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O que é uma pneumonia?

A pneumonia é uma doença comum associada a morbidade e mortalidade significativa. Afeta milhões de pessoas em todo o mundo, continuando a ser uma importante causa de morte: é a sexta a nível mundial e a segunda nos países em vias de desenvolvimento.
Define se como uma doença infeciosa aguda a nível pulmonar, ou seja: atinge os pulmões e é resultante da agressão e proliferação de micro-organismos infeciosos a nível dos alvéolos pulmonares, e, por vezes, envolvendo o espaço intersticial entre os alvéolos.

Pode afetar qualquer pessoa, desde que os mecanismos de defesa habituais do organismo estejam diminuídos ou comprometidos. Pode ocorrer em qualquer idade, mas estão em maior risco idosos e crianças muito novas. Há também risco acrescido em portadores de doenças crônicas, em fumadores e pessoas com dependência de álcool e drogas. A gravidade da doença está condicionada pelo facto de existirem, ou não. fatores de risco associados.

A maior parte das pneumonias é adquirida na comunidade e pode ocorrer:

- pela inalação de partículas através da respiração;
- por aspiração de bactérias que, normalmente, se encontram na via respiratória superior e na orofaringe. em particular, que proliferam e acabam por ser aspiradas para o pulmão;

- através da circulação sanguínea, sendo a forma menos comum, e que ocorre quando uma infeção num outro local do organismo, atinge os pulmões através da circulação

1. Os sintomas

Os sintomas principais da doença são a tosse com expetoração e a febre, podendo nalguns casos ocorrer tosse seca, calafrios, dificuldade respiratória e dor torácica. Pode surgir também mal-estar generalizado, mialgias, náuseas, vômitos e prostração. Os sintomas vão depender da extensão da doença e do micro-organismo que a causa.

2. O diagnóstico
O diagnóstico ê feito com base nos sintomas e no exame físico, podendo ser infirmado por radiografia de tórax. Em alguns casos, podem ser realizadas análises de microbiologia, no senado de tentar identificar o micro-organismo. No entanto, em metade dos indivíduos com pneumonia não se chega a identificar o micro organismo responsável.

3. Causas
São vários os micro-organismos que podem causar pneumonia, incluído bactérias, vírus, parasitas ou fungos.

Nos adultos, as causas mais frequentes são as bactérias, como a Streptococcus pneumoniae. Staphylococcusaureus. Legionella e Haemophilus influenzae.

Destas, a Streptococcus pneumoniaeé o principal micro-organismo. sendo a responsável pelo maior número de casos e de mortalidade. Daí a importância da vacinação antipneumocócica, de modo a prevenir as complicações graves nos grupos de risco.

Os vírussão também frequentemente responsáveis pela pneumonia adquirida na comunidade. O mais frequente é o vírusinfluenza, sendo de referir ainda o sincicial respiratório (VSR), o parain fluenza e o adenovírus. Foram também identificados outros víruscomo o rhinovírus e o coronavírus.

Pode ocorrer sobreinfecção bacteriana, condicionando a morbilidade e mortalidade.

As infeções por fungos e parasitas ocorrem com menos frequência, mas devem ser consideradas em indivíduos imunocomprometidos ou com história de viagens recentes.

4. O tratamento
O tratamento depende do tipo de pneumonia. Os antibióticos estão indicados na pneumonia bacteriana. A escolha do antibiótico depende de vários aspetos, nomeadamente; da gravidade da doença, da idade do doente, da presença de comorbilidades (outras doenças), contexto epidemiológico, contactos com outros doentes ou com um tipo de ambiente especifico e de prévia intolerância a um determinado antibiótico.

Na maior parte dos casos, o tratamento e realizado sem necessidade de internamento.

Pode, contudo, ser necessário o internamento, sobretudo em casos de doentes idosos, com febre persistente, compromisso da função renal, ou dificuldade respiratória com diminuição da oxigenação do sangue. Neste último caso, é necessário o suporte com oxigênio. Casos graves podem condicionar insuficiência respiratória grave com necessidade de ventilação mecânica.

SAIBA MAIS:


Publicação: Uikisearch
Artigo: Cristina Cristóvão - Pneumologista
📚 Referências: Periódico: Visão Saúde. Março-Maio de 2020 pp. 14,15

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Tags: Doenças | Vírus

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O “TEFLON” traz ou não riscos à saúde?

TEFLON - Ele foi inventado para uso em geladeiras. Acabou indo parar nas panelas – e no sangue de 98% das pessoas. O Teflon é onipresente, misterioso, polêmico. Mas, afinal, traz ou não riscos à saúde?
Em 1998, um fazendeiro de Parkersburg, West Virginia (EUA), relatou à polícia que suas vacas estavam agindo de maneira estranha. Elas cambaleavam, como se estivessem bêbadas. Uma espuma branca escorria pela boca dos animais, que tinham feridas no corpo e comportamento agressivo. Cerca de 150 vacas desse criador, Wilbur Tennant, morreram. Seis anos depois, um grupo de cientistas da Faculdade de Medicina Veterinária da USP publicou um artigo intrigante. Ele contava a história de cinco passarinhos cujo dono esquecera uma panela no fogão aceso. Felizmente, isso não provocou um incêndio - mas o dono dos bichinhos ficou perplexo ao constatar que, por algum motivo, todos os pássaros haviam morrido. As duas histórias têm um ponto em comum: em ambos os casos, os animais morreram por causa do Teflon. Desde a década de 1950, foram produzidos bilhões de utensílios de cozinha revestidos com esse material, criado pela multinacional americana DuPont.

É impossível fugir dele, inclusive porque já está dentro de você: um estudo publicado em 2007 por cientistas do governo americano constatou que 98% das pessoas tinham subprodutos do Teflon na corrente sanguínea1, que também já foram detectados até em tartarugas marinhas e ursos polares. Mas o que isso significa? Você deveria jogar fora as panelas da sua casa?

A lata de gás – e o pó branco
O Teflon foi descoberto pelo químico Roy Plunkett em 6 de abril de 1938, durante testes num laboratório da DuPont em Nova Jersey. Ele queria criar um gás refrigerante, que pudesse ser usado em geladeiras
como alternativa ao CFC (clorofluorcarbono) – um ato visionário, diga-se, considerando que décadas mais tarde o CFC acabaria banido por destruir a camada de ozônio. Plunkett pediu a seu assistente que trouxesse um cilindro de C2F4: tetrafluoroetileno,  um dos compostos que eles estavam testando.

Ao perceber que algo bloqueava a passagem do gás, Plunkett desparafusou a válvula e virou o recipiente de cabeça para baixo. Um pó branco e escorregadio deslizou sobre a bancada do laboratório. Aquela coisa estranha era politetrafluoretileno (PTFE), uma nova substância – que a DuPont viria a batizar de Teflon.

Ele é uma cadeia com várias moléculas de C2F4 polimerizadas, ou seja, grudadas como elos de uma corrente. O carbono fica no meio, e é totalmente rodeado por átomos de flúor – que não grudam em praticamente nada, dando ao material sua propriedade antiaderente. (Para que o Teflon se fixe no metal da panela, ela passa por várias etapas de cura em altíssimas temperaturas, acima de 400 graus. Também existem variações do PTFE desenvolvidas para revestir materiais como plástico e borracha, que são curadas em temperaturas entre 60 e 80 graus).

O PTFE e os outros compostos químicos perfluorados (PFCs) têm muitas aplicações. São usados em peças de carros e aviões, tapetes, mangueiras, lentes de contato, lâmpadas, próteses dentárias, embalagens de pizza e de pipoca para micro-ondas, além de roupas resistentes a manchas e impermeáveis. O Teflon também foi empregado na usina de enriquecimento de urânio do Projeto Manhattan – e até na bomba atômica lançada sobre Hiroshima, no Japão. É que, além de ser antiaderente, ele é extremamente estável: dificilmente reage com outras moléculas, e por isso resiste à maioria das substâncias corrosivas.

Mas o que realmente consagrou o material foi sua aplicação na cozinha. Panelas revestidas pela substância não só evitam que o ovo grude na frigideira como diminuem a quantidade de gordura necessária para o cozimento. Além disso, as panelas de Teflon são mais fáceis de lavar quando comparadas com as de alumínio ou de ferro. Entretanto, após décadas de simbolismo e sinônimo de praticidade, o Teflon foi parar no centro de uma batalha judicial.

A investigação revelou que a produção dessa substância tinha um lado bem perigoso para a saúde humana e o meio ambiente – e a DuPont sabia disso.

O caso das vacas
Quando suas vacas começaram a morrer, Wilbur Tennant, o fazendeiro de Parkersburg, suspeitou que a causa estivesse ligada ao riacho que cruzava suas terras. A água ingerida pelos animais poderia estar contaminada por resíduos da DuPont, que tinha uma fábrica ali
perto.  O fazendeiro procurou ajuda: falou com políticos, jornalistas, veterinários, advogados locais. Ninguém deu bola. A DuPont parecia controlar a cidade e seus 30 mil habitantes.

Desesperado, o fazendeiro foi até Cincinnati tentar falar com o advogado Robert Billot. Não parecia a escolha mais adequada. Billot trabalhava no Taft Stettinius & Hollister, escritório de Ohio especializado em defender grandes empresas químicas. Mas Wilbur, que conhecia a avó de Robert (ela morava perto de Parkersburg), não
tinha mais a quem recorrer. Ao ver fotos e vídeos das vacas envenenadas, o advogado aceitou o caso e topou entrar com uma ação judicial contra a DuPont. O ano era 1999.

A primeira reação da DuPont foi fazer um estudo sobre a fazenda de Wilbur – no qual alegou que as vacas tinham morrido de inanição, por desleixo do fazendeiro. O relatório era coassinado pela Environmental Protection Agency (EPA), a agência americana de proteção ao ambiente. Mas Robert não desistiu.

Intrigado com a misteriosa sigla “PFOA”, que aparecia em cartas enviadas pela DuPont às autoridades, o advogado pediu que a empresa compartilhasse todas as informações que tivesse a respeito. Forçada a isso por ordem judicial, ela enviou um caminhão de documentos para Robert: caixas e mais caixas de papéis, totalizando 110 mil páginas.

Eram arquivos sigilosos da DuPont, com relatórios médicos, estudos internos e anotações privadas dos cientistas da companhia. O advogado ficou meses mergulhado nos documentos, até fazer uma descoberta chocante. PFOA é ácido perfluorooctanoico, uma substância que a DuPont passou a comprar e usar em grande quantidade a partir de 1951 (não confundir com PTFE, que é o Teflon em si). Ela servia para dar estabilidade ao processo de polimerização e formação do Teflon. Em alguns documentos, a empresa chamava o PFOA de “C8” – referência aos oito átomos de carbono que formam sua molécula. Mas, independentemente do nome, a DuPont sabia que o PFOA era tóxico.

Em 1961, seus cientistas descobriram que o PFOA poderia aumentar o tamanho do fígado em ratos e coelhos. Em 1962, ela pediu a alguns funcionários que fumassem cigarros contendo essa substância, para avaliar sua toxicidade – a maioria foi parar no hospital. Mas a produção continuou. Na década seguinte, a empresa constatou que o sangue dos operários da fábrica de Teflon tinha altas concentrações de PFOA. Novamente, nada foi feito.

A multinacional 3M, que produzia e vendia a substância para a DuPont, chegou a alertá-la: informou que o PFOA tinha potencial cancerígeno, e mutagênico, em ratos – fêmeas prenhas expostas à substância geravam filhotes com olhos deformados. Por precaução, a DuPont tirou mulheres jovens da linha de produção do Teflon, sem explicar os motivos. Isso não impediu que os filhos de algumas delas apresentassem má-formação de olhos e narinas. As informações foram mantidas em sigilo por 40 anos e só vieram à tona depois do processo movido pelo fazendeiro – que morreu de câncer em 2010. O caso rendeu uma longa reportagem do jornal New York Times (e o filme Dark Waters: O Preço da Verdade, de 2019, baseado nela).

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O ácido e as panelas
Nos anos 1960, a DuPont até tentou dar um jeito nos problemas do ácido perfluorooctanoico. Em 1962, a empresa parou de despejar os rejeitos no rio Ohio e passou a guardá-los em tambores. O problema é que, com o tempo, os recipientes começaram a vazar. Na década de 1980, ela construiu um aterro sanitário para armazenar os subprodutos tóxicos do PFOA. Mas, aí, ele acabou entrando no lençol freático local, contaminando o riacho onde o gado de Wilbur Tennant se refrescava – e, também, a água que os moradores de Parkersburg bebiam.

O governo americano iniciou uma investigação própria sobre a substância, e o resultado saiu em 2002: sim, ela apresentava riscos à saúde humana. A DuPont foi multada em irrisórios US$ 16,5 milhões por ocultar informações e obrigada a suspender o uso do PFOA. Mas não ficou só por isso. Em 2011, o comitê científico formado pelo condado de West Virginia anunciou sua conclusão: “vínculo provável” entre o PFOA e câncer de rim, câncer de testículo, doença da tiroide, colesterol alto, colite ulcerativa e pré-eclâmpsia (hipertensão induzida pela gravidez). A DuPont contestou a conclusão dos cientistas e se dispôs a enfrentar as ações individuais movidas contra ela nos tribunais: cerca de 3.500 processos. Mas a empresa acabou fazendo um acordo coletivo, e em fevereiro de 2017 encerrou as ações pagando US$ 671 milhões de indenização.

“Em 2006, a DuPont assumiu o compromisso de eliminar o uso de PFOA, o que alcançamos em 2015”, afirmou a empresa em nota à SUPER. Hoje o Teflon é fabricado usando outra substância, desenvolvida pela Chemours, uma empresa criada pela DuPont. É o ácido de óxido hexafluoropropileno dímero, que a empresa batizou de GenX. Em 2017, um estudo feito pela Cape Fear Public Utility, a fornecedora de água da Carolina do Norte, detectou contaminação por GenX – cujos resíduos a Chemours estaria jogando num rio local. Em 2019, ela foi condenada a pagar uma multa de US$ 12 milhões, e parar de despejar os subprodutos no rio. A Chemours afirma que “um corpo significativo de dados demonstra que essas substâncias químicas alternativas podem ser usadas com segurança’’. Mas a conclusão é óbvia: a produção de Teflon tem consequências ambientais, e é possível que os operários das fábricas corram algum tipo de risco. Afinal, isso já aconteceu antes.

Mesmo com a aposentadoria do PFOA, cientistas acreditam que é quase impossível eliminá-lo definitivamente do nosso dia a dia. O composto é tão estável quimicamente que ainda estará na Terra depois que a humanidade deixar de existir. Por isso, ele e seus similares, como o PFOS (ácido perfluoro-octânicossulfônico) foram apelidados de “substâncias eternas” (forever chemicals).

Não à toa, eles se perpetuaram no sangue dos seres humanos – processo que pode ocorrer por inalação, transmissão pelo cordão umbilical ou aleitamento materno e, sim, pelo consumo de alimentos cozidos em panelas antiaderentes. Mas o grau de contaminação não chega nem perto ao nível daquele visto entre os trabalhadores da DuPont ou dos moradores da região de Parkersburg. “A quantidade de PFOA eventualmente liberada durante o processo de cozimento é ínfima. Para fazer mal, a pessoa teria que ingerir Teflon, o que não é o caso”, diz Cláudio Luis Frankenberg, professor de engenharia química da PUC-RS. Ou seja: comer alimentos preparados em panelas de Teflon (ainda que elas tenham sido produzidas antes de 2015, e possam conter resíduos de PFOA) não é prejudicial à saúde. Segundo o governo dos EUA, o nível médio dessa substância no sangue das pessoas é de 5 partes por bilhão (ppb), patamar teoricamente inofensivo – e muito abaixo dos 128 ppb encontrados em moradores de Parkersburg, ou os 8 mil ppb presentes em operários contaminados. Mas é essencial que as panelas sejam utilizadas de forma segura – o que não aconteceu naquele caso, citado no início deste texto, dos cinco passarinhos que morreram por causa de uma panela com Teflon.

“O PTFE, comercialmente conhecido como Teflon (...) é relativamente estável a temperaturas inferiores a 260 graus. Entretanto, acima de 280 graus sofre pirólise e libera, por degradação térmica, diversos gases tóxicos aos quais as aves são muito sensíveis”, afirma o artigo produzido pela Faculdade de Medicina Veterinária da USP.

No episódio analisado pelos cientistas, a panela ficou no fogão por muito tempo, até queimar – e o Teflon foi literalmente incinerado (260 graus é uma temperatura bastante alta, na qual os óleos de cozinha queimam e viram fumaça). As aves são mais suscetíveis do que nós a gases tóxicos, pois seus pulmões as absorvem muito mais rápido. (Daí a prática, comum até a década de 1980, de levar uma gaiola com canários para ambientes confinados, como minas. Se o pássaro morresse, era sinal de que os trabalhadores deveriam evacuar o local.)

Não se deve “preaquecer” as panelas de Teflon (colocar a panela ou frigideira vazia no fogo), nem permitir que elas continuem sobre a chama por muito tempo depois que o líquido dos alimentos tiver evaporado. E panelas que estiverem com a superfície antiaderente danificada ou descascando devem ser jogadas fora: junto com o lixo reciclável, para que tenham um destino ecologicamente correto e não
acabem contaminando o ambiente com ainda mais Teflon. Não que tenhamos muita escolha: ele já está em toda parte, inclusive dentro de nós. E vai continuar – para sempre.

Publicação: Uikisearch
💻 Site: www.uikisearch.org
Referência: SUPERINTERESSANTE edição nº 414 (ISSN 0104-178-9), ano 34, n° 4, pp. 48-53

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Como funciona um vírus?

Vírus - Um ser humano é construído por, no mínimo, 20 mil proteínas diferentes (há quem fale em 92 mil). 

Existe a queratina dos seus cabelos; a actina e miosina, que contraem seus músculos; a amilase, que começa a digestão do açúcar ainda na sua boca; a insulina, que controla o acesso desse açúcar às suas células... A lista é longa. Do mesmo jeito que as 400 mil palavras do português são feitas com um alfabeto de apenas 26 letras, nossas 92 mil proteínas são combinações diferentes de 20 pequenas moléculas chamadas aminoácidos.

Durante a digestão, na acidez do estômago, as proteínas de outros animais e plantas são quebradas em aminoácidos. Como palavras desmontadas em uma sopa de letrinhas. Depois, células do corpo todo usam esses aminoácidos como matéria-prima para montar suas próprias proteínas. Mas elas precisam saber as sequências certas. Para tanto, usam um dicionário de proteínas. O nome desse dicionário é DNA. Quando uma célula precisa de uma proteína, uma molécula chamada RNA mensageiro vai até o núcleo, abre o DNA, anota a receita e leva a anotação a uma estrutura chamada ribossomo, que monta a proteína.

Todo vírus é feito essencialmente das mesmas coisas que você: uma cápsula oca de proteínas e gorduras no interior da qual há um pedaço curtinho de material genético – que contém as receitas. (Quando você usa álcool gel ou sabão, destrói a cápsula do mesmo jeito que desmancha gordura de hambúrguer nas suas mãos).

Os vírus não fabricam suas proteínas
O problema é que, ao contrário de qualquer animal, planta ou bactéria, os vírus não fabricam suas proteínas por conta própria. Eles não têm a linha de montagem, o tal do ribossomo. O jeito é invadir um organismo – seja uma bactéria, seja um Homo sapiens – e sequestrar os ribossomos, fazendo com que eles fabriquem novas cápsulas virais em vez de algo útil para um humano, como queratina ou amilase. É por isso que os vírus só se reproduzem dentro de algum hospedeiro.

Sequestrar ribossomos
Para sequestrar ribossomos, primeiro é preciso penetrar em uma célula, que é protegida por uma membrana. Cada vírus dá um jeito diferente de atravessar a membrana, então vamos usar como exemplo a praga da vez:
os coronavírus que atendem pela sigla CoV.

A pandemia de Covid-19 é só a obra mais recente dessa família. Além de outras epidemias respiratórias, como a Sars, de 2002, e a Mers, de 2012, os coronavírus foram (e são) responsáveis por resfriados comuns também – junto com 200 e tantos vírus de outros tipos. Das sete linhagens conhecidas de CoV, quatro são quase inofensivas. Só causam alguns espirros.

A Coroa de Vírus
Corona, você já leu por aí, significa “coroa” em latim, porque o vírus tem a aparência de uma bola com uma coroa de espinhos. Esses espinhos, na verdade, não espetam. São só proteínas, que evoluíram para se encaixar como chaves nas fechaduras que ficam na membrana. Feito o encaixe, é só entrar.

Uma célula humana é algo realmente pequeno: você tem 37,2 trilhões delas, em geral tão minúsculas que no espaço de um milímetro cabem dez enfileiradas. Para entrar em uma célula, portanto, os vírus precisam ser cerca de cem vezes menores. Se um coronavírus particularmente gordo, com 160 nanômetros, fosse do tamanho de uma pessoa, a pessoa seria do tamanho da distância entre o Brasil e o Japão – 17 mil Km.

A Covid-19 (sigla para coronavírus disease 2019) começa quando o novo vírus acessa o nariz, a boca ou os olhos – pegando carona nas suas mãos ou suspenso no ar em gotículas de saliva após um espirro bem dado. Ele se aloja em um cantinho estratégico, a parede por
onde o muco escorre garganta abaixo. Os espinhos dele são ótimos em invadir as células dessa região. É na garganta que a maior parte dos casos de Covid-19, começa – e termina, com o vírus eliminado
pelo sistema imunológico.

Os sintomas, nesses casos, são leves: tosse seca para expulsar o invasor; febre baixa para matá-lo de calor (às vezes, nesses casos de eliminação rápida, rola uma dorzinha na cabeça ou na garganta).

Coronavírus dentro das células - Uma vez dentro da célula, o vírus começa a passar suas próprias fitas de RNA mensageiro pelos ribossomos. As organelas não percebem que a receita do invasor é uma cilada, e acabam gerando milhões de cópias das proteínas usadas para montar cápsulas de coronavírus.

As células se tornam fábricas a serviço do inimigo. No final, basta ao vírus colocar uma cópia do genoma dentro de cada uma dessas cápsulas e voilà: um novo exército está pronto. O vírus da Covid-19 não explode a célula para sair – como faz o ebola, por exemplo. Ele vence pela exaustão: a célula se dedica tanto a produzir as proteínas do corona que morre por não conseguir fabricar suas próprias proteínas.

20% dos casos de Covid-19 evoluem para um quadro mais severo, em que o vírus desce para os pulmões.

20% dos casos de Covid-19 evoluem para um quadro mais severo, em que o vírus desce para os pulmões. É que o sistema imunológico não gosta nada disso. “Assim como em outras doenças causadas por vírus, os sintomas vêm mais da resposta do corpo a ele que da atuação do vírus em si”, explica Jean Pierre Peron, imunologista do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.

É a resposta vem pesada. Os vasos sanguíneos do pulmão se dilatam para que os glóbulos brancos cheguem mais rápido ao local da infecção. Isso causa dor e inchaço. O campo de batalha fica congestionado de destroços: células mortas no fogo cruzado se misturam às que já foram assassinadas pelo vírus. Mesmo se o sistema imunológico der conta de exterminar logo o exército de coronas, a gosma de células mortas que ficaram pode deixar lesões permanentes. Já se os seus anticorpos não derem conta, e o corona seguir sua série de assassinatos, os alvéolos acabam entupidos. Aí complica de vez. Isso impede a troca de gases com o ambiente. Se não houver ventilação artificial, o paciente morre de insuficiência respiratória.


A classificação dos vírus
Vírus não têm metabolismo, não comem, respiram ou excretam. Não se reproduzem sozinhos – precisam dos hospedeiros –, e não se locomovem por conta própria. A única razão da existência de um vírus é fazer mais de si mesmo. Ele é um pedacinho de informação genética
que se replica. A razão de sua existência, diga-se, é a replicação. Os vírus se replicam simplesmente porque os que não se replicavam bem deixaram de existir.

O biólogo David Baltimore criou o sistema de classificação mais aceito, que divide os vírus em sete tipos de acordo com as moléculas que cada um usa para armazenar sua informação genética.


O Vírus usa o próprio RNA
Os vírus, ao contrário de nós, não dependem necessariamente do DNA para guardar seu genoma. Eles podem usar o próprio RNA, que normalmente é só um burro de carga, para aquela missão mais nobre de guardar as receitas de proteína. Isso até facilita as coisas, pois permite sabotar o ribossomo direto, sem ter que transcrever DNA em RNA antes.

O RNA é uma molécula bem frágil (a seleção natural não optou pelo DNAà toa: se você vai salvar todas as informações sobre você mesmo em um pen drive, é melhor usar um bom pen drive).

“Frágil”, nesse caso, significa sofrer mutações com mais frequência. Esse defeito, porém, também é um trunfo: mutações frequentes ajudam o vírus a se adaptar muito mais rápido, e superar as novidades que as nossas células criam na corrida armamentista contra invasores.

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Publicação: Uikisearch
💻 Site: www.uikisearch.org
Referência: SUPERINTERESSANTE edição nº 414 (ISSN 0104-178-9), ano 34, n° 4, pp. 22-27

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O que é o Coronavírus?

"Covid-19. Foi assim que Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou o nome oficial da agência para a doença.

Um batismo que acabou com seis semanas de incerteza sobre a forma como seria chamada, depois de já ter gerado alguma polemica com a cerveja Corona. Mas o novo nome agora adotado também criou nova confusão. Ou seja, Covid-19 é um nome para a doença, não para um vírus que a causa, que até agora também tinha uma sigla temporária, 2019-nCoV, significando apenas que era um novo coronavírus que surgiu no ano passada (2019). Mas o agente patogênico também recebeu uma nova designação mesmo antes do fim da conferência de imprensa da OMS ou seja, o Grupo de Estudos sobre Coronavírus (CSG), do Comité Internacional de Taxonorma de Vírus, aproveitou o momento para considerar que este vírus passaria a chamar-se: vírus de síndrome respiratória aguda grave de coronavírus 2, ou SARS-CoV-2.

Digamos que os mal-entendidos eram expectáveis. No fim do anúncio, quem estava na conferência de imprensa correu para o Twitter a anunciar que "o vírus tinha finalmente um nome", corrigindo, pouco depois, que aquele era o nome da doença. E a verdade é que, embora a nomenclatura possa ser uma questão menor perante a crescente crise de saúde pública até alguns virologistas ficaram surpresos com os anúncios aparentemente em conflito. Como Marion Koopmans, do Erasmus Medical Center.

"Concordo que é um pouco confuso", disse, entretanto, o também virologista Alexander Gorbalenya da Universidade de Leiden, membro do CSG. Segundo Tedros, o nome escolhido procurava evitar referências a uma localização geográfica específica, espécie animal ou grupo de pessoas, de acordo com as recomendações internacionais para nomes que visam impedir a estigmatização. Anteriormente, a OMS chamava-lhe “doença respiratória aguda 2019-nCoV" (...).


Só que isso já tinha provocado outra confusão, depois de algumas marcas com nomes parecidos se terem visto obrigadas a emitir esclarecimentos fora do comum. Uma delas foi a cerveja Corona - depois de se ter sabido que as pesquisas por "cerveja de coronavírus" e “vírus de cerveja" aumentaram acentuadamente nas últimas duas semanas, de acordo com as tendências de pesquisa no Google. A marca acabaria mesmo por ter de se socorrer de slogans como "A sua Corona está protegida contra os coronavírus, não é necessário adicionar desinfetante". E seguiu-se, como é comum nestes casos, uma enchente de memes.


Resumo em Perguntas e Respostas

1) O QUE É A COVID-19?
É unia doença infeciosa causada por um coronavírus. Este vírus, intitulado SARS-CoV-2. foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019 em Wuhan, na China. Este novo agente nunca tinha sido previamente identificado em seres humanos, tendo causado um surto naquela cidade.

2) O QUE É CORONAVÍRUS?

É uma família extensa de vírus que podem causar doenças em humanos e em animais. Nos humanos, sabe se que causam infeções respiratórias que podem ir do resfriado comum a pneumonias mais graves. Alguns causaram problemas há não muito tempo, como a síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS).

3) COMO SE PROPAGA?

Pode contrair-se por contacto com uma pessoa infetada. A doença pode propagar se através das gotículas do nariz e da boca que saem quando uma pessoa infetada tosse ou espirra. Estas gotículas caem sobre os objetos e as superfícies que rodeiam a pessoa o que leva a que outras passam ser contaminadas caso toquem nesses objetos ou nessas superfícies e logo depois mexam na boca no nariz e nos olhos. Também podem contagiar se se inalarem gotículas de uma pessoa infetada por isso, é importante manterem-se a mais de um metro de distância de uma pessoa doente.

4) OS SINTOMAS SÃO IGUAIS EM TODOS OS DOENTES?

Os sintomas mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem ter congestão nasal, rinorreia, dor de garganta ou diarreia Estes sintonias aparecem de forma gradual. Algumas pessoas são infectadas, mas não desenvolvem sintomas.

A maioria das pessoas (80%) recupera sem necessidade de fazer qualquer tratamento especial. Cerca de uma em cada seis pessoas infetadas desenvolve uma doença grave e tem dificuldade em respirar.

Os mais velhos e os que sofrem de outras doenças, como hipertensão, problemas cardíacos ou diabetes, têm mais probabilidade de desenvolver uma situação grave.

5) QUAL O PERÍODO DE INCUBAÇÃO?

Na maioria das estimativas, o tempo que decorre entre a infeção e o aparecimento de sintomas oscila entre 1 a 14 dias. Em regra, situa-se perto dos cinco dias. Estes dadas estão em constante atualização.

6) QUANTO TEMPO 0 VÍRUS SOBREVIVE EM SUPERFÍCIES?

Não se sabe ao certo quanto tempo o vírus que causa a Covid-19 sobrevive em superfícies, mas ele parece comportar-se como outros coronavírus. Uma série de estudos aponta no sentido de que os coronavírus (incluindo informações preliminares sobre o tinis SARS-CoV-2) podem persistir nas superfícies por algumas horas ou até vários dias.


📚Referência: Periódico: Visão Saúde. Março-Maio de 2020 pp. 8-10
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As origens da filosofia ocidental

🎯A Filosofia no período PRÉ-SOCRÁTICOS.
As raízes da filosofia ocidental estão no trabalho dos filósofos gregos durante os séculos V e VI. Esses filósofos, chamados de pré-socráticos, começaram a questionar o mundo em torno deles. Em vez de atribuir o que os cercava aos deuses gregos, eles buscaram explicações mais racionais que pudessem explicar o mundo, o universo e a existência.

Era a filosofia da natureza. Os filósofos pré-socráticos questionavam de onde veio tudo, a partir de que tudo foi criado, como a natureza podia ser descrita matematicamente e como alguém poderia explicar a pluralidade da natureza. Eles buscavam encontrar um princípio fundamental, conhecido como arqué, que seria o material básico do universo. Como tudo no universo muda ou não permanece no mesmo exato estado, os filósofos pré-socráticos determinaram que deviam existir princípios de mudança contidos na arqué.

O QUE SIGNIFICA PRÉ-SOCRÁTICO?

O termo pré-socrático quer dizer "antes de Sócrates” e foi popularizado em 1903 pelo estudioso alemão Hermann Diels. Na verdade, Sócrates foi contemporâneo dos filósofos pré-socráticos e, assim, o termo não significa que os pré-socráticos viveram antes dele. Em vez disso, a expressão pré-socrático refere-se às diferenças na ideologia e nos princípios. Embora muitos filósofos pré-socráticos tenham produzido textos, nenhum foi preservado integralmente e a maior parte do que sabemos sobre eles baseia-se em fragmentos e nas citações posteriores de historiadores e filósofos — que, em geral, são tendenciosas.

AS ESCOLAS PRÉ-SOCRÁTICAS MAIS IMPORTANTES

1. Escola de Mileto

Os primeiros filósofos pré-socráticos viveram na cidade de Mileto, próxima à costa da Anatólia (na moderna Turquia). De lá surgiram três importantes filósofos pré-socráticos: Tales, Anaximandro e Anaximenes.

2) Tales

Um dos filósofos pré-socráticos mais importantes, Tales (624-546 a.C.) proclamava que a arqué — ou o elemento original — era a água. Ele determinou que a água podia passar por mudanças como a evaporação e a condensação e, dessa forma, tornava-se gasosa ou sólida. Ele sabia que a água era responsável pela hidratação e pela alimentação humanas e acreditava que a terra flutuava sobre ela.


3) Anaximandro

Depois de Tales, o próximo grande filósofo vindo de Mileto é Anaximandro (610-546 a.C.). Ao contrário de Tales, ele dizia que o elemento original era, na verdade, uma substância indefinida e ilimitada, denominada ápeiron. Era a partir disso que os opostos como o seco e o molhado, e o frio e o quente, separavam-se um do outro. Anaximandro é o primeiro filósofo que conhecemos que deixou trabalhos escritos.

4) Anaximenes

O último grande filósofo pré-socrático da Escola de Mileto foi Anaximenes (585-528 a.C.). Ele acreditava que o único elemento era o ar. De acordo com Anaximenes, o ar está em toda parte e tem a capacidade de passar por processos e transformar-se em outra coisa, como água, nuvens, vento, fogo e até mesmo a terra.

5) Escola pitagórica

O filósofo e matemático Pitágoras (570-497 a.C), talvez mais famoso por causa do teorema que leva seu nome, acreditava que a base de toda a realidade estava nas relações matemáticas, que governavam o mundo. Para Pitágoras, os números eram sagrados e, com o uso da matemática, tudo podia ser medido e previsto. O impacto e a imagem de Pitágoras foram impressionantes. Sua escola era cultuada e seus seguidores obedeciam cada palavra que ele emitia... até mesmo algumas regras estranhas que cobriam todas as áreas, desde o que comer e o que não comer, como se vestir e até mesmo como urinar. Pitágoras filosofou em muitos campos e seus alunos acreditavam que seus ensinamentos eram profecias dos deuses.

6) Escola de Éfeso
A escola de Éfeso baseava-se no trabalho de um homem, Heráclito de Éfeso (535-475 a.C.), que acreditava que tudo na natureza está em mudança constante ou em estado de fluxo. Talvez ele seja mais famoso por sua noção de que nenhum homem é capaz de entrar no mesmo rio por duas vezes. Heráclito acreditava que o elemento original era o fogo e que, portanto, tudo derivava dele.

7) Escola eleática

A escola eleática ficava em Cólofon, uma cidade antiga não muito distante de Mileto. Dessa região, vieram quatro importantes filósofos pré-socráticos: Xenófanes, Parmênides, Zenão e Melisso.

8) Xenófanes de Cólofon

Xenófanes (570-475 a.C.) é conhecido por sua crítica à religião e à mitologia. Particularmente, ele atacava a ideia de que os deuses eram antropomórficos (ou seja, assumiam a forma humana). Xenófanes acreditava que havia um só deus e que, embora não pudesse se mover fisicamente, tinha a habilidade de ouvir, ver, pensar e controlar o mundo com seus pensamentos.

9) Parmênides de Eleia

Parmênides (510-440 a.C.) acreditava que a realidade não tinha nada a ver com o mundo vivenciado por alguém e que somente pela razão, não pelos sentidos, era possível chegar à verdade. Parmênides concluiu que o trabalho dos primeiros filósofos de Mileto não era apenas ininteligível, mas partia de questões equivocadas. Para Parmênides, não havia sentido em discutir o que é e o que não é. Para ele, o único ponto inteligível a debater, e a única verdade, é o que é (o que existe).

Parmênides teve um impacto inacreditável sobre Platão e toda a filosofia ocidental. O trabalho dele tornou a escola de Eleia o primeiro movimento a utilizar a razão pura como o único critério para encontrar a verdade.

10) Zenão de Eleia

Zenão de Eleia (490-430 a.C.) foi o aluno mais famoso de Parmênides (e possivelmente seu amante) e que dedicou seu tempo à criação de argumentos (conhecidos como paradoxos) para defender as ideias de seu mestre. No mais relevante paradoxo de Zenão, o do movimento, ele tenta demonstrar que o pluralismo ontológico — a ideia de que muitas coisas existem por oposição à outra — pode realmente levar a conclusões absurdas. Parmênides e Zenão acreditavam que a realidade existia como um todo único e que as noções de pluralidade e movimento não passavam de ilusões. Embora o trabalho de Zenão tenha sido refutado mais tarde, seus paradoxos ainda levantam questões importantes, desafios e servem de inspiração para filósofos, físicos e matemáticos.

11) Melisso de Samos

Melisso de Samos, que viveu por volta de 440 a.C, foi o último filósofo da escola eleática. Ele deu continuidade às ideias de Parmênides e Zenão. Melisso de Samos distinguiu ser e parecer. Quando algo é X, de acordo com Melisso de Samos, tem sempre que ser X (e nunca não ser X). Dessa forma, segundo essa noção, quando algo é frio nunca pode deixar de ser frio. Como, porém, não é esse o caso, e as propriedades não se mantêm indefinidamente, nada (exceto na realidade de Parmênides, que é uma coisa contínua e imutável) é na verdade; em vez disso, tudo parece.

12) Escola atomista

A escola atomista, iniciada por Leucipo no século V a.C. e levada adiante por seu aluno Demócrito (460-370 a.C), propunha que todo objeto físico é feito por átomos e vácuo (espaço vazio em que os átomos se movem), que se organizavam em diferentes formas. Essa ideia não está muito distante do conceito de átomo atual. Essa escola acreditava que os átomos eram partículas extremamente pequenas (tão diminutas que não podiam ser cortadas ao meio) com diferentes tamanhos, formas, movimentos, arranjos e posições e que, quando colocados juntos, criavam tudo o que está no mundo visível.

SAIBA MAIS: Filosofia

Divulgação: Uikisearch
📚 Referência: KLEINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre Filosofia: de Platão e Sócrates. Tradução: Cristina Sant'Anna. São Paulo: Editora Gente, 2014.

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