio do Espírito Santo’ (2.4). Isto significa que ser ‘batizado no Espírito’ e ‘cheio do Espírito’ são expressões que, às vezes, são intercambiáveis no livro de Atos. No entanto, nem toda referência a estar cheio do Espírito indica o batismo no Espírito Santo. Este batismo no Espírito Santo não é a mesma coisa que passar a ter o Espírito Santo, o que acontece no momento em que uma pessoa aceita o perdão de Cristo, confia a Ele a sua vida, e se torna ‘salva’ espiritualmente (veja o artigo REGENERAÇÃO: NASCIMENTO E RENOVAÇÃO ESPIRITUAL, p. 1847). Essas são duas obras distintas do Espírito Santo, frequentemente separadas por um período de tempo (veja o artigo O NOVO E ESPIRITUAL NASCIMENTO DOS DISCÍPULOS, p. 1901)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1917).     


CONCLUSÃO

A Promessa do Pai tem a ver com a regeneração do pecado e com a capacitação do salvo para testemunhar do Senhor Jesus em todos os lugares. Essa promessa perpassa toda a Bíblia, se manifesta completamente em Pentecostes e está presente até hoje para todos os que se arrependerem e crerem no Evangelho. Até a volta do Senhor Jesus, a Promessa do Pai pode se manifesta na vida do pecador, regenerando-o; na vida do salvo, batizando-o no Espírito Santo. 


REVISANDO O CONTEÚDO


1. De acordo com João 14, conforme apresentado na lição, como podemos perceber o registro de alguns ensinos de Jesus? 

O Espírito Santo como Consolador e Regenerador. 


2. Dê o conceito da palavra “Consolador” de acordo com a lição. 

Refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder por outra pessoa. 


3. Quais são as duas expressões em João 20.22 que são muito importantes? 

“Assoprou sobre eles” e “Recebei o Espírito Santo”. 


4. Que obra extraordinária o Senhor Jesus realizou em Atos 2? 

O Batismo no Espírito Santo. 


5. No ato da conversão, o Espírito Santo opera a Regeneração. A partir da obra regeneradora, o salvo precisa de quê? 

Desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho. 

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PLANO DE AULA (do Professor)

1. INTRODUÇÃO 

Na aula desta semana, iremos explorar a importância do Espírito Santo na mensagem de Jesus dirigida aos seus discípulos em João 14.16-18; 16.7,8,13 e 22.21,22. Não é por acaso que, ao se aproximar da sua crucificação, Jesus confortou os seus seguidores garantindo que não estariam desamparados, mas que receberiam o Espírito como Consolador e Guia. Assim sendo, o nosso objetivo nesta lição é analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João, investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus e, por fim, evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes. 

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO 

A) Objetivos da Lição: I) Analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João; II) Investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus; III) Evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes.  

B) Motivação: A promessa do Espírito não se restringe apenas aos discípulos do passado, mas é uma realidade que está ao alcance de cada crente nos dias de hoje. Não devemos subestimar a presença do Espírito Santo, pois Ele nos habilita a enfrentar os desafios espirituais, a compreender as Escrituras e a conduzir uma vida que exalte a Deus. Dessa forma, somos chamados a abrir os nossos corações para a ação do Espírito e o seu poder transformador. 

C) Sugestão de Método: Conforme for abordando cada tema do respectivo tópico, aproveite os primeiros minutos para fazer perguntas que incentivem a participação da turma e promovam uma reflexão mais profunda. Por exemplo, no primeiro tópico, poderia perguntar: "O que representa ter o Espírito Santo como Consolador nas nossas vidas diárias?"; no segundo, "O que significa ser morada do Espírito Santo?"; e no terceiro, "Quais são as mudanças na nossa vida ao receber o Batismo no Espírito Santo?". Depois de ouvir atentamente as respostas dos alunos, apresente o tópico correspondente de forma a guiá-los para um ensino prático e transformador das Sagradas Escrituras. 

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO 

A) Aplicação: O Espírito Santo orienta-nos e consola-nos, além de nos dotar de uma poderosa capacitação para testemunhar o Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não existe uma vida verdadeiramente cristã sem a presença do Espírito Santo. 

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição. 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Recebei o Espírito Santo", localizado após o segundo tópico, aprofunda o sentido da expressão: "Recebei o Espírito Santo"; 2) No final do terceiro tópico, o texto "A Promessa do Pai" traz uma reflexão significativa a respeito das distinções das duas obras do Espírito Santo: a Regeneração e a Capacitação.


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Lição 11 A Intercessão de Jesus pelos Discípulos [2° trimestre 2025 CPAD]

Lições Bíblicas Adultos Professor 2º Tr. 2025

Lição 11 A Intercessão de Jesus pelos Discípulos | 2° Trimestre de 2025 | Escola Bíblica Dominical - Classe: Adultos | Data: 15 de Junho 2025 | Comentarista: Elienai Cabral


TEXTO ÁUREO

“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.3) 


VERDADE PRÁTICA

A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais. 


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 17.1-5   

Uma oração que revelou o coração do Pai 

Terça - Hb 4.14-16 

O sumo-sacerdócio de Jesus diante do Pai 

Quarta - 1 Pe 2.5,9 

O ministério sacerdotal dos salvos em Cristo 

Quinta - Ef 5.1,2 

Imitando a Deus à luz do ministério do Senhor Jesus 

Sexta - Sl 133.1-3 

A vida em unidade na Igreja de Deus 

Sábado - Jo 17.13-19 

Jesus intercede pela santidade dos discípulos 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 17.1-3,11-17 


1 - Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse:?Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,

2 - assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.

3 - E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

11 - E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. 

12 - Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. 

13 - Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.

14 - Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.

15 - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.

16 - Não são do mundo, como eu do mundo não sou.

17 - Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. 


Hinos Sugeridos: 125, 305, 516 da Harpa Cristã 


INTRODUÇÃO

Na presente lição, iremos explorar João 17. Este capítulo descreve a oração mais significativa que o nosso Senhor fez em benefício de si mesmo, ou seja, a sua glorificação, bem como a dos seus discípulos e dos cristãos que viriam a crer num futuro próximo. A oração sacerdotal de Jesus é uma importante lição sobre a unidade do povo de Deus no seu Reino e o propósito de promover o Evangelho de Jesus no mundo. 


Palavra-Chave: INTERCESSÃO 


I – A ORAÇÃO DE JESUS E SUA GLORIFICAÇÃO 


1. A oração de Jesus. 

Entre todas as orações do Senhor documentadas nos Evangelhos, é indiscutível que foi João quem relatou, possivelmente, a mais elevada oração de Jesus (17.1-26). No início de João 17.1 está escrito: “Jesus falou essas coisas”. Essa frase remete ao discurso do Senhor sobre a vinda do Espírito como Consolador, conforme estudado anteriormente (Jo 16.13). 


Certamente o local onde o Senhor se encontrava era o mesmo em que partilhou a Última Ceia com seus discípulos. Em relação à oração de Jesus no capítulo 17, os estudiosos costumam se referir a ela como “A Oração Intercessória”, “A Oração Sacerdotal de Jesus” ou “A Oração da Consagração”. Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26). 


2. A oração de Jesus pela sua glorificação. 

Na oração de Jesus pedindo por sua “glorificação” havia um significado espiritual mais profundo, que não se tratava de um ato egoísta. Como já abordamos, Ele estava plenamente ciente de seu ministério e, portanto, da finalidade de sua missão na Terra. Assim, em sua conversa direta com o Pai, Jesus declara que “é chegada a hora”, referindo-se ao momento em que o Pai o glorificaria por meio de seu sacrifício redentor no Calvário. Nosso Senhor expressa: “glorifica a teu Filho para que também o teu Filho te glorifique a ti” (Jo 17.1). 


Que tipo de glorificação seria essa? Mediante a sua morte, o mundo o conheceria e a vida eterna seria oferecida a todos que o aceitassem como Salvador de suas vidas. Glorificar alguém significa torná-lo conhecido. Jesus seria reconhecido como “o Filho de Deus, o Salvador do mundo” (Jo 17.3,4). 


3. A mesma glória com o Pai. 

No versículo 5 está escrito: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” Essa referência à glória se relaciona à divindade do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da sua encarnação. Na realidade, o que Jesus solicita é a glorificação mútua entre o Filho e o Pai (v. 5). 


Somente nosso Senhor, o Filho de Deus, poderia fazer tal pedido por essa glorificação, uma honra que Ele possuía “antes que o mundo existisse”. Essa declaração evidencia a divindade de Jesus, ao revelá-lo como um com o Pai (Jo 17.11,21,24). Assim, com base nessa igualdade com o Pai, o pecador que confessa e se arrepende de seus pecados recebe a vida eterna e conhece, pela fé, “o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). 

SINÓPSE I

A oração de Jesus demonstra o seu desejo em glorificar o Pai e reafirmar a glória que compartilha com Ele desde toda a eternidade. 


AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 

A ORAÇÃO POR SI MESMO 

“Do ponto de vista de Jesus, quando Ele olha para os anos passados da sua curta permanência na terra (1.14), há quatro coisas específicas e evidentes que Ele realizou e que o haviam trazido até a hora. 1. Eu glorifiquei-te na terra (4). Ele teve uma glória com o Pai antes que o mundo existisse e Ele antevia que isto seria restaurado. Glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo (5; cf. 24). Colocado em linguagem moderna, Ele estava dizendo que, a partir da perspectiva divina, a Encarnação era um celebrado sucesso. 2. Tendo consumado a obra que me deste a fazer (4). O verbo grego para consumar é teleiosas, que significa ‘completar, trazer ao final, terminar, realizar... trazer ao objetivo ou à realização, no sentido de superação ou suplantação de um estado imperfeito de coisas por alguém que está livre de objeções’. A obra é a redenção do homem, e está consumada da maneira mais perfeita (cf. 19.30). Não se pode deixar de exclamar ‘Aleluia, está consumado!’ 3. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste (6). A palavra grega para manifestar é ephanerosa, que significa ‘tornar conhecido pelas palavras transmitidas... embora aqui o ensino seja acompanhado por uma revelação que vem da obra’. Na adoração judaica, era proibido pronunciar o nome de Jeová (Yahweh). Mas agora o nome Pai tornou-se conhecido e os homens ‘já não precisam ter medo de pronunciar o nome sagrado”. 4. Eu lhes dei as palavras que me deste (8). Ele, a eterna Palavra viva, deu aos homens as palavras que eles receberam. Disto vem o conhecimento — eles têm conhecido a verdadeira natureza [de Jesus]; saí de ti — e a fé — e creram na sua missão; que me enviaste (8; cf.18,21,23,25). Strachan comenta: ‘Os discípulos foram capazes, ouvindo as ‘palavras’ de Jesus, de manter a Palavra de Deus (6). ‘Manter’ quer dizer mais do que obedecer. Quer dizer proteger e comunicar ao mundo a revelação que Deus confiou à sua Igreja’” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.138-39). 


II – A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS 


1. Intercessão pela proteção dos discípulos. 

Nos versículos 4 a 8, exceto o versículo 5, Jesus ora como se estivesse apresentando um relato ao Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério na Terra.


No versículo 6, Ele intercede por seus discípulos e pela unidade entre eles, uma vez que seriam os responsáveis por continuar à obra que Jesus havia iniciado. Para o Pai, o nosso Senhor se refere aos discípulos como “homens que do mundo me deste” (v.6). O Redentor revela que seus discípulos pertenciam ao Pai e que Este os entregou a Ele: “Eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra” (Jo 17.6b). Ao longo de quase quatro anos, Jesus investiu nesses homens, que se mostraram fiéis, prontos para prosseguir com a missão de evangelização. 


2. Os discípulos receberam a Palavra. 

Apesar de, em certas ocasiões, os discípulos terem encontrado dificuldades para compreender completamente os ensinamentos de Jesus, as suas recordações foram reavivadas pelo Espírito Santo quando receberam o poder no dia de Pentecostes, permitindo-lhes assim entender e difundir o que aprenderam com o Mestre (At 2.14-36). 


No versículo 6, Jesus referiu-se ao Pai afirmando que os seus discípulos mantiveram a mensagem recebida: “E guardaram a tua Palavra”. Ao vivermos conforme a Palavra de Deus, aceitando e obedecendo aos ensinamentos de Cristo, podemos testemunhar o Evangelho com credibilidade. 


3. Protegidos do mundo. 

O versículo 14 afirma: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo”. É importante prestar atenção ao termo “mundo”. Este pode referir-se ao “universo criado” (Jo 17.5) ou à humanidade (Jo 3.16). No entanto, aqui Jesus se refere ao sistema espiritual governado por Satanás (Jo 17.14). O apóstolo Paulo descreve esse “mundo” como um governo espiritual maligno (Ef 2.2). Por conseguinte, o nosso Senhor deseja que o Pai guarde os seus discípulos desse sistema mundano, que é incompatível com o Evangelho, sob a influência do “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11). 


SINÓPSE II

Jesus pediu a proteção para os seus discípulos, que acolheram a Palavra e necessitavam ser guardados do mal que existe no mundo. 


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO 

A ORAÇÃO PELOS DISCÍPULOS 

“A oração final de Jesus por seus discípulos mostra os desejos mais profundos de nosso Senhor para os seus seguidores, tanto para aquela época quanto para os nossos dias. Isto também é um exemplo inspirado pelo Espírito de como todos os pastores e líderes de ministério devem orar pelas pessoas, e como os pais cristãos devem orar por seus filhos. Ao orar por aqueles que estão sob os nossos cuidados, nossas maiores preocupações devem ser: (1) que essas pessoas possam conhecer a Jesus Cristo e à sua Palavra intimamente (vv. 2-3,17,19; veja o v. 3, nota); (2) que Deus possa protegê-las das más influências do mundo, impedindo que se afastem dele e dar-lhes discernimento para reconhecer e rejeitar crenças ímpias e falsos ensinamentos espirituais (vv. 6,11,14-17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1891). 


III – A ORAÇÃO DE JESUS PELOS QUE VIRIAM A CRER 


1. Oração pela unidade da Igreja. 

Nesta terceira parte de sua súplica, Jesus pediu pela unidade da Igreja. Mais do que uma unidade de natureza eclesiástica ou orgânica, Jesus intercedeu pela harmonia espiritual do seu povo. Nosso Senhor ansiava por uma união genuína, tal como a que existe entre Ele e o Pai. Essa foi a súplica do nosso Senhor: “para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti” (Jo 17.21). 


2. Propósito da unidade. 

O propósito da unidade espiritual da Igreja, conforme a intercessão do nosso Senhor, é que “o mundo creia que tu me enviaste” (v.21). Assim, a Igreja revela essa unidade espiritual com Cristo por pelo menos quatro motivos: 

(1) união essencial dos salvos como membros do Corpo de Cristo (1 Co 12.12); 

(2) união essencial dos salvos promovida pelo conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (2 Pe 3.18); 

(3) união essencial dos salvos no desenvolvimento do Fruto do Espírito (Gl 5.22,23); 

(4) união essencial dos salvos manifestada na glória como filhos de Deus e detentores da vida eterna (Jo 17.22). 


3. Oração por encorajamento à unidade. 

Em João 17.21,22, o nosso Senhor roga para que os discípulos sejam incentivados a manter a unidade com Ele. A crença em Cristo como o único e suficiente Salvador é a principal razão da unidade cristã, de modo que os discípulos sejam encorajados a promover esse testemunho no mundo. Assim, sem essa unidade de fé, o testemunho perde completamente a sua credibilidade. 


SINÓPSE III

Jesus fez uma oração pela unidade da Igreja, promovendo a comunhão entre aqueles que viriam a crer. 


CONCLUSÃO

É extraordinário perceber que a oração sacerdotal de Jesus Cristo continua a ressoar nos dias atuais. Fazemos parte do Corpo de Cristo e esse privilégio deve manter-nos cientes da nossa função no Reino de Deus. Por isso, temos a responsabilidade de nos apresentar entusiasmados para testemunhar com coragem o Evangelho, revelando a obra que o Senhor Jesus realizou no Calvário. 


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Em quais partes podemos apresentar a oração sacerdotal de Jesus? 

Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26). 


2. A que se relaciona a menção à glória no versículo 5? 

Essa referência à glória se relaciona à divindade do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da sua encarnação. 


3. De que forma Jesus dirige a sua oração ao Pai nos versículos 4 a 8? 

Nos versículos 4 a 8, exceto o versículo 5, Jesus ora como se estivesse apresentando um relato ao Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério na Terra. 


4. A que “Mundo” se refere Jesus em João 17.14? 

Jesus se refere ao sistema espiritual governado por Satanás (Jo 17.14). 


5. Indique pelo menos dois motivos que evidenciam a unidade espiritual dos salvos com Cristo. 

(1) união essencial dos salvos como membros do Corpo de Cristo (1 Co 12.12); (2) união essencial dos salvos promovida pelo conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (2 Pe 3.18). 



PLANO DE AULA (do professor)


1. INTRODUÇÃO 

Esta lição sublinha a importância da oração de Jesus, que manifesta o amor e o cuidado que Cristo tem por nós. Assim, o capítulo 17 é uma das partes mais notáveis do Evangelho, pois nos oferece a oportunidade de escutar Jesus dirigir-se ao Pai em prol dos seus discípulos. Para aprofundar esse entendimento desse Evangelho, a lição está organizada da seguinte maneira: 1) a oração de Jesus pela sua glorificação, que se refere à sua missão redentora; 2) a oração pelos discípulos para que sejam protegidos e santificados; 3) e a oração por aqueles que futuramente creriam, evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre o Reino de Deus. 


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO 

A) Objetivos da Lição: I) Meditar sobre a oração de Jesus pela sua glorificação, que se refere à sua missão redentora; II) Examinar a oração pelos discípulos para que sejam protegidos e santificados; III) Mostrar a oração por aqueles que futuramente creriam, evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre o Reino de Deus. 

B) Motivação: A oração de Jesus em João 17 revela o cuidado genuíno de Cristo pelos seus discípulos, abrangendo todos nós. Dessa forma, cada um de nós pode sentir-se incluído na intercessão do nosso Senhor, sendo chamados a viver a unidade no Espírito Santo. Portanto, essa compreensão da intercessão de Jesus por nós influencia significativamente a nossa prática diária de oração e relacionamento com Deus. 

C) Sugestão de Método: Para trabalhar a lição de forma dinâmica e envolvente, inicie a aula com uma leitura em grupo de João 17.1-3, 11-17, destacando as palavras de Jesus que expressam intercessão, glorificação e santificação. Em seguida, utilize um quadro ou slides para organizar os três tópicos da lição e conectá-los à vida dos alunos. Para isso, você pode propor uma atividade em grupos pequenos, onde cada grupo reflita sobre um tópico específico e discuta como podem aplicar os ensinamentos de Jesus em sua vida. 

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO 

A) Aplicação: Assim como Jesus intercedeu a favor dos seus discípulos, somos convidados a viver em santidade, unidade e comunhão com Deus. Que esta oração sirva de estímulo para a nossa prática intercessória e para a nossa confiança no amoroso cuidado de Cristo, reforçando assim a nossa fé e o nosso compromisso com o Reino de Deus. 

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição. 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Oração por Si Mesmo”, localizado após o primeiro tópico, aprofunda a oração de Jesus por si mesmo a Deus”; 2) No final do segundo tópico, o texto “A Oração pelos Discípulos” traz uma reflexão significativa a respeito das obras dos discípulos como continuidade à obra de Cristo. 


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