Através da Bíblia Sagrada, encontramos diversas referências à música e vemos a grande importância que ela tem na vida do ser humano.
Desde os tempos mais antigos, sabe-se que a música suave acompanhava a oração e o culto a Deus. O rei Davi, que viveu mil anos antes Cristo, recebeu do Senhor um grande talento poético e se tomou autor de inúmeras e sublimes orações e salmos, os quais cantava, acompanhando-os na sua cítara.
Nas Escrituras, temos os salmos que tecem louvores a Deus e incentivam-nos a cantar ao Senhor com alegria e singeleza de alma e lábios, e também vemos os efeitos da música tocada por Davi na vida do rei Saul, por ocasião de suas crises de perturbação e raiva. Os sons melodiosos e suaves da cítara tocada por Davi acalmavam o rei.
A Bíblia estimula o canto suave, o qual cria uma atmosfera de oração. Encontramos o apóstolo Tiago recomendando: “Está triste algum de vós? Faça oração! Está alegre? Cante salmos!’, Tg 5.13.
Esses salmos criados por Davi e outros autores tomaram-se marcos na música cristã e ainda nos dias atuais são cantados em nossas igrejas, pois traduzem o sentimento de gratidão, alegria, confiança, fé e adoração a Deus.
Os efeitos benéficos da boa música são comprovados por pediatras, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais da área médica.
Experiências recentes mostraram a influência benéfica da música clássica no processo de recuperação de pacientes. Isso foi provado pelo Dr. Clyde L. Nash Jr., cirurgião do Hospital de St. Luke, em Cleveland, Ohio (EUA).
Por outro lado, há um aumento no cuidado e preocupação para com as músicas compostas de sons discordantes, ritmos alucinantes e volumes inapropriados para o ouvido humano.
Ainda na Antiguidade, já havia uma descoberta e uma preocupação sobre esses efeitos, conforme a expressão: “Para mudar o comportamento de um povo e alterar seus costumes, não há nada melhor do que a música” (Shu Ching, 6° século d.C.).
Da mesma forma, há informações comprovadas de que a música contemporânea como o rock-n-roll (e particularmente no estilo heavy metal) exerce uma influência negativa sobre o público, fazendo com que pessoas calmas se transformem em violentas e raivosas, e passem a praticar atos errados e/ ou imorais.
Um cantor e compositor de rock chamado Frank Zappa escreveu na revista norte-americana Life que “as condições de influência da música sobre os sentimentos humanos são inúmeras e impalpáveis (...) Os sons barulhentos e a luz brilhante e intermitente são um meio poderoso de doutrinação”.
“Rock foi sempre uma música do Diabo”, disse David Bowie em 1976, uma das maiores estrelas do rock.
Como servos do Senhor, devemos saber diferenciar entre o sóbrio e o depravado, em qualquer expressão musical, na literatura ou na arte. Muitas vezes pode se ver em todos os ramos da arte uma mistura do bem e do mal, mas nós, como salvos e discípulos de Jesus, devemos sempre nos pautar pela distinção correta entre os dois.
As famílias, através dos pais, devem avaliar com cuidado e carinho a razão de sua fé em Deus e priorizar os cuidados familiares de acordo com o padrão bíblico. Sabemos que, caso não seja ensinada a verdadeira Palavra de Deus, nossos jovens crescerão sentindo um vazio em seus corações e, naturalmente, irão procurar algo para preenchê-los. Uma música como o rock, com seus sons altos e ruidosos, torna-se um atrativo nefasto, real e presente.
Assim, em nossas igrejas, bem como em nosso lar, podemos e devemos acatar a orientação que nos dá o apóstolo Paulo: “...ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando, sob a ação da graça, em vossos corações a Deus”, Cl 3.16.
✍️ Referências: PR. Paulo Roberto Freire da Costa
