Nossa
sociedade está experimentando nas últimas décadas uma mudança fundamental. Uma
das realidades que se apresenta ao homem moderno é a intensificação dos meios
de comunicação. Nunca o ser humano viu multiplicadas possibilidades de
informação, interação, diversão e porque não dizer divisão, através da mídia,
como nos dias de hoje. O homem tem ao alcance de seus olhos, em fração de
segundos, o que acontece no mundo a sua volta. Tudo o que acontece ao redor do
mundo, tomamos conhecimento quase que instantaneamente.
Vivemos na era da
tecnologia, na era digital, somos a geração da era atômica, das naves
interespaciais, do domínio da busca dos limites do infinito, da disputa
desenfreada do homem pelo poder para vencer o outro. Na ciência, o homem
progrediu de tal maneira, que é possível hoje salvar vidas a beira da morte,
através dos transplantes cirúrgicos de órgãos vitais para a existência humana.
Apesar de toda a
positividade das inovações tecnológicas e do avanço cientifico, por outro lado,
temos o grotesco aumento da criminalidade, da violência, da exploração sexual e
do declínio moral da sociedade. Perdemos e muito, os valores básicos da
convivência, do respeito e da ética. Essas mudanças chegaram às famílias. O lar
se transformou num lugar onde se moram, mas não se encontram. Estão pertos, mas
distantes. A família moderna pode ser comparada a um elevador de um prédio de
muitos andares, onde ninguém se olha e nem se fala apesar de estarem bem
próximos uns dos outros.
Os filhos já não
respeitam os pais e consequentemente não seguem as tradições familiares com
respeito. Os pais lutam para manter a casa, mas não tem mais dialogo, e quando
porventura se encontram, não conseguem se entender.
Infelizmente, vivemos
num tempo de franca decadência dos mais altos valores, dentre eles, o
casamento. A chamada “classe artística”, com sua constante banalização da
moralidade, contribui muito para a desvalorização da instituição do casamento.
É comum vermos “artistas” alardeando “casamentos” que duram de seis a oito
meses, numa verdadeira violência aos princípios eternos que o casamento
representa. Retratos de uma sociedade adoecida.
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🚨O
que fazer?
1. Aprenda a amar
Entre a compreensão e o
amor há um vínculo muito forte e estrei to, que nunca se sabe
onde começa um e termina outro. Quem ama compreende e quem compreende ama. Quem
se sente compreendido, se sente amado. Quem se sente amado, se sente
compreendido. Ninguém pode evoluir, crescer ou amadurecer na vida sem se sentir
compreendido. Quando incompreendido, o ser humano perde a confiança em si mesmo
e em Deus, perde o sentido da vida, se bloqueia em um casulo de decepções e
frustrações e retrocede bruscamente.
O amor é a essência do
verdadeiro relacionamento. O conceito mais revolucionário de todos os tempos é:
Deus é amor! Quando alcançamos o verdadeiro significado dessa verdade, nós
podemos entender o propósito divino para cada ser humano.
Isto é demonstrado de
duas maneiras:
(1) o amor de Deus
sendo revelado para nós, através da sua morte, e por conseguinte, nós sendo
reconciliados nEle;
(2) o amor de Deus
revelado em nós, como consequência somos salvos através da sua vida (Rm 5.10).
Quando o ser humano
passa a compreender as dimensões do amor e a grandeza do mesmo, sua vida se
transforma. Como escreveu La Bruyère: “Quando o amor nos visita, a amizade se
despede”. É a perfeita festa dos sentimentos.
O encontro do amor
acontece na convergência das histórias pessoais: um vem como proposta e acha no
outro uma resposta que faz o milagre do encontro que produz a alegria de
dividir o mesmo chão da história (Gn 24.60-67). Amor não é paixão. A paixão
joga o amor nos picos da intensidade e do furor, podendo até mesmo sobrepor-se
à lucidez e à razão. Não é o caminho mais indicado para o casamento, porque é
imediatista e simplifica tudo. Na paixão, o sexo fica sozinho e impera à sua
maneira.
Muitos casamentos
fracassam hoje porque são iniciados sem amor, são projetados apenas com base no
sexo ou na paixão, ou mesmo em tradições familiares asfixiantes. Se o amor não
for a base do casamento, tudo desmoronará. Sem amor não há casamento, há apenas
um ajuntamento de corpos numa tragédia sensual.
No amor, nossa natureza
é transformada: aprendemos a beleza da transformação. Experimentamos o desafio
de conciliar visões diferentes (e às vezes conflitantes) da vida, numa sinfonia
plena da comunhão.
2. Desenvolva fé e
obediência
A necessidade de crer e
consequentemente obedecer se torna muito importante para o sucesso do lar
cristão. A Bíblia nos ensina de forma objetiva e clara que o fundamento básico
do lar cristão é a aceitação irrestrita da autoridade de Cristo e a obediência
a ela. Como posso obter essa fé? Aqui é que entra a obediência. A fé em
desenvolvimento se aprofunda e cresce à medida que avançamos na vida cristã.
Não é mero conhecimento, mas ação que se estabelece com base no conhecimento. É
uma crença exercida através de vida prática, ou seja, obediência. Como disse
Dietrich Bonhoeffer: “Somente aquele crê obedece; e só quem é obediente crê
realmente”.
Para termos fé e
obedecer é preciso desenvolver no lar cristão um relacionamento íntimo com Deus
através de práticas devocionais certas. Como parte da vida devocional os pais
devem ter a palavra no coração (Dt 11.18); os pais devem ter a palavra de Deus
nas mãos (Dt 11.18) e os pais devem ensinar a palavra
cuidadosamente (Dt 11.19). A palavra de Deus é a regra áurea para uma vida de
fé e obediência.
3. Desenvolva comunhão
Creio que o verdadeiro
significado da oração é a abertura entre pedido e resposta (Mt 7.7,8; Mc 11.24;
1 Jo 5.15).
Oração não é apenas um
movimentar dos lábios. É questão de enamoramento entre o ser humano e o Senhor.
Oração é entrega, é apresentação de nossa fragilidade ao Deus da força e do
amor sem limites. Oração é o grito de um pobre que precisa estar suspenso ao
Senhor. A oração não é apenas uma ladainha enfadonha de pedidos de coisas que
nós mesmos temos que conseguir.
A
oração é abandono, entrega, admiração, encantamento, pedido de socorro. Desde a
nossa infância vamos tentando estabelecer com o Senhor esse diálogo amoroso.
Importante que ele não se interrompa. Importante que o coração dos orantes seja
humilde. Importante que essa oração não seja um mero papaguear dos lábios e
aconteça apenas em alguns momentos de aflição do casal e da família.
Muitas vezes, o casal
precisa ter momentos de oração a dois. Num canto da casa, no quarto. Uns
momentos de silêncio, uma invocação do Espírito Santo, um trecho da Escritura,
curto e denso, uns momentos de silêncio, um salmo, a entrega da vida a dois a
Deus. E o casal se coloca no seio de Deus.
Ou melhor dizendo: o
Senhor se torna hóspede de seu relacionamento conjugal. A oração constrói uma
barreira de proteção ao redor de nossas famílias.
Site: Cristão Alerta
Referência: PEREIRA, Sérgio. A
segurança e a felicidade da família. Mensageiro da Paz, dezembro. 2018.