O primeiro-ministro do Sri Lanka sugeriu a
possibilidade de trazer uma lei anticonversão de volta ao Parlamento após as
eleições de abril.
Mahinda Rajapaksa disse que a “Nação Budista
Singalesa”, como eles se referem ao Sri Lanka, estava ameaçada por, entre
outras coisas, a conversão de “famílias budistas tradicionais em outras
religiões”. Ele fez o pronunciamento durante uma das maiores convenções
budistas do país, no início de março.
Ele disse à plateia que, para reavivar o projeto, seria
necessário “o apoio da totalidade dos líderes budistas”, pois as tentativas
anteriores falharam em obter a maioria necessária de dois terços. Em 2004, o Supremo
Tribunal também decidiu que partes do projeto violavam a Constituição.
“Há muitos que se opõem a isso o que torna a questão
muito delicada”, afirmou. “Se quisermos dar continuidade a esta lei, devemos
votá-la em unanimidade, caso contrário, estaremos na berlinda”, concluiu o
primeiro-ministro.
As leis anticonversão geralmente proíbem o uso de força
ou dinheiro para induzir alguém a abandonar uma religião e abraçar outra.
Segundo as autoridades budistas, eles pretendem salvaguardar a liberdade de religião
individual. Mas, na prática, este tipo de lei costuma ser usada para
processar atividades legítimas
pelas religiões minoritárias,
como o cristianismo, e são
amplamente contra as organizações de
direitos humanos.
A situação do cristão
Os cristãos do país estão preocupados com a
possibilidade de a lei anticonversão retornar ao parlamento.
“Nas áreas rurais do país, a maioria dos pastores e
plantadores de igrejas fica isolada em fortes aldeias budistas. Eles já estão
enfrentando grande oposição dos moradores, das autoridades locais (em algumas
áreas) e de outros líderes de grupos religiosos”, disse um parceiro local da
Portas Abertas, que não pode ser identificado por razões de segurança.
“Se uma lei desse tipo for aprovada, esses pastores e
trabalhadores seriam submetidos a mais discriminação e, devido aos termos
vagamente definidos, até ações de solidariedade poderiam ser punidas com penas
de prisão ou multas”, disse ele.
As declarações do primeiro-ministro seguiram de perto o
anúncio do presidente de que o parlamento seria dissolvido logo após as
eleições de 25 de abril.
Esses anúncios chegam no momento sensível em que se
aproxima o primeiro aniversário dos bombardeios de três igrejas e dois hotéis
no domingo de Páscoa do ano passado, no qual mais de 250 pessoas foram mortas.
Ajude os cristãos no Sri Lanka
Os ataques na Páscoa do ano passado ainda repercutem na
vida das vítimas e as famílias de cristãos mortos naquele dia. Muitos ainda
dizem que escutam os bombardeios e não tiram de suas mentes o momento dos
ataques das igrejas.
Para que esses irmãos sejam auxiliados e recebam apoio
emergencial, a Portas Abertas criou a Campanha #UmComEles, para que eles possam
continuar a seguir e servir a Jesus, apesar da perseguição.
09/04/2020 - Com informações Gospel Prime