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Lição 10 - A Intercessão pelos Efésios

Lição 10 - A Intercessão pelos Efésios
📚 Obs. Por causa da pandemia do COVID-19, as igrejas não ministraram as aulas presenciais da escola dominical no 2° trimestre de 2020, portanto, a Revista do 2° trimestre será usada no 3° trimestre de 2020.
Lições Bíblicas do 2° e 3° trimestre de 2020 - CPAD
Classe: Adultos
Comentarista: Pr. Douglas Baptista

TEXTO ÁUREO
“Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome.” (Ef 3.14,15)

VERDADE PRÁTICA
Devemos interceder pelos eleitos de Cristo para que eles sejam fortalecidos de poder, vivam em comunhão e exercitem o amor de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 6.7-15
Jesus ensina os discípulos a orar
Terça - Fp 4.6,7
Devemos apresentar as nossas petições diante de Deus
Quarta - 1 Jo 5.14
Deus escuta as orações e, segundo a sua vontade, nos ouve
Quinta - Mt 6.7
Cristo ensinou que a oração deve ser feita sem o uso de vãs repetições
Sexta - Jr 33.3
Ao que clama, Deus promete responder e revelar verdades
Sábado - Rm 8.26
O Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 3.14-21

14 - Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
15 - do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,
16 - para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;
17 - para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,
18 - poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade
19 - e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
20 - Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,
21 - a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

HINOS SUGERIDOS: 83, 545, 577 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Apreender a eficácia da oração no fortalecimento, restauração e crescimento espiritual da Igreja de Cristo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I - Refletir acerca dos propósitos da oração do apóstolo Paulo no poder do Espírito;
II - Destacar a necessidade de a Igreja estar arraigada e fundada no amor de Deus;
III - Conscientizar de que Deus é capaz de fazer muito além do que pedimos.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A lição que estudaremos nesta semana fala sobre o valor da oração intercessória. Nela, veremos o quanto o apóstolo apresentava a Deus a igreja que ele amava. Ele nos mostra que a oração intercessória está baseada no amor que temos uns pelos outros. Quando isso é uma realidade, a tristeza do irmão nos toca; as dificuldades deles tomam o nosso coração; e, assim, nos colocamos diante de Deus para apresentar as suas causas Àquele que tudo pode. Então, na confiança de que Ele pode fazer tudo além do que pedimos ou pensamos, esperamos a resposta das demandas de nossos queridos irmãos.

INTRODUÇÃO
Após revelar o mistério oculto e todas suas dádivas (3.1-13), apóstolo Paulo passa a orar em favor da Igreja de Cristo (3.16-19). Na intercessão paulina aprendemos que Deus pode fazer tudo além do que pedimos ou pensamos, sendo Ele o único que é digno em ser glorificado (3.20,21). Refletir sobre a oração intercessora do apóstolo é o tema desta lição.

PONTO CENTRAL
Temos o dever de interceder uns pelos outros em amor

I – CORROBORADOS COM O PODER DO ESPÍRITO

O apóstolo inicia sua oração ao Senhor com um pedido duplo: o poder do Espírito no homem interior e a presença de Cristo nos corações dos crentes (3.16,17).

1. As riquezas da sua glória.
Paulo apresenta sua oração confiado “nas riquezas de sua glória [a de Deus]” (3.16). O apóstolo já havia declarado que Deus é “o Pai da glória” (1.17), cheio de “abundantes riquezas de sua graça” (2.7; 3.8). O que significa que Ele é possuidor de todas as glórias e despenseiro de ricas e ilimitadas bênçãos. Em razão disso, Paulo pede para que a Igreja seja fortalecida com poder, que seja habitada por Cristo, que compreenda o amor divino e tenha pleno desenvolvimento espiritual (3.16-19).

2. Fortalecidos com poder.
O primeiro pedido do apóstolo é para que a Igreja seja corroborada “com poder pelo seu Espírito no homem interior” (3,16). Essa petição não quer dizer que a Igreja em Éfeso não tivesse o Espírito de Deus (1.14), mas que ela fosse continuamente revigorada com poder e, consequentemente, em seu fortalecimento diário (1 Co 16.13). Ainda enfatiza que a única força que habilita o crente a se manter firme advém do Espírito Santo (Jo 14.16,17), que atua no homem interior e capacita o crente a perseverar, a manter-se afastado do pecado e a compreender as coisas espirituais (1 Co 2.12-16).

3. Habitados por Cristo.
O apóstolo também orou para que Cristo habitasse pela fé nos corações dos santos (3.17), o que também não significa dizer que Cristo não estivesse presente na Igreja em Éfeso. No versículo em questão, o verbo grego é katoikein, significa “habitação permanente” em oposição à “habitação temporária”. Isso indica que a oração apostólica era para que Cristo habitasse continuamente na vida da Igreja. Assim, o ensino apostólico ratifica que sem Cristo, a igreja não pode subsistir as forças do mal (Mt 16.18).

SÍNTESE DO TÓPICO I
O poder e a presença de Cristo capacitam os salvos a prosseguirem vitoriosos na gloriosa jornada cristã.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Esta lição é uma daquelas que devemos desafiar nossos alunos a praticá-la. Após fazer a exposição de todo o conteúdo dominical, separe um período para uma atividade prática. Reserve alguns minutos e abra oportunidade para que os alunos façam um pedido de oração. De acordo com a necessidade em classe, separe ou indique dois ou três alunos para que apresente as demandas de oração dos demais diante do Pai. Faça com que este momento seja de grande envolvimento de amor e espiritualidade. Oremos uns pelos outros.


II – ARRAIGADOS E FUNDADOS EM AMOR

O amor é a mensagem central do Evangelho de Cristo. Um dos propósitos da oração de Paulo foi para que a Igreja entendesse e exercitasse o amor de Deus.

1. Amor: a virtude cristã.
Nas Escrituras o amor é atributo divino: “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 Jo 4.8). Foi por amor que Cristo se entregou para o resgate da humanidade (5.2). O amor é o resumo da lei e dos profetas (Mt 22.40), o sinal dos discípulos de Cristo (Jo 13.35), a prova de filiação com Deus (1 Jo 4.7) e deve ser expresso por meio de atitudes concretas (1 Jo 3.17). O amor é a maior de todas as virtudes e o princípio que norteia o fruto do Espírito (1 Co 13.13). Ciente dessa relevância, o apóstolo implora a Deus para que o viver da Igreja seja arraigado e alicerçado no amor.

2. Arraigados e fundados em amor.
Após rogar ao pai pelo poder do Espírito e a habitação de Cristo, o apóstolo clama para que a Igreja possa também compreender e praticar o amor (3.16,17). A expressão “arraigados e fundados em amor” (3.17) compara os santos como uma planta bem enraizada e uma casa bem alicerçada. Indica que sem o amor, a vida cristã não tem sustentação alguma (1 Co 13.1-3). Por causa disso, o apóstolo insiste pela total compreensão de “qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” do amor divino (3.18). O uso dessas expressões aponta para a vastidão do amor de Cristo, “que excede todo o entendimento” (3.19) e indica que a lógica humana não pode mensurar o amor de Deus.

3. A intensidade do amor de Cristo.
Consciente de que somente o Espírito pode fazer entender e experimentar a grandeza do amor de Deus, Paulo pede para que os crentes conheçam a intensidade do amor de Cristo (3.18,19). A ênfase recai em que Cristo nos amou e ainda nos ama e que, por isso, devemos amar uns aos outros (1 Jo 4.10-11). O apóstolo sabe que o esforço humano não pode atingir essa meta; assim, ele acrescenta esse pedido à oração para que os crentes sejam “cheios de toda a plenitude de Deus” (3.19).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Nesse ponto, Paulo enfatiza a necessidade da total compreensão do amor de Deus e o crescimento espiritual dos crentes até alcançar a perfeição.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
‘... Nos vossos corações’.
A palavra ‘coração’ aparece com dois sentidos na Bíblia. Primeiro, como os sentimentos à parte do entendimento. Segundo, como toda a alma, incluindo o intelecto e os sentimentos. Neste último sentido, a Bíblia fala de ‘coração entendido’ (1 Rs 3.9,12; Pv 8.5), e também como ‘pensamentos, planos e conselhos do coração’ (Jz 5.15; Pv 19.21; 20.5). A palavra ‘coração’ tem significado figurativo na Bíblia  e deve ser entendida assim. O coração é tratado como o centro da vida espiritual do crente. Caráter, personalidade, mente e vontade são termos modernos que refletem uma pessoa, e na Bíblia estes termos são conhecidos como ‘coração’.

[...] ‘A fim de, estando arraigados e fundados em amor’ sugerem duas ilustrações. Elas ilustram uma árvore e um edifício. O termo ‘arraigados’ pode figurar como a plantação de uma árvore; é a representação que melhor ilustra a Igreja e foi usada por Jesus – a videira (Jo 15.5). Já a palavra ‘fundados’ tem a ver com fundamento e sugere a figura de um edifício, a Igreja (Ef 2.20; Cl 1.23; 2.7). Conforme o texto nos dá a entender, nossas raízes e fundamentos são firmados no amor. O amor é a base do crescimento e do fortalecimento de nossas raízes em Cristo; a firmeza e a solidez do fundamento de nossa fé estão no amor de Cristo. Tanto uma árvore bem arraigada quanto o nosso fundamento, feito unicamente sobre a Palavra de Deus, indicam que a vida cristã não deve ser superficial nem basear-se em fundamentos rotos (Mt 7.24-27)” (CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico Efésios. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.65-66).


CONHEÇA MAIS
*Comparações de  Amor entre o AT e NT
“A comparação dos usos do AT ('aheb-agapao) e do NT (agapao) mostra quão diversos são os objetos do amor; por exemplo. (1) marido-mulher (Gn 24.67; Ef 5.25), (2) o próximo (Lv 19.18; Mt 5.43; 19.19), (3) dinheiro (Ec 5.9; 2 Pe 2.15), (4) um amigo (1 Sm 20.17 - Davi e Jônatas; Jo 11.5 - Jesus-Marta, (5) uma cidade (Sl 78.68; Ap20.9” Para saber mais leia: Dicionário Vine, CPAD, p.93.

III – A BÊNÇÃO DE DEUS EXCEDE O PENSAMENTO HUMANO

Em sua audaciosa intercessão em favor da Igreja, o apóstolo ensina que Deus é capaz de fazer muito além do que pedimos, e, que o Eterno deve ser glorificado para sempre.

1. A dimensão das bênçãos divinas.
Ao concluir a ousada oração, Paulo lembra de que a magnitude do poder de Deus é capaz de fazer “muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (3.20). Isso indica que o que Deus pode fazer ultrapassa em muito nossos melhores anseios e desejos. Quer dizer que a mente humana é incapaz de alcançar a dimensão das bênçãos divinas. Nesse sentido, Paulo declara que as coisas que sequer “subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9). Essa instrução mostra que os pensamentos do Senhor são muito mais altos do que os nossos (Is 55.9). Desse modo, o poder divino que age na vida do crente e suas bênçãos disponíveis são impossíveis de dimensionar. A grandeza do poder de nosso Deus é capaz de responde para além das mais corajosas orações (1 Rs 3.5-14).

2. O convite para adoração.
Paulo encerra esse capítulo com o convite de adoração a Deus, cuja glória é devida “na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações” (3.21). A conclusão paulina não poderia ter sido diferente. Nos versículos anteriores ele discorreu acerca da boa nova do mistério revelado (3.3-5), das muitíssimas riquezas de Cristo conferidas a Igreja (3.8,9), da grandeza do poder de Deus (3.16), e da infinitude do amor e de todas as bênçãos divinas que excedem a compreensão humana (3,19,20). Além dessas e das demais bênçãos, a única coisa a ser acrescentada era o louvor ao Senhor Deus, detentor de tamanhas dádivas.

3. A glória devida a Deus.
Finalmente, Paulo prossegue a ensinar que Deus deve ser glorificado “na Igreja e em Cristo”. Quer dizer que os atos de louvar e glorificar a Deus fazem parte dos propósitos da instituição da Igreja (1.6,12,14). A Igreja nunca terá glória em si mesma, pois toda a glória é exclusivamente tributada para Deus por intermédio da Obra de Cristo (Sl 115.1; Jo 13.31,32). Em sua oração, o apóstolo anela que essa postura de adoração e exaltação a Cristo perdure “por todas as gerações” e enfatiza seu pedido com a frase “para todo o sempre” (3.21), o que significa que deve ser praticada por todos os crentes.

SÍNTESE DO TÓPICO III
As bênçãos espirituais são ilimitadas e estão disponíveis ao cristão, e, somente o nome de Deus deve ser eternamente glorificado.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Paulo, ao final de sua segunda oração, faz uma doxologia ao Deus Todo-Poderoso, que ouve e responde às orações. A oração do apóstolo parece ter alcançado um grau tão alto e sublime que nada poderia impedir a sua resposta.

Para Paulo, Deus responde não somente ao que nós pedimos mas Ele pode fazer muito mais do que pedimos ou pensamos (v. 20). A total confiança no ilimitável amor divino move o coração de Deus, e a resposta divina chega com bênçãos excedentes, isto é, sempre acima do que pedimos ou pensamos. Para que isso aconteça, é necessário que nossos desejos, aspirações e vontades sejam canalizados para o centro da vontade de Deus, e Ele, como lhe convier, responderá às nossas orações.

Ele é poderoso não só para fazer tudo o que pedimos ou pensamos, mas para fazer tudo além do que pedimos ou pensamos, para fazer tudo muito mais abundantemente além do que pedimos ou pensamos” (CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico Efésios. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.68-69).

CONCLUSÃO

A ousada intercessão de Paulo anelava o fortalecimento da Igreja. O apóstolo tinha ciência de que o perseverar do cristão dependia de quatro princípios basilares, os quais ele pediu a Deus em oração: o fortalecimento de poder, a presença plena de Cristo, o intenso exercício do amor de Deus e o contínuo crescimento espiritual até encontrar a perfeição. Durante esse processo, o povo de Deus deve glorificá-Lo em todo o tempo.

PARA REFLETIR
A respeito de “A Intercessão pelos Efésios”, responda:

• O que o apóstolo Paulo pede?
Paulo pede para que a Igreja seja fortalecida com poder, que seja habitada por Cristo, que compreenda o amor divino e tenha pleno desenvolvimento espiritual (3.16-19).

• Qual é a única força que habilita o crente a se manter firme?
A única força que habilita o crente a se manter firme advém do Espírito Santo (Jo 14.16,17), que atua no homem interior e capacita o crente a perseverar, a manter-se afastado do pecado e a compreender as coisas espirituais (1 Co 2.12-16).

• Qual a maior de todas as virtudes?
O amor é a maior de todas as virtudes e o princípio que norteia o fruto do Espírito (1 Co 13.13). 

• Qual a ênfase da oração apostólica?
A ênfase recai em que Cristo nos amou e ainda nos ama e que, por isso, devemos amar uns aos outros (1 Jo 4.10-11).

• Como Paulo encerra Efésios 3?
Paulo encerra esse capítulo com o convite de adoração a Deus cuja glória é devida “na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações” (3.21).

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O apóstolo Paulo e a Intercessão pelos Efésios

Vemos na carta aos efésios capítulo 3.14-21, mais uma vez o apóstolo Paulo orando pelos servos do Senhor Jesus Cristo em Éfeso. 
A primeira oração (ver capítulo 1.15-23), relaciona-se principalmente com seu bem-estar espiritual. Enquanto a primeira oração se centraliza no conhecimento, esta (em Ef 3.14-21) enfatiza a capacitação e o amor.

1. O conceito de oração intercessória.
🎯 Intercessão: [Do lat. intercessionem]. Súplica em favor de outrem.
Oração intercesória é a ação de orar por outras pessoas. O papel de mediador em oração era prevalente no Velho Testamento (ex: Abraão, Moisés, Davi, Samuel, Ezequias, Elias, Jeremias, Ezequiel e Daniel). No entanto, Cristo é retratado no Novo Testamento como o intercessor supremo. Jesus acabou com a distância que existia entre nós e Deus quando Ele morreu na cruz. Ele foi o mais importante mediador (intercessor) que já existiu. Por causa disso podemos agora interceder em oração a favor de outros Cristãos, ou pelos perdidos, pedindo a Deus que lhes conceda arrependimento de acordo com Sua vontade.
a) Por quem devemos fazer orações intercessórias:
·          Todos em autoridade (1 Timóteo 2.2)
·          Pastores (Filipenses 1.19)
·          A Igreja (Salmos 122.6)
·          Amigos (Jó 42.8);
·          Os que não são salvos (Romanos 10.1)
·          Os doentes (Tiago 5.14)
·          Inimigos (Jeremias 29.7)
·          Aqueles que nos perseguem (Mateus 5.44)
·          Aqueles que nos abandonam (2 Timóteo 4.16)
·          Todos os homens (1 Timóteo 2.1)
Todos os Cristãos têm o Espírito Santo em seus corações e, da mesma forma como Ele intercede por nós de acordo com a vontade de Deus (Romanos 8.26-27), devemos interceder uns pelos outros. Isso não é um privilégio limitado apenas a uma elite Cristã exclusiva; esse é um comando para todos. Na verdade, não oferecer oração intercessória a favor de outras pessoas é pecado. “Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós...” (1 Samuel 12.23).[1]
🔍SAIBA MAIS:

- A Condição dos Gentios sem Deus

- Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo

- A Iluminação Espiritual do Crente

- Cristo é a Nossa Reconciliação com Deus

- O Mistério da Unidade Revelado


2. O significado de orar ajoelhado nos dias de Paulo.

“[...] me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 3.1 – ARC)
Entre os judeus era comum ficar em pé para orar (Mt 6.5 e Lc 18.11, 13). Ajoelhar-se para oração, embora se tenha tornado uma atitude cristã comum, era anteriormente sinal, de profunda emoção ou fervor, e com base nisto podemos compreender as palavras do apóstolo aqui. Salomão ajoelhou-se quando da dedicação do templo (1 Rs 8.54); Estevão durante seu martírio (At 7.60); Pedro ao lado do leito de morte de Tabita (At 9.40); Paulo em suas despedidas por ocasião de sua última viagem a Jerusalém (At 20.36; 21.5); nosso Senhor mesmo, quando de Sua agonia no Getsêmani (Lc 22.41).
3. Que Paulo pediu em sua oração intercessória?
3.1.  Primeiro pedido: O fortalecimento com poder.

“Peço a Deus que... conceda a vocês que sejam fortalecidos com poder” (Ef 3.16 - NAA).

O verbo krataiõthenai tem o sentido de fortalecimento ou capacitação. Uma pessoa pode ser fortalecida em amor, conhecimento ou alguma outra qualidade; a esta altura a oração é para que os leitores de Paulo possam ser equipados com o poder (dunamis) que os habilita a ficar firmes em Cristo, e a viver e trabalhar para Ele ( 1 Co 16.13; Fp 4.13).
Esse poder se manifesta no homem interior,ou seja, na parte espiritual da nossa natureza. É o homem interior que se deleita na lei do Senhor (Rm 7.22). É o homem interior que é renovado dia após dia enquanto o homem exterior se corrompe (2Co 4.16). Embora pertença a Deus, nosso homem interior carece de força, crescimento e desenvolvimento.
3.2. O propósito fortalecimento pelo Espírito (Ef 3.16).

O propósito desse fortalecimento mediante o Espírito é quádruplo. Vejamos.
(1) Que Cristo estabeleça a sua presença em nossos corações (Ef 3.16,17; Rm 8.9,10);
(2) Que sejamos fundamentados em amor sincero a Deus, a Cristo e ao próximo;
(3) Que compreendamos e experimentemos em nossa vida o amor de Cristo (Ef 3.18,19).

(4) Que sejamos "cheios de toda a plenitude de Deus" (Ef 3.19), ou seja, que a presença de Deus nos encha de tal modo que reflitamos e manifestemos, desde o íntimo do nosso ser, o caráter e a estatura do Senhor Jesus Cristo (Ef  4.13,15,22-24).[2]

3.3.  Segundo pedido: que Cristo habite no coração de vocês pela fé (Ef 3.17).

Esse é o resultado da força do Espírito: somos fortalecidos para que Cristo habite no nosso coração. A verdade, é que Cristo passa a habitar no crente no momento da sua conversão (Jo 14.23; Ap 3.20). Porém, não é esse o assunto desta oração. Não se trata aqui de Cristo habitar no crente, mas, sim, de se sentir em casa. Ele reside permanentemente em todos os convertidos. Porém, o pedido aqui é que ele tenha livre acesso a todos os quartos e cantos do nosso ser; que não se entristeça com nossas palavras, pensamentos, intenções e atos pecaminosos; que desfrute de comunhão ininterrupta com o crente. Assim o coração do cristão se transformará no lar de Cristo.
3.4. Terceiro pedido: “compreender” o amor de Cristo.
Isto para que, com todos os santos, vocês possam compreender qual é a largura, o comprimento, a altura e a profundidade” (Ef 3.18 – NAA).
As quatro dimensões do amor de Cristo pela sua igreja:

Ø    A LARGURAvem descrita em Ef 2.11-18. Refere-se à largura da graça de Deus que salva judeus e gentios incorporando-os depois à sua igreja. O mistério abrange ambos os segmentos da humanidade.
Ø    O COMPRIMENTOse estende de eternidade a eternidade. Quanto ao passado, os crentes foram escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo (Ef 1.4). Quanto ao futuro, na eternidade haverá em Cristo Jesus uma revelação contínua da suprema riqueza da sua graça e bondade para conosco através de Cristo Jesus (Ef 2.7).
Ø    A PROFUNDIDADEé descrita vivamente em Ef 2.1-3. Estávamos atolados num abismo indizível de pecado e degradação. Jesus entrou nessa selva de imundície e corrupção a fim de morrer no nosso lugar.
Ø    A ALTURAé vista em Ef 2.6, que mostra que fomos não somente ressuscitados, mas também entronizados com Cristo nos lugares celestiais para compartilhar da sua glória.

3.5. Quarto pedido: conhecer o amor de Cristo (Ef 3.19 – NAA).
Em 3.18, Paulo orou para que os crentes pudessem “compreender” o amor de Cristo. Aqui, ele orou para que eles pudessem conhecê-lo. Paulo também reconheceu que o amor de Cristo é tão grande, que excede todo entendimento. Os crentes não podem explicar racionalmente o amor de Cristo; eles somente podem conhecê-lo ao vivenciá-lo. Este conhecimento requer vivência constante e crescente.

Conhecer experimentalmente o amor de Cristo é “conhecer o próprio Cristo, em uma experiência cada vez mais abrangente, e ter seu permanente e abnegado amor reproduzido em nós mesmos. Paulo está se referindo a um entendimento experimental do amor de Cristo, conforme se torna aparente em Ef 3.19, onde afirma que esse amor “excede todo entendimento”. Além disso, independente de tudo que possamos conhecer a respeito do amor de Cristo, sempre existirá muito mais para conhecer porque ele é infinito e inexaurível.

Somente aqueles que são nascidos de novo (2 Co 5.17) podem provar e experimentar esse amor. Entretanto, esse fato não significa que possam explicá-lo, ele continua a ser um amor que "excede a todo o entendimento".
4. Deus responde as orações de maneira especial (Ef 3.20).
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Ef 3.20 – NAA).

Para Paulo, Deus responde não somente ao que nós pedimos, mas Ele pode fazer muito mais do que pedimos ou pensamos (v. 20). A total confiança no ilimitável amor divino move o coração de Deus, e a resposta divina chega com bênçãos excedentes, isto é, sempre acima do que pedimos ou pensamos. Para que isso aconteça, é necessário que nossos desejos, aspirações e vontades sejam canalizados para o centro da vontade de Deus, e Ele, como lhe convier, responderá às nossas petições.

5. A oração intercessória.

5. 1. No Antigo Testamento.
Entre o povo de Israel havia muitos homens fiéis, amorosos e dedicados, que perseveraram em oração a Deus por seus irmãos e pela nação inteira.
ü    Samuel (1 Sm 7.8,9; 12.19-25),
ü    Moisés (Êx 32.11-14, 30-32; Dt 9.13-19),
ü    Jeremias (14.19-22),
ü    Esdras (Ed 9.6-15),
ü    Daniel (Dn 9.3-19) e tantos outros servem como exemplo.
O próprio Deus menciona nominalmente homens como Samuel e Moisés como intercessores (Jr 15.1). Estes homens santos se afligiam com o pecado do povo, sentiam a necessidade do perdão divino e choravam diante de Deus, suplicando-lhe uma solução.

5.2. Em o Novo Testamento.
O ministério da intercessão perante Deus continuou sendo o Senhor Jesus o nosso supremo exemplo (Jo 17). Pessoas vinham ao Mestre pedindo por seus parentes, amigos e servos (Mc 5.22-43; 10.13; Jo 4.46-53). Jesus demonstrou a prática da intercessão muitas vezes orando pelos perdidos (Lc 19.10), por Jerusalém e seus discípulos (Jo 17.6-26).

Na igreja, a partir do livro de Atos e das Epístolas há muitos e variados exemplos de intercessões em oração, nos quais há grandes lições para a nossa vida cristã. A igreja é incentivada a orar uns pelos outros (Tg 5.16; Ef 6.18). Ela deve habituar-se a interceder pelas necessidades dos irmãos (At 12.5; 13.3). Na igreja, às vezes há grupos que se organizam e se intitulam “Os Intercessores”, mas não perduram. O verdadeiro intercessor não gosta de aparecer. Ele em si mesmo se compraz em ver, mediante sua intercessão, o nome de Deus ser glorificado pelas bênçãos concedidas.

5.3. Nos dias atuais.
A Bíblia nos ensina que é dever do crente orar pelos outros (1 Jo 5.16; 1 Tm 2.1,8; Ef 6.18; Tg 5.16). Contudo, não é só um dever, mas principalmente um privilégio e um canal de bênção. Aquele que persevera em orar pelos outros, Deus levanta intercessores para orar por ele e, assim, todos são abençoados.

A oração intercessória enquadra-se na verdade bíblica: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). Quem ora, se coloca diante de Deus, entra em sua presença e nunca sai deste encontro da mesma forma que entrou. Ser alvo de uma oração é gratificante; orar é glorioso. A prática de estar com Deus em oração, muda o homem (Gn 32.22-32).[3]
 Autor: Evangelista Jair Alves
 Publicação: Uikisearch
💻 Site: www.uikisearch.org


🔍VEJA TAMBÉM🔍:

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[1]< https://www.gotquestions.org/Portugues/oracao-intercessoria.html> (Acesse em março de 2020)
[2]Bíblia de Estudo Pentecostal
[3] Lições Bíblicas Jovens e Adultos, 4º Trimestre de 2010 - CPAD

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